terça-feira, 18 de novembro de 2008

O nó do amor

Há muitos pais que, pela sua vida profissional, não têm tempo disponível para acompanhar devidamente seus filhos, crianças ou adolescentes. Mas todo o amor é criativo, inventor, como o prova a atitude encantadora deste pai. Adorava seu filho de quatro anos, tanto quando saía manhã cedo para o trabalho como quando regressava bastante tarde. Não queria acordar o pequeno.
Criou então um sinal que explicou ao filho, para que soubesse que o pai não se esquecera de beijá-lo ao sair e ao chegar. O sinal era um pequeno nó na ponta do lençol da cama do menino. Ao acordar, ao ver o nó que o pai dera no seu lençol ficava feliz com aquela expressão de carinho.
Aquele gesto foi conhecido por outras pessoas amigas e algumas delas imitaram também aquele ”nó de amor”.
É verdade que muitos pais, nos tempos que correm, carecem de disponibilidade para acompanhar seus filhos: nas sua brincadeiras, na sua catequese, nos seus deveres escolares, no seu crescimento físico e moral. Mas aquele pai que, por amor, inventou aquela forma bizarra de mostrar o seu afecto ao filho é um exemplo de pai consciente da sua responsabilidade de educador e de que o carinho é a melhor chave para o êxito da difícil missão educacional dos pais. Por vezes, julgamos mal certos pais pela má educação de seus filhos. Mas temos de ter presente que muitas crianças e jovens não têm o acompanhamento de seus pais, porque as tarefas da vida para ganhar o pão nem sempre permitem tempo livre para orientar seus filhos no caminho da felicidade: do amor a Deus e do amor aos outros seres humanos.
Mário Salgueirinho

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