quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Até já oliveiras roubam...

Há três temas que gostava de ver sempre na ordem do dia à mesa dos políticos deste país: o combate tenaz contra a pobreza e exclusão e a segurança de pessoas e bens e o emprego.
Quanto ao primeiro aspecto, raramente se ouve falar, discutir, analisar. Muito menos agir. Surgem aqui e ali medidas ocasionais, desgarradas e complicadas, como a do complemento de reforma. É tal a teia burocrática que os idosos acabam por desistir. O combate contra a pobreza não é, infelizmente, um desígnio nacional.
No que se refere ao segundo aspecto, parece que o assunto só vem à tona quando trazido pelo impacto da grande comunicação social. Hoje, um canal televisivo referia um caso de umas oliveiras roubadas. Quando se chega aqui... E as viaturas que desaparecem por todo o lado? Às vezes retiradas das próprias garagens dos prédios... E os roubos por esticão? E os assaltos à mão armada a instituições e casas particulares? A insegurança instala-se sem que se vislumbre uma política eficaz do cidadão e dos seus teres e haveres.
Quanto ao emprego, estamos falados. É tão rara a criação de postos de trabalho que, quando aparece, é logo notícia.
Há pouco tempo, visitei uma família com dos dos filhos licenciados. Ambos ainda desempregados, apesar de lhes doerem os dedos de tanto responderem a anúncios, mandar currículos, palmilhar estradas. Apesar de nunca terem reprovado, pese embora o esforço enorme dos pais para que os filhos estudassem, resta-lhes apenas e só a sopita que os pais lhe vão dando...E são centenas de milhar os jovens nesta situação! Depois querem sucesso educativo? Com estas perspectivas de futuro?
Onde estarão escondidos os famosos milhares de empregos prometidos por Sócrates antes das eleições? Ah! Já sei, emigraram para o mundo do esquecimento...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Do mal o menos...O país respira de alívio com a saída de Correia de Campos

Ia para o trabalho. Ouço na rádio a notícia da remodelação governamental. "Será hoje?", pensei. Mas não, ela continua. Sabem a quem me refiro, à ministra da Educação. A ela e aos seus secretários de Estado. Para mal do futuro deste país, continuam... Até quando abusarão da nossa paciência?
A haver remodelação, imaginei logo os ministros da educação, da saúde, das obras públicas, da agricultura e do ambiente. Não me passou pela cabeça a ministra da cultura. Mas foi e eles lá sabem...
O ministro da saúde há muito que não existia. Para ser ministro não lhe basta a titularidade da pasta, precisa que a população lhe reconheça alguma autoridade. Não era claramente o caso de Correia de Campos. Quem é que acreditava nele?
Para memória futura, proponho que lhe seja edificada uma estátua no interior do país, se possível na Serra da Estrela, com esta mensagem: O CARRASCO DO INTERIOR.
Às empobrecidas gentes do interior, a quem tudo se tira e quase(?) nada se dá, Correia de Campos privou-as daquilo que tinham de melhor, uma certa segurança e celeridade no acesso aos cuidados de saúde. O que ele fez foi de de uma falta de humanidade atroz. Inqualificável. Como foi possível esta gente aguentar tanto???
Mas convém não embandeirar em arco. A política é a do governo, e este continua o mesmo. Pode haver retoques aqui e ali, outro estilo de ver e apresentar os problemas e de encarar as situações. Mas não esperem alterações de fundo.
Como sei que o povo português tem memória, acredito que a grande remodelação acontecerá nas urnas. Teremos então oportunidade, em nome da honra e da dignidade lusitanas, de oferecer uns patins a Sócrates...

100.000 escuteiros insultados pela Mediamarkt

Para ganhar dinheiro não vale tudo.

Deixem de ir à Media Markt. Podemos ir à concorrência.

Estive a ver o site. Como é possível?!!!

Não é ético que chamem parvos 100.000 escuteiros. São pelo menos 100.001 clientes que vão perder. Pelo menos eu nunca irei comprar lá nada.
Não admito que chamem parvos, a tantas crianças e jovens que trabalham no Escutismo . Não admito que chamem parvos adultos , que dão muito de si e do seu tempo para que o Mundo seja melhor. Não admito que se promovam com esta acusação gratuita. Que ganhem dinheiro á custa da maledicência!

Quem não se sente....

Procurem desmobilizar os vossos amigos para deixarem de lá comprar, pois para fazer Negócio , não vale tudo !

Passarei a ir a estabelecimentos concorrentes, que para servirem um cliente, não precisam de espezinhar ninguém!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Era uma colega "cinco estrelas", mas abandonou...

Contaram-mo. Era uma professora competentíssima, uma colega "cinco estrelas", uma profissional de estofo. Levava já largos anos de carreira, sempre com óptima relações com os alunos e encarregados de educação.
Há uns tempos para cá, manifestava amiúde a sua insatisfação com o rumo do ensino em Portugal. Ela que era a calma em pessoa, sempre serena e ponderada, aberta à mudança.
Há tempos, apareceu com a notícia: "Vou embora, abandono a carreira." Todos ficaram boquiabertos e muitos tentaram demovê-la das suas intenções. Em vão. Sabia o que queria.
"Estou farta de ser maltratada por um governo quem tinha a obrigação de me defender e estimular. Estou farta desta (des)educação governamental que não promove a formação dos alunos nem a exigência, mas não cessa de culpar os professores. Estou farta desta mudança de regras a meio do jogo, estou farta deste estatuto da carreira docente, do estatuto do aluno, deste tipo de avaliação dos docentes... E o pior ainda está para vir..."
E foi. Aproveitou uma oportunidade de emprego fora do sistema de ensino e agarrou-a.
Pelo que ouço e vejo, muitos desejariam poder fazer como esta colega. Só que empregos hoje... E a razão é sempre a mesma: a miserável política educativa deste governo. Não são os alunos, nem as escola, nem os pais.
Tantos e tantos professores, que tendo já muitos anos de serviço, anseiam por uma oportunidade de reforma para saírem do tormento em que o governo transformou o ensino!
E não fora o flagelo do desemprego, qualquer dia teríamos que importar professores, tal a carga negativa que estão a imprimir à profissão docente.
Valha-nos, ao menos, a sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF), onde se vê que, em Portugal, os professores são os mais prestigiados, ao contrário dos políticos em quem quase ninguém confia, como a referida sondagem demonstra...

Por que será?

A propósito das declarações do Bastonário da Ordem dos Advogados relativamente à corrupção óbvia e evidente em Portugal, escreve o chefe de redacção do Jornal de Notícias de 28 de Janeiro de 2008, o seguinte:

O que é que disse o bastonário dos advogados de tão extraordinário para causar tal estremecimento nacional? Que há negócios chorudos feitos com empresas por ministros que acabam nos respectivos conselhos de administração. Que há verbas a engrossar miraculosamente as contas de partidos, após certos e determinados governantes terem, alegadamente, feito manigâncias com o património do Estado. Que a confusão entre o Estado e os privados é total, sempre em prejuízo do primeiro, ou seja, nós, cidadãos, e a favor dos últimos. Enfim, que "a corrupção do Estado" é o cancro da nossa sociedade.

Não disse, portanto, nada de especial nas entrevistas que deu à Antena 1 e à SIC. Nada que não tenha já sido escrito e reescrito e denunciado vezes sem conta, mas com efeitos práticos quase nulos, como se percebe pelo elevado número de inquéritos por corrupção arquivados.

Sucede que Marinho Pinto é o recém-eleito bastonário da Ordem dos Advogados. E o peso do que diz tem uma preponderância que não teria se fosse apenas mais um advogado, neste caso a pender para o trauliteiro. Tem obrigação de aprofundar o que afirma, sob risco de cair em descrédito. Sucede que Marinho Pinto usou a palavra proibida e que tantos engulhos colhe num país de alegados bons costumes, mas entalado até aos olhos nos esquemas do salve-se quem puder corrupção, e do Estado. O resto é só somar. "Corrupção do Estado" é igual a corrupção de governos e os governos têm estado na mão do Bloco Central. Não vale a pena sacudir a água do capote e dizer do "meu não, do meu não".

Mas não há grandes motivos para preocupação pública. O português passa ao lado, porque o português está habituado ao fartar vilanagem, tendo por certo que todos tiram e que uns tiram mais do que os outros. Não é por acaso que os políticos aparecem, numa sondagem da Gallup para o Fórum Económico e Mundial, como os mais desonestos e os menos sérios para governar. Salvam-se, curiosamente, os professores, como sendo a profissão mais fiável, justamente a classe mais atacada, mais rebaixada e mais empobrecida nos últimos anos pelo poder político. Por que será?

domingo, 27 de janeiro de 2008

Sporting vence o Porto

Em Alvalade, o Sporting venceu o Porto por 2-0.
Antes de mais, parabéns ao Sporting.
Com as vitórias do Benfica e do Sporting neste fim de semana, o campeonato ganha um pouco mais de vitalidade, o que favorece o interesse desportivo.
Esperava sinceramente que o Porto ganhasse o jogo, atendendo à forma actual de uma e de outra equipa. Não aconteceu, paciência. Há ainda muito campeonato.
Falando da minha equipa, há coisas que não entendo, embora saiba que sou um "leigo" em futebol.
1. Porque falha clamorosamente Helton nalguns grandes jogos?
2. Não entendi a colocação de Cech na equipa inicial. O Porto está rotinado no 4-3-3. Porque mudou? Afinal, confirma-se que Jesualdo é conservador e tem pouco de afoito.
3. Porque insiste em Mariano? Será para provocar os adeptos?
4. A noite excepcional/decepcionante de Lucho. Encheu o campo com o perfume do seu futebol; mas também se encheu de perder golos.
5. Porque tardou tanto tempo Jesualdo a mexer na equipa? Aos 15 m, já devia ter visto que o esquema que engendrou para este jogo não funcionava...
6. Parece-me que o 2º golo do Sporting é ilegal, o que também conta logicamente.
7. Gostei da postura do Porto na 2ª parte. Determinação, querer, luta, coração...
8. Porque será que, com este treinador, o Porto rarissimamente recupera de um resultado negativo?

Para todos os que amanhã entram no "campeonato da vida", uma boa semana, com espírito de vitória, pese embora as dificuldades que sempre surgem.
Com a paz de Deus.

Almofala tem, a partir de hoje, novo Pároco

A Paróquia de Almofala recebe hoje o seu novo Pároco, que é o P.e Matias.
Este sacerdote, que é pároco de Várzea da Serra, acumulará a paroquialidade desta paróquia com a de Almofala.
Ligam-me a Almofala laços de boa amizade, pois aí trabalhei três anos. Não esqueço a fé e a amizade das pessoas, as obras que lá se realizaram, o grupo de jovens, a catequese, os cursos bíblicos, etc, etc...
Ao amigo P.e Matias, colega da equipa sacerdotal de Mondim da Beira durante 12 anos, desejo calorosamente o maior êxito pastoral.
Fico contente por aquele comunidade paroquial amiga ser pastoreada pelo zelo e dedicação do colega amigo.

sábado, 26 de janeiro de 2008

"ESTARÁ CRISTO DIVIDIDO?"

Na 2ª leitura deste 3º domingo comum, São Paulo diroge-se à comunidade cristã da cidade de Corinto. É de flagrante actualidade a palavra do Apóstolo (1 Cor 1,10-13.17). Vejamos.

1. Paulo teve conecimento de divisões entre os cristãos de Corinto.
"Eu soube, meus irmãos, pela gente de Cloé,que há divisões entre vós, que há entre vós quem diga:«Eu sou de Paulo», «eu de Apolo»,«eu de Pedro», «eu de Cristo»."

2. Paulo esclarece.
"Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Foi em nome de Paulo que recebeste o Baptismo?"

3. Paulo exorta.
"Rogo-vos, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo,que faleis todos a mesma linguageme que não haja divisões entre vós,permanecendo bem unidos,no mesmo pensar e no mesmo agir."

PENSEMOS AGORA:

1. Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador?
O texto recorda que a experiência cristã é, fundamentalmente, um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A vivência da nossa fé não pode, portanto, depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. Para além da forma mais ou menos brilhante, mais ou menos coerente como tal pessoa anuncia ou testemunha o Evangelho, tem de estar a nossa aposta em Cristo; é n’Ele e só n’Ele que bebemos a salvação; é a Ele e só a Ele que o nosso compromisso baptismal nos liga. Cristo é, de facto, a minha referência fundamental? É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se constrói? Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se vai à missa se for tal padre a presidir? Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador?

2. Os ciúmes, os conflitos, os partidos, nas nossas comunidades cristãs
Que sentido fazem os ciúmes, os conflitos, os partidos, que existem, com frequência, nas nossas comunidades cristãs? Cristo pode estar dividido? Os conflitos e as divisões não serão um sinal claro de que, algures durante a caminhada, os membros da comunidade perderam Cristo? As guerras e rivalidades dentro de uma comunidade não serão um sinal evidente de que o que nos move não é Cristo, mas os nossos interesses, o nosso orgulho, o nosso egoísmo?

Reunião Arciprestal

Reuniram-se ontem à noite os sacerdotes deste arciprestado. Alguns não puderam por motivos pessoais.
A reunião decorreu em clima fraterno. Falou-se dos assuntos do último Conselho de Arciprestes, programou-se a pastoral quaresmal, trocaram-se vivências e experiências.
Os presentes manifestaram ao P.e Ramos a sua solidariedade e amizade num momento de grande sofrimento em virtude da doença de sua irmã e mãe.
Mesmo no sofrimento de um, que a amizade transforma em sofrimento de todos, estas reuniões são sempre agradáveis e importantes.
Abraço, amigos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Para o Primeiro-Ministro e Ministra da Educação lerem, pensarem e repensarem...

Seria bom que a nossa ministra - que até "deu á luz" um estatuto que parte do princípio que os professores são uns malandros preguiçosos e parasitas que, como tal, é preciso controlar e castigar - meditasse nestas estatísticas, não só no que diz respeito aos professores, mas também à opinião que as pessoas têm dos políticos.
De facto, é o meu supremo consolo : por mais que me tratem mal e me desconsiderem profissionalmente, o que é certo é que a profissão mais nojenta, mais corrupta, mais desprestigiada e mais falsa é precisamente a daqueles que me atacam e me consideram como um "estorvo" para o desenvolvimento do país !!!!....


Abençoada Grécia antiga em que os políticos eram votados ao ostracismo !...

Professores são profissão em que portugueses mais confiam

Os professores são a profissão em que os portugueses mais confiam e também aquela a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).

Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.

Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7 por cento.

Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com 6 por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.

A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se tal como em Portugal os líderes militares e policiais, com 26 por cento.

Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.

Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com 10 por cento.

A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).

Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas 8 por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança.

Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.

Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).

A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).

A Gallup perguntou «em qual deste tipo de pessoas confia?», indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou «nenhum destes», tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.

A Gallup questionou «a qual dos seguintes tipos de pessoas daria mais poder no seu país?», dando como opções políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, estrelas desportivas, músicos, estrelas de cinema, intelectuais, advogados, professores, sindicalistas ou nenhum destes.

A opção «nenhum destes» foi escolhida por 15 por cento em Portugal, 19 por cento na Europa Ocidental e 23 por cento a nível internacional.
Diário Digital / Lusa
25-01-2008 12:11:00

(Enviado por email)

Bispos e Governo de novo em conflito

A hierarquia católica acusa a ministra da Educação de estar a afastar os alunos das aulas de Religião e Moral. Preocupada com a falta da regulamentação da Concordada, a Igreja teme ficar sujeita ao «arbítrio de alguns ministérios»

Os bispos acusam a ministra da Educação de não dialogar com a Igreja e de estar a afastar os alunos das aulas de Religião e Moral.

Na última quarta-feira, o ministro da Presidência, Silva Pereira, recebeu D. Jorge Ortiga e D. Carlos Azevedo, representantes da Conferência Episcopal Portuguesa, que lembraram ao Governo a urgência de regulamentar a Concordata.

«Se isso não for feito, cai-se num vazio legal sujeito ao arbítrio de alguns ministérios» , explicou ao SOL D. Jorge Ortiga.

Um dos principais problemas são as aulas de Religião e Moral. «As escolas não estão a disponibilizar a disciplina», garante o padre Paulo Malícia, responsável pelo ensino religioso na Diocese de Lisboa.

A situação é de tal forma grave que, na véspera daquela reunião, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Tomaz Nunes, na comemoração do Dia de São Vicente, na Sé de Lisboa, acusou o Governo de estar a «acantonar a educação religiosa».
In Sol

Antes de um laicado preparado precisamos de um laicado convencido

"No entanto, sobretudo a nível das nossas comunidades tradicionais, todos notamos a falta de um empenhamento laical que transforme a realidade. Nas nossas paróquias, estamos quase sempre à espera do pároco, mesmo que este tenha cinco ou mais freguesias, para decidir seja o que for. É preciso mudar a acção pastoral, o que só será conseguido se, antes, mudarem as mentalidades."

Vale a pena ler e reler!
Todos, sacerdotes e leigos!

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=55659&seccaoid=6&tipoid=95

Espírito Santo, Dom do Pai

Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho!

Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar,

aquilo que devo dizer,

como devo dizê-lo,

aquilo que devo calar,

aquilo que devo escrever,

como devo agir,

aquilo que devo fazer,

para procurar a Vossa glória,

o bem de meus irmãos e minha própria santificação.

Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós.

Ó Maria, Templo do Espírito Santo,

ensinai-me a ser fiel àquele

que habita em meu coração.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

O fosso social continua a ser enorme

A pobreza entre os residentes em Portugal baixou de 19%, em 2005, para 18%, em 2006. No entanto, o fosso social continua a ser enorme. Os 20% de portugueses com os maiores rendimentos auferem 6,8 vezes mais do que os 20% mais desfavorecidos.
À cabeça da tabela dos pobres surgem as famílias monoparentais, ou seja, em que apenas um dos cônjuges vive em casa com os filhos. São 41%. Estão também em situação de pobreza 40% dos que têm mais de 65 anos e vivem sozinhos.
Acresce a este rol os 38% de famílias numerosas, com três ou mais filhos ou crianças a cargo. Todas estas camadas populacionais apresentam, em 2006, taxas de risco de pobreza que são mais do dobro dos índices relativos ao total da população, que é de 18%. Mais: a tabela do Instituto Nacional de Estatística mostra que, se não recebessem qualquer prestação social, seriam 40% os idosos em pobreza, sendo 25% os que assim se definem mesmo após a transferência da pensão de reforma ou de sobrevivência.
( O título e os sublinhados são da nossa responsabilidade)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Catequistas reunidos

Mais uma reunião de catequistas acabou há pouco. É sempre com imensa satisfação que participo nestes encontros.
Debate-se a situação da catequese, apresentam-se e partilham-se problemas e dificuldades, aperfeiçoam-se estratégias, analisa-se o caminho andado e reformula-se, quando necessário, o caminho a percorrer. Estreita-se a união do grupo.
Uma ideia sobressaiu hoje: "caminhada catequética". Pensou-se naqueles que não querem caminhar, porque só lhes interessa chegar...
Foi bom. Foi importante. Sentimos que ELE nos une e nos move.

Os católicos divorciados foram muitas vezes "maltratados e ignorados" pela Igreja.

Arcebispo de Milão, o Cardeal Dionigi Tettamanzim, escreve aos católicos divorciados e separados na sua Diocese, na qual reconhece que os mesmos foram muitas vezes “mal tratados e ignorados” pela Igreja. Este responsável pede que eles participem na Missa, mesmo que não possam comungar.

A carta, de 23 páginas, foi publicada esta Segunda-feira e esta à venda nas livrarias italianas, com o título "O Senhor está perto de quem tem o coração ferido".

O Cardeal Tettamanzi manifesta a sua tristeza pelos separados e divorciados que foram “feridos, julgados sem misericórdia ou condenados por homens e mulheres da comunidade cristã”. O Arcebispo de Milão admite que os separados e divorciados têm a impressão de que a Igreja “ignora os seus sofrimentos”.

"A Igreja sabe que, em certos casos, não só é lícito, mas inevitável decidir pela separação; para defender a dignidade da pessoa, evitar traumas mais profundos e manter a grandeza do matrimónio, que não se pode transformar numa série insustentável de agressões recíprocas”.
http://www.padre-inquieto.blogspot.com/

2008: Ano Internacional da Batata

Planta herbácea , da família Solanaceae, tem o seu produto comercial nos tubérculos, caules modificados que armazenam reservas , necessidade imposta para enfrentar o inverno, na sua região de origem .
A batata é originária do Peru, onde fora cultivada desde eras imemoriais pelo povo inca, sendo chamada de "papa" na língua quíchua. Nos nossos dias, nos países andinos, produzem-se e comercializam-se mais de 200 variedades diferentes de batatas.
Este vegetal já era cultivado no Peru há 7.000 anos para efeitos de alimentação humana.
Em 1570, a batata foi levada para a Espanha, de lá disseminou-se para a Europa e depois para todo o mundo. Actualmente, a cultura mundial atinge a cifra de cerca de 300.000.000 toneladas/ano. A China é o maior produtor mundial com cerca de 73 milhões de toneladas.
O número de variedades de batata é bastante considerável, conhecendo-se actualmente mais de 3000.
A batata é rica em grãos de amido. É hoje a 3ª maior fonte de alimentação mundial, a seguir ao arroz e ao trigo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O chato do nevoeiro

Não gosto do nevoeiro. E há dois dias que nos aperta.
O nevoeiro constrange-me. Parece um pide que nos vigia, uma prisão que nos acompanha.
Gosto da luz e da sua liberdade.
Ontem à tarde subi a Santa Helena para o terço e a Eucaristia. Qual não foi o meu espanto quando sinto o alto da Serra bafejado por um Sol lindo, solarengo mesmo. E visto de lá de cima, o vale parecia um enorme manto de algodão. Apetecia saltar do calhau para cambalhotar em tão fofo manto... E que cambalhota seria! A última certamente...
As pessoas deambulavam por ali, contemplando os cumes dos montes segurando as pontas do manto que cobria o vale, e desfrutando, vencedoras, o agradável ar da serra, que ontem troçava do frio húmido do vale que o nevoeiro cerrado tornava ainda menos suportável.
A Serra é um novelinho de surpresas. Oito dias antes, estava indomável. Parecia que tinha o demo no ventre. Soltava cada bufarada que as pessoas tinham de apelar a todas as suas forças e à ajuda alheia para não irem parar com os ossos contra o calhau. As portas dos carros teimavam em não querer abrir e era quase preciso arrancar os manípulos para as obrigar a ceder. Coitadas delas, temiam ser projectadas pelo mau instinto bufador da Serra!
Mas ontem a Serra era um paraíso.
Para mim é sempre. Os seus repentismos e imprevisíveis comportamentos seduzem-me.

A Nês-Nês

Tem 3 anos. É uma amiguita muito querida. Quando vou celebrar ao seu povo, vem saudar-me ao fim, com um arzito de alguma timidez, mas vem. Fica feliz se se apercebe que passo por casa dos seus avós. Neste caso, pede aos pais que a deixem ir imediatamente com a avó.
Falamos imenso, contamos hostorinhas e brincamos os dois.
Como tantas crianças, também ela come pouco. Então à refeição fazemos um campeonato. "Vamos ver quem acaba primeiro?" Sirvo-a. Vai-me dizendo quanto quer e o que quer. "Chega", e levanta a mãozita.
Quando vê que estou muito adiantado em relação a ela, deita sentença: " Tu és gande. Tens de pôr mais." Tem que ser. Como muito devagarinho. Só acelero quando ela está mesmo a acabar. Ergue os bracitos e diz: "Ganhei-teeeee! Bem feita!" E avós e pais aplaudem a Nês-Nês que foi a vencedora. Fica feliz.
No fim da refeição, cantamos os dois. Solta o reportório todo. Cansadita, recita agora as orações que já sabe. Sabe imensas para a sua idade. Mas aqui a brincadeira fica de lado. Reza com muito avontade mais com concentração.
Um dia destes, pediu ao pai que lhe fosse buscar os lápis e instrumentos de desenho, sem dar mais explicações. Depois desenhou com destreza e pintou. Colocou o nome dela. Sim, a Inês não conhece ainda as letras, mas copia perfeitamente qualquer palavra que veja escrita. O nome dela, o do pai e da mãe já memorizou. Pediu que escrevesse o meu nome e também o copiou para o papel do desenho. Fez mais desenhos e também aí colocou os mesmos nomes. Depois, pegou neles todos e disse-me: "Toma, são para ti."
Obrigado, pequena-grande amiga! Contigo solto a criança que vive em cada um de nós. Em ti sinto o sorriso de Deus que continuamente nos seduz.
O que seria do mundo sem as crianças? Defendê-as, protegê-las e ajudá-las a crescer, sãs de corpo e de alma é das mais belas tarefas da humidade.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Como dizer?

Deve dizer-se "pagão baptizado", ou "católico não praticante"?
Que lhes parece?

200.000 aplaudem o Papa, após anulação da visita à La Sapienza

Cerca de 200.000 pessoas aplaudiram hoje o Papa Bento XVI na Praça de S. Pedro, no Vaticano, ao meio-dia, por ocasião do Angelus.

Esta foi uma resposta a um apelo da Diocese de Roma em "desagravo" de Bento XVI, depois deste ter anulado a sua visita à Universidade La Sapienza, em virtude de uma contestação assinada por 67 professores e estudantes anti-clericais.

Segundo dados do Vaticano, a praça duplicou a sua capacidade, na hora da oração do Angelus.
"Livres para escutar", "Se o Papa não vai à Sapienza, a Sapienza vem ao Papa" e "Basta de intolerância anti-católica" eram algumas das frases que se liam nos cartazes que os fiéis empunhavam.

Entre os que responderam ao apelo do vigário de Roma cardeal Camillo Ruin em "desagravo" do Sumo Pontífice, encontravam-se representantes de todas as forças políticas do Centro-Direita e também da ala católica do Partido Democrático, apesar de assegurarem que não se tratava de uma manifestação política e como tal não levaram qualquer bandeira dos seus partidos.

Entre estes, encontrava-se o ex-ministro da Justiça, Clemente Mastella, (...), e o vice-primeiro-ministro e ministro da Cultura, Francesco Rutelli.

Em Milão (Norte), 10.000 pessoas, segundo a Polícia, seguiram a oração do Angelus num ecrã gigante colocado na praça da catedral.

"Obrigado a todos pela vossa presença. Avancemos num espírito de fraternidade e amor pela liberdade e a verdade num compromisso comum por uma sociedade fraterna e tolerante", disse o Papa.

Referindo-se ao cancelamento, sem precedentes, da sua visita à La Sapienza, o chefe da Igreja Católica explicou: "O clima que se criou tornou inoportuna a minha presença".

Bento XVI, antigo professor de Teologia na Universidade, encorajou os universitários presentes "a serem sempre respeitosos das opiniões dos outros e a procurar, com um espírito livre e responsável, a verdade e o bem".

A contestação na La Sapienza, a maior universidade italiana com 130.000 estudantes, surgiu a partir de um grupo de professores do departamento de Física que considera "incongruente", em nome da laicidade, a decisão do reitor de convidar o Papa para a inauguração do ano académico.

Em seguida, vários grupos de estudantes organizaram uma "semana anti-clerical" criticando as posições do Papa sobre o aborto e a homossexualidade.

Durante toda a semana, a classe política quase na sua totalidade solidarizou-se com o Papa e condenou "a intolerância" dos contestatários.

O Presidente da República Giorgio Napolitano, ex-comunista, enviou uma carta a Bento XVI onde exprimiu o seu "profundo pesar" pela anulação da vista. (...)

NL.
Lusa/Fim

Lembrámos São Sebastião

No seu dia, quiseram as mordomas do Padroeiro, S. Pedro, lembrar também o Mártir São Sebastião, por quem esta gente sente bastante devoção.
Foi tudo muito simples. Após a Eucaristia na Capela do Mártir, teve lugar a procissão. Mas houve respeito e participação, apesar do frio e da exiguidade da capela.
No sentido de melhorar esta festa, foram traçadas linhas de orientação para o futuro, caso se venha a realizar.
Parabéns às mordomas.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo

D. Jacinto Botelho, Bispo de Lamego, celebra este ano as suas Bodas de Ouro Sacerdotais. No próximo dia 15 de Agosto, fará 50 anos de sacerdote.
A Diocese de Lamego preparou um programa para celebrar as Bodas de Ouro Sacerdotais do seu Bispo. O primeiro momento festivo acontece já este Domingo, 20 de Janeiro, 12.º aniversário da ordenação episcopal do prelado.

Segundo uma nota assinada pelo Cón. Joaquim Dias Rebelo, Vigário-Geral da Diocese, esta é "uma oportunidade propícia para que toda a Diocese agradeça a Deus o Bispo amigo que lhe concedeu" e agradeça a D. Jacinto Botelho "a doação sem reservas e o testemunho eminentemente edificante que todos admiram".

"Sabemos que D. Jacinto não quer que esta efeméride se transforme num tempo de exaltação pessoal. Mas de certeza que ele se sentirá verdadeiramente homenageado, se todos aproveitarmos esta ocasião para uma forte dinamização dos diversos sectores da vida cristã diocesana", acrescenta.

Programa

20 de Janeiro - Dia de S. Sebastião, padroeiro da Diocese, e 12.º aniversário da ordenação episcopal de D. Jacinto.

20 de Março - Quinta-feira Santa, dia do Sacerdócio.

15 de Agosto - 50.º aniversário da ordenação sacerdotal do Bispo de Lamego e dia de ordenações.

De 17 a 23 de Novembro - Semana preenchida com diversas actividades, culminando com a celebração do Dia da Igreja Diocesana.

Parabéns, D. Jacinto!
Amanhã não poderei estar nas actividades nem na celebração. Além do trabalho dominical, temos aqui uma festinha a São Sebastião e, de tarde, como é o 3º domingo, há Eucaristia em Santa Helena.
Um Grupo de catequistas daqui estará - a não ser que aconteçam imprevistos. Neles toda a comunidade estará representada. Claro, eu também.
Parabéns, D. Jacinto!
Rezamos por si.

“Quem não tem sentido de humor, provavelmente não tem sentido nenhum...”

“Quando as coisas se complicam, o humor ajuda”- escreveu alguém.
Todos temos na vida coisas e situações que correm mal. E porque não cultivamos o sentido de humor, da graça, da alegria, caímos num estado de tristeza, angústia e desilusão.
Conta certo indivíduo que quando ficou aposentado, pediu para trabalhar como voluntário num hospital. Fez o seu estágio sob orientações de uma enfermeira reformada. Esta enfermeira apresentou-o a Roy um doente canceroso, de 73 anos em fase terminal.
Quando foi apresentado, o doente gracejou: “enfim, alguém careca como eu!”.
O voluntário não sorriu e habituado a viver sem humor, não sorria ao ouvir as piadas engraçadas do doente.
O enfermo notou esta indiferença e confidenciou à enfermeira a falta de humor do voluntário. E certo dia, perante a falta de reacção às suas graças, disse-lhe: “meu caro, não duvido que você seja boa pessoa, mas se está aqui para ajudar, não está a conseguir fazê-lo.”
Ao ouvir isto, ficou triste e desmotivado e terminou o estágio noutro sector do hospital. Passado algum tempo, a enfermeira instrutora disse-lhe que Roy morrera e que lhe mandara entregar um pequeno embrulho. Tinha dentro uma t-shrt com a cara de um conhecido cómico estampada e um bilhete onde se lia: “moral da história: ao primeiro sinal de que esteja a levar-se demasiado a sério, vista esta camisola: por outras palavras, use-a sempre!” Roy.
O estagiário riu. E concluiu que o que o doente lhe queria dizer é que o humor não se resumia apenas a uma piada de vez em quando, mas que é um instrumento básico de sobrevivência, que falta a muita gente.
Todos precisamos de rir mais e de levar menos a sério as nossas mágoas. O humor pode quebrar a tensão em crises familiares e de trabalho, pode aliviar o desespero de estar amarrado a uma cama de hospital, etc..
Quanta gente resolve com o humor situações de grande tensão. Há que cultivar o sentido de humor. Dizia uma idosa experiente: “Quem não tem sentido de humor, provavelmente não tem sentido nenhum...”

São Sebastião, Padroeiro da Diocese de Lamego

20 de Janeiro. São Sebastião.
O santo jovem e o jovem santo.
O soldado cristão e o cristão militar.
O perseguido cristão e o cristão na perseguição.
O cristão corajoso e a coragem para os cristãos.
Unido a Deus para a unidade dos crentes.
Jovem de Igreja para a edificação da Igreja.
A vida feita serviço para que o serviço seja vida.
A vida que se faz martírio para que o martírio se faça vida.
O defensor da Igreja para que a Igreja seja voz e vez de quem não tem voz nem vez.
O jovem de valores para que os jovens vivam para os valores.
O Advogado contra a fome, a peste e a guerra para que a paz e o pão afastem de todos a peste do sofrimento e da miséria.

«Erro colossal» e política «estapafúrdia» do actual Governo

«As pessoas vão passar a nascer em casa ou a morrer em casa, para além daqueles que já andam a nascer pelo caminho», ironizou Manuel Alegre, ao abordar numa entrevista à jornalista Flor Pedroso, da Antena 1 a desertificação dos serviços públicos no interior.

«Parece que é isto que se está a fazer (desmantelar)», disse, acrescentando «não compreender esta política, não só das taxas moderadoras para tratamentos e cirurgias (uma dupla tributação), como a extinção de urgências e de Serviços de Atendimento Permanente e o encerramento de maternidades em zonas do interior, seja qual for a fundamentação técnica».

«Se tiram os serviços públicos do interior, as pessoas sentem-se abandonadas e desprotegidas, não foram criadas alternativas, as coisas não foram explicadas e é tudo feito por atacado», afirmou.

«As condições de vida das pessoas não melhoraram no interior e de repente tiram-lhes os serviços de saúde. As pessoas ficam aflitas», disse...

«Os portugueses não se dão bem com as maiorias absolutas, sobretudo aqueles que governam e perdem um bocado a cabeça com as maiorias absolutas», sublinhou.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=76495

TEM 80 ANOS

Vai fazer 80 anos em Março. Os filhos pensam celebrar, agradecidos, este seu aniversário e já falaram comigo.
Quem a vê caminhar parece uma rapariga nova, tal a agilidade com que se mexe. Sempre disponível para aquilo que se lhe pede. Acaba de ser nomeada Ministro Extraordinário da Comunhão. Foi uma alegria e tanto. Eu sei que ela o esperava há muito tempo, embora nunca mo tivesse dito. Durante a semana, substitui o sacristão. Vai buscar a chave, toca o sino, prepara o altar, preenche os papéis com as intenções da Missa, procura os devidos leccionários e faz a leitura. Claro que se topa alguém na assembleia que ela sabe que lê bem, vai desinquietar. Não é abocanhante.
Quando entro, já ela está a rezar há bastante tempo. Vai sempre à sacristia antes da Eucaristia com a pergunta sagrada: "Tá tudo bem? É preciso alguma coisa?"
Terminada a Eucaristia, volta a colocar tudo no seu lugar, "porque a casa de Deus é para se manter arrumadinha". Se vê que estou com tempo, lá vem um desabafo, uma historieta, uma experiência. Mas se repara que estou com pressa, não me retém. Apenas pergunta: "Já posso fechar as luzes?" Saio da sacristia, e a voz dela acompanha-me: "Vá descansado, eu cá trato de tudo."
Ah! É catequista do 8º ano conjuntamente com outro catequista. Embora de idades muito díspares, entendem-se muito bem e os adolescentes gostam deles. Tem sempre uma história na ponta da língua para ilustrar um ou outro ponto da lição.
Anda agora feliz, mais do que nunca. Todos os dias vai rezar o terço com os idosos que estão no Lar e duas vezes por semana distribui a Sagrada Comunhão, com um consequente tempo de adoração.
Nos passeios dos vários grupos paroquiais - ela pertence a quase todos - é sempre uma fonte de alegria e de boa disposição. Em muitos deles, mormente de pequenos grupos, já vi muita gente de lágrimas nos olhos de tanto rir. Tem realmente uma graça imensa, espontânea, sem baixezas. Então a "história da porca", contada por ela, é de gritos.
Oitenta anos! E ainda pelo Natal distribuiu 200 boletins paroquiais de casa em casa, subindo e descendo escadas quando eram prédios. E comentava no fim: "Tou aqui fresca como uma alface."
No domingo do Mês em que o jornal está à venda, já nem lhe digo nada. Só aponto e ela acena com a cabeça. No fim, lá está, fora da porta da Igreja, no "negócio".
E pensar que esta senhora, "criou um bando de filhos", como ela diz! E pensar que ainda há 2/3 anos foi operada e já se falava do seu fim, tal a gravidade da doença! Trabalhou como uma dobadoira, passou aquelas que o diabo enrosta, mas não se queixa. Gosta demais de viver e transmite-o.
De quando em vez, acompanha-me à 3ª Missa (sim, porque as duas da Igreja ninguém lhas tira, chova ou neve). Na viagem conta-me e reconta-me peripécias da sua vida. Mas nunca deixa de referir o quanto amava o seu falecido marido.
Onde irá buscar tanta força para viver lutando com alegria? Saberão certamente. À fé. Pode exprimi-la aqui e ali em termos menos modernos, mas que é uma fé profunda, com razões de viver, isso é.
Um livro que se lhe dê, chama-lhe um rebuçado. Uns dias depois, lá aparece com o resumo. Claro, que nada lhe tira uns momentos diários de leitura bíblica...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Conselho de Arciprestes

Mais uma manhã em reunião de arciprestes. É sempre bom quando os padres se encontram, rezam, partilham, convivem.
Após momentos de oração e de reflexão orientados pelo senhor Bispo, falou-se sobre o Plano Pastoral da Diocese, insistindo sobretudo no que diz respeito ao tempo quaresmal.
Os arciprestes apresentaram o ponto de vista dos sacerdotes dos seus arciprestados no tocante à Assembleia do Clero e ao Dia da Diocese.
Falou-se numa data que pudesse ser mais favorável para a realização do retiro anual e, a propósito da iniciativa do senhor Bispo de tomar em sua casa uma refeição com os padres da diocese, oferecendo desta maneira um sinal de proximidade no ano em que celebra 50 anos de sacerdócio, ficou estabelecido que este encontro fraterno ocorreria com o grupo arciprestal, em dia a combinar posteriormente.
Foi um tempo muito agradável, de partilha, de abertura, de amizade. Este conselho de arciprestes, embora muito heterogéneo em idades e sensibilidades, é fantástico.

UNIDADE

Começa, hoje, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. É a centésima semana.
É a vontade do Pai. Que todos sejamos um. Sem anular as diferenças. Mas também sem asfixiar a comunhão.
A unidade é prova de fé, manifestação de esperança e certificado de amor.
Theosfera

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Missão dos leigos

O Catecismo da Igreja Católica diz:

§897 Os fiéis leigos "Sob o nome de leigos entendem-se aqui todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo.

§898 "É especifico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão intimamente unidos, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor."

§899 A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja.
Os fiéis leigos estio na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma consciência sempre mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja.

§900 Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito.

§901 "Os leigos, em virtude de sua consagração a Cristo e da unção do Espírito Santo, recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos sempre mais abundantes. Assim, todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito, e mesmo as provações da vida, pacientemente suportadas, se tornam 'hóstias espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo' (l Pd 2,5), hóstias que são piedosamente oferecidas ao Pai com a oblação do Senhor na celebração da Eucaristia. É assim que os leigos consagram a Deus o próprio mundo, prestando a Ele, em toda parte, na santidade de sua vida, um culto de adoração."

§902 De maneira especial, os pais participam do múnus de santificação "quando levam uma vida conjugal com espírito cristão e velando pela educação cristã dos filhos".

§903 Se tiverem as qualidades exigidas os leigos podem ser admitidos de maneira estável aos ministérios' de leitores e de acólitos. "Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de seus ofícios a saber exercer o ministério da palavra, presidir às orações litúrgicas administrar o Batismo ( em perigo de morte) e distribuir a sagrada Comunhão de acordo com as prescrições do direito."

§904 "Cristo... exerce seu múnus profético não somente por meio da hierarquia... mas também por meio dos leigos, fazendo deles testemunhas e provendo-os do senso da fé e da graça da palavra": Ensinar alguém para levá-lo à fé é a tarefa de cada pregador e até de cada crente.

§905 Os leigos exercem sua missão profética também pela evangelização, "isto é, o anúncio de Cristo feito pelo testemunho da vida e pela palavra". Nos leigos, "esta evangelização... adquire características específicas e eficácia peculiar pelo fato de se realizar nas condições comuns do século": Este apostolado não consiste apenas no testemunho da vida: o verdadeiro Apóstolo procura as ocasiões para anunciar Cristo pela palavra, seja aos descrentes... seja aos fiéis.

§906 Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social.
§907 "De acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm o direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os pastores, e levando em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas, dêem a conhecer essa sua opinião também aos outros fiéis.

§908 Por sua obediência até a morte, Cristo comunicou a seus discípulos o dom da liberdade régia, "para que vençam em si mesmos o reino do pecado, por meio de sua abnegação e vida santa":
Aquele que submete seu próprio corpo e governa sua alma, sem deixar-se submergir pelas paixões, é seu próprio senhor (é dono de si mesmo): pode ser chamado rei porque é capaz de reger sua própria pessoa; é livre e independente e não se deixa aprisionar por uma escravidão culposa".
§909 Além disso, com forças conjugadas, que os leigos sanem as instituições e condições do mundo, caso estas incitem ao pecado. E isto de tal modo que todas essas coisas se conforme com as normas da justiça e, em vez de a elas se opor, antes favoreçam o exercício das virtudes. Agindo dessa forma impregnarão de valor moral a cultura e as obras humanas."

§910 Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os próprios pastores no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversificados, segundo a graça e os carismas que o Senhor quiser depositar neles."

§911 Na Igreja, "os fiéis leigos podem cooperar juridicamente no exercício do poder de governo" Isto se diz de sua presença nos concílios particulares, nos sínodos diocesanos nos conselhos pastorais; do exercício do encargo pastoral de uma paróquia; da colaboração nos conselhos de assuntos econômicos; da participação nos tribunais eclesiásticos etc.

§912 Os fiéis devem "distinguir acuradamente entre os direitos e os deveres que lhes incumbem enquanto membros da Igreja e os que lhes competem enquanto membros da sociedade humana. Procurarão conciliar ambos harmonicamente entre si, lembrados de que em qualquer situação temporal devem conduzir-se pela consciência cristã, uma vez que nenhuma atividade humana, nem mesmo nas coisas temporais, pode ser subtraída ao domínio de Deus".

§913 "Assim, todo leigo, em virtude dos dons que lhe foram conferidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da própria missão da Igreja "pela medida do dom de Cristo" (Ef 4,7)

UM LEIGO PODE FAZER A HOMILIA?

Na INSTRUÇÃO DO MISSAL ROMANO, lê-se:

Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo[65]. Em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita, por um Bispo ou presbítero que se encontra na celebração mas sem poder concelebrar. Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Além disso, é recomendada, particularmente nos dias feriais do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, e também noutras festas e ocasiões em que é maior a afluência do povo à Igreja[66]. Depois da homilia, observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio.

Como se vê, um leigo não pode fazer a homilia.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A corresponsabilidade que gera a comunidade

"O que faz uma grande paróquia é a corresponsabilidade dos seus membros". - D. Albino Cleto

Um leigo pode presidir a um funeral? CLARO QUE SIM!

Nas Exéquias, a Igreja pede que os seus filhos, incorporados pelo baptismo em Cristo morto e ressuscitado, com Ele passem da morte à vida e, devidamente purificados na alma, sejam associados aos santos e eleitos no Céu, enquanto o corpo aguarda a bem-aventurada esperança da vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos” (PRE 1).
Por outras palavras, nas exéquias “a igreja implora o auxílio espiritual para os defuntos e honra os seus corpos, e, ao mesmo tempo, leva aos vivos a consolação da esperança” (CDC 1176 §2).

Os Preliminares do Ritual prevêem o caso das exéquias serem presididas por um leigo. “Se a necessidade pastoral o exigir, a Conferência Episcopal com licença da Sé Apostólica pode até confiar essa missão a um leigo” (PRE 20).
Essa licença já existe para Portugal. Assim, as exéquias fúnebres, que não são um sacramento mas apenas um sacramental, podem ser realizadas por um leigo.
Este, de preferência, deve ser instituído no Ministério Extraordinário das Exéquias.

A Igreja ensina e defende que a Eucaristia é o mais importante e eficaz acto de sufrágio pelos defuntos. Ora, o leigo não pode celebrar a Eucaristia, poderão argumentar algumas pessoas. É verdade, mas isso não é, de modo algum, um impedimento. Também acontece, e não raras vezes, que o próprio sacerdote que preside ao funeral não pode, nesse dia ou nessa hora, celebrar a Eucaristia, em razão de outros compromissos anteriores ou prioritários ou em virtude de tempos litúrgicos. O facto de, nessas circunstâncias, não se poder unir a celebração da Eucaristia à celebração das Exéquias, não impede que a Eucaristia seja celebrada noutro momento ou mesmo noutro dia. Também pode acontecer que o sacerdote celebre a Eucaristia e o leigo realize as outras cerimónias fúnebres, como a oração no lugar onde se faz o velório, o cortejo e a oração no cemitério. E esta oração, feita em nome da comunidade e em comunhão com a Igreja, é seguramente agradável a Deus e proveitosa para todos.

PODE UM LEIGO (A) PRESIDIR AO MATRIMÓNIO?

O leigo, testemunha qualificada
para celebração do matrimónio canónico (cân. 1112)


Diz o Código de Direito Canónico, no cânone. 1112:
- § 1 diz: "Onde faltam sacerdotes e diáconos, o Bispo diocesano, com o prévio voto favorável da Conferência doa Bispos e obtida a licença da Santa Sé, pode delegar em leigos para assistirem aos matrimónios".
- O § 2 deste mesmo cânone acrescenta: "Escolha-se um LEIGO IDÓNEO, que seja capaz de FORMAR OS NUBENTES e de realizar CONVENIENTEMENTE a liturgia do matrimónio." (os negritos são nossos)
Sim. Um leigo (a) pode presidir ao sacramento do Matrimónio, observadas as prescrições canónicas.
Convém esclarecer. Um casamento presidido por um leigo, não poderá ter Missa. Normalmente estamos habituados a ver a celebração do Matrimónio dentro da Eucaristia. Mas são dois sacramentos distintos. Aliás, antigamente quanto matrimónios eram celebrados na Missa? E pergunto: que sentido tem a Eucaristia para muitos noivos quando antes nunca se viam na Igreja e, nos domingos seguintes ao casamento, continuam a não se ver por lá? Só para parecer bem? Mas a Eucaristia é algum objecto de adorno? Não brinquemos com Aquele que nos leva a sério.
No matrimónio, os ministros são os noivos. São eles que dizem as palavras sacramentais e realizam o sinal sacramental. Palavras: "Recebo-te por meu esposo... Recebo-te por minha esposa..." Gesto: mãos direitas unidas.
Nos outros sacramentos - Baptismo, Confirmação, Reconciliação, Eucaristia, Ordem, Santa Unção - , o ministro é ordenado - recebeu o sacramento da Ordem.
Pensemos no sacramento do Baptismo. Sinal: deitar a água sobre a cabeça do que se vai baptizar. Palavras: "Eu te baptizo em nome do Pai...."Quem executa o gesto e profere as palavras? O ministro ordenado - Diácono, Sacerdote, Bispo. Logo estes é que são os ministros deste sacramento. E podíamos continuar pelos outros sacramentos...
O único sacramento onde o ministro não é o Padre (nem o Bispo, nem o Diácono) é o matrimónio.
Assim se compreende que não pode haver Eucaristia sem o Padre ou o Bispo, porque são os ministros deste sacramento. O mesmo se diga dos outros sacramentos onde o ministro tem que ser ordenado. Se no matrimónio os ministros são os noivos, então podemos concluir que não é exigida a presença do ministro ordenado para a validade do sacramento.
UM FACTO
Há tempos, uma senhora veio ter comigo muito preocupada porque foi a um casamento de uma familiar sua de quem gostava muito. O matrimónio realizou-se no sul de Portugal.
Disse-me que a sua familiar havia, para seu imenso desgosto, mudado de religião. E acrescentou: "Veja lá que foi uma freira que os casou! A minha sobrinha deve ter mudado para os Jeovás!"
Tentei explicar o melhor que pude. Tinha já bastante idade, e como tal, dificuldades em entender. Disse-lhe que as Testemunhas de Jeová nem sequer têm freiras. Falei-lhe do matrimónio, sublinhando que os noivos é que eram os ministros e que, como tal, não era exigível a presença do sacerdote, mormente em zonas onde chega a haver um sacerdote para um concelho. Li-lhe e expliquei-lhe o cânone acima referido. Mas qual quê!?
- Sabe, já sou muito velha para compreender essas coisas. Só sei que para o fim do mundo se hão-de ver coisas que nem ao diabo lembra. É o que esta a acontecer. Tá, tá!"
Agradeceu, saudou-me e foi-se embora.
Mas é importante que percebamos. Que nos abramos à beleza encantadora da mensagem e não fiquemos pelos costumes e tradições que aprisionam. E recordo o Bispo D. Azevedo que disse: "A Santa com mais devotos em Portugal é a "santa ignorância".

Rezando ao PAI pelos pais

Os brasileiros são, em geral, mais espontâneos do que nós. Usam uma linguagem mais directa, mais incisiva, colocam mais o coração nas palavras. Se quer comprovar, veja esta oração ao Pai do Céu por todos os pais.

"Divino e Eterno Pai, com licença! Estou chegando... Venho pedir pelos PAIS da terra. Puxa, Senhor, como eles precisam! Fico me lembrando, Senhor, dos pais jogados em asilos, ou em casas de repouso. Eles se tornaram pesados para tantas famílias. São uma “tranqueira...” Complicam. Dão trabalho. Então desfaçamo-nos deles... Sofrem muito, Senhor! Por eles, peço carinhosamente. Sim, carinhosa e encarecidamente. Senhor, derramai sobre eles uma bênção toda especial.

Penso, Pai do Céu, nos pais que lutam, lutam, lutam e ganham uma miséria. Eles têm vergonha de aparecer em casa. Sentem-se frustrados. A esposa pede dinheiro. Os filhos precisam de dinheiro. Ele, coitado, de mãos vazias!... Querido Pai Celestial, abençoai prodigamente os pais pobres! Que eles consigam uma remuneração mais justa e mais humana!

Senhor, e os pais tarados? São inúmeros, Senhor!

Como pode, meu Deus, um pai estuprar a própria filha? Difícil compreender tal postura! Apesar da sem-vergonhice e do hediondo crime, oro por eles, Senhor. Tocai-os, Pai do Céu! Convertei-os! Porém, que se faça justiça, Senhor!

E o pai beberão, hem, Senhor?!...

Pelo amor de Deus, como aprontam! Noooosa!...

Batem na mulher, nos filhos. Quebram tudo. Arrasam tudo. Transformam-se em vândalos. Pai Divino, olhai para os pais gambás! Mudai-os, e logo, logo!

Deixaria eu de orar pelos pais vagabundos?... de jeito algum, Senhor! Daí um empurrão neles, querido Deus! Cutucai-os com vara bem curta, Pai Celestial! Quem sabe, assim, eles se animem!...

Senhor, e os pais desligados? Huuuuum, nunca sabem nada! Nunca vêem nada! Nunca percebem nada! Sempre voando... Derramai uma baita bênção sobre eles, Pai Divino!

Enfim, Bondoso Pai do Céu, peço por todos os pais! Que eles sejam mais, muito mais felizes e amparados!

Pai do Céu, abençoai os PAIS DA TERRA

Amém! Assim seja"
http://www.claret.com.br/noticias.jsp?nId=964

Que tal? O crente que reza ao Pai do Céu fá-lo com enorme espontaneidade e avontade. Parece a água a brotar naturalmente da fonte.
Reza na sua linguagem do dia-a-dia, sem rebuscos ou enfeites. Parece uma conversa entre dois grandes amigos que se entendem maravilhosamente e que, por isso, não precisam de estar à procura da palavra formal.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Capitalismos!!!

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um boi. Eles multiplicam-se, e a economia cresce. Você vende a manada e aposenta-se. Fica rico!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas. As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar as vacas dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas. E reclama porque o rebanho não cresce...

CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas. Foram compradas através do Fundo Social Europeu. O governo cria O IVVA - Imposto de Valor Vacuum Acrescentado. Você vende uma vaca para pagar o imposto. Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas. Para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho...

"Não pudemos assistir à Missa..." ASSISTIR???

Em virtude de uma viagem longa, com imprevistos vários pelo meio, aquele casal não teve oportunidade de participar na Eucaristia dominical. Procuraram-me, porque para eles "um domingo sem Missa não é domingo."
- Senhor padre, fizemos tudo para assistir à missa, mas não nos foi mesmo possível!
- Assistir? - perguntei enfaticamente.
- Sim, não conseguimos ir à Missa no domingo...
Então falei com eles, procurando perceber o seu "assistir", ao mesmo tempo que o casal entendesse o meu "participar".
De facto, não assistimos à Missa. Ela não é nenhum concerto, peça teatral ou cinema a que se assiste. Na Missa, não há actores e assistência, somos todos actores. Não há motores e carroçaria. Somos todos motores. Somos comunidade celebrante.
Claro que o Ministro do sacramento da Eucaristia é o bispo ou o sacerdote. O seu lugar único e insubstituível, não retira protagonismo à assembleia, pelo contrário, une-a e reforça a sua coesão.
Daqui a responsabilidade de toda a comunidade na celebração da Eucaristia. Uma comunidade amorfa, que não responde, não canta, não ouve, não acata o silêncio prejudica gravemente a vivência da Eucaristia.
Os sacerdotes sabem por experiência como é bom celebrar a Eucaristia com certas comunidades onde a participação e o envolvimento humano e cristão é grande. Onde a fé se vive! E como custa bem mais celebrá-la com comunidades amorfas, que se arrastam, sem alegria, sem participação, mortinhas que "aquilo acabe".
Há duas situações difíceis: a de "túmulos" e a de "carnaval". A primeira refere-se àquelas assembleias que lembram a paz dos cemitérios. As pessoas estão com cara de "sexta-feira santa", só um punhadito é que responde a medo, cantam meia dúzia de pessoas, desgastam a vista a olhar para o relógio, esgotam o ar de tanto abrirem a boca. A segunda não é menos simpática. A igreja é um espaço de falatório, de conversa pegada, de risada, de mascar chiclets, de dar até uma olhadela pelas mensagens de telemóvel...
O sacerdote explica, favorece por todos os meios disponíveis a participação, só que as pessoas não querem e quando não querem...

Mas o mais engraçado nisto tudo é que depois leio em alguns blogues e ouço pessoas a dizer que a culpa é do sacerdote! Como se a Missa fosse só dele, como se ele fosse o artista a cujo concerto se vai assistir... Gente a dizer que as pessoas não vão à Eucaristia por culpa do padre ou que vão porque o padre é "porreiro". Meu Deus! Mas a fé é nas pessoas ou em Cristo? Somos cristãos por causa das pessoas ou por causa de Cristo? Se sou cristão por causa da pessoa tal ou tal, é melhor pôr os bigodes de molho, mais tarde ou mais cedo me decepcionarei. Só CRISTO é o SENHOR! Só Cristo nunca desilude!

As pessoas não vão, não querem PARTICIPAR, não testemunham a sua fé, não assumem a sua condição de celebrantes, e depois a culpa é do padre!!! Haja pachorra para tanto desaforo!

Como uma criança ajudou os seus pais...E como os pais se deixaram ajudar pela criança...

Sou Mãe de uma criança de 10 anos que desde os 5 anos começou a frequentar a catequese ao sábado na paróquia de Santiago Maior ( sé) em Beja. Naquela altura tanto eu como o Pai não frequentávamos a igreja. Quando o nosso filho começou a preparação para a primeira comunhão achámos por bem começar a acompanhá-lo a missa dominical, hábito que primeiro se estranha mas que depois se entranha. Não era crismada e hoje sou. Não rezava e hoje não consigo viver sem a oração porque é para mim um alimento vital. Este ano sou catequista ou melhor aprendiz de catequista pois estou acompanhada por uma catequista "veterana", digo isto porque tem largos anos de experiência. O grupo de crianças é muito dinâmico, são fantásticos. Todos eles vão à missa acompanhados pelos pais e o que me deixa mais feliz no meio disto tudo é olhar para eles e notar que não foram "empurrados" nem para a catequese nem para a missa. (...) Só para terminar: Geralmente são os pais que encaminham os filhos para conhecer melhor este Deus maravilhoso que habita no coração de cada um de nós mas que às vezes temos dificuldade em encontrá-lo, no meu caso foi ao contrário.
noctivaga, in padres inquietos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Há médicos e professores a pedirem-nos ajuda para dar de comer aos filhos"

A denúncia parte de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar(BACF). São os 'novos pobres': a classe média sobreendividada.
Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele «e-mail» para o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF). E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar.

Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física ex-atleta olímpico. Ela, mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de €2000 que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa .
"No dia em que enviei o «e-mail» faltavam três semanas para receber e só tinha €80", explica. "Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome".O caso tem um mês. Ana Vara, assistente social do BACF, ligou a Manuela mal leu o pedido. E disse-lhe o que tanto tem repetido ultimamente:

Não tenha vergonha, não é a única. "Nos últimos quatro meses, mais que duplicaram os pedidos directos ao banco alimentar. E há cada vez mais casos de classe média ", garante Isabel Jonet. A directora do BACF chama-lhes "os novos pobres ": empregados, instruídos, socialmente integrados, mas, ainda assim, vítimas da pobreza e até da fome. Nos últimos três meses, chegaram ao banco alimentar de Alcântara 250 casos, 30% dos quais se enquadram nesta nova categoria. E em todos há pontos transversais: mais mulheres, muitas mães, desemprego inesperado, rupturas familiares, e sempre sobreendividamento.(...)
As famílias tradicionalmente carenciadas aparecem no banco alimentar, pedem olhos nos olhos. Os novos pobres gritam por ajuda, envergonhadamente, através do correio electrónico. Como Luciana, médica, cujo desemprego súbito do marido fez ruir a estrutura económica do lar de nove filhos. Sem ele saber, sem o magoar de vergonha, pediu apoio alimentar para um casa onde nunca tinha faltado nada.

Entretanto, nem tudo são lágrimas:
O lucro do Millennium BCP atingiu 191 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. Os resultados em base recorrente cresceram 16% nos primeiros três meses do ano.

O Banco Espírito Santo divulgou quinta-feira um lucro de 139,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 33% que no período homólogo...

O BPI obteve um resultado líquido de 96,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que corresponde a uma subida de 30 por cento face a igual período do ano anterior.


O Banco Santander Central Hispano obteve um resultado líquido de 1,8 mil milhões de euros, no primeiro trimestre do ano. Este valor representa mais 21% que no período homólogo...
Jornal Expresso - Raquel Moleiro, com Isabel Vicente, 1/12/2007

Os bancos são donos e senhores de quase tudo...

«Para um breve retrato deste nosso país singular onde cada vez mais mulheres dão à luz em ambulâncias - e assim ajudam o ministro Correia de Campos a poupanças significativas nas maternidades que ainda não foram encerradas -, basta retomar três ou quatro notícias fortes das últimas semanas. Esta, por exemplo: centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope .»

«Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles . Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos

«Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestrutruração, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais .»
Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

Pequenitos limpinhos e educadinhos, muito simpático o casal

Realmente a vida não está fácil.
Ao pé de mim, vive uma família vizinha cujo marido ganha o ordenado mínimo. Este casal tem três miúdos e a esposa, nas horas em que pode, dá umas horinhas em limpezas domésticas. É um casal pobrezinho mas espectacular. Pequenitos limpinhos e educadinhos, muito simpático o casal. Toda a gente aqui gosta deles e ajuda como pode. Eu mesma muitas vezes, mesmo sem precisar, arranjo umas horas para a senhora ganhar mais uns euros.
Os miúdos vestem roupa de marca. Sabem porquê? Porque lhe dão peças já usadas que a mãe trata e ajusta na perfeição.
Muitas vezes a minha vizinha vem ter comigo com ar acabrunhado pedindo um empréstimo para a renda da casa... para a luz... para o gás que acabou....Sempre que posso, claro que empresto. Mas já houve uma ou outra vez em que eu não tinha e fui pedir para lhe emprestar. Nunca me ficou a dever um tostão. No dia que promete, aí aparece com o dinheiro.
Naquela casa não há telemóveis para ninguém, nem aparelhagens, nem brinquedos novos. Mas há imenso amor, uma humildade enorme e uma grande confiança em melhores dias.
Posso dizer que tantas vezes ela leva de minha casa a sopa que cresceu na panela, o arroz, o bocadito da carne... tudo sempre muito acomodadinho, com imensa limpeza.
Meu Deus, como gostava de ser rica para ajudar esta e outras famílias!
Ajudemos sempre quem precisa. Mas que quem é ajudado tenha o sentido sóbrio, económico e sobretudo a vontade de vencer.
Ana Soeiro, in Jovens em Movimento

domingo, 13 de janeiro de 2008

Escuteiros de Alcobaça entre nós

Acompanhados pelo Assistente, P.e Vasco, um numeroso grupo de escuteiros de Alcobaça acamparam entre nós, mais concretamente na Serra de Santa Helena, durante este fim-de-semana.
Acolhidos e acompanhados pelo nosso agrupamento 1006, desenvolveram uma séria de actividades escutistas, visitaram os monumentos do concelho e confraternizaram. Hoje participaram na Eucaristia das 11 horas.
Apesar do mau tempo e do muito frio, tudo correu bem e vão partir contentes. Certamente quererão voltar numa outra ocasião, com tempo mais favorável.
Alerta, brava juventude!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Baptismo do Senhor

"Logo que Jesus foi baptizado, saiu da água. Então, abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência». (Evangelho de São Mateus)
De Belém ao Jordão, trinta anos vão. Com a Festa do Baptismo do Senhor, manifesta-se já até onde vai a loucura do amor de Deus, que desceu dos céus, e, por meio do seu Filho, assumiu a nossa condição humana. No Baptismo, Jesus desce ao fundo mais imundo da nossa miséria humana; mergulha no mistério da nossa iniquidade, para daí nos levantar, purificados pela água e pelo seu Sangue.


ISTO ACONTECE NO PORTUGAL DE HOJE! UMA VERGONHA!!

Em 2006 foram encontradas a pedir nas ruas 260 crianças. Negligenciados pela família e muitas vezes ignorados pela sociedade, estes miúdos correm sérios riscos de se transformar em futuros delinquentes, alertaram especialistas.

Leia aqui: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=75297

Pedia a Deus que a ajudasse, pois estava a meio do mês e já não tinha dinheiro

Como todo o Cristão, deveríamos rezar todos os dias, agradecendo a Deus pela vida que temos e pedindo o pão nosso para cada dia, mas na sociedade em que vivemos, muitas vezes (e agora mais que nunca), sentimos muitas dificuldades em o fazer.
Uma família trabalha honestamente para conseguir sobreviver, faz os seus descontos, cumpre à risca tudo o que a lei manda.
Um certo dia um dos filhos sem que a sua mãe se apercebesse, ouve uma das orações que ela fazia a Deus. A senhora doente e de baixa médica, por entre lágrimas e orações, pedia a Deus que a ajudasse, pois estava a meio do mês e já não tinha dinheiro. O seu marido ainda não tinha recebido o ordenado, um dos filhos é estudante e o pouco dinheiro que ganha nem sequer chega para pagar os seus estudos. Este necessitava de ir a um médico, mas como não tem dinheiro não se atreve a pedir aos pais, pois sabe perfeitamente que eles não o têm... Os outros filhos continuam a sua vida normalmente, pois muitas vezes não se apercebem da situação familiar. Os ordenados continuam os mesmos, mas as despesas são cada vez maiores. É a renda da casa, é a luz, é a água, é o gás, são os estudos, é a alimentação, enfim contas e contas e mais contas... Este filho estudante pensa muitas vezes em abandonar os seus estudos para poder estabilizar um pouco mais a situação financeira em casa, como as coisas andam eles não vão conseguir aguentar muito mais tempo...
Nesta família todos os meses a necessidade, a tristeza e a preocupação entram em sua casa. Pais tristes porque não conseguem dar aos filhos o que eles muitas vezes necessitam; filhos reocupados com a situação económica da sua família.
Para esta família, a única alegria que têm é saber que são todos unidos e que todos têm fé e esperança em Deus.
Senhor, ajuda todas as famílias que se encontram nesta situação, pois que confiem no teu amor e que nunca percam a fé, a esperança e a cima de tudo esta união familiar.
http://jovens-em-movimento.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Portugueses vítimas da sua própria mentalidade

O português é demasiado exibicionista, sobretudo no carro, no vestir, no telemóvel ... vive muito para a aparência.

Existe a célebre inveja nacional. Se a família do meu vizinho tem um mercedes, vai de férias para a Tailândia, usa roupas das melhores marcas, a minha família não é inferior, nem posso ficar atrás, nem que seja à custa de empréstimos.

Perdeu-se a educação para a poupança. Logo ganha, logo gasta. Depois surgem os imprevistos e é um "deus me acuda"! Aliás até se conta que muitas famílias, enquanto têm dinheiro, é uma correria para os grandes espaços comerciais à busca do bom e do melhor. A partir do meio do mês... toca a pegar na cadernetazinha e comprar fiado na mercearia mais perto...

Um amigo meu ouviu este comentário a uma família espanhola que vive na fronteira: "Os portugueses são pobres, mas em Audis e BMW, devem ser os mais ricos da Europa. Vaidades."

A banca esmera-se para captar clientes e oferece créditos fáceis. Tem grande responsabilidade neste género de empréstimos fáceis. Devia ter legislação adequada, não é emprestar a torto e a direito. Os portugueses têm alguma dificuldade em lidar com a publicidade e deixam-se levar muito por ela. Não sabem distinguir o essencial do acessório, em inúmeros casos.

O Único crédito que as pessoas deviam ter era o da casa, e de uma casa ao nível não dos seus sonhos das das suas possibilidades financeiras. Crédito para carro? Para roupas? Para férias? Para...? Habituarmo-nos a viver com os pés no chão e deixar a mania de levarmos uma vida muito acima das nossas possibilidades reais...

É claro que o desemprego é uma calamidade nacional, mas também há quem não queira trabalhar nem sujeitar-se a um trabalho qualquer...

É escandalosa a diferença que existe nos ordenados em Portugal. Enquanto uns ganham loucuras, outros ficam-se por misérias. Aconselho a lerem o último número da Visão.

É notório que para este governo o deus é o déficit, as pessoas não contam. A pobreza aumenta, há fome silenciosa, os ordenados não sobem nada em comparação com o custo de vida.

A nossa democracia é muito rudimentar ainda. Falta uma forte opinião pública que obrigue os políticos e empresários a estarem mais atentos e a não fazerem só o que lhes interessa. No Norte da Europa a opinião pública é fortíssima e controlam devidamente a actividade governativa. Somos um povo habitualmente egoísta, "logo que não chova no meu quintal, estou-me borrifando para os outros..."

Noémia F. Sá Gonçalves, Lisboa (enviado por email)