domingo, 20 de maio de 2007

Passeio Paroquial correu bem

Quatro autocarros, a carrinha de apoio e alguns automóveis particulares fizeram-se ao caminho. A manhã aparecera carrancuda e, na mente das pessoas, pairava a interrogação: "Será que vamos ter a sorte dos dois últimos Passeios Paroquiais?" Realmente não temos tido muita sorte com o tempo. Alguns, na brincadeira, diziam que o Padre precisava de se confessar para fazer as pazes com o S. Pedo...

Às 9.30 horas, estávamos em Trancoso. Ainda tomámos o pequeno-almoço em paz. Mas logo que nos começámos a dirigir para a Igreja, toca a chover e a trovejar. Durante a Eucaristia e o regresso aos autocarros, parecia que o céu estava em festa. Seria por ser a Festividade da Ascensão?
Por feliz coincidência, celebrámos a Eucaristia num templo dedicado a São Pedro, o nosso Padroeiro. Gostei da maneira como decorreu a Missa. As pessoas estiveram presentes, serenas, participativas.

Largámos para Gouveia, com o nevoeiro e a chuva a envolver-nos quase sempre. Nesta cidade, o tempo piorou. Era preciso resolver o problema de um local abrigado para se comer . Dirigi-me à Igreja onde estava a terminar a Eucaristia. Falei com uma Irmã e pus-lhe o problema. Esta chama um senhor da comissão da Igreja e apontam para uma casa dirigida por Irmãs, logo a seguir a Gouveia. O senhor gentilmente dispõe-se a levar-me à casa das Irmãs que, amavelmente nos cedem as instalações. Volto no carro do senhor para os autocarros. Tudo num ápice. Em frente à referida casa, um belo parque de estacionamento. Toca a pegar nos farnéis e a entrar. Toda a gente satisfeita. Iríamos ter um local confortável para almoçar. No fim, as Irmãs abriram o bar e serviram um cafezinho.

Fantástico gesto destas Irmãs e deste leigo da comissão. Jamais o esqueceremos. Na sua simpatia, disponibilidade e amabilidade ressoa eloquentemente o amor-serviço do Evangelho. Assim, todos nós aprendemos como é importante praticar a hospitalidade de que fala abundantemente a Bíblia. Desta maneira, certamente algum possível preconceito existente em relação às religiosas possa ter sido desfeito.

Saímos para Manteigas. Que bela paisagem verde na descida! Encantadora. Depois parámos para visitar um enorme viveiro de trutas e um canil de "Serra da Estrela." Que viveiro enorme! Em condições. Valeu a pena.

Partimos para a Serra da Estrela. Na Torre, e em poucos minutos, apanhamos de tudo. Réstias de Sol, navoeiro cerrado, chuva e granizo. Foi pena que não estivesse a funcionar a produção de neve artificial. Mas as pessoas, encolhiditas com o frio, lá foram tomar uma bebida, vaguear pelas lojas de comércio, fazer algumas compras.
Descemos para a Lagoa Comprida. Melhor tempo. Aqui lanchámos, visitamos a Lagoa e alguns fizeram mais uma investida às lojitas do comércio. Depois das fotos da praxe, descemos para tomar um cafezinho. A partir daqui, penso que o futebol tomou conta das preocupações da maioria dos viajantes.
Chegámos a Tarouca pelas 22 horas. Notava-se que as pessoas vinham contentes. Algumas apresentaram sugestões para o passeio do próximo ano.

Estou contente. Mesmo sem as melhores condições climatéricas, as pessoas foram espectaculares. Houve animação, entreajuda, solidariedade, compreensão. Maravilhoso. Aliás, Tarouca habituou-me a isto: as pessoas, quando saem daqui, sabem honrar a sua terra pela postura e compostura. Parabéns.
É naturalmente um dia cansativo. O stress é meia mantença. Mas todas as pessoas queriam que comesse com elas. E cultivámos um belo espírito de família em palavras, gestos e atitudes.

1 comentário:

  1. Bom Amigo:
    admiro imenso essa maneira como vibra e se integra nas mais diversas situações do seu povo.
    Sou um seu admirador incondicional.
    Que o Senhor o abençoe
    Seu em Cristo
    João António

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