quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dez coisas que eu gostaria de dizer aos pais que não ajudam em nada a catequese


OS DESABAFOS DE UM CATEQUISTA
 Confesso: eu deveria ser mais tolerante com os pais das crianças e jovens da catequese. Mas não estou conseguindo. Em muitas ocasiões, me sinto desrespeitado e desvalorizado como catequista em função deste descaso dos pais com a catequese. Isso me deixa "P" da vida. Fico estressado, chateado, acabo desanimando, me dá vontade de jogar tudo para o alto, fico mais agressivo e acabo descontando em pessoas que não tem nada haver com isso. Minha vida pessoal acaba sendo afetada.

Parece incrível, mas esta inegável omissão dos pais em relação aos seus filhos me atinge diretamente. Fico pensando: como pode um trabalho que faço de forma gratuita, voluntariamente, afetar tanto meus sentimentos, humor e paciência? Não deveria ser ao contrário, ou seja, por ser com esta finalidade, que eu ficasse alegre, feliz, paciente, otimista e agradecido?

Tem sido assim. Eu mais me estresso do que me alegro. Mais me indigno que me regozijo. Encontro mais motivos para dizer "tchau, não volto mais" do que para dizer "nos encontraremos em breve".

Esta inércia dos pais me irrita. Esta desconfiança e desinteresse pelas coisas de Deus me transtornam. Eu não consigo disfarçar a minha dor em relação isso. Preciso desabafar. Tem algumas coisas que eu gostaria de dizer aos pais que inscrevem os filhos na catequese. Mas não tive coragem de dizer tudo, de uma só vez. Mas se um dia eu disser, será num tom forte, olhando nos olhos de cada um, e estaria pronto para as reações contrárias.

Eu lhes diria:

*1º *Vocês não são obrigados a inscrever seus filhos na catequese. Por isso, se nos procuraram de livre e espontânea vontade, aceitem nossas regras e não fiquem reclamando de tudo;

*2º *Os catequistas de vossos filhos são pessoas normais, que tem família, trabalho, atividades pessoais, faculdade, problemas, alegrias, frustrações, desânimo, ou seja, sentimentos comuns a qualquer pessoa. Por isso, trate-o com mais carinho e com mais respeito. Pelo menos, tentem saber qual é o nome dele. Isso já será de grande valia.

*3º *Quando organizamos palestras, encontros e reuniões, é porque queremos construir uma ponte de relacionamento com vocês. Se não querem participar, não participem. Mas se quiserem, venham com vontade e não fiquem bufando na nossa frente ou olhando o relógio para ver que hora o encontro termina;

*4º *A catequese não é depósito de crianças e jovens que não tem o que fazer. A catequese é um lugar de aprofundamento dos assuntos de Deus. Eles precisam aprofundar aquilo que já deveriam saber através dos ensinamentos de vocês, pais. Se vocês nunca falam de Deus com seus filhos, não coloquem nas costas dos catequistas esta obrigação.

*5º* Não reclamem do tempo de duração da catequese. Isso nos entristece. A catequese é um processo contínuo. Se for um, dois, três ou quatro anos, isso não importa. Mas se você acha que é demais, não inscreva o seu filho. Vocês são livre para isso.

*6º* Não ensinem vossos filhos a mentir. Estamos carecas de saber que muitos pais, burlam as regras definidas na catequese, não participam de eventos e atividades, pois optam pela chácara, o jogo de futebol, o passeio ou até mesmo a preguiça. Sejam verdadeiros, não mintam e não ajudem os seus filhos a inventarem desculpas para tentar enganar os catequistas.

*7º *Se vocês são espíritas, sejam bons espíritas, mas não queiram ser católicos também. Uma coisa é bem diferente da outra. Não têm como andar junto. Uma religião prega a ressurreição. A outra, prega o oposto, a reencarnação. Ou vocês são católicos ou são espíritas. As duas, não dá para ser.

*8º* Antes de culpar a Igreja disso ou daquilo, fiquem sabendo que Igreja são vocês também. Então, ao invés de ficarem apenas arranjando defeitos, porque vocês não exercitam mais o vosso catolicismo, participando de algum serviço ou pastoral e tentando observar com mais atenção o imenso esforço que muitos leigos fazem?

*9º *O dia da primeira comunhão ou crisma não é formatura. Se vocês estão preocupados com roupa, janta e como será a festa , então vossos propósitos são completamente diferentes dos nossos.

*10º* E último, tratem a catequese da mesma forma que vocês tratam a escola, curso de inglês, escolinha de futebol, informática e as festivas no clube que seus filhos tanto gostam. Não precisam abrir mão de tudo isso por causa da catequese. É só dar a mesma importância. Para nós catequistas, já será bem melhor e nos fará, mais felizes.

Juro para vocês, gostaria de dizer isso, de uma tacada só para muitos pais. Tenho dito, nos últimos anos, não diretamente, mas indiretamente e em doses homeopáticas.

Mas todo ano, volto a sentir as mesmas coisas. São sentimentos que me acompanham e que me perturbam, pois eu gosto demais da catequese.

Se nada disso me afetasse, por certo, alguma coisa estaria errada na minha relação com as coisas de Deus. Não há quem não reclame, parece unânime. Se catequese não anda melhor por causa do desinteresse dos pais, precisamos fazer alguma coisa urgentemente.

Quanto a mim, não dêem bola, meus amigos catequistas, eu sou assim mesmo. Estou apenas pensando em voz alta. E nada melhor do que desabafar com vocês através destes textos.

Alberto Meneguzzi

terça-feira, 29 de setembro de 2015

FESTAS DE SÃO MIGUEL 2015


No concelho de Tarouca, tem  lugar o feriado municipal em 29 de setembro, dia de S. Miguel. Na maioria dos concelhos, o feriado municipal coincide com a festa do padroeiro da paróquia-sede. Neste caso, deveria ser São Pedro, que é o padroeiro da paróquia de Tarouca. Mas a tradição tem muita importância. E pronto, é São Miguel quem dá origem ao feriado municipal.
Não tem celebrações religiosas especiais, tirando a Eucaristia. É sobretudo uma feira, actualmente com menos gente, mas outrora muito concorrida. A Igreja estará aberta para que as pessoas possam venerar S. Miguel que, nesse dia, tem um espaço próprio.

Duas tradições culturais têm a ver com o S. Miguel: a marrã e o bazulaque. E tenho pena que, sobretudo o bazulaque, esteja a cair em desuso, já que é um prato típico tarouquense. Apelo aos tarouquenses que não deixem cair esta tradição culinária.
Apesar dos tempos serem outros, continua a haver muita gente que não dispensa uma ida às tendas para comer uma fêvera. Dizem as pessoas que aí tem especial sabor. É a tal marrã.

A marrã penso que tem a ver com o ciclo da carne. Em tempos que já lá vão, não havia a abundância que hoje há. O grande abastecimento de carne tinha a ver com a carne de porco, cujo início da matança coincidia com o ciclo das colheitas. Daí a festa e a alegria desta data. Significava a novidade da chegada da carne.
Penso também que o bazulaque tinha então a ver com os pobres. Não tinham dinheiro para comprar cabritos, cordeiros , etc. Então aproveitavam os "miúdos" destes animais que os mais ricos desperdiçavam. Nascia assim um prato popular que se tornou património de todos.

Este ano, dada a campanha para as eleições legislativas, a feira teve especial colorido. As várias forças concorrentes a  mostrarem-se.

Claro que este dia foi precedido de várias manifestações no Centro Cívico, sobretudo de índole musical. Naquele espaço, várias associações apresentavam-se e angariavam fundos. As suas barraquinhas emolduraram bem o recinto.

Realizou-se ainda o apreciado Cortejo Etnográfico, muito concorrido, não só pela presença de todas as freguesias do concelho,  como pela basta presença de público. Este cortejo foi um pedaço da nosso história que foi recriada e apresentada ao vivo.

Tiveram ainda lugar o Encontro Bandas Filarmónicas de Gouviães, Lalim e Tarouca em 20 de setembro e o “Varosa Moments”, em 19 de setembro, na Casa do paço, em Dalvares.
Também o GASPTA fez a sua feirinha na Feira de São Miguel, um apelo à solidariedade na praça pública.

Mais fotos aqui

QUADRO DE MÉRITO

No dia 25 de setembro, teve lugar no Auditório Municipal a cerimónia da atribuição dos diplomas de Mérito aos alunos do nosso Agrupamento de Escolas.
O recinto foi pequeno para acolher todos os que queriam tomar parte nesta cerimónia.
Perante as autoridades escolares e autárquicas, os premiados foram ao palco receber o prémio, sendo aplaudidos pelos presentes.
No próximo nº do Sopé da Montanha, poderá ver quais quais os alunos premiados.


Algumas fotos aqui

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Festas de S. Miguel - DESFILE ETNOGRÁFICO




Veja AQUI fotos alusivas ao desfile.


Sobre este desfile, com a devida vénia, permito-me transcrever para este post um texto que o Dr. Domingos Nascimento publicou na sua página no Facebook.


"Há 30 anos participaram ativamente mais de 1500 pessoas de todo o concelho.
A assistir, um mar de gente!

O Cortejo histórico etnográfico, integrado nas Festas concelhias, teve o seu início em 1985 e foi organizado pela recém criada Associação da Juventude do Concelho de Tarouca ( AJCT).
Extraordinário este acontecimento, muito participado pelos cidadãos e pouco apoiado pela liderança Autárquica da altura.
Jovens, quase todos com menos de 20 anos, construíram um evento arrojado, arriscado, mas desafiador.
Em 2015, trinta anos depois do primeiro, mais logo, assistir a este evento tão peculiar, será reviver um acontecimento que teve repercussões políticas e sociais muito significativas.
Há que, depois de municipalizado este evento durante cerca de 16 anos, promover o regresso da sua conceção e organização à Instituição que o criou.

Constrói-se mais futuro quando se dá espaço de participação aos cidadãos.
DN"

1ª Salão Automóvel de Tarouca

O Grupo "Os Clássicos Sem Ferrugem" promoveu, no salão dos Bombeiros de Tarouca,  o 1ª Salão Automóvel de Tarouca  com o fim de demonstrar que no concelho de Tarouca há muito valor, pois os carros e as motos são todos deste concelho.
A organização lamenta não ter sido possível convidar todos os amigos que têm carros clássicos, dado o espaço reduzido de que dispõem.
Para uma 1ª exposição, está a ser um êxito, com o agrado dos visitantes.
A organização agradece aos Bombeiros a cedência do espaço e reafirma que a exposição não tem custos nem para os expositores nem para os visitantes.
Espera-se muita gente do concelho e das redondezas, mormente de Lamego e Castro Daire, dado que é uma excelente oportunidade oferecida aos amantes de carros clássicos.
Segundo a organização, esta atividade é para continuar no futuro.





"Só tenho 2 pares de calças"

Artur (nome fictício) tem 12 anos. O pai abandonou-o a ele, aos irmãos e à mãe, partindo com a nova companheira para longes terras.
Artur anda na escola, mas nos tempos em que não há aulas e a mãe arranja trabalho, ele acompanha-a. Porque o ambiente de casa não o atrai? Porque assim terá acesso a uma refeição mais farta? Porque espera receber do patrão alguma recompensa por pequenas tarefas que possa desempenhar? Para brincar com familiares do patrão que são da sua idade?
Quando vai com a mãe para o trabalho do campo é um excelente companheiro. Educado, simpático, alegre, espontâneo. Sempre disponível para colaborar.
Há tempos uma chuvada atingiu-o a ele e aos trabalhadores em pleno descampado. A força das bátegas era superior à das pernas e, quando chegaram ao abrigo, todos iam ensopados. Amparados da chuva forte, os trabalhadores vão aos sacos procurando roupa para se mudarem.
- Não te mudas, Artur?
- Deixe lá, isto seca num instante!
- Mas faz mal secar a roupa no corpo...
- Pois... - e encolheu os ombros.
- Vá lá, toca a mudar-te!
- Oh! Eu não trouxe outras calças. Só tenho dois pares. Um que está a lavar para levar para a  escola e este....
Um arrepio frio calcorreou a espinha dos trabalhadores. Como era possível? Que raio de mundo tão injusto! Uns com tanto, outros com tão pouco...
O Artur tem em cada trabalhador um amigo. A cada gesto de amizade, corresponde com um sorriso profundo, belo, reconfortante.
O patrão não é homem para grandes conversas. Mantém alguma distância para com os trabalhadores. Às vezes antipático até. Por isso os trabalhadores fazem o seu trabalho o melhor que podem, sem conversas. Mas quando ele é mais arrogante e prepotente com o Artur, a resposta recebe-a de imediato de um ou outro trabalhador:
- O senhor fala assim com os seus? É por o pequeno ser pobre, é? Esquece-se que é um menino?
Quando tal é possível, há trabalhadores que o vão buscar para passar um bocado em suas casas. A mãe, que conhece bem os colegas de trabalho que tem, aceita, agradecida. E o Artur lá vai, contente, correto, falador. Quase sempre regressa a casa com uma prendita que lhe enche a alma e que retribui com um sorriso de orelha a orelha.
É, Artur. Tu tens razão. Quando referes que chumbaste um ano porque não te aplicaste, mas que a partir daí passaste a ser um dos melhores alunos da tua turma, porque, tu o frisas, "os ricos podem ter mais coisas, mas não têm mais inteligência."
Força, miúdo! Conquistarás a pulso o teu lugar na mesa da vida.

sábado, 26 de setembro de 2015

El Papa pide en la catedral de Filadelfia una "participación más activa de los laicos"


"Les pediría de modo especial que reflexionen sobre nuestro servicio a las familias, a las parejas de novios y a nuestros jóvenes"


Veja aqui

É pecado atender o telemóvel durante a missa?

Celular


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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Centro Cívico de Tarouca: Festas de São Miguel

A música, as tasquinhas, os quiosques, as exposições, as associações....














Empresa de Viseu premeia funcionárias que decidem ser mães

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Patriarca pede «consciência» cristã no voto

 
Com a campanha eleitoral na estrada e o dia das eleições cada vez mais próximo, o Cardeal-Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, afirma que «nem sempre as pessoas se sentem motivadas» para votar. «Todos temos de ser mobilizados e comprometidos nas causas comuns. Isto é de todos, para todos, e é assim mesmo que funciona uma democracia», referiu o prelado à Família Cristã.
No que diz respeito ao sentido de voto dos cristãos, D. Manuel Clemente refere os «critérios e balizas definidas pelo próprio Papa Francisco» que devem servir para «qualquer cristão» «avaliar os programas dos partidos e «tomar a sua decisão». «Que deem prioridade à vida, que vão desde as possibilidades e apoio à vida em gestação no ventre materno e ao acompanhamento da vida nas suas diversas fases, à necessidade de fazer do trabalho uma causa comum, porque o trabalho não é algo que se possa ter ou não ter, toda a gente, porque está em causa a própria realização da pessoa na sociedade, as questões ecológicas que façam ultrapassar uma mentalidade consumista para uma fruição mais sóbria daquilo que o mundo nos proporciona para chegar a todos. São os critérios de sempre, que agora ganham maior relevo», sustenta.
Questionado sobre se a Igreja deveria fazer uma avaliação crítica desses mesmos programas, que nem sempre são de fácil entendimento para os eleitores, D. Manuel Clemente explica que, «como hierarquia, não nos devemos impor ao voto dos cristãos», mas que não é difícil aos cristãos saberem qual a posição da Igreja. «Quem realmente se interessar e for ler os pronunciamentos papais e da CEP, ou mesmo de cada bispo na sua diocese, e comparar com as propostas que os candidatos dizem e apresentam, pode e deve tirar a sua conclusão. Depois daí, no momento do voto, vale a sua consciência», referiu o prelado.
Questionado sobre se os cristãos que têm cargos políticos aparecem muito ou pouco na esfera pública assumindo-se como cristãos, D. Manuel explicou que prefere mais exemplos que palavras. «Não precisamos que os católicos estejam sempre a dizer que são católicos. O que digo foi o que respondi a um que, no outro dia, me perguntava se se podia afirmar como católico. Disse-lhe "o senhor é batizado, não é? Então mostra que é católico na medida em que pauta a sua atuação pelos princípios do Evangelho". Não lhes peço mais do que isso», diz. Até porque diz, citando o Evangelho, o critério são as obras que a Fé produz. «As suas prioridades foram aquelas que o Evangelho aponta, resolver o melhor possível as necessidades mais concretas que dizem respeito à vida, ao trabalho, dos seus e de ele próprio. Tem isso em conta? Aí é que a gente vê. Até porque funciona aqui a tal frase do Evangelho "mostra-me a tua fé sem obras, que eu pelas obras te mostrarei a minha fé". Este é que é o critério», defende.
Quanto a projetar o futuro do governo que se seguirá, o presidente da CEP aponta aquela que deveriam ser as prioridades em cima da mesa. «As grandes causas: a dignidade da pessoa humana, ou seja, ver quais são os meios de melhorar e dignificar todos e cada um no concreto da sua vida, com todas as condições que isso requer; o bem comum, acrescentar o mais possível às condições para que cada membro da nossa sociedade disponha do que deve dispor para se realizar dignamente; e depois aquela conjugação dos princípios da subsidiariedade e solidariedade, em que o governo vai em apoio e estímulo daquilo que as famílias e os diversos corpos sociais podem fazer por si, sem se sobrepor, respeitando a individualidade e a criatividade de cada, e a solidariedade que é não perder de vista o bem do conjunto. São os 4 princípios da doutrina social da Igreja, depois é exercitá-los de forma concreta», pediu o Cardeal-Patriarca.
Fonte:  aqui

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Os pais que não exercem autoridade...

Semana Nacional da Educação Cristã - 20 a 27 de setembro de 2015

Educação Cristã: Semana nacional incentiva à misericórdia e perdão


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Festas de São Miguel

VAROSA MOMENTS
Veja aqui

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Eu sonho ou Nós sonhamos?

"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho.
Quando se sonha juntos é o começo da realidade."
(Cervantes)