Seminários que formam clérigos e não pastores
Quando leio o que alguns jovens seminaristas escrevem por estes dias, por ocasião da semana dos seminários, e me apercebo que lhes falta a frescura das palavras e da novidade de Cristo no seu coração, e que insistem em repetir palavras clericais que parecem ter aprendido no percurso do seminário, palavras de bem dizer, mas que dizem pouco, devo confessar que fico triste. Parece-me que falta vida nos nossos seminários. Vida de verdade. Não quero generalizar e quero imaginar que a grande maioria dos nossos seminaristas é bem mais santa do que eu. E precisamos de padres santos. No entanto, estou convencido que ainda há muito por fazer para que os seminários deixem de ser redomas de vidro que protegem os futuros padres dos males do mundo ou fábricas de uma casta clerical que se fecha sobre si mesma. Ainda bem que a assembleia sinodal do último mês de outubro deixou plasmada, no seu relatório de síntese, a necessidade de uma formação dos candidatos ao sacerdócio ministerial que não crie um ambiente artificial separado da vida normal dos fiéis. Precisamos de seminários que formem pastores e não clérigos!
Fonte: aqui
( Os sublinhados são da nossa autoria. O título foi retirado de um comentário que aparece na fonte.)