
Tantas vezes tenho sido crítico em relação ao governo da actual maioria. Mas agora estou de acordo. Na verdade, é uma vergonha o que se tem passado neste país. Pessoas atacadas, feridas, mortas por raças de cães perigosas. E parecia que ninguém punha termo a esta calamidade. Aos donos e criadores ouvia-se sempre dizer que o animal não fazia mal, que era um bicho maravilhoso, a culpa era de quem os tinha e não os sabia educar. Pois, cantigas! Os ataques têm-se feito sentir a um ritmo demasiado assustador.
Sabemos que o actual clima de insegurança leva muitas pessoas a rodear os seus teres e haveres de especiais medidas de protecção. Há tempos fui visitar um amigo que vive nos arredores de uma cidade. Disse-me: "Está a ver estas vivendas todas? Já cada uma recebeu a visita de ladrões, menos aquela... Qual a razão? Só lhe posso dizer que lá vivem um pitbull e um rottweiler. Significativo, não é?"
Claro que muita gente tem cães perigosos para se proteger, já que o Estado, a quem cabe garantir constitucionalmente a segurança de pessoas e bens, não cumpre a sua função. Mas também há quem tenha estes animais para se mostrar, para se afirmar, como um desafio e oportunidade para atacar outros.
Há que preservar a todo o custo a tranquilidade de pacatos cidadãos, muitos deles crianças, que tantas vezes são atacados por raças perigosas.
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