Era uma velhinha muito simpática. De um frenesim enorme. Nos dias quentes de Verão, a senhora fazia questão de ajudar nas tarefas agrícolas e domésticas. Então o filho dizia-lhe:
- A mãe já trabalhou muito. Descanse agora à sombra e reze o terço.
A velhinha ou não lhe respondia ou respondia com algum enfastiamento:
- Reza-o tu!
Depois comentava com os netos:
- O vosso pai só quer que eu reze, reze... Pois, mas é que se rezar muito seca-se-me a boca!
Há muita gente a sofrer de "securas". Será por rezar muito? Ah! Ah! Ah!
Na night, nas tascas, nos cafés, nos convívios entre amigos e conhecidos... alguns parecem umas esponjas. Sofrem de "securas congénitas"! Desde as bebidas da moda nos locais da noite, passando pela cerveja e acabando no vinho, tudo serve para apagar tamanhas securas...
- A água ainda me dá mais sede! - costumava desculpar-se um adorador incondicional do deus Baco.
Consta-se que, certo dia, saía ele do tasco lá da sua terra. Apareceu-lhe um desconhecido que, apontando para o fontanário em frente, pergunta:
- O senhor sabe-me dizer se a água daquela fonte é boa para beber?
O homem, coçando o cabelo grisalho, responde:
- Olhe, a minha mulher diz que sim...
Quantas pessoas viveriam uns bons anos a mais se não fosse o excesso de álcool? Quantas pessoas não teriam melhor qualidade de vida se não fosse o excesso de álcool? Quanta paz e sã convivência ficam assassinadas por causa do excesso de álcool? Quantas famílias destruídas ou arruinadas? Quantos filhos com dificuldade de aprendizagem e comportamentais porque são filhos de pais alcoólicos?
Tais "securas" não provêm do rezar, não. Muitas vezes provêm sim do excesso de bebida!!!
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