As desigualdades ao nível de salários e pensões, equiparam-nos aos países do terceiro mundo

Justiça social

Foi há dias divulgado em Bruxelas o relatório da Comissão Europeia sobre protecção e inclusão social/2007. Nele se refere que Portugal é dos países com menos justiça social da União Europeia dos 25."
A taxa de risco de pobreza após transferências sociais (20 por cento em 2004) e as desigualdades na distribuição dos rendimentos (rácio de 8,2 no mesmo ano) são das mais elevadas na UE", lê-se no capítulo do documento dedicado à "situação e principais tendências" para Portugal.
Crianças e idosos são apontados como as categorias da população portuguesa mais expostas ao risco de pobreza. As estimativas para os mais velhos apontam para uma taxa de risco de 28 por cento, superior ao dos que têm menos de 65 anos.

Em 2004, as despesas com a protecção social representavam 24,9 por cento do produto interno bruto/PIB, "longe da média da UE, de 27,3 por cento". Sabendo-se que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal é muito inferior ao da maioria dos países da Europa, melhor se percebe que a ajuda à pobreza é muito deficiente.

A Comissão Europeia identifica seis riscos que afectam fortemente a inclusão em Portugal: pobreza infantil e dos idosos, insucesso e abandono escolar precoces, baixos níveis de qualificação, participação diminuta em acções de aprendizagem ao longo da vida, info-exclusão, desigualdades e discriminação no acesso aos direitos das pessoas com deficiência e imigrantes.

A distribuição de riqueza é altamente injusta.
As 100 maiores fortunas portuguesas representam 17% do Produto Interno Bruto nacional, pelo que o país tem a pior distribuição de riqueza no seio da UE com os 20% mais ricos a controlar 45,9% do rendimento nacional.

Mesmo as desigualdades ao nível de salários e pensões, equiparam-nos aos países do terceiro mundo.

E VOLTO A PERGUNTAR: PERANTE UM QUADRO DE INJUSTIÇA SOCIAL TÃO HORRENDO, PODE A IGREJA CALAR-SE??? Ai, pecados de omissão, pecados de omissão...