sábado, 26 de novembro de 2022

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Os três «agás» em dia de Santa Cecília

Um famoso pastoralista recorda três agás (H) essenciais à renovação das comunidades cristãs: Hospitalidade (acolhimento), Hinos (Música Litúrgica) e Homilia (pregação).
O primeiro «H» é uma preocupação  das nossas comunidades que procuram ser "comunidades de portas e janelas abertas" a quem chega.

O último «H» é um desafio enorme em tempos de frases curtas e de ouvidos pouco recetivos a discursos.

O «H» do meio tem a ver com a experiência fundamental do assombro, da harmonia e da abertura ao belo, à transcendência divina, virtualidades que a música desenvolve no espírito e na alma como nenhuma outra arte. 

Hoje é dia de Santa Cecília, padroeira da música. Este é o dia para agradecermos aos nossos cantores o seu ministério ao serviço da glória de Deus e da participação ativa dos fiéis na Liturgia.

Dias virão – digo eu – em que se perceberá que é mais decisivo o segundo «H» (Hinos - Música litúrgica) do que o terceiro. Mas até lá ainda temos de afinar as vozes e o ouvido.

(Texto de Amaro Gonçalo, com alguma modificação. Fonte: aqui)

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

*QUANDO A GENTE VAI EMBORA*

 “A GENTE VAI EMBORA... e fica tudo aí, os planos a longo prazo e as tarefas de casa, as dívidas com o banco, as parcelas do carro novo que a gente comprou pra ter status.
A GENTE VAI EMBORA... sem sequer guardar as comidas na geladeira, tudo apodrece, a roupa fica no varal.A GENTE VAI EMBORA... se dissolve e some toda a importância que pensávamos que tínhamos, a vida continua, as pessoas superam e seguem suas rotinas normalmente.
A GENTE VAI EMBORA... as brigas, as grosserias, a impaciência, serviram para nos afastar de quem nos trazia felicidade e amor.
A GENTE VAI EMBORA... e todos os grandes problemas que achávamos que tínhamos se transformam em um imenso vazio, não existem problemas. Os problemas moram dentro de nós. As coisas têm a energia que colocamos nelas e exercem em nós a influência que permitimos.
A GENTE VAI EMBORA... e o mundo continua normal , como se a nossa presença ou ausência não fizesse a menor diferença. Na verdade, não faz. Somos pequenos, porém, prepotentes. Vivemos nos esquecendo de que a morte anda sempre à espreita.
A GENTE VAI EMBORA... pois é. É bem assim: Piscou, a vida se vai... O cachorro é doado e se apega aos novos donos.
Os viúvos se casam novamente, andam de mãos dadas e vão ao cinema.
A GENTE VAI EMBORA... e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa. As coisas que sequer emprestávamos são doadas, algumas jogadas fora. Quando menos se espera...
A GENTE VAI EMBORA. Aliás, quem espera morrer?
Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse melhor.
Talvez a gente colocasse nossa melhor roupa hoje, talvez a gente comesse a sobremesa antes do almoço. Talvez a gente esperasse menos dos outros...
Se a gente esperasse pela morte, talvez perdoasse mais, risse mais, saísse à tarde para ver o mar, o pôr do sol, talvez a gente quisesse mais tempo e menos dinheiro.
Quem sabe, a gente entendesse que não vale a pena se entristecer com as coisas banais, ouvisse mais música e dançasse mesmo sem saber.
O tempo voa. A partir do momento que a gente nasce, começa a viagem veloz com destino ao fim - e ainda há aqueles que vivem com pressa! Sem se dar o presente de reparar que cada dia a mais é um dia a menos, porque...
A GENTE VAI EMBORA o tempo todo, aos poucos e um pouco mais a cada segundo que passa.
O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O POUCO TEMPO que lhe resta?!
Que possamos ser cada dia melhores, amorosos, humildes, e que saibamos reconhecer o que realmente importa nessa passagem pela Terra!!!
Até porque... A GENTE VAI EMBORA...”

Texto de Maria Augusta da Silva Caliari, aqui

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Unidades pastorais como comunidades pluriministeriais

A paróquia tem-se vindo a esgotar. Mais do que “comunidade cristã”, tem-se tornado um aglomerado de crentes, na sua maioria pouco ou nada praticantes, voltada para uma prestação de serviços religiosos. Tem aumentado o número de bancos vazios nas igrejas e o desinteresse em participar na comunidade paroquial. Também parece fazer cada vez menos sentido configurá-la como um território, pois residir numa povoação já não é sinónimo de fazer parte de uma paróquia. E a pandemia pelo novo coronavírus potenciou tudo isto, tornando necessário repensar as paróquias e a acção pastoral junto das pessoas. A paróquia ainda é a estrutura onde se faz mais prática e visível a acção da Igreja. É uma realidade pastoral necessária, mas tem cada vez maiores dificuldades para cumprir a sua missão. Por isso se tem falado muito na hipótese de se progredir para unidades pastorais como conjuntos agrupados de paróquias.
No entanto, para se fazer esse caminho, a reflexão não pode centrar-se nos padres ou nos eventuais párocos, mas nas potencialidades das comunidades como um todo. É que alguns bispos, para colmatarem as debilidades das paróquias, têm procurado quase exclusivamente soluções clericalizadas. Desenham unidades pastorais por causa das necessidades efectivas de párocos, que são cada vez menos para cada vez mais comunidades paroquiais. Fazem pacotes de paróquias para sacerdotes. Reagrupam paróquias de modos diferentes. Procuram soluções ou alternativas com padres vindos de fora, padres substitutos, ou outras figuras eclesiais similares, para se continuar a fazer as comunidades cristãs dependerem de uma única pessoa, o padre.
O ideal seria pensar e estruturar comunidades mais dinâmicas, menos ligadas a lugares, menos dependentes dos padres, mais animadas e confiadas a leigos e equipas corresponsáveis, comunidades a que poderíamos chamar de pluriministeriais. Uma unidade pastoral não pode ser um agregado de paróquias do padre para lhe facilitar a vida, mas uma comunhão de comunidades e cristãos que unem sinergias, capacidades, potencialidades, recursos, ministérios, numa diversidade corresponsável, aberta, dinâmica e participativa.
Fonte: aqui

sábado, 12 de novembro de 2022

9 coisas que afastam as pessoas da Igreja...

 
“Così non posso più fare il parroco”, da autoria do padre alemão Thomas Frings, figura entre os livros mais vendidos da Alemanha.

Este sacerdote, que foi pároco da cidade de Münster, Alemanha, por 30 anos, decidiu deixar a paróquia e passar um tempo de reflexão num mosteiro.

Padre Thomas faz uma lista de coisas que não funcionam na Igreja alemã, mas que podem referir-se a qualquer outra Igreja do mundo. São problemas que afastam as pessoas e enfraquecem a instituição eclesiástica, deixando-a estranha aos olhos de muitas pessoas.

Então veja aqui a lista de 9 coisas que afastam as pessoas da Igreja segundo este autor. 

A título exemplificativo, cito só este ponto: 

"8) Mau exemplo
O mau exemplo que os responsáveis pelas instituições dão no que diz respeito ao estilo de vida e à ostentação afasta as pessoas da Igreja. Escreve o Padre Thomas: “antes de administrar o sacramento da confirmação, um bispo quis dialogar em tom amistoso com os confirmandos. Ele pediu para que os crismandos perguntassem tudo o que eles queriam saber sobre um bispo. Ele lhes disse: ‘Sou um de vocês, podem perguntar tudo’. Então, um deles respondeu: ‘Senhor bispo, enquanto o senhor se vestir assim e andar nesse carro com motorista, o senhor não será um de nós’”
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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

EU SÓ QUERO PASSAR!

 



terça-feira, 1 de novembro de 2022

Os padres também são filhos de Deus!


"Mas os padres também são filhos de Abraão! Não precisam apenas de censura e acusação, mas de cura e de ternura, de proximidade e de atenção, de perdão e de compaixão, de apoio e de confiança no seu ministério. De entre os Doze, a quem Jesus chamou, não estavam 12 homens de ficha limpa! Nem um sequer. Estavam aqueles para quem Ele olhou com misericórdia!
Queres padres felizes? Não entres no coro desafinado dos gritos da multidão. Não fales mal do padre da tua paróquia. Fala com ele e por bem. Faz-te amigo dele (...). Esta é a melhor forma de descobrires, assumires e promoveres, com o teu testemunho, a beleza da vocação sacerdotal.
(Amaro Gonçalo)