Descobrira na internet o site dos nossos jovens. Gostou do que viu e telefonou-me, falando na possibilidade de intercâmbio entre o seu grupo de jovens e o desta Paróquia. Disse-lhe que, felizmente, aqui os grupos têm a sua autonomia e os seus líderes, dentro de um quadro de comunhão paroquial. Por isso, deveria contactar com a responsável do Grupo. Entretanto, falei desta questão à Dra. Arlete que, auscultando os jovens, me referiu depois ter notado grande receptividade à ideia.
Ontem voltou a telefonar, perguntando se haveria possibilidade de se encontrar com a responsável pelo Grupo de Jovens. Estabelecidos os devidos contactos, comuniquei-lhe que sim. E aí apareceu. Fomos a casa da Dra. Arlete. Durante a viagem, perguntou-me se Tarouca tinha Grupo Coral. Disse que sim e manifestei a minha surpresa pela pergunta. Referiu então que uma amiga lhe falara muito agradavelmente do coral de Tarouca que, no sábado passado, havia estado a animar a liturgia de um casamento na Cumieira. Depois, em casa da Dra. Arlete, conversámos um bocado com D. Delfina, que é membro do referido coral.
Fiquei contente. Muito. Fico sempre felicíssimo quando tenho ressonâncias positivas de qualquer presença da paróquia no exterior.
Os dois responsácveis pelos respectivos grupos falaram. Mais tarde juntei-me eu também. Foi um diálogo franco, aberto. Conversou-se sobre alegrias, experiências, modos de estar e de intervir, mas também sobre algumas decepções que este tipo de trabalho por vezes acarreta. Delineram-se algumas formas de intercâmbio, entre as quais esterá a realização de um encontro entre os dois grupos logo que seja possível. A época de exames que se aproxima aconselha moderação na realização deste tipo de actividades.
Quando me trouxe a casa, falou-me dos Convívios Fraternos, com entusiasmo, com paixão. Desde que fizera o seu Convívio, nunca mais deixou de estar presente na equipa dirigente que orientou os convívios seguintes. Disse-me que tinham um site. Entrou e fomos ver esse site.
Cada foto era uma história que o entusiasmava.
Falámos mais um pouco. Deus, os seus estudos, o futuro, a vocação. Foi então que descobriu que, ao sair da janela do site dos convívios, estava aberta uma outra janela onde estava um trabalho meu para os meus alunos. Era aí que eu ficara quando me bateu à porta. Disse-lhe que iria acabar o trabalho, mas que não se preocupasse. Pediu desculpa, agradeceu e partiu.
Ainda dizem mal dos jovens! Claro que, tal como no mundo dos adultos, há jovens que navegam na lama do vazio, nas ondas medonhas e engolidoras do prazer passageiro, da violência, da destruição, do vício. Mas... por que só reparamos nestes?
E os outros, Senhor? E os outros?
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.