segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Papa no regresso da sua 1ª viagem apostólica a África

"A África é mártir da exploração dos outros.”
Na viagem de regresso, o Papa falou com os jornalistas no avião.
Esta foi a primeira vez que o Papa esteve em África em toda a sua vida. Francisco, que esteve no Quénia, Uganda e República Centro-Africana – para onde viajou apesar dos riscos – não escondeu o seu amor pelo continente que, diz, tem sido sistematicamente vítima de exploração. “A África é uma vítima, sempre foi explorada por outras potências. Era da África que vendiam os escravos para a América. Há potências que só procuram ficar com as grandes riquezas de África – que é, talvez o continente mais rico – mas não pensam em ajudar. É a exploração! A África é mártir da exploração dos outros.”
“E aqueles que dizem que em África só há calamidades e guerras, não percebem bem os danos que causam à humanidade certas formas de desenvolvimento. Por isso amo a África, porque foi vítima de outras potências”, concluiu.
Tal como já tinha acontecido com Bento XVI quando visitou África, os jornalistas pediram a opinião do Papa sobre a contracepção. Francisco, porém, não respondeu directamente, apontando antes o dedo ao que diz ser o verdadeiro problema. “É a malnutrição, a exploração das pessoas, o trabalho escravo, a falta de água potável, esses é que são os problemas! Não falemos se se pode usar um ou outro penso-rápido para uma certa ferida, a grande ferida é a injustiça social”.


Desinformação, calúnia e difamação.
Os três pecados do jornalismo, segundo o Papa
O Papa no avião, a conversar com jornalistas. Foto: EPA/Alessandro di Meo

O Papa Francisco elencou aquilo a que chama os três pecados do jornalismo, esta segunda-feira em conversa com jornalistas no regresso de África, onde passou os últimos seis dias.
Segundo o Papa, estes três pecados são a desinformação, a calúnia e a difamação.
O Papa não tinha apenas críticas a fazer ao trabalho dos jornalistas, cuja importância para a sociedade também sublinhou. “Numa imprensa livre, o importante é que sejam profissionais de verdade, e que não manipulem as notícias. A denúncia da injustiça e da corrupção é um belo trabalho porque, nesses casos, os responsáveis devem fazer alguma coisa e ir a tribunal”.
“A imprensa profissional deve dizer tudo, sem cair nos três pecados mais comuns: a desinformação – dizer a metade e não dizer a outra metade –, a calúnia e a difamação. Precisamos deste profissionalismo. E se um jornalista for um verdadeiro profissional, se errar, pede desculpa”, referiu ainda Francisco.
As palavras do Papa surgem numa altura em que o Vaticano se encontra sob forte pressão internacional e mediática pelo facto de ter levado a tribunal dois jornalistas italianos que escreveram livros com base em documentos confidenciais.
Os dois jornalistas contestam o processo, que decorre num tribunal civil da Santa Sé, uma vez que o direito à liberdade de imprensa é reconhecido em Itália, mas no código civil do Vaticano não.
Fonte: aqui

domingo, 29 de novembro de 2015

Graças a Deus!

Após uma queda, foi internado no hospital. Hoje apareceu na Missa, metido num colete de forças que o vai acompanhar durante os próximos 2 meses. Estava bem-disposto e otimista.
Fiquei contente por o ver e torço para que, tão brevemente quanto possível, retome as suas ocupação.
Força, Manuel! O GASPTA consigo.


Foi internada no hospital num estado de grande sofrimento. Ali este vários dias. Regressou já a casa e está um bocado melhor. Torço pelas suas melhoras.
Força, D. Margarida! O grupo de catequistas está consigo.


Fui operado em Lisboa após um período de grande sofrimento. Regressou há 8 dias a casa e hoje esteve presente na Missa das 11 horas. Sente-se outro e o otimismo é grande, apesar da delicadeza da intervenção cirúrgica. Torço pela rápida recuperação.
Força, José de Oliveira! A comunidade está consigo, porque sente a falta que faz um sacristão com o seu gabarito.


A ninguém cabe o direito de julgar ninguém. Havia-se afastado por razões que só Deus entende plenamente. Comunicou que estaria disponível para quando o seu serviço fosse necessário. Soube disso hoje e fiquei muito satisfeito. Há decisões que me deixam imensamente feliz. Esta foi uma delas.
É interessante. Durante a Missa, apesar do frio, a porta principal estava aberta. Pensei para os meus botões: " É assim que concebo a Igreja. Sempre de portas abertas e de acolhimento quente para quem quer entrar." No fim da Eucaristia, esta boa notícia que me aqueceu o coração. Obrigado, Deus!


Há gente com um coração de ouro. Aquela mãe dizia-me hoje: "Não desisto de oferecer Deus aos meus filhos. Não está a ser fácil, porque estão bastante afastados. Mas sei que a misericórdia de Deus é mais teimosa do que a teimosia das pessoas. Eles acabarão por deixar Deus entrar nas suas vidas. Por isso, não baixo os braços e procuro, com carinho, fazer a minha parte. O Senhor fará o resto. Sonho com o dia feliz em que eles não deixarão vazio o seu lugar na Missa dominical."



sábado, 28 de novembro de 2015

DOZE FILHOS!


No dia em que comemora os seus 50 anos de casamento, aquele casal voltou à Igreja onde celebrou o seu matrimónio.
Estiveram presentes todos os seus doze filhos, os 14 netos e o bisneto.
É uma alegria ver uma família tão numerosa, reconhecida, grata e unida, à volta dos seus pais em festa.
Como testemunhou um dos filhos, não foi fácil criar e educar tanto filho no contexto do tempo, conservando-os unidos e colaborantes. Só à custa de muito sacrifício, muita entrega, pensando mais nos outros do que em si próprios.
Há coisas que não é preciso dizer para se revelarem. Sentem-se, tocam-se com o coração. Aquela família estava feliz. Aqueles pais, gratos a Deus pelo dom do amor, da fidelidade, da perseverança e da superação, receberam a maior recompensa no dom de seus filhos e no agradecimento carinhoso manifestado.
Deus vos abençoe, amigos Adelino e Maria Amélia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

CONCURSO DE POESIA 2016



REGULAMENTO
1 O Grupo Disciplinar de Português leva efeito, no ano de 2015/2016, o “I Concurso de Poesia", como forma de promover a criatividade no campo da poesia e de incentivar o gosto pela escrita/leitura da poesia; desenvolver competências de Literacia e interesse pela leitura e escrita.
Art.º 2º - Modalidades.
1 - A modalidade a Concurso é a Poesia.
1.1   - A modalidade Poesia contempla qualquer versão inédita, de tema livre, em poesia, com os limites entre 2 e 3 páginas dactilografadas, em formato A4. Está escalonado por fases etárias e anos de escolaridade (do 5º ao 12º anos) e comunidade em a geral.
A. Escalão A – 5º ano
B. Escalão B – 6º ano           
C. Escalão C – 7º ano
D. Escalão D – 8º ano
E. Escalão E – 9ºano
F. Escalão F – 10º ano
G. Escalão G – 11º ano
H. Escalão H – 12º ano
I. Comunidade Educativa
J. Comunidade (com textos publicados)
1.1.2. Relativamente à Comunidade, devem referir se já têm trabalhos ou não editados (num sobrescrito devidamente identificado com o pseudónimo). Haverá dois grupos distintos de classificação: comunidade em geral e autores com textos/livros editados.
1.2 - Os trabalhos apresentar-se-ão com as folhas numeradas, agrafadas ou presas por qualquer outro processo similar, devendo obedecer às seguintes normas de apresentação:
1.2.1 - A letra a utilizar será do tipo “times new roman” ou equivalente, com tamanho 12.
1.2.2 - A separação entre linhas será de 1,5 espaços.
1.2.3 - Um poema poderá ocupar mais do que uma página, mas não poderá haver mais do que um poema por página.

Art.º 3º - Apresentação de Candidaturas.
1.Podem candidatar-se todos os alunos da Escola e da Comunidade.
2 - É possível o mesmo candidato concorrer com vários trabalhos. Contudo, cada trabalho deverá ter um pseudónimo diferente e respeitar sempre as alíneas 1.1, 1.2 do número 1 do Art.º 2.º.
3- Os trabalhos serão obrigatoriamente apresentados na língua portuguesa.
4 - Os trabalhos concorrentes deverão manter-se inéditos.
5 - Os trabalhos deverão ser enviados até ao dia 23 de março (data do correio) e dirigidos a:
Escola Básica e Secundária Dr. José Leite de Vasconcelos de Tarouca (Ao cuidado da Coordenadora da Biblioteca) ou, no caso dos alunos, da Escola, ser entregues na Biblioteca, até esse dia.
5.1. Os trabalhos inéditos (apenas com o pseudónimo) devem de igual modo entregues na Biblioteca da Escola Sede, ou enviados por correio, num sobescrito fechado, do qual conste apenas o pseudónimo.
6. Os originais dos trabalhos deverão ser enviados num único sobrescrito, identificados com pseudónimo, mencionando a categoria a que concorrem, para a direcção referida no número anterior e com a indicação ”Concurso de Poesia”.
7. Cada trabalho (conjunto de 2 exemplares) será acompanhado de sobrescrito fechado contendo no exterior o pseudónimo do autor e, no interior, uma ficha de identificação com os seguintes elementos: nome, idade, nacionalidade, naturalidade, profissão, local de residência, telefone ou endereço electrónico e fotocópia do Bilhete de Identidade ou documento equivalente (se não for aluno).
7.1 - O nome próprio do concorrente não pode constar em lugar algum, a não ser na ficha de identificação a incluir no sobrescrito fechado.
8 - Não poderão ser candidatos a este concurso os membros do júri.
Art.º 4º- Organização
1 - Só serão abertos os sobrescritos de identificação relativos aos trabalhos premiados, após decisão do júri.
Art.º 5º- Júri
1 - Os prémios serão atribuídos por um júri de selecção, que avaliará todas as composições literárias concorrentes.
2 - O júri será constituído por cinco elementos: a professora responsável pelo concurso; dois professores, de outro Departamento; um elemento do Órgão de Gestão e um representante da Câmara Municipal que serão convidados a integrar o júri.
3- A atribuição dos prémios, um para cada Escalão, será decidida por maioria de votos, reservando-se ao júri o direito de não atribuir prémio em qualquer das modalidades se a qualidade dos poemas assim o justificar.
Art.º 6º - Divulgação dos Prémios.
      1 - A decisão do júri, de que não haverá recurso, será tornada pública e divulgada através do
Jornal da Escola e do site oficial da Escola.-  
2 - A apresentação dos trabalhos premiados e a entrega dos prémios será efectuada na festa de encerramento de atividades escolares, no final do ano.
3 - Os prémios serão entregues, pessoalmente, aos vencedores ou aos seus representantes, no dia da festa de encerramento do ano letivo.
Art.º 7º - Prémios
1 - Os trabalhos vencedores em cada uma das modalidades serão publicados no Jornal da Escola e no site oficial da Escola.

A Professora responsável pelo projeto, 
                                                                           Leónida Oliveira 
                                                                                      (Grupo disciplinar de Português
                                                      Escola Básica e Secundária de Tarouca, 12 de outubro 2015

TAROUCA: CAO - CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS - É NOVA RESPOSTA SOCIAL DO CONCELHO

Perante a necessidade de encontrar uma resposta social para os cidadãos portadores de deficiência do Concelho de Tarouca, a o Município de Tarouca lançou mãos à obra. Conscientes da importância da existência de um espaço que permitisse acolher estes munícipes durante o dia, foram levadas a cabo um conjunto de obras de adaptação de um espaço, propriedade da autarquia, situado junto à antiga Escola Primária da cidade. Hoje o CAO – Centro de Atividade Ocupacionais - é já uma realidade.
Esta resposta social do concelho, estreita colaboração com as famílias, prestará apoio especializado a jovens e adultos com deficiência.
O CAO funciona das 8h00 às 19h00, tem capacidade para acolher 22 pessoas portadoras de deficiência e o seu espaço físico conta com dois ateliês de atividades, sala de motricidade e reabilitação, refeitório e sala de repouso.







Tomou posse o 2º maior executivo desde 1976


Cavaco tem dúvidas sobre o Executivo de Costa, mas, perante a maioria parlamentar à esquerda e os riscos de manter um governo de gestão, rendeu-se às evidências e deu posse ao XXI Governo. Vencido, mas não convencido, reiterou num curto e duro discurso recados sobre a necessidade de o País cumprir as obrigações com os nossos parceiros do euro. E lembrou que, embora não possa dissolver a Assembleia da República, pode demitir o Governo.


Com esta ameaça, Cavaco diz que, impedido de usar a bomba atómica, tem a bomba de neutrões, com o mesmo efeito letal. Oxalá nunca a use.

As dúvidas do economista Cavaco, que teme que um aumento da despesa pública desperdice o esforço de consolidação, são legítimas. Como legítima é a crença de Costa de que pode dar esperança ao País e criar emprego e riqueza, com um alívio na austeridade. A economia não é uma ciência exata e oxalá haja mais riqueza e mais emprego. Contudo, há muitas nuvens no horizonte. E as contas são sempre pagas.
Fonte: aqui

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SE ESTÃO MAIS PARECIDAS, PORQUE É QUE SE ENTENDEM MENOS?

1. Um olhar independente nota que a esquerda e a direita estão cada vez menos diferentes.
Estão, consequentemente, cada vez mais parecidas.
 
2. É inevitável que assim seja, dado o eclipse das ideologias que as enformou.
Outrora, esquerda e direita distinguiam-se não só na organização do Estado, mas também na concepção da vida e da sociedade.
 
3. Hoje em dia, há uma distinção quanto à economia.
Só que também esta acaba por se diluir na prática pois é de fora que vêm as regras.
 
4. Com algumas «nuances», não há grandes diferenças entre uma governação à esquerda ou à direita.
E até nos temas ditos fracturantes, a tendência é para uma maior proximidade.
 
5. A votação da passada sexta-feira é elucidativa.
Os temas propostos pela esquerda foram aprovados também com os votos de vários deputados da direita.
 
6. O que espanta é que, sendo a esquerda e a direita cada vez mais parecidas, se entendam cada vez menos.
Dá até a impressão de que se entendiam melhor quando as diferenças eram maiores.
 
7. Mas isso também tem uma explicação.
Habitualmente, o entendimento dá-se entre diferentes.
 
8. Quando as convicções são fortes, a percepção das prioridades também é mais vincada.
A distinção não obstruía a cooperação. O interesse nacional era capaz de atrair todos os pólos.
 
9. Quando as diferenças se esbatem, o que sobra?
Sobra, acima de tudo, a vontade de poder.
 
10. Ora, a vontade de poder tende a afastar toda e qualquer possibilidade de cooperação.
Os partidos assemelham-se, cada vez mais, a irmãos gémeos. Mas desavindos!
Fonte: aqui

terça-feira, 24 de novembro de 2015

António Costa indigitado para primeiro-ministro


Conforme a seu tempo Asas da Montanha havia sugerido, face ao contexto político resultante das últimas eleições, o Presidente da República indigitou hoje António Costa para Primeiro-Ministro. 
O Secretário Geral do Parido Socialista irá chefiar um governo minoritário do PS que contará no Parlamento com o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista.
Pela primeira vez, após os tempos do PREC, teremos o PC a apoiar parlamentarmente um governo. É um novidade em tempos de plenitude democrática.
Veja aqui quem são os ministros de António Costa.


Esperamos o pleno funcionamento da democracia, com respeito pelas instituições, ao serviço da causa pública e de Portugal.
Os cidadãos, fonte, causa e origem da democracia, estarão vigilantes e saberão a seu tempo reconhecer ou castigar os méritos ou deméritos do governo e dos deputados

VEM AÍ O NOVO ANO LITÚRGICO (Começa já no próximo domingo)

O que é?

Veja aqui

Natal: Campanha da Cáritas apoia pessoas e famílias em situação de pobreza



A Cáritas Portuguesa promove até janeiro a sua campanha de Natal ‘10 Milhões de Estrelas’, procurando “um compromisso com a paz no mundo” e na luta contra a pobreza.
“Todos os que, para além de assumirem este compromisso, quiserem juntar-se à Cáritas, participando na sua missão de estar ao lado dos mais frágeis, poderão adquirir uma vela, pelo valor simbólico de 1 euro, que nos ajudará a apoiar pessoas e famílias em situação de pobreza”, refere uma nota da organização católica.
65% do valor angariado destina-se a todos aqueles que, em Portugal, são apoiados pela rede Cáritas; 35% do valor servirá para dar resposta a necessidades concretas de vítimas dos conflitos no Médio Oriente.
Este domingo, durante a celebração da Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, foi entregue a luz da paz às dioceses marcando o início da operação de Natal.
“Ao adquirirem uma vela, os portugueses estão a contribuir para ajudar os mais desfavorecidos” tanto nas dioceses como em projetos da Plataforma de Apoio aos Refugiados, “procurando que as pessoas fiquem mais próximas dos países de origem”, explicou Eugénio Fonseca à Agência ECCLESIA.
Esta operação teve a sua origem em Annecy, em França, no ano de 1984, durante o tempo do Advento; em 2003 chegou a Portugal, com iniciativas públicas e ações de sensibilização de toda a população “para a importância dos valores da justiça, da solidariedade e da paz”.
In agência ecclesia

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Impressões do último fim-de-semana

* Olhamos e admiramos a beleza eloquente da árvore, mas não reparamos nas raízes que a sustentam e amparam. Nem sempre o mais importante está à vista...

Uma obra como a construção do Centro Paroquial exige muitas conversas, vários encontros, estudo e atenção aos detalhes, cooperação. Tratando-se de uma obra da comunidade e para a comunidade, exige uma atenção ao Conselho Económico com a diversidade de sensibilidades que os 12 membros naturalmente patenteiam; requer sintonia de esforços com a autarquia que colabora com mão-de-obra com o técnico e outras ajudas; exige atenção permanente à orientação do sr. Engenheiro responsável;  requer contactos diversos com fornecedores na procura de melhores preços e da melhor qualidade. Tudo isto aconteceu neste fim-de-semana. Graças a Deus que se nota em todos a melhor vontade. Conselho Económico, Câmara, Engenheiro, Junta, Trabalhadores têm revelado um espírito de colaboração de elevado nível que me apraz salientar e parabenizar.


* O sr. José Oliveira, nosso sacristão, foi sujeito a uma delicada intervenção cirúrgica em Lisboa no passado dia 12 deste mês. Regressou este domingo a casa e está em recuperação. Felizmente as coisas estão a correr bem. Na sua ausência, muita gente tem sido fantástica, procurando suprir o nosso sacristão nas várias tarefas que desempenha. Então os senhores João Machado, Manuel "Serrano" e D. Isabel Vingadas são mesmo uns "5 estrelas"! Parabéns a todos.


* No último sábado, foi um dia de confissões nesta região pastoral. De manhã em Almofala e de tarde nas paróquias confiadas ao P.e Vítor. Só pude estar de manhã, porque tive um funeral ao princípio da tarde em Tarouca. Louvo a compreensão dos meus colegas que viram aumentado o seu trabalho.



No domingo celebrou-se a "Solenidade de Cristo, Rei do Universo". É costume nesta ocasião subir até à Capela de Cristo Rei para a celebração da Eucaristia. O que aconteceu pelas 15 horas. Ao contrário do previsto, o tempo lá nem estava nada mau. Tal como nas outras Eucaristias, também senti as pessoas bem-dispostas e acolhedoras. Isto é sempre o ambiente favorável para celebrar o nosso Deus e o seu reinado de fé, amor, verdade e vida.

domingo, 22 de novembro de 2015

Não julgue sem saber o porquê das coisas...

Quando há uma falha ou uma alteração de horários ou de comportamentos, a tendência natural é cair em cima e julgar a pessoa.


- O médico devia estar no consultório às 9 horas. São 10 horas e ainda não apareceu.
"Pois, os médicos fazem o que querem, não têm respeito nenhum pelos doentes... Se houvesse mais médicos, veríamos se não andavam mais afinados. Assim, como há pouca oferta, eles abusam da procura..."
* Só que nesse dia o médico fora chamado de urgência para atender um doente que estava em estado muito grave.


- A esposa está desconfiada. São 20 horas e o marido ainda não apareceu.
"Pois, sempre quero ver a desculpa que me vai apresentar... Deve ter andar com outra mulher ou então ficou nos copos enquanto eu sou "uma moura de trabalho": cuidar dos filhos, da casa e das refeições. Os homens são mesmo uns irresponsáveis..."
* Só que o marido soube pelo telemóvel que, nesse dia, o sogro estava muito mal e não tinha quem o levasse ao hospital. Para não afligir a esposa, o marido resolveu não a informar da ocorrência e tomou ele conta do caso..."


- O mecânico ficou de vir buscar o carro às 11 horas para o levar para a oficina. São 12.15 horas e ainda não veio.
"Pois, hoje já não há palavra. Prometem uma coisa e não cumprem. É uma pouca vergonha! Não há respeito pelos compromissos assumidos. E o transtorno que isto causa à minha vida..."
* Só que o mecânico fora chamado a resolver um problema de um veículo que avariara na estrada e mostrava sinais de poder incendiar-se. Resolver o problema demorou mais do que aquilo que estava previsto...


- Dissera a um amigo que precisava de falar com ele e perguntou se era possível na quinta-feira ao meio da manhã. Não apareceu.
"Fica aqui uma pessoa à espera toda a manhã porque lhe pede para ser atendido e não aparece nem telefona. Na próxima, vai ter cá uma sorte!... Não vale a pena ser bom para ninguém..."
* Só que a pessoa, que até tem boa memória, confiou nela e não registou o dia e a hora. Acabou por se esquecer. Quem é que nunca teve um esquecimento?


- O padre dissera àqueles noivos que o casamento não poderia ser às 16 horas de sábado porque tinha um Missa vespertina.
" Pois, trata a s pessoas de forma distinta, sem a mesma atenção para com todos os paroquianos. À filha do Zé Trigo olha que lhe fez o casamento às 16 horas...Para uns faz tudo, para outros faz como lhe interessa... É por isso que a religião está como está."
* Pois, só que no dia do casamento da filha do Zé Trigo estava pela freguesia um sacerdote que lhe celebrou a Missa vespertina. Não fez nenhuma distinção de pessoas, as circunstâncias é que foram diferentes.


- Tinha uma saída combinada com colegas para as 6 horas da manhã. Pôs o despertador a despertar para as 5 horas. Só que, por falha, esqueceu-se de ligar a patilha do despertador. Resultado, despertador não funcionou.
"Pois, levantam-se as pessoas com as estrelas e este indivíduo atrasa tudo. É um irresponsável, com falta de sentido dos outros. Pôs-se a ver televisão pela noite fora e não acordou quando devia..."
* Quem nunca teve falhas involuntárias que atire a primeira pedra...


Olhem, amigos, Jesus tinha razão quando nos propôs: "Não julgueis e não sereis julgados."
Antes de julgar as pessoas pelos seus atos, procure saber os motivos que levaram a tais atos.
É um questão de justiça. É uma questão de inteligência.

sábado, 21 de novembro de 2015

CENTRO PAROQUIAL SANTA HELENA DA CRUZ

AS OBRAS CONTINUAM...
Veja aqui

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Parlamento aprova adopção por casais do mesmo sexo

Maioria dos deputados também revogou as mudanças recentes na lei do aborto
Veja aqui


Cardeal-patriarca rejeita projetos legislativos de adoção por homossexuais
Veja aqui

“De todos os crimes que o homem pode cometer contra a vida, o aborto provocado apresenta características
que o tornam particularmente perverso e abominável.”

(João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 58)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"Não é preciso eu ir à Missa, porque a minha mulher vai pelos dois".

Cada um vai responder por si

Um homem tinha o hábito de dizer todos os domingos à sua mulher na hora da missa: "Vai tu à Igreja e reza pelos dois"! E aos amigos dizia: "Não é preciso eu ir à Missa, porque a minha mulher vai pelos dois".

Uma noite, o homem teve um sonho. Encontrava-se com a mulher diante da porta do Céu e estava à espera de entrar. Lentamente a porta abriu-se e ouviu uma voz que dizia à sua mulher: "Tu podes entrar pelos dois!" A esposa entrou e a porta fechou-se.
Fonte: aqui
O homem ficou tão aflito que acordou. Mas quem ficou mais surpreendida foi a mulher que, no domingo a seguir, na hora de partir para a Missa, viu o marido dirigir-se para ela dizendo: "Hoje vou contigo à Missa."
Este último Domingo do ano litúrgico, como já o anterior e o próximo, lembra-nos que este mundo vai acabar e Jesus Cristo vai receber a realeza por parte de Deus Pai. Ele mandará vir todos à Sua presença e dará a cada um conforme as suas obras. Jesus é apresentado como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o "príncipe dos reis da terra", Aquele que há-de vir "por entre as nuvens" cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. Neste mundo cada um é livre de cumprir ou não os Mandamentos do Senhor, de amar a Deus e amar o próximo, de fazer o bem ou o mal, mas depois de acabar este mundo, Jesus tem a última palavra no destino de cada qual. Ele será Rei e Senhor a quem todos têm de obedecer. Então cada um será julgado pelo que fez ou deixou de fazer e fará verdadeira esta história que levou aquele homem a mudar de vida.
Fonte: aqui

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

É a religião, estúpido!

Não se combate a agressividade do fundamentalismo religioso com o laicismo ou a abolição das crenças, mas com mais e melhor formação para a liberdade, também religiosa, e para a solidariedade social
No rescaldo dos terríveis atentados terroristas verificados na capital francesa na passada sexta-feira, 13 de Novembro, é de supor uma reacção anti-religiosa em França e em todo o mundo livre. Depois de ultrapassada a dor inicial e a profunda indignação por tão abjectos actos, de que há tantas vítimas a deplorar, é provável uma certa relutância pela religião professada pelos terroristas e, em geral, por todas as crenças, enquanto potenciais factores de desestabilização social.
Não seria muito de estranhar que, à pergunta sobre a razão destes atentados, haja quem responda, como se de uma evidência se tratasse:
– É a religião, estúpido!
Sim, há de facto um elemento religioso na génese destes crimes, mas seria superficial e injusto considerar que, em geral, todas as religiões ou, em particular, a islâmica, são de facto incompatíveis com a sociedade democrática e pluralista. As generalizações, que são tão redutoras como sedutoras, são também muito perigosas. Um judeu, que seja assassino, não faz criminoso todo o seu povo, como um árabe terrorista também não converte em homicidas os seus compatriotas.
Aliás, há muitos muçulmanos que não se revêem naquele extremismo, por muito que este se afirme devoto de Alá e do seu profeta. Por maioria de razão, as outras religiões não têm por que ser objecto de suspeição, por muito que nos doa, e certamente dói, que uns terroristas, invocando o santo nome de Deus, tenham morto dezenas de cidadãos franceses, como já antes acontecera em Londres, Madrid e Nova Iorque. Pior ainda foi a terrível matança de duzentas crianças sírias, agora noticiada, com imagens que não é possível ver sem um estremecimento de horror.
Há quem queira aproveitar-se destes gravíssimos acontecimentos para exigir uma sociedade laica e intolerante para com todas as religiões, na medida em que este tipo de agressões pode ocorrer em qualquer parte. É verdade que sempre houve grupos religiosos fundamentalistas, cujas práticas foram, ou são, profundamente perturbadoras da paz. Mas seria fazer o jogo dessas facções reconhecer como autêntica a sua religiosidade que, na realidade, mais não é do que um disfarce para o seu criminoso propósito.
Os movimentos terroristas dos anos 70 – recordem-se as Brigadas Vermelhas e o grupo Baader-Meinhof, por exemplo – também se apresentavam com a pretensa legitimidade de quem age em nome da justiça social, como exércitos revolucionários ao serviço do proletariado. Mas essa fachada mais não era do que o pretexto para uma prática assassina, responsável pela morte de inúmeras vítimas inocentes.
Será que a motivação, essencialmente política, desses movimentos terroristas é suficiente para crer necessariamente conflituosa a intervenção pública dos cidadãos e portanto que, a bem da paz e da segurança dos povos, há que abolir essa participação, ou seja, a democracia?! Foi, de facto, assim que procederam os diversos totalitarismos, quer de direita, como o fascismo e o nazismo, quer de esquerda, como o comunismo. Mas esse seria um remédio pior do que a doença: não se vence o terrorismo com o totalitarismo, mas com mais e melhor democracia. É saudável a diversidade de pontos de vista políticos, desde que não afecte as liberdades, direitos e garantias fundamentais.
Não será exagerado afirmar que o regime democrático pluralista, tal como acontece na quase totalidade dos países europeus, é um legado da matriz cristã da sua cultura. Como disse Bento XVI, no Bundestag, “foi na base da convicção da existência de um Deus criador que se desenvolveu a ideia dos direitos humanos, a ideia da igualdade de todos os homens perante a lei, o conhecimento da inviolabilidade da dignidade humana de cada pessoa e a consciência da responsabilidade dos homens pelo seu agir”. Outros povos, que não tiveram este antecedente cristão, também não têm hoje uma tão arraigada prática democrática, nem uma tão consistente vivência dos direitos fundamentais. Não se combate a agressividade do fundamentalismo religioso com o laicismo, nem muito menos com a abolição das crenças, mas com mais e melhor formação para a liberdade, também religiosa, e para a solidariedade social.
Portanto, se é inegável que o factor religioso está relacionado com algumas manifestações espúrias de violência, também é verdade que, principalmente, inspira uma cultura da liberdade e da responsabilidade cívica, patente em inúmeras instituições de assistência social e de serviço aos mais desfavorecidos. À pergunta sobre a razão de tantos hospitais, tantos asilos e orfanatos, tantas creches, escolas e universidades, tantas leprosarias, dispensários médicos e lares de terceira idade cristãos, há que responder como dizia o outro:
– É a religião, estúpido!
P. Gonçalo Portocarrero de Almada, aqui

terça-feira, 17 de novembro de 2015

E a Igreja portuguesa, fê-lo?

O apelo do Papa
Foto retirada daqui
Em 2013, na “Evangelii Gaudium”, o Papa Francisco dirigiu-se aos “fiéis cristãos” no âmbito da celebração dos cinquenta anos do Concílio Vaticano II, para os convocar a “uma nova etapa evangelizadora” sob o signo da “Alegria do Evangelho”. O objetivo foi indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos (nº1), tendo por isso a Exortação sido classificada como o texto programático do pontificado.

Mereceu na altura um grande destaque na comunicação social. A sociedade civil deu-lhe alguma atenção, sobretudo ao segundo capítulo, dedicado à análise da situação do mundo atual. Uns reagiram, outros aplaudiram a crítica que faz do consumismo e do capitalismo. Dessa parte da Exortação ficou célebre a frase – “Esta economia mata”(nº 53).

E coloca-se a questão: os católicos de todo o mundo deram-lhe a devida importância e procuraram acompanhar o Papa no percurso que ele propõe?

No início desta semana o Papa esteve presente em Florença no 5.º Congresso Nacional da Igreja Católica na Itália. Num discurso que dirigiu aos 2500 participantes desafiou-os a refletir, nos próximos anos, a “Evangelii Gaudium”. Durante o discurso citou sete vezes a Exortação. Por duas vezes referiu-se ao nº 49 em que, há dois anos, afirmava: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”.

Aos católicos italianos reunidos em Florença sublinhou a sua preferência por uma Igreja “inquieta, cada vez mais próxima dos abandonados, dos esquecidos e dos imperfeitos”. Pediu aos congressistas: “Sonhai vós também com esta Igreja, acreditai nela e inovai com liberdade”. Para que este sonho se torne realidade sugeriu que “em cada comunidade, em cada paróquia e instituição, em cada diocese e circunscrição, em cada região, procurai lançar, de modo sinodal, um aprofundamento da Evangelii Gaudium, para dela retirar critérios práticos e para pôr em prática as suas disposições”.

Perante este apelo do Papa, Andrea Tornielli, no sítio “Vatican Insider”, conclui: “Se o Pontífice convida a retomar aquele texto evidentemente ele pressupõe que a Igreja italiana não o tenha feito ou não o tenha feito suficientemente”.

E a Igreja portuguesa, fê-lo?

Fernando Calado Rodrigues
(Texto publicado no Correio da Manhã de 13/11/2015)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O Estado Islâmico muda estratégia militar?

O que é e como atua o Estado Islâmico?
O que está a mudar?
Como responder?


Veja  aqui

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Papa reforça condenação dos atentados e diz que é «blasfémia» justificar terrorismo com a religião
Aqui

domingo, 15 de novembro de 2015

Deus não grita aos ouvidos


Deus não grita aos ouvidos. Fala ao coração, porque este, quando a pessoa quer, escuta mais profundamente.
 Este tempo convida à superficialidade, ao efémero dos sentidos, ao deixa andar. E então, quando se é novo, a tentação de correr atrás de sensações que excitam os sentidos é muito forte e a dificuldade em perscrutar-se  faz-se sentir.
Daí a necessidade de "despertadores", de quem alerte para acordar. Pais, avós, formadores, amigos são chamados à nobre missão de despertar o jovem. "Já viste se na caixa do correio do teu coração tens algum email de Deus? Já paraste para verificar o que diz?"
Sabemos que só é feliz quem segue a sua vocação. E como queremos pessoas felizes, é indispensável  alertar, sobretudo os jovens, para aquilo que o Senhor quer deles.
Jovens, a postura do jovem Samuel de quem nos fala a Bíblia é uma aposta na disponibilidade para acolher o projeto de Deus: "Falei, Senhor, que o vosso servo escuta."
Ao terminar a Semana dos Seminários 2015, que o nosso coração se deixe tocar pelo olhar misericordioso do nosso Deus.

sábado, 14 de novembro de 2015

Os ataques em Paris

Homem se emociona diante de objetos de tributo deixados em frente à cafeteria Carillon, em Paris, onde um dos ataques terroristas ocorreu (Foto: Thibault Camus/AP)
Homem se emociona diante de objetos de tributo deixados e
m frente à cafeteria Carillon, em Paris, onde um dos ataques terroristas ocorreu
(Foto: Thibault Camus/AP)


O Número de vítimas dos atentados na capital francesa ascende a 129, entre os quais um português. Há 352 feridos, 99 em estado grave. Hollande fala em “acto de guerra” e diz que a França será “implacável” na luta contra o Estado Islâmico, que já reivindicou o ataque. Polícia belga detém várias pessoas com ligações aos ataques. Atacantes tinham passaportes egípcios, sírios e franceses.
(In Público)


Na noite desta sexta-feira, a capital francesa foi alvo de atentados terroristas em diferentes locais que causaram dezenas de mortos e centenas de feridos. Como referiu o cardeal Vingt-Trois, a França "conhece de novo a dor do luto e enfrenta a barbárie espalhada por grupos fanáticos."
D. André Vingt-Trois considera essencial que “ninguém se deixe dominar pelo pânico ou pelo ódio” e pede “a graça” de que todos sejam “construtores da paz”. “Nunca poderemos desesperar da paz, se construirmos a justiça”, referiu.


Diz a comunicação social que um dos atacantes tinha passaporte sírio e entrou na União Europeia pela Grécia como refugiado.
Na internet surgem vários comentários, de cariz mais ou menos xenófobo, contra os refugiados. Também aqui se exige serenidade na análise, sem cedências às emoções fortes que atos tão bárbaros suscitam nos europeus.
Aliás muitos muçulmanos são vítimas dos terroristas como a informação claramente dá a conhecer. Será espectável que os muçulmanos pacíficos e moderados claramente manifestem a sua revolta contra os crimes dos fundamentalistas e terroristas.
Isto não pode transformar-se numa guerra de civilizações - entre muçulmanos e ocidentais.  Os atentados de Paris são antes um crime contra a humanidade, toda a humanidade.
O ódio e a sede de vingança só complicam o problema. Pelo contrário, a serenidade, a luta pela justiça, a vigilância ativa e sem medo são construtoras de paz.

«Há grande negligência» em propor a vocação sacerdotal

LFS/AE - D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real
O bispo de Vila Real quer que “se insista no recrutamento” de vocações ao sacerdócio que não exista “medo de abordar” adolescentes e jovens, se sensibilize pais e paroquianos e, sobretudo, motive os párocos.
“Somos tão pobres, que até parece que teimamos em sermos cada vez mais pobres de gente e de meios, deixando de apostar, nas Vocações e no Seminário. Temos pouca população, escassa juventude, mas é verdade que há grande negligência em chamar os jovens, em os motivar, acompanhar, sensibilizar e motivar para a adesão a Deus”, escreveu D. Amândio Tomás num acarta enviada à diocese.
No contexto da Semana dos Seminários, que termina este domingo, o bispo de Vila Real apela que se insista no recrutamento de vocações ao sacerdócio e pede que se haja sensibilização de pais e paroquianos e, “sobretudo”, se motive os párocos.
“Não ter medo de abordar os adolescentes e jovens, falando do projeto vocacional”, observa.
 (...)
Segundo D. Amândio Tomás o seminário serve os jovens que “sentem o apelo de se darem” e mesmo que não sigam para o sacerdócio “lucram esperança, valores e objetivos na vida”.
Neste contexto, para além da oração pelos seminários, “absolutamente necessária”, o bispo de Vila Real apela que “ninguém falte com a generosidade de ajudar os jovens a estudar”.
O bispo diocesano destaca que o padre “é porta-voz, arauto e executor da misericórdia de Deus”, por isso, assinala que “não pode, nem deve usar as armas que o mundo usa”: “Não pode ceder ao ódio e à vingança, mas, deve ser conciliador, pontífice, mediador, construtor da paz e misericordioso, dando exemplo, perdoando”.
“O sacerdote é porta-voz, arauto e executor da Misericórdia de Deus. É eleito, pela misericórdia e predileção de Deus, e instrumento, que empresta a Cristo o gesto, a palavra e a visibilidade”, desenvolve D. Amândio Tomás.
A Semana dos Seminários 2015 tem como tema ‘Olhou-nos com misericórdia’ e termina este domingo, dia 15 de novembro.
In agência ecclesia

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A gratidão é a memória do coração

Nesta Semana dos Seminários, deixo a minha gratidão a todos os sacerdotes que me ajudaram a caminhar humana, cristã e vocacionalmente.
Se com todos aprendi, alguns marcaram-me de forma indelével pela sabedoria, pela bondade, pelo acolhimento, pela forma como souberam estar em períodos mais conturbados.
Monsenhor Carlos Resende. Meu Reitor e professor. Ressoava bondade por todos os poros. A sua pessoa era um belo poema à bondade. Monsenhor certamente sorrirá no Céu ao recordar tantos momentos bonitos que o P.e Armindo e eu vivemos com ele. Qual avozito bondoso para com os netitos reguilas que o admiravam e estimavam profundamente. Obrigado, senhor Reitor.
Monsenhor Simão Botelho. Este portista confessso foi meu vice-reitor e professor. Com ele vivenciei que viver é servir. Num tempo em que a casa estava cheia, o cónego Simão estava de serviço 24 horas por dia para cada seminarista. Foi fundamental na minha caminhada vocacional. Muito obrigado.
P.e João Mendes. Durante mais de 50 anos, pároco da minha terra natal. Foi quem me mandou para o Seminário. A sua casa era a minha casa. Sempre me entusiasmou e confiou em mim. Obrigado, senhor abade.
Monsenhor Arnaldo Cardoso. Meu professor. Foi quem me inculcou um verdadeiro interesse pela Sagrada Escritura. Com ele muitos seminaristas se abriram pastoralmente ao mundo, através dos cursos bíblicos e de iniciativas com jovens. Obrigado.
D. Jacinto Botelho. O Bispo emérito de Lamego foi meu professor, vice-reitor e vigário-geral. Nele vi sempre a pessoa de uma fé profunda e de uma humanidade extrema. Obrigado.
Cónegos Zé Cardoso e Duarte Júnior. Cada um à sua maneira, souberam oferecer-me ajuda oportuna em momentos menos tranquilos da minha caminhada. Obrigado.
D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto. Sem me estar “a armar”, penso que fui dos sacerdotes que mais sentiu a sua saída da diocese. Com ele mantive longas conversas. Era um coração atento, que sabia escutar e perscrutar. Dele recebi sempre uma palavra clara, admoestadora, serena e orientadora. Muito obrigado.
Monsenhor José Guedes e P.e Adriano Monteiro. Personalidades muito diversas que me ensinaram imenso em campos diferentes. Sem o conseguir, tentei que eles fossem uma referência da minha vida sacerdotal. Obrigado.
Drs. Mário e Alfeu. Foram meus professores no Seminário de Resende. Abandonaram o exercício sacerdotal, mas tal não invalida que lhes esteja grato pelo muito que me deram. O Dr. Alfeu, porque era uma pessoa próxima dos miúdos, jogava com eles, falava com eles e sempre me aceitou e respeitou na minha maneira de ser. O Dr. Mário, então vice-reitor, foi que me meteu na alma a ideia de ser portista, que nunca mais larguei.
Os sacerdotes deste arciprestado de Tarouca. Trabalhamos juntos há vários anos neste Vale Encantado. São formidáveis. Obrigado.
Cónego Joaquim Rebelo. Trabalhamos juntos na mesma escola durante alguns anos. Daí nasceu uma boa amizade. Com ele aprendi e por ele e seus bondosos pais sempre me senti bem acolhido em sua casa. Obrigado.
P.e Dr. Borges. Este sacerdote de Vila Real foi meu professor, director espiritual e, mais tarde, colega de escola. Num corpo de gigante uma alma gigantesca. Nele sabedoria e humanidade brilhavam a grande altura. Muito obrigado.
O meu condiscípulo Adriano Alberto. O arcipreste de Cinfães é daquelas pessoas de quem se é “obrigado a gostar”. É um amigo, um colega e um condiscípulo fantástico. Aquele abraço, Adriano!
Cónego Doutor João António Pinheiro. O actual Reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, que faz o favor de ser meu amigo, é um mestre. Na sabedoria, na profundidade, na simplicidade, no acolhimento. Na fé. Obrigado, amigão!
Não posso esquecer o meu antecessor nesta comunidade, P.e Duarte Santos. Por tudo o que fez e ensinou.
Monsenhor Afonso. O velho Reitor de Almacave era um homem à antiga. Frontal, convicto, terra-a-terra, amigo dos colegas, de um profundo amor à Igreja.
Monsenhor Bouça Pires. O amigo que tantas vezes em seminarista me recebeu em sua casa; o sacerdote de iniciativa, convicção e entusiasmo. Onde esteve deu sempre o “corpo ao manifesto” e soube movimentar. Obrigado.
Muitos e muitos mais me passam neste momento pelo filme da gratidão que vai rolando na minha alma. Guardo a sua memória e louvo ao Senhor por ter tido a dita de se entrecruzarem com a minha vida.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Surpresas...

Foi hoje operado à coluna em Lisboa o nosso sacristão. Pelas informações recebidas, a operação correu bem. Esperamos agora que a recuperação corra pelo melhor.
O email trazia a notícia dada por pessoa amiga. Uma catequista  desta Paróquia está internada  em Vila Real. E mais uma vez fazemos votos pela sua recuperação total.
Quando cheguei a casa de meu para o visitar, recebi a notícia. Meu irmão fora hoje operado. Desandei e fui visitá-lo. Apesar da recente operação, encontrei-o animado.  Torço pelo seu absoluto restabelecimento.
Cheguei a casa no meio de forte nevoeiro que me envolveu durante o percurso, dificultando a condução. Logo o telefone tocou. Uma pessoa doente desta comunidade tinha falecido. Uma prece pela sua alma.
A vida é feita de surpresas e convida-nos a encará-las, não com ar de derrota, mas de vitória. "Não digas a Deus que tens muitos problemas. Diz aos problemas que tens um grande Deus."

Mãos que não dais, o que é que esperais?

Há muitos anos, em determinada diocese, um grupo de cristãos, representativo de certa paróquia, dirigiu-se ao Bispo para lhe pedir um pároco próprio. Invocaram todas as razões que relevaram de conclusivas para o Prelado lhes dar um sacerdote. O Bispo ouviu, ouviu e, por fim, perguntou-lhes:
- Quantos sacerdotes deu a vossa paróquia à diocese?
Uma vaga de silencia percorreu aquelas pessoas que se entreolharam surpresas. Então o Bispo insistiu:
- Estão aqui casais. Já falastes da vocação sacerdotal aos vossos filhos? Que tendes feito nesse sentido?
Uma mãe então levanta a voz e responde:
- Senhor Bispo, só tenho um filho. O senhor queria que ele fosse padre? Não acha que tenho direito a ter amanhã os meus netinhos?
É esta ilógica que nos comanda. Pedimos tudo aos outros, mas não nos sentimos na obrigação de dar nada à comunidade. A quem assim pensa e age responde o velho ditado popular: “Mãos que não dais, o que é que esperais?”
Sempre, mas particularmente nesta semana, procuremos rezar pelas vocações sacerdotais. Que as famílias sejam escolas de discernimento vocacional e acolham na alegria o dom da vocação. Que as paróquias e a diocese promovam uma séria, persistente e estruturada pastoral vocacional. Que os seminários formem os padres que o presente e o futuro reclamam. Padres apaixonados por Deus e dedicados ao homem. Que os jovens vocacionados respondam à mensagem que Deus deixou no telemóvel do seu coração. Fazer delete é deitar fora a oportunidade de ser feliz, pois cada um só é feliz quando segue a vocação que Deus lhe deu.
Depois, acolhamos, apoiemos, acarinhemos as vocações. Também através da partilha de bens, sem os quais a diocese não pode formar os padres que as comunidades precisam.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"Não há vida como a de padre!"


Ouve-se aqui e ali, muitas vezes na brincadeira, "não há vida como a de padre!" Muitas vezes também respondo a brincar: "Então há muito palerminha. Se é tão bom, por que será que há tão poucos pretendentes!? E olha que aqui não há desemprego!"
É preciso preparar e realizar reuniões: Conselho Económico, Conselho Pastoral, catequistas, os vários grupos e movimentos...
É preciso pensar, preparar e e propor ao Conselho Pastoral o Plano Pastoral. Depois, recebidas as alterações, urge pô-lo em prática, sujeitando-o à análise do referido Conselho.
É preciso analisar com o Conselho Económico as obras a realizar, acompanhá-las e escrever dezenas de cartas para aqui e para ali (quem tem obras a realizar em zonas sob a intervenção do IPPAR sabe bem o que isto custa!).
É preciso atender e estudar com as comissões das diversas capelas as obras a realizar no tocante a reparações ou melhoramentos dos centros de culto. Mais umas dezenas de cartas...
É preciso preparar a recepção dos sacramentos...
É preciso presidir aos funerais e, por vezes proceder a alterações de última hora, pois a morte surge quando lhe apetece...
É preciso atender muitas e variadas pessoas que nos procuram ou nós procuramos por causa das mais diversas situações...
Há um Lar da 3ª Idade, um Hospital, os Bombeiros... O Capelão tem de aparecer para desempenhar a sua missão...
Há as  reuniões do  Arciprestado...
Há o boletim paroquial que sai em determinadas épocas do ano. O padre tem de o idealizar, trabalhar e imprimir. Não há dinheiro para o imprimir e dobrar fora, tenho que o fazer com a prata da casa...
Há o jornal mensal que ocupa horas intermináveis ao longo do mês, pensando nele, organizando-o, corrigindo-o.
Há um fim-de-semana que não é brincadeira e deixa o padre esgotado.
Há a solicitude pela comunidade que consome e martela. Tanta gente a viver como se Deus não existisse!...
Numa comunidade com tantas festas, é preciso pensar a tempo e convidar os sacerdotes para essas festas, para o serviço da Confissão...
Há documentos a passar às pessoas para isto e para aquilo... Há documentos a enviar e a pedir à Cúria Diocesana...
Há a solidão, tanta vezes mestra, mas também tantas vezes cruz na cruz de cada dia...
Há espaços de oração que é preciso criar, manter e sedimentar...
Há a casa que temos que dirigir e a nossa vida de cidadãos que temos que orientar....
Há a família a quem devemos prestar atenção...
Existimos nós próprios com as nossas limitações, os nossos sentimentos, as nossas tentações, os nossos picos de satisfação, as nossas angústias...
Há os amigos a quem devemos prestar atenção. Se estes tantas vezes compreendem ausências, nós é que não nos sentimos bem, ausentando-nos...
Há gente que sofre e precisa, reclamando a nossa presença e o tempo não estica, e as forças já não permitem mais...
Há os nossos achaques e doenças a reclamar mais atenção...
Há a necessidade de dar respostas e tantas vezes não as temos...
Há compromissos a honrar e nós prisioneiros de outros que não cumprem o que prometem...
Há obras urgentes a fazer e a burocracia emperra tudo...
Há denúncias que nos flagelam e silêncios que nos queimam...
Há gente que não arranca e outros que ficam sempre na margem da crítica...
Há tantas vezes uma Igreja que não sai da sonolência, mas que tudo nos exige como se fôssemos deuses...
Há as nossas limitações (por exemplo, custa-me não ter jeito para a música!), o nosso feitio, a nossa maneira de ser, a nossa disposição de momento... quantas vezes limitam e até nos trazem insatisfação interior perante posições tomadas...
Há cartas e telefonemas que nos chegam e a que temos que responder...
Há pessoas que se sentem mal se nós não vivemos para elas, mas que passam muito bem se ninguém se importa connosco...
Há uma hierarquia que devia estar muito, muito mais presente, mas a quem parece só importar que não lhe causemos problemas...
Há invejas como facas e apoios e incentivos que nunca chegam...
Há a tentação de "porreirismos fáceis" que granjeiam simpatias interesseiras...
Há a exigência da fidelidade à Mensagem do Salvador e da Sua Igreja que, não poucas vezes, nos trazem dissabores, amargos de boca e pedradas...
Fala-se de uma Igreja-Comunhão, mas, ao fim e ao cabo, fica tudo dependente do padre, como pintos da galinha. Os leigos não assumem o seu papel na Igreja e esta tarda em tratar como maiores os seus leigos...
Há uma Igreja que nunca devia dissociar-se dos pobres e parece que cada vez mais a vemos colada - pelo menos pelo silêncio cúmplice - aos interesses dos ricos.
Há grupos - muitos - minoritários embora, mas que não encontram na Igreja o acolhimento filial a que têm direito.
Há um Centro Paroquial em construção.  Que muitos não sentem como seu e ainda dizem que é do padre... Quantas horas de sono por dormir, quantas aflições, tanto que se dá sem ninguém saber! Numa Paróquia com esta dimensão, tudo poderia ser muito mais fácil. Bastava que as pessoas fossem mais generosas!

Mas não pensem que é um carpir de mágoas. Sou uma pessoa que gosta do que é. Quero ser mais santo, sem dúvida. Isso peço à Trindade Santíssima de cuja Misericórdia infinita espero o perdão para as minhas faltas e a ajuda para servir melhor.
Confio na oração e amizade de todos para a todos poder amar melhor.