segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Muita gente em Tarouca pelo S. Miguel


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Entre  20 e 29 de setembro, decorreram as Festas de São Miguel, que são as Festas do Concelho. Por isso o Dia de S. Miguel, 29 de setembro, é o feriado municipal. Só que este ano calhou ao domingo…
Em  20 de setembro, pelas 21h00, foram oficialmente inauguradas as Festas de S. Miguel 2019. Pelas 22h00, o Centro Cívico da cidade de Tarouca recebeu o espetáculo dos Reis da Música Nacional, que contou  com as atuações de Edmundo Vieira, Irmãos Verdades, Bruna, Sérgio Rossi e Romana.
A 21 de setembro, pelas 21h30, sobiu ao palco a Orquestra Vale Varosa e, pelas 23h00, começou mais um Varosa Moments na Casa do Paço de Dalvares, numa noite especialmente dedicada aos jovens.
No dia 22, pelas 15h00, o destaque foi para o Cortejo Histórico e Etnográfico, que percorreu as principais ruas da cidade. Palas 20h00, teve lugar o Encontro de Bandas Filarmónicas no Centro Cívico de Tarouca.
De 23 a 26 de setembro, a partir das 21h30, a animação seguiu com os Grupos Art Music, Diatónicos, Nelo Silva & Cristiana e Arkadia.
Os Função Pública trouxeram o seu espetáculo a Tarouca em 27 de setembro, pelas 22h00.
Nas vésperas do Dia de S. Miguel, atuação do Grupo Kalhambeque e, pelas 23h59,  grandiosa partida de fogo de artifício piromusical. Às 2h00 a festa continuou com o DJ Eduardo Patrão.
No dia 29 de setembro, a Feira Anual de S. Miguel que decorreu durante todo o dia, com muita música e animação à mistura. Atraiu  centenas de visitantes, até porque foi domingo… As festividades encerraram com a atuação, pelas 21h30, da Orquestra Fénix.
Destaque ainda para a IV edição do Sabores do Varosa que, de 20 a 29 de setembro, trouxe ao Centro Cívico da Cidade de Tarouca os sabores típicos da região.
Paralelamente decorreu o programa desportivo, com a realização do III Torneio Internacional de Andebol Juvenis Masculinos, nos dias 13, 14 e 15 de setembro; 21 de setembro, Varosa Cup; 28 de setembro, XV Quadrangular de Futsal Cidade de Tarouca; 28 e 29 de setembro, VI Torneio de Ténis da Associação da Juventude do Concelho de Tarouca; 29 de setembro, I Jogo Tarouquense Época 2019/2020.

Nesta altura, dois pratos tradicionais tarouquenses consolam os apreciadores. A marrã e o basulaque. Realce-se o impacto que o basulaque tem tido depois de um tempo em que permaneceu num certo limbo. Trata-se de uma iguaria tipicamente do povo de Tarouca. Mesmo os outros  povos da freguesia não cultivam este prato. Claro que é preciso manter-lhe a dignidade, na fidelidade à confecção que era feita nas casas tradicionais tarouquenses.
A Festa de S. Miguel tem, tradicionalmente, um caráter civil. Assim, exceptuando a Missa e a exposição da Imagem de S. Miguel, nada mais há no aspecto religioso.

domingo, 29 de setembro de 2019

É católico? Então esteja com aquilo que a Igreja ensina!|

São Miguel, Arcanjo

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Que S. Miguel que hoje celebramos e S. Francisco de Assis nos entusiasmem e voltemos o coração para CRISTO, em Igreja, com a Igreja e pela Igreja!

sexta-feira, 27 de setembro de 2019


terça-feira, 24 de setembro de 2019

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Festas de S. Miguel - Tarouca

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Desde o dia 20 de setembro que estão a decorrer em Tarouca as festas de S. Miguel.
O Dia de São Miguel - 29 de setembro - é o feriado municipal.
Tradicionalmente estas festividades revestem um carácter civil. Religiosamente apenas há a Eucaristia no dia 29 e a exposição da Imagem de S. Miguel.
Pode ver  AQUI várias fotos das festividades.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Seminário: "Demência - Conhecer para agir",

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Que a Demência é um doença que preocupa as pessoas, famílias, instituições e comunidades, é um facto.
Até porque, por norma, quem sofre desta patologia não tem consciência da doença.
Por isso se louva a Santa Casa da Misericórdia de Tarouca por ter promovido este Seminário sobre esta doença - deteção e atuação.
Para os cerca de 200 participantes no evento, o seu tempo não foi mal empregado. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Cem anos de vida!

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No passado dia 14 de Setembro a Misericórdia de Tarouca esteve em festa. A utente Elisa Lima completou 100 anos de vida.
Foi com grande emoção que a Mesa Administrativa homenageou a aniversariante pelo seu longo percurso de vida. A cerimónia iniciou-se com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Sr. Padre Carlos, Capelão da Instituição, seguindo-se de um lanche convívio que contou com a presença da família, netos, bisnetos, Utentes, Colaboradores, Voluntárias e alguns Órgãos Diretivos da Misericórdia e Representantes do Município.
Não é o 1º caso. Alguns têm sido os utentes da Santa Casa de Tarouca a atingir tão bonita idade. É bom sinal, claro. Indica que as pessoas são bem tratadas nas várias vertentes de que depende a vida.
Parabéns à aniversariante. Parabéns à família. Parabéns à Santa Casa.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Como os católicos vêem a crise na Igreja

Padres e leigos pronunciam-se sobre a crise na Igreja. Uma reportagem da Renascença. Dela respigamos algumas frases. A reportagem está  aqui

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Nem toda a novidade é geradora de felicidade

Saudades de um tempo em que as manhãs de Domingo eram conjugadas sobretudo com o verbo «ir». Apreensão com um tempo em que as manhãs de Domingo são cada vez mais conjugadas com o verbo «vir». É bem sabido para onde se «ia» e para onde ainda se «vai». Sabe Deus (e saberão muitos») donde, agora, muitos «vêm». Não levem, pois, a mal que expenda a minha saudade do tempo em que Domingo era sinónimo sobretudo de «celebrar» e não de «dormir», de «ressacar». Podem chamar-me «retrógrado». Mas eu só quero ser verdadeiro. E, em nome da verdade, tenho para mim que nem toda a novidade é geradora de felicidade. E nem todo o passado está (necessariamente) ultrapassado!
João António Pinheiro Teixeira, Facebook

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Por Almofala e Bustelo

Quando em agosto a diocese me solicitou apoio à Paróquia de Almofala, dada a doença do Pároco, P.e Matias, disse que sim.
No meu sim tive em conta:
- A situação do meu colega. Não basta falar de comunhão sacerdotal, é preciso praticá-la. A solidariedade e o apoio são ainda mais marcantes na hora do sofrimento.
- O carinho que nutro por aquela comunidade paroquial. Fui em tempos pároco daquela gente por um pequeno período de tempo. Saí há 14 anos, mas a amizade ficou.
Foi no tempo em que por lá passei que se realizaram as obras de restauro da Igreja Paroquial. Tempo difícil a exigir muito do pároco e dos paroquianos. Mas valeu a pena.
Nestas vezes em que por lá tenho passado, noto a mesma  simpatia, o mesmo acolhimento, a mesma fé. Hoje estive no Bustelo e em Almofala onde presidi à celebração da Eucaristia e ajudei a resolver pequenos problemas do dia-a-dia de uma comunidade cristã. Senti a preocupação daquela gente com o estado de saúde do seu Pároco, acompanhada por perguntas sobre a sua situação. Senti que ele está presente nas suas orações. 
É uma comunidade agradecida que sabe reconhecer o esforço de quem já está com muito trabalho. Não esqueço aquela atitude de uma senhora do Bustelo que, no fim da Missa, passou pela sacristia apenas para dizer isto:
- Muito obrigado por se lembrar de nós!
Há pequenos gestos que valem um dia!

Só esperamos que o Pároco melhore depressa para que possa assumir o seu trabalho pastoral. Essa intenção colocamo-la confiadamente no coração de Deus. Até lá faremos o que podermos, dentro de todas as limitações, para acompanhar uma comunidade tão simpática, acolhedora e crente.

Papa admite risco de cisão na Igreja Católica e lamenta críticas «elitistas»


No regresso da 4ª viagem pastoral a África, o Papa Francisco conversou cerca de hora e meia com os jornalistas no avião que os transportava.
Francisco assumiu aos jornalistas que é alvo de fortes críticas vindas "de todos os lados, até mesmo da Cúria". E aos que dizem que "o Papa é demasiado comunista", deixa o aviso de que não teme um cisma, mas que "esse caminho não é cristão".
Veja aqui

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Parabéns, senhor D. Jacinto!


Ocorre hoje o aniversário natalício de D. Jacinto Botelho, Bispo Emérito de Lamego.
Muitas e diversas vezes o senhor D. Jacinto nos tem visitado. Recordo a celebração do Crisma, a Festa de Santa Helena, a inauguração do Centro Paroquial...
Obrigado por todas as vezes que, em nome do nosso Bispo, nos visita e connosco partilha a Palavra da Verdade e a beleza da simplicidade e da amizade.
Feliz aniversário, senhor Bispo! Muitas felicidades.

Igualmente festejam hoje o seu aniversário os Padres Ferraz, Luis Seixeira e Joaquim Dionísio, os dois últimos passaram por esta paróquia em tempos e modos diferentes. Parabéns a todos e muitas felicidades.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

10 de setembro - visita a sacerdotes doentes

Um grupo de padres do Arciprestado Armamar/Tarouca visitou hoje os Padres Matias e Ramos, o primeiro no Porto, o segundo em Viseu.
Encontrámos o P.e Ramos optimista, decidido, bom conversador. O seu optimismo congénito ajuda - e de que maneira! - na recuperação. Neste momento está a reagir bem aos tratamentos, revela melhorias assinaláveis e uma confiança imensa.
Deixou-nos contentes e convictos de que, ultrapassada a fase dos tratamentos, regressará ao seu serviço pastoral. Nestas coisas não pode haver pressas, mas a esperança saiu reforçada. Felizmente!
Quanto ao P.e Matias, o processo está mais lento. Mas confiamos totalmente que, com a ajuda das entidades médicas, dos amigos e familiares, a recuperação vai surgir.
Impressionou-nos a todos o testemunho de D. Glória, uma amiga de muitos anos, que vivendo nos arredores do Porto, diariamente visita o P.e Matias, o apoia, incentiva e acarinha. Parabéns, boa amiga! Obrigado.
Peço aos amigos uma prece sentida por estes sacerdotes.
Força, amigos!

sábado, 7 de setembro de 2019

Quem viveu com intensidade a magia da Festa jamais a esquece

8 de setembro, Nossa Senhora dos Remédios
8 de Setembro. Na zona, esta data  é conhecida como o Dia de Nossa Senhora dos Remédios.
Quem como eu nasceu praticamente à sombra de Nossa Senhora dos Remédios, claro que esta data diz muito.
A minha terra natal é  a freguesia que mais perto fica do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
Em criança e nos tempos de estudante, vinha às novenas que, pelas seis da manhã, ali se realizavam.
Recordo o vozeirão do sr. cónego Marrana que afugentava para bem longe o sono. Era, além disso, um homem de fé vibrante.
Recordo que depois veio Mons. Noura. Uma voz suave numa fé profunda e serena.
Mais tarde, já padre, preguei na novena. Duas vezes. A convite do Reitor de então, P.e Melchior.
Igreja sempre à cunha. Nos corpos cansados, sobressaía um rosto feliz. Estar com a Mãe era uma festa.
Naquele tempo, trabalhava-se de sol a sol no campo. Era então uma época de grande azáfama, porque se arrancavam as batatas. À enxada.  
Na ausência de automóveis e de estradas, as gentes das povoações mais afastadas saíam de casa pelas três, quatro horas da manhã. Eu saía de casa às 5.30h. Vantagem de estar perto.
Seis horas. Missa, novena e pregação. Oito horas, uma segunda Missa  em que  praticamente só participava gente da cidade, porque a das aldeias, logo que terminasse a novena, ia a correr para a faina agrícola.
Seis, sete e oito eram dias de grande movimento. Todas as redondezas se despejavam para Lamego. Marcha Luminosa, Noitada, Procissão...
Embora houvesse as festas populares nas freguesias, a verdadeira festa era a Senhora dos Remédios.
Recordo os grupos enormes de pessoas que, vindos da serra, passavam pela minha terra a caminho de Lamego. Merendas à cabeça, gargantas em rebuliço, ar cheio de cantigas. Mar de gente que voltava a subir pelo mesmo caminho e com a mesma alegria.
A malta nova ia poupando pelo ano fora alguns tostões para gastar na festa. Os carrinhos, o carrossel, os petiscos, as danças, as bebidas, o fogo de artifício, os namoricos, os engates, as brincadeiras e partidas, os zés-pereiras, a música, os encontros de amigos, a feira, os espetáculos, os cortejos, a procissão. Lamego era uma colmeia humana. A certas horas era patente  a dificuldade em arranjar lugar para petiscar nas tendas para desgosto da fome ou da gulodice.
A magia dos Remédios!
Quem viveu com intensidade a magia da Festa jamais a esquece.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mandar os meus filhos à catequese!? É importante?


Muitas pessoas interrogam: «Porquê mandar os meus filhos à catequese? É importante? Eles já se cansam da escola! E, depois, é sempre a mesma coisa: moral e mais moral!»

Encontra-se, igualmente,  muita gente que já nem faz estas perguntas, ou que nem espera as respostas. Porque já tomaram a decisão de não levar os filhos à catequese – ou deixam a eles a iniciativa de pedir para ir – e também já não dão muita importância à prática da fé, pela participação na missa, por exemplo.

Para muitas pessoas, a preocupação em relação à Igreja é meramente social: batismo (por tradição), primeira comunhão (para acompanhar os amigos), crisma (para ser padrinho ou madrinha).

Mas, afinal, para que serve a catequese? Para muita gente significa «aprender a doutrina». E o que é isso? Leis, mandamentos, proibições… para a maioria, sem conhecer e entender a fundo, coisas desatualizadas!

Para a Igreja, a catequese serve para revelar a Pessoa que, de maneira extraordinária e inovadora, viveu e nos ensinou orientações para crescermos de forma equilibrada e feliz, com saúde física, mental e espiritual: JESUS CRISTO!

E isso faz-se em diversos anos, para acompanhar a evolução intelectual e afectiva das crianças. Porque à descoberta intelectual de Jesus Cristo, pela leitura da Bíblia, há que associar-se a adesão de amizade e apaixonada ao estilo de vida que Ele propõe.

Aos catequistas, pede-se que nunca se esqueçam de mostrar às crianças a personalidade sedutora de Deus: Pai, Jesus e Espírito Santo. Mais do que falar de Deus, de transmitir doutrinas, que a catequese sejam encontros para falar com Deus, para sentir a sua presença.

Aos pais e à sociedade pede-se que abordem a Bíblia e toda a mensagem cristã como pedagogia para a vida. A tendência natural da educação das famílias e da sociedade é querer preparar as crianças como se tudo corresse bem e não fossem encontrar nunca dificuldades na vida. Mas quem as prepara para as dificuldades? Quem as habilita para não se deixarem traumatizar pelos obstáculos e sofrimentos? Quem as ensina a pensar com liberdade e consciência crítica, a gerir com maturidade os pensamentos e emoções, a expandir a arte da contemplação do belo na natureza e em cada ser vivo, a dar sem contrapartidas, a colocar-se no lugar do outro e a considerar as suas dores e necessidades? O maior e melhor educador é Jesus Cristo.

A Catequese é dada em tomo de quatro pilares
O Credo – que é tudo o que cremos.
Os Sacramentos – que é a celebração do que cremos.
A Moral baseada nos Dez Mandamentos – que é como o cristão deve viver.
A Oração do cristão – com base especialmente no Pai-Nosso.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Está aí o novo ano escolar... Estas pistas vão ajudar. Preste atenção!

BREVES «PISTAS» PARA OPTIMIZAR O TRABALHO ESCOLARA imagem pode conter: pessoas sentadas, mesa e interiores
1.Parece uma redundância, mas é uma das verdades mais importantes: tudo começa no princípio.

2.O dia mais importante para estudar não é a véspera do teste, o dia mais importante é cada dia....

3.O estudo deve começar logo no primeiro dia. Mesmo que o teste ainda esteja longe, o trabalho tem de estar perto.

4.Nem sempre é possível estudar o que se gosta nem gostar do que se estuda, mas é sempre possível estudar, goste-se ou não.

5.É necessário estudar muito as matérias de que se gosta e, ainda mais, as matérias de que não se gosta.

6.O segredo do êxito é a persistência e a repetição; se não se perceber à primeira vez, insiste-se pela segunda vez; se não perceber à décima vez, insiste-se pela décima primeira vez; quanto mais cedo se começar a estudar, tanto mais — e melhor — se pode repetir e compreender.

7.No estudo, a atenção é decisiva e a calma é preciosa.

8.O êxito no estudo começa na atenção na sala de aula e culmina com a serenidade no teste.

9.Para obter calma, pensar mais no trabalho do que no resultado e ter presente que quem trabalhou mais está mais perto de alcançar melhores resultados.

10.Antes do estudo e dos testes, fechar um pouco os olhos e pedir a Deus inspiração e serenidade; Deus não falta a quem trabalha e a quem confia!
João António Teixeira, Facebook

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

"Quando o Padre perde o Dom"

"Quantos padres vivem diários confrontos com baptizados oportunistas que procuram ser excepções, rejeitando aquilo que a Igreja lhes pede, impondo as suas vontades e regras, fazendo de tudo para as conseguir, e depois tornarem a voltar costas a Cristo e à Igreja?"...
"Há dias, em visita a uns amigos, tive conhecimento de um colega padre ter abandonado o ministério, ou seja, ter deixado de ser padre. Viveu 2 anos enquanto padre. Aliás... na diocese deste meu colega, este ano abandonaram 5 padres, uns bastante maduros, outros em início de missão.
Confesso a minha tristeza pela perda do Dom de Ser Padre. É com alguma angústia que recordo e rezo estas perdas. Interrogo-me sobre o caminho e que discernimento terão feito em Seminário; Interrogo-me sobre o papel, presença e acompanhamento fraterno da "estrutura sacerdotal"... bispos e padres; Interrogo-me sobre o papel das comunidades cristãs, que são as suas famílias mais proximas; etc... e como não se dá conta de que um padre está a perder o Dom?! Que está só? Triste? Solitário? Sem a paixão no olhar e nas palavras, quando pronuncia o nome de Jesus?
Ser padre é bom, já o disse muitas vezes, mas no entanto, também já o disse, nem sempre é fácil. Não há que mentir. E ninguém deve julgar quando esse Dom se perde.
É natural a perda do Dom de ser padre quando a Igreja é madrasta e não Mãe como sempre deve ser. Sim é verdade! A Igreja pode ser madrasta, pois todos somos Igreja, e por isso, tanto de santa e pecadora.
Quantos padres são esquecidos por aqueles que deviam estar sempre atentos à sua missao?
Quantos padres vivem a solidão, porque não colaboram e se deixam guiar por grupos "com interesses pessoais"?
Quantos padres são tornados "invisíveis" para não atrapalharem outros que vivem na procura desenfreada de "estrelatos" e de "carreirismos"?
Quantos padres vivem diários confrontos com baptizados oportunistas que procuram serem excepções, rejeitando aquilo que a Igreja lhes pede, impondo as suas vontades e regras, fazendo de tudo para as conseguir, e depois tornarem a voltar costas a Cristo e à Igreja?
Quantos padres têm que escutar e testemunhar a fé frágil de leigos comprometidos, nas estruturas da Igreja e das Paróquias, e que se relevam muitas vezes autênticas forças de contradição e pressão, face aos alicerces da Igreja?
Quantos padres se dedicam horas a fio à sua missão de pastores, dando-se conta da fragilidade da vida de fé das suas comunidades, que pouco se comprometem, partilham, acompanham, rezam, e alicerçam a sua vida de fé apenas na "eucaristia dominical", não compreendendo que ser Cristão vai muito para além "da missinha" de domingo, das suas opiniões, das suas vontades?
Quantos padres, na procura de defenderem a Igreja e a Verdade da Fé, vêem-se envolvidos em pressões e conflitos, situações de força, sendo simplesmente abandonados pelas suas comunidades, porque não se "querem envolver"?
Quantos padres, após uma vida gasta e entregue às comunidades, vão caindo no esquecimento, ao ponto de, velhinhos e limitados, não receberem um telefonema, uma visita, um sinal daqueles a quem se foram dando a cada dia?
A perda do Dom acontece. Uns perdem esse dom e seguem outros caminhos, abandonam. Outros perdem o Dom, mas vão permanecendo na missão, de coração fechado à presença do Espírito, vivendo na igreja e nas comunidades, mas à margem das mesmas, usando e abusando da imagem de um Dom que já não possuem no olhar e nas palavras, mas que usam e abusam só para sobreviver.
A responsabilidade é de muitos.
Daqueles que não acompanham, que não cuidam, não valorizam, que disputam, que ignoram as regras, que pressionam, que não se comprometem, que não colaboram, que não crescem, que não têm alegria no seu baptismo, que não querem ser Igreja, que não acolhem, que pouco amam... que têm pouca sede de Deus.
Bem... assim não parece tão estranho um padre perder o seu Dom. O cansaço de se sentir tratado como "escravo de vontades" ou "funcionário da fé", e não como Pastor e anunciandor da Boa Nova, levará obrigatoriamente ao cansaço e à interrogação sobre o seu Dom e se valerá a pena ser Padre. Se o outro não o olha como Dom, o próprio padre pode sentir que perdeu o seu Dom e desistir.
Afinal, guardar em si o Dom de ser Padre e vivê-lo como um tesouro, é quase um "poder" digno de um super herói da Marvel".
Nuno Silva

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

As férias não são um luxo. São uma necessidade

Passei a última quinzena de agosto com familiares no Algarve.  Foram dias calmos, repousantes e humanamente ricos. O encontro com irmãos e cunhados, sobrinhos e segundos sobrinhos foi muito afetuoso e acolhedor. Agradeço-lhes por isso e por toda a generosidade demonstrada.
O percurso casa-praia fazia-se muito bem a pé. Isso possibilitou a libertação da escravatura do automóvel e do andar a toque de horas. Cada um ia e vinha quando entendesse, sendo certo que as refeições eram horas sagradas onde ninguém se dava o direito de deixar os outros à espera. Havia quem gostasse de ir para a praia cedo e mais cedo regressasse; havia quem gostasse de levantar mais tarde e  fosse e viesse mais tarde da praia.
As caminhadas para a praia, os passeios à noite ao fim do jantar, a estadia do grupo no mesmo espaço do areal, algumas deslocações a outros locais, as refeições sempre alegres … tudo criou um bom e belo ambiente humano.
Então com os meus sobrinhos e sobrinhas era uma festa pegada. Brincadeiras, ironias, provocações, partidas. Como raramente nos encontramos porque a vida é como é, aproveitamos ao máximo este tempo juntos. Claro que também tivemos debates a sério, uma vez ou outra nem tão pacíficos assim. A amizade, o envolvimento humano, a atenção mútua, o à-vontade teceram um ambiente fantástico.
Viagem e passeios
A viagem até Lisboa e de Lisboa a Manta Rota foi calma, sem sobressaltos nem engarrafamentos. Já o regresso, meu Deus! Dois quilómetros antes de entrar na A2, as filas eram compactas. Depois durante a travessia do Alentejo, com um calor imenso, o pára-arranca era constante. A A13 fez-se bem, apenas com algum engarrafamento no acesso à A1 durante cujo percurso o trânsito, embora intenso, decorria fluentemente. O IP3 e a A24 sem problemas.
Em agosto Lisboa nem parece Lisboa no que toca a trânsito. Muito mais calma.
No Algarve visitámos locais  de que gostamos na região onde estacionámos. Tavira, Loulé, Praia Verde, Albufeira… Com um saltinho a Aiamonte e as suas famosas "tapas".
Manta Rota faz parte da freguesia de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António.  É uma praia muito familiar, com imensas famílias nesta altura, sem grandes e modernos parques de diversão noturna. É por isso um bom espaço para descanso.
Como é costume - já peguei o gosto aos meus familiares - gosto de passear no areal, junto ao mar. Quantas vezes fiz o percurso praia da Manta Rota - Cacela Velha e a sua famosa ria!!! Ao domingo, após a Missa, descíamos, atravessávamos a ria a pé ou de barco, dependendo das marés, e ficávamos por lá o resto do dia.
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Praia da Manta Rota. "Banho Santo" no dia de São João da Degola (Martírio de São João Batista)

No Algarve não adoeça pela sua saúde!
Sei-o por experiência própria. Há alguns anos passei 19 horas em hospitais algarvios por causa de uma espinha entalada na garganta.
Este ano um familiar meu teve um problema  e precisou de ir ao hospital. Atendido nas urgências, a médica recomendou-lhe que aparecesse no dia seguinte para ser visto por um especialista. Apareceu. Só que o especialista era único e estava sempre a ser chamado para urgências, adiando as consultas. Exasperado pela demora, o meu familiar teimou em regressar a casa. Felizmente que o problema resolveu-se.
Temendo a espera no hospital público, recorreu ao privado. Afinal sem resultados…
A saúde é o primeiro bem. Como queremos atrair turistas se depois nem o 1º bem somos capazes de lhes oferecer condignamente?
Algo tem que ser feito por quem de direito. Para ontem!