Papa lembrou freira assassinada em rito satânico
Bento XVI recordou no final da audiência geral de 9 de Abril a Ir. Maria Laura Mainetti, assassinada a 7 de Junho de 2000 por três menores, durante um rito satânico.
Saudando as Irmãs Filhas da Cruz e os leigos que partilham o carisma desta religiosa, o Papa assegurou que Maria Laura, “fiel à entrega total de si mesma, sacrificou a vida, rezando por quem a feria”.
O assassinato foi reconhecido como martírio pela Congregação das Causas dos Santos. A religiosa, que era professora e educadora de adolescentes, foi assassinada “em nome de Satanás” por três meninas, condenadas pelo homicídio e actualmente fora da prisão.
As raparigas montaram uma armadilha, fazendo-a acreditar que uma delas precisava de sua ajuda, pois estaria grávida. Ao chegar ao local, a Ir. Maria Laura foi esfaqueada por 19 vezes e morreu perdoando às suas agressoras.
Bispo ameaçado de morte no Brasil critica governo
D. Erwin Kräutler, bispo católico ameaçado de morte no Brasil, criticou o governo federal do país por causa do chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lamentando que os povos da Amazónia não tenham sido consultados “sobre projectos que caem de cima para baixo".
Para o Bispo de Xingu (das arquidioceses da Igreja Católica mais extensas do mundo, com cerca de 354 mil quilómetros quadrados na Amazónia), é necessário que o governo deixe de considerar “inimigo do progresso" quem o contesta.
Segundo D. Erwin, a Igreja entende o desenvolvimento de modo diferente do governo e por isso não é possível um diálogo sobre esse assunto.
“Todos entendem que desenvolvimento é uma maneira de ganhar dinheiro, aumentar a facturação, a exportação. Para a Igreja, desenvolvimento é progresso da pessoa humana com saúde, transporte, educação”, aponta.
“O PAC é fundamentalmente economicista. É preciso colocar a pessoa no centro e não o lucro”, afirmou o Bispo austríaco.
O prelado vive na região amazónica há mais de 40 anos e tem lutado contra a devastação da floresta, a expulsão de pequenos agricultores de suas terras e contra a construção da central hidroeléctrica de Belo Monte, no rio Xingu. Várias ameaças de morte não o afastam da sua luta.
No início desta semana, o presidente da CNBB, D. Geraldo Lyrio Rocha, agradeceu pessoalmente a D. Erwin Kräutler, incentivando o povo do Xingu a continuar firme “ na fé e unido ao pastor que Deus lhe deu” e pedindo o fim da violência na região.
“Às autoridades pedimos que não se omitam diante da gravidade das ameaças a D.Erwin. Aos que o ameaçam exortamos: não manchem as mãos com o sangue. Basta de violência!”, disse o presidente do episcopado.
In ecclesia
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.