domingo, 31 de agosto de 2008
Remar contra a maré
Disse que o filho e a companheira não estavam casados, viviam juntos há uns anos, até se davam bem, mas isso de casar ... não, não queriam...
A avó sublinhou que o filho era maior, que a vida que levava era lá com ele. Queria apenas que o netinho fosse baptizado, não queria que nada de mal acontecesse à criança.
Enfim, a lengalenga do costume. Os pais de hoje assumem-se como pais a prazo, só enquanto o filho (a) é menor. Depois desligam. "É lá com eles", dizem.
Deus não condena crianças, por isso nada de mal lhes pode acontecer. Agora os adultos são responsáveis pelos seus actos e terão que responder por eles diante de Deus.
Os pais de hoje! Se o filho ou filha vivem amancebados, isso nada lhes diz. Todos fazem o mesmo! Hoje é assim!
Pais que vão na corrente do mundo, sem coragem de navegar contra a maré em nome da sua fé e dos valores. Sim, as modas passam; os valores permanecem. Tanta preocupação com as modas, tanta despreocupação com os valores! E os valores estão sempre na moda, mesmo quando é outra a moda do mundo.
E já repararam numa coisa? Quanto maior é a libertinagem de comportamentos no namoro, mais aumentam os divórcios. Hoje, no namoro, não há limites, tudo é permitido. Depois o casamento é limitado e nada é tolerado. Por "dá cá aquela palha", separam-se.
Os jovens começam a namorar, logo a seguir vão passar férias juntos, dormem juntos e, um tempinho depois, vivem juntos. Sem qualquer preocupação com valores morais. O que interessa é gozar a vida. O resto são "velharias", coisas de outros tempos... E isto mesmo com jovens que se dizem católicos!!!
Não será a exigência pessoal no namoro o caminho certo para um matrimónio feliz, realizador, sem prazos de duração?
sábado, 30 de agosto de 2008
22º Domingo do Tempo Comum
Frente a frente o Evangelho deste domingo coloca a lógica dos homens (Pedro) e a lógica de Deus (Jesus). A lógica dos homens aposta no poder, no domínio, no triunfo, no êxito; garante-nos que a vida só tem sentido se estivermos do lado dos vencedores, se tivermos dinheiro em abundância, se formos reconhecidos e incensados pelas multidões, se tivermos acesso às festas onde se reúne a alta sociedade, se tivermos lugar no conselho de administração da empresa. A lógica de Deus aposta na entrega da vida a Deus e aos irmãos; garante-nos que a vida só faz sentido se assumirmos os valores do Reino e vivermos no amor, na partilha, no serviço, na solidariedade, na humildade, na simplicidade. Na minha vida de cada dia, estas duas perspectivas confrontam-se, a par e passo… Qual é a minha escolha? Na minha perspectiva, qual destas duas propostas apresenta um caminho de felicidade seguro e duradouro?
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Mãe, já não tenho dores!
Perguntou:
'Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom? Quando é que eu posso vê-lo?'
O cirurgião respondeu:
'Tenho pena. Fizémos tudo mas o seu filho não resistiu.
Sally perguntou:
'Porque razão é que as crianças pequenas têm cancro? Será que Deus não se preocupa? Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?'
O cirurgião perguntou:
'Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.'
Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do menino.
'Quer um caracol dele?' Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente. A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
'Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa', disse Sally. 'No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu: 'Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.'
Ela continuou:
'O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.'
Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do 'Hospital Children's Mercy' pela última vez. Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela. A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exactamente nos locais onde ele sempre os teve. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:
'Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer 'Amo-te'. Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adoptar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico. Os avós vieram ter comigo assim que eu cheguei para mo mostrar, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os anjos são mesmo fixes. Adoro vê-los a voar.
E sabes uma coisa? O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo. Ele levou-me a visitar Deus! E sabes uma coisa? Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa, Mãe? Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta. Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste, 'Aonde estava Ele quando eu mais precisava ?' Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho d'Ele, Jesus, foi crucificado.
Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas vêm este papel em branco. É mesmo fixe não é? Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o cancro já se foi embora. Ainda bem porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim. Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?'
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.
(Enviado por email)
Melhoramentos na Igreja Paroquial
A electrificação da Igreja de Tarouca estava um perigo. Muito antiga, não oferecia condições mínimas de segurança. Fios sem protecção e velhas caixas de derivação a vaguearem por cima do tecto do templo punham este em constante sobressalto quanto à possibilidade de um incêndio destruidor.
Quando se procedeu à substituição do telhado e se pôde ver claramente a situação da electrificação, ficámos todos seriamente preocupados. Então o Conselho Económico fez um pedido urgente ao senhor Presidente da Câmara que, gentilmente, compreendeu a nossa apreensão e mandou rever toda a instalação eléctrica.
A ele e à Câmara Municipal o nosso sincero agradecimento.
Presidente da República preocupado com a onda de assaltos que se tem verificado no país
O PSD, como noutras matérias, é um mar de silêncio. Mas os sociais democratas escolheram uma líder ou uma monja contemplativa?
Os bloquistas, como de costume, revelam-se mais preocupados com questões fracturantes do que com os reais problemas do país.
O PCP, por mais estranho que pareça, detesta falar de problemas de segurança. Complexos da famosa "ditadura do proletariado"?
O governo e o partido que o apoio - PS - sempre lidaram mal com questões de autoridade.
E o senhor Sócrates, sempre tão hábil em propaganda, perde sistematicamente a voz quando questões graves preocupam os portugueses. Estranha doença, a deste senhor! Se for para distribuir computadores ou para anunciar projectos que ponham em alta o governo (mesmo que tardem ou não venham a concretizar-se), é perito em marcking, é mesmo inexcedível. Mas perante os graves problemas que o país enfrenta, emigra para o mundo do silêncio como se nada tivesse a ver com eles.
O Presidente da República, sempre tão comedido nas palavras e nas atitudes, veio a terreiro manifestar claramente a sua preocupação perante a grassante onde de assaltos que tem varrido o país. Finalmente!!!
«A onda de assaltos e crimes violentos que se tem vindo a verificar no nosso país é uma coisa muito séria. Todos nós esperamos que os criminosos não fiquem impunes."
«Os portugueses devem confiar nas forças de segurança e na polícia de investigação, mas é preciso uma concentração de meios e esforços, desenvolvendo uma estratégia adequada para enfrentar uma situação como esta."
Por seu lado, A psicóloga Cristina Soeiro, especialista em criminologia, explicou esta quarta-feira à TSF que os criminosos actuam porque têm a ideia de que o sistema é frágil.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Mãe, foi Deus que criou os dinossauros?
- Mãe, foi Deus que criou os dinossauros?
A mãe responde monossilabicamente, como que a arrumar a questão:
- Foi.
Mas o miúdo percebe a superficialidade da resposta e insiste:
- Achas mesmo que foi Deus que criou os dinossauros?
A resposta voltou monossilábica, distraída, a afugentar:
- Não.
Em tempos que já lá vão, os miúdos não tinham ambiente para fazer grandes perguntas aos pais. Aliás é conhecida a resposta que muitos davam: "línguas de perguntador". Felizmente mudou. Hoje os pais espicaçam a curiosidade natural dos petizes.
Eu sei que nem sempre é fácil responder. A vida, os problemas, o cansaço, o não domínio de certas matérias, a momentânea má disposição ... estorvam uma resposta à altura da curiosidade da criança. Aliás os pais não são Deus! Também têm limitações humanas.
Mas também é verdade que quando as crianças perguntam sobre religião, a grande maioria dos pais afasta a questão... E então se é em público!!!...
Deus ainda está muito longe da cidade dos homens. Estes tendem a escorraçá-l'O.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
De regresso
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
As razões que me levam a amar a Igreja
Creio que não posso escrever neste livro sobre as coisas que amo, sem falar também na nossa Igreja, sobre a minha querida Igreja. Compreendo que, ao fazê-lo, não estou muito na moda, porque hoje o habitual é falar dela, pelo menos, com desinteresse (e tantas vezes com ferocidade!), inclusive os crentes. Dizem que o sinal dos tempos é gritar: “Cristo, sim; Igreja, não”. Isso me parece tão sem sentido como dizer “quero a alma de minha mãe, mas a minha mãe, não”. Tenho pena de não entender aqueles que a insultam ou desprezam “em nome do Evangelho”, ou os que parecem sentir-se envergonhados da sua história e pensam que só agora ou no futuro vamos construir a “verdadeira e fiel Igreja”. Não sei; penso que, talvez quando já esteja no céu, hei-de sentir compaixão por isso tudo em que cá em baixo transformámos a Igreja; mas enquanto estiver na terra já tenho bastante trabalho em amá-la para ter ainda tempo de ficar a olhar os seus defeitos.
Vou ver se explico um pouco as razões pelas quais quero bem à Igreja. Para ser um pouco sistemático, vou reduzi-las a cinco fundamentais.
Posso amar o esposo e desprezá-la a ela? Mas - dir-me-á alguém - como podes amar alguém que tantas vezes atraiçoou o Evangelho, alguém que tem tão pouco a ver com o que Cristo sonhou que fosse? Não sentes pelo menos “nostalgia” da Igreja primitiva? Sim, claro que sinto nostalgia daqueles tempos em que - como dizia Santo Irineu - “o sangue de Cristo estava ainda quente” e em que a fé era ardente e viva na alma dos crentes. Mas que é que justificaria que eu sentisse saudade da minha mãe jovem e sentisse menos amor por minha mãe velhinha? Poderia eu desprezar os seus pés cansados e o seu coração fatigado?
Ouço por vezes em alguns púlpitos e em algumas tribunas jornalísticas vozes demagógicas que nem têm o mérito de ser novas. As que falam, por exemplo, de que a Igreja é agora uma esposa prostituída. Recordo aquele disparatado texto que Saint -Cyran enviou a São Vicente de Paulo e que é - como certas críticas de hoje - um monumento de orgulho: - “Sim, eu reconheço que Deus me concedeu grandes luzes. Fez-me compreender que já não há Igreja. Deus fez-me compreender que há cinco ou seis séculos que não existe Igreja. Antes, a Igreja era um grande rio de águas transparentes; mas agora o que nos parece ser a Igreja é apenas lodo. A Igreja era a sua esposa. Actualmente é uma adúltera e uma prostituta. Por isso a repudiei e a quero substituir por outra que seja fiel”.
Fico, é claro, como São Vicente de Paulo, que, em vez de se pôr a sonhar passadas ou futuras utopias, se entregou à construção da sua santidade, e com ela, da Igreja.
Um rio de lama tem de ser limpo, e não apenas condenado. Sobretudo quando ninguém pode apresentar esse suposto libelo de repúdio que Cristo teria entregue à sua Igreja.
O centro final do meu amor é Cristo, ela “é a câmara do tesouro, onde os apóstolos depositaram a verdade, que é Cristo”, como dizia Santo Irineu. Ela é “a sala onde o pai de família celebras as bodas do filho”, como escrevia São Cipriano. Ela é verdadeiramente - agora é o rio de Santo Agostinho que transborda “- a casa de oração adornada de visíveis edifícios, o templo onde habita a tua glória, a sede insubstituível da verdade, o santuário da eterna claridade, a arca que nos salva do dilúvio e nos conduz ao porto da salvação, a querida e única esposa que Cristo conquistou com o seu sangue e em cujo seio renascemos para a tua glória, com cujo leite nos amamentámos, cujo pão da vida nos fortalece, a fonte da vida com que nos sustentamos”.
Como poderia não amar eu quem me transmite todos os legados de Cristo: a eucaristia, sua palavra, a comunidade dos seus irmãos, a luz da esperança? A sua história, porém, é triste, está cheia de sangue derramado, de intolerância, de legalismo, de casamentos com os poderes deste mundo, de hierarcas medíocres e vendidos… Sim, é verdade. Mas também está cheia de santos.
só vemos as zonas doentes da Igreja
Amo a Igreja, estou com as suas torpezas,
com a sua túnica cheia de manchas e pecados.
Amo os seus santos e os seus parvos,
Ó mãe de mãos sujas e vestidos gastos,
nos levem a outros portos.
Não foi a beleza que nos fez teus filhos.
Hoje, cansados, sujos e com fome,
In Razões para o amor
Padre há 29 anos
29 anos! Parece que foi ontem. Como o tempo corre!
Obrigado, Senhor, pela vocação, fruto do teu imenso amor.
Desculpa-me, Senhor, as minhas faltas, lacunas, pobrezas e pecados.
A Ti, Deus Santo, entrego o meu presente e o meu futuro. Quero ser um humilde e pobre altifalante do teu amor sem limites pelo homem, pelo homem de hoje.
Continuo a gostar muito de ser padre. Só não gostava de ter tantos limites para que a Palavra de Deus ecoasse mais cintilante na mente e no coração das pessoas.
Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo
Parabéns, senhor Bispo!
Às 16 horas, na Sé, o nosso Bispo presidirá a um solene pontifical onde serão ordenados dois novos sacerdotes.
Parabéns, jovens colegas!
Sei que a melhor prenda que o coração do pastor diocesano pode receber é exactamente esta: ordenar dois novos padres.
Se Deus quiser, lá estarei também para representar esta comunidade paroquial e testemunhar a comunhão com o nosso Prelado. Para participar humildemente na festa da diocese que assim vê nascer dois novos presbíteros para o serviço da Igreja. Para agradecer a Deus o dom do nosso Bispo e com ele proclamar a alegria do serviço, nem sempre isento de sofrimento, mas carregado de esperança.
Estou consigo, Senhor Bispo!
Assunção de Nossa Senhora
Hoje, Jesus ressuscitado acolhe a sua mãe na glória do céu…
Hoje, Jesus vivo, glorificado à direita do Pai, põe sobre a cabeça da sua mãe a coroa de doze estrelas…
Como Maria, a Igreja gera na dor um mudo novo.
E como Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.
Rezar como Maria. Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se acção de graças no eco ao Magnificat. Pomos os nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra, Senhor!”
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Magalhães - o mais escandaloso golpe de propaganda do ano
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Obrigado, Senhor, pela vida, dom do teu amor
Sinto a falta do beijinho especial que a minha Princesa me dava neste dia.
Eu sei, Senhor, que ela está bem no Teu amor imenso. Sei isso. E vou cantando baixinho:
Como a mãe abraço o filho, adormecido,
Tu nos tomas e agasalhas,
Nós teus filhos!
Muito obrigado!
Ao senhor Bispo, ao senhor D. António, ao senhor Vigário Geral, ao pároco da minha terra, a todos os colegas e amigos sacerdotes que tão bela e fraternalmente manifestaram de várias maneiras a sua solidariedade, o meu profundo reconhecimento.
Aos meus familiares e conterrâneos que tão nobremente souberam estar presentes junto de nós, a nossa gratidão.
A todos os amigos, de longe ou de perto - alguns vindos de muito longe mesmo - um bem-haja profundo.
A todas as pessoas que, não podendo estar presentes, fizeram sentir de múltiplas formas a sua solidariedade e amizade, muito obrigado.
Há quem parta, ficando; há que fique partindo
sábado, 9 de agosto de 2008
XIX Domingo Comum
http://www.agencia.ecclesia.pt/cal/54/noticia.asp?jornalid=54¬iciaid=21742
A importância que a 'virgula' tem
'Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de rastos à sua procura.'
99% das mulheres colocam a vírgula a seguir a MULHER.
99% dos homens colocam-na a seguir a TEM.
É tramado… né?!
(enviado por email)
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Jogos Olímpicos de Pequim 2008
Cada mascote das Olimpíadas de Pequim tem um nome rítmico de duas sílabas, uma forma tradicional na China de expressar afecto pelas crianças. Beibei é o piexe, Jingjing é o panda, Huanhuan é a chama olímpica, Yingying é o antílope tibetano e Nini é a andorinha. Juntando os nomes - Bei Jing Huan Ying Ni – resulta “Pequim dá-lhe as boas vindas”. Esta eleição tem a ver com as cores dos cinco anéis olímpicos: preto, vermelho, amarelo, verde e azul; e com os cinco elementos tradicionais chineses: o metal, a madeira, o fogo, a água e a terra. Uma das tradições da Antiga China consistia em transmitir os melhores desejos através de símbolos e sinais. Por isso mesmo, cada mascote simboliza um desejo diferente que se quer transmitir a todos os continentes: prosperidade, felicidade, paixão, saúde e boa sorte.
http://www.h2onews.org/index.php?lang=pt§ion=
AOS MIGRANTES
Não há pequena aldeia ou lugar turístico do mais longínquo interior que não tenha contactos, mais ou menos habituais, com pessoas de outro país, de outra língua, de outra cultura, de outro estilo de vida.
Uma acção muito aplaudida
É com este título que o Correio da Manhã online se refere à maneira como ontem terminou o assalto a uma dependência do BES em Lisboa.
Li os imensos comentários que os leitores fizeram a esta notícia. A esmagadora maioria louva e enaltece a acção policial.
Pessoalmente nunca achei que o problema estivesse nas forças policiais. Felizmente o país tem profissionais competentes.
Para mim o problema sempre esteve do lado dos políticos. São estes que publicam leis que defendem os agressores e desprotegem as vítimas; são os políticos que não deixam as forças de segurança actuar; são anda os mesmos que não protegem os agentes policiais como era sua obrigação; são ainda os políticos que não dão às forças de segurança os meios para uma acção mais eficaz; por fim, são os políticos que não controlam as entradas de indivíduos perigosos, não contribuem para a integração de quem chega, não resolvem o problema económico-social, não implantam uma educação para os valores, não protegem a família, gerem mal situações sociais explosivas, como arrebanhar casos difíceis num mesmo bairro, falta de critérios na atribuição do rendimento mínimo garantido. Além disso, ao permitirem o disparar da desigualdade social e ao não controlarem o desemprego, ateiam o fogo da marginalidade.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
"Confio na Polícia!"... "São casos pontuais!"...
Li e ouvi que os dois assaltantes eram brasileiros. No noticiário da noite da SIC, o comentador referia claramente que os assaltos com maior violência realizados neste país nos últimos tempos foram conduzidos por brasileiros, ucranianos e romenos, gente de leste. E quando o jornalista lhe perguntou se isso não seria racismo, respondeu que não, era a verdade.
Claro que já estou a ouvir o Ministro da Administração Interna: "Confio na Polícia!"... "São casos pontuais!"... E di-lo com aquela cara de mau e de importante - só se for para atemorizar os portugueses ou a polícia, porque aos gatunos não consegue, como se tem visto. É a cassete do costume. Não sei se neste caso foi exactamente isto que disse, mas andará por lá perto. Realmente a insegurança aumenta, afecta, destrói. Não adiantam as estatísticas que a seu belo prazer o senhor Ministro apresenta. Vivemos num país inseguro. Isso é trágico. E o que se tem feito para inverter a situação???
Claro que do Primeiro-Ministro, nem palavra, como é costume. Se fosse para apresentar promessas, com toda a pompa e circunstância, ai aí ele aparecia, sem dúvida. Como se trata de problemas reais, fica caladinho. Da oposição, já nem falo, porque pura e simplesmente não existe.
Tenho para mim, como aliás o referi por diversas vezes neste blog, que o Partido Socialista lida mal com a autoridade. Em relação à autoridade familiar, estamos conversados. O importante para esta gente é emperrar, embaraçar, desmoronar o que ainda resta da família tradicional. Em relação à autoridade dos professores, as posições do actual governo são pura e simplesmente lastimáveis. Quanto à autoridade policial, o caso não melhora. Não foi Mário Soares que disse que não gostava de polícias? Não foi o actual Ministro da Justiça que, quando foi Ministro da Administração Interna no anterior governo socialista, soltou a célebre frase: "Esta não é a minha polícia?" Quanto às leis aprovadas - não esquecer que o governo tem uma maioria absoluta no parlamento a apoiá-lo - o sentido é sempre o mesmo: proteger os infractores, desprotegendo as vítimas.
Realmente o PS tem um problema genético no que toca à autoridade. Mete-lhe confusão que a haja! Ah! A não ser na que ele exerce. Aí, aí de quem lhe toque! Relembro só um caso. Pensem no que sucedeu àquele professor colocado na Direcção Regional de Educação do Norte... São bem conhecidos dos portugueses os tiques de autoritarismo do nosso Primeiro...
Se o governo é a calamidade que é, se a oposição não quer existir, então tem razão aquele amigo que há tempos sugeria: " Nas próximas eleições, portugueses todos às urnas. Mas votem todos em branco! Só assim os políticos serão obrigados a entender a linguagem do povo."
Já viram algum filho de político desempregado?
"Os maiores inimigos da estabilidade do povo português estão em Belém, em São Bento e na Assembleia da República. Fora os outros que estão em casa a gozar o subsídio de reintegração e a reforma choruda que lhes dá para levarem a vida que quiserem sem preocupações nenhumas. E nós ? Nós temos que fazer das tripas coração todos os dias para irmos conseguindo pagar os empréstimos bancários. Estamos a vida inteira nas mãos dos bancos e quando finalmente conseguirmos pagar tudo...estamos prontos a esticar o pernil. É a sina do tuga.
A melhor profissão em Portugal é ser politico. Já agora, já viram algum filho de politico desempregado ? Conhecem algum licenciado filho de politico que esteja entre os milhares de licenciados desempregados ? Conhecem algum filho de politico inscrito nos centros de desemprego ? A politica em Portugal é a carreira que leva à boa vida. Para quem está lá e para os familiares, amigos, afilhados, etc.
E nós é que os sustentamos e ajudamos a engordar as respectivas contas bancárias..."
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=104634&tab=community
Um homem, um crente e um bispo fantástico!
O milagre das mãos vazias
Há na ideia, no entanto, uma parcela de verdade, e muito mais ainda na fórmula de Balthasar. Trinta anos de ministério ensinaram-me que cada um pode dar muito mais do que pessoalmente possui. E isto por uma razão elementar: a rigor, no mundo da graça nenhum homem dá nada. Deus é o único que pode dar, só ele. A experiência de qualquer sacerdote ou de qualquer cristão é que, se ele não puser demasiados obstáculos, Deus dá através de nós coisas que nós nem conseguimos sonhar. E o que Bernanos chamava “o doce milagre das mãos vazias”, através das quais pode passar a torrente de Deus.
No terreno sacramental isto é por demais evidente: que são as minhas mãos para absolver, a minha palavra para consagrar? Alguém “funciona” dentro de mim para que isso “saia”, como o vinho da garrafa sem ela o ter gerado ou fabricado.
Mas também se dá o mesmo noutros terrenos mais misteriosos: que cristão não semeou esperança nos dias em que a julgava perdida? Quantas vezes demos alegria a alguém e nos afastámos depois de pensar que éramos nós quem mais precisava dela?
Acontecem por vezes coisas misteriosas. Um dia aproxima-se alguém de ti, e declara-te que há vinte anos se alimenta de uma frase que tu disseste. Perguntas de que frase se trata, e quando a escutas ias jurar que nunca te passou pela cabeça, que a disseste casualmente. Repara como a flecha foi directa ao alvo que dela precisava.
Qualquer sacerdote sabe que algumas vezes preparou uma conferência ou uma homilia com todo o cuidado, e depois, ao falar, sobe-lhe aos lábios uma frase na qual nem sequer pensara. E logo se verifica que era dessa que algum ouvinte estava a precisar.
Veio uma vez um desconhecido agradecer-me um artigo que o ajudou a resolver em casa uma crise muito séria. E eu nem me lembrava de ter escrito artigo algum sobre esse tema. Terei eu um anjo da guarda que escreve e assina artigos que eu não elaborei? Ou escrevia eu doutra coisa, e aquela família — que precisava de uma resposta — encontrou-a onde o autor nem pensara? Vamos lá sabê-lo?!
Não sei se tudo isto será heresia. A mim, pelo menos, ajuda-me. Se tivesse de esperar por ser santo para começar a falar de Deus às pessoas, ainda agora estava calado. Se só pudesse escrever sobre a alegria, quando tudo corre bem, passaria a maior parte da vida em jejum de escrita. Compreendo que tenho obrigação de ter as mãos cheias, porque Deus o merece, mas não desanimo quando as vejo vazias. Encanta-me a ideia de ser uma trombeta através da qual alguém, mais poderoso do que eu, está a soprar. E de tantas graças passarem pelas minhas mãos... alguma ficará comigo.
O nosso problema está então em sermos bons transmissores, tornar-nos transparentes, para que possa ver-se através de nós o Deus escondido que levamos dentro. E depois partilhar sem mesquinharias o pouquinho que temos — essa migalha de fé, essa gota de esperança, esses gramas de alegria sabendo que não faltará quem venha multiplicá-la como o pão do milagre. Seguros de que a pequena chama de um fósforo pode atear uma grande fogueira. Não porque o fósforo seja importante, mas porque a chama é infinita.
In Razões para o amor
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Às quartas-feiras, milagre
— Que fizeste hoje na escola?
— Fiz um milagre — respondeu a menina.
— Um milagre, como?
— Foi na Catequese.
— E como fizeste o milagre?
— A nossa professora é uma jovem que está muito doente. Não pode fazer nada sozinha: só falar e rir.
— E que aconteceu?
— A Catequista falava dos milagres de Jesus. E os meninos disseram: não é verdade que haja milagres, porque, se os houvesse, Deus já te teria curado a ti.
— E ela que disse?
— Disse: sim, Deus também faz milagres para mim. E os meninos disseram: que milagres faz?
— E depois?
— Depois, ela disse: o meu milagre sois vós. Porquê? perguntámos-lhe. E ela disse: porque às quartas-feiras me levais a passear, empurrando o meu carrinho de rodas. Vês? Fazemos milagres todas as quartas-feiras à tarde. Ela disse também que haveria muitos mais milagres, se a gente quisesse fazê-los.
— Tu gostas de fazer milagres?
— Sim. Tenho vontade de fazer muitos. Primeiro, pequenos. Quando for maior, vou fazer milagres grandes.
— Todas as quartas-feiras?
— Quero fazê-los todos os dias, toda a vida.
— Não te parece que a vida é também um milagre?
— Não — disse Gabriela —. A vida é para fazer milagres.
Gabriela tem razão, a vida é para fazer milagres, quartas, quintas e domingos. A vida não é para nos sentarmos à espera de que Deus faça milagres espectaculares; não é para nos limitarmos a confiar que Ele resolva os nossos problemas; mas, sim, para começarmos a fazer esse milagre pequenino que Ele pôs já nas nossas mãos — o milagre de nos querermos bem e de nos ajudarmos uns aos outros. Que será mais milagroso; restituir a vista a um cego, ou a felicidade a um amargurado? Mais prodigioso multiplicar os pães, ou reparti-los bem? Mais assombroso transformar a água em vinho, ou o egoísmo em fraternidade? Se os homens se dedicassem a construir milagres pequeninos metade do tempo que gastam a sonhar com os espectaculares, certamente o mundo caminharia já muito melhor.
E o milagre de amar, todos o podem fazer, pequenos e grandes, pobres e ricos, sãos e doentes. Fixai bem isto: podem privar um homem de tudo, menos da sua capacidade de amar. Um homem pode sofrer um acidente e nunca mais poder andar. Mas não há nenhum acidente que nos impeça de amar. Um doente mantém íntegra a sua capacidade de amar: pode amar o paralítico, o moribundo, o condenado à morte. Amar é uma capacidade inseparável da alma humana, que mesmo o mais miserável dos homens conservará.
Só no inferno não se poderá amar. Porque o inferno é isso mesmo: não amar, não ter nada a partilhar, não ter a possibilidade de se sentar junto de alguém para lhe dizer: ânimo!
Mas enquanto vivemos não há cadeia que maniete o coração, salvo, claro está, a do próprio egoísmo, que é como uma antecipação do inferno. “Os verdadeiros criminosos — dizia Follereau — são os que passam a vida a dizer eu e sempre eu”.
Ao contrário, onde se ama, já se começou a construir o céu a golpes de milagres. Em definitivo, os milagres, para Jesus, eram antes de tudo “os sinais do reino”. E que melhor sinal de um reino de amor que começar a querer-nos bem aqui, com amores pequeninos como o da Gabriela e suas companheiras de escola?!
In Razões para o amor
Ano Paulino: importante entrevista
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Desde os dez euros até ao vaso rachado
Como nada acontecia, ele resolveu mandar uma carta para o Todo-Poderoso com seu pedido.
Os CTT receberam uma carta endereçada a 'Deus-Portugal' e resolveram entregá-la ao Primeiro Ministro.
O Ministro José Socrates ficou muito comovido com o pedido e resolveu mandar uma nota de 10 euros para o garotinho, pois achou que 100 euros era muito dinheiro para uma criança tão pequena. O rapazinho recebeu os 10 euros e imediatamente sentou-se para escrever uma carta de agradecimento:
-'Querido Deus: Muito obrigado por me mandar o dinheiro que eu pedi. Contudo, notei que por alguma razão, o Senhor mandou-o através do 1º Ministro José Socrates e, como sempre, aquele malandro ficou com 90% do que era meu!'
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho:
'Tenhovergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa...'
A velhinha sorriu:
"Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu regava-las. Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa."
Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que há de bom nele.
(enviado por email)
Em que lotaria jogamos?
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
UMA FÁBULA MODERNA
“Eu não, estás parva !” - disse a vaca.
“Nem eu, tenho mais que fazer !” - emendou o pato.
“Eu também não” - retorquiu o porco.
“Eu muito menos” - completou o bode.
“Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido” - disse o pato.
“Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo” - disse o porco.
“Não, depois de tantos anos de serviço”, - exclamou a vaca.
“Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego” - disse o bode.
“Então, eu mesma colho” - disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.
Finalmente, chegara a hora de amassar o pão.
“Quem me vai ajudar a cozer o pão?” - indagou a galinha.
“Eu fugi da escola e não aprendi essas merdas ! Ganho bem com a passa !” - disse o porco.
“Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença” - continuou o pato.
“Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação” - resmungou o bode.
“Só se me pagarem horas extra” - exclamou a vaca.
“Então, eu mesma faço” - exclamou a pequena galinha.
“Não! Vou comer os cinco pães sozinha”.
“Lucros excessivos, sua agiota!” - gritou a vaca.
“Sanguessuga capitalista!” - exclamou o pato.
“Eu exijo direitos iguais!” - bradou o bode.
O porco grunhiu: - A Paz, o Pão, Educação, são para todos! Direitos do Povo!
QUERO OS MEUS DIREITOS!
INJUSTIÇA!
A ROUBAR O PÂO AO POVO
FASCISTA .
A vergonha de ser cristão
In Razões para o amor
domingo, 3 de agosto de 2008
Parábolas refrescantes para esta quente semana de Agosto
Certo dia chegou um profeta a uma cidade, e começou a gritar, em plena praça, que era preciso inverter a marcha do país. O profeta gritava, gritava, e uma considerável multidão acudiu a escutá-lo, mais por curiosidade do que por interesse. O profeta punha toda a sua alma nas palavras, exigindo a mudança dos costumes. Mas os dias passavam, e eram cada vez menos os curiosos que rodeavam o profeta. Nem uma só pessoa parecia disposta a mudar de vida. O profeta, porém, não desanimava, e continuava a clamar. Até que um dia já ninguém ficou na praça a escutá-lo. Passavam os dias. O profeta continuava a gritar. Ninguém o escutava. Por fim, alguém se aproximou e lhe perguntou:
- Porque é que continua a gritar? Não vê que ninguém está disposto a mudar?
“Continuo a gritar — respondeu o profeta — porque, se eu me calasse, eles me teriam mudado a mim”.
A moral desta parábola parece-me bastante simples e muito oportuna: não devemos trabalhar porque esperamos que vamos conseguir um fruto, mas porque é o nosso dever, porque acreditamos no que estamos a dizer. Como é evidente, todo aquele que proclama uma ideia o faz para que ela penetre nos seus ouvintes: mas aquele que desanima porque os seus pensamentos não são ouvidos ou seguidos, é porque não tem fé suficiente no que pensa e no que faz. A utilidade, o puro fruto, não pode ser o único critério das nossas acções. E sobretudo se esses frutos se esperam no imediato, já estamos a preparar o desalento. Mudar o mundo é, além disso, muito difícil. Quase impossível. E por isso, o semeador não costuma chegar a ver o fruto da sementeira, porque no mundo as mudanças de tudo o que é acidental são rápidas ao passo que os corações mudam com travão e por vezes com marcha-atrás. Isto o pode entender todo aquele que contemple de olhos abertos quão lentamente muda o seu coração, quanto nos custa a todos evoluir, e quão devagar cresce em nós a maturidade e a paz da alma. Mas nada disto detém o verdadeiro profeta ou o autêntico trabalhador. Não se é autêntico nem verdadeiro, se não se é obstinado e paciente.
O velho Bayacid
O velho sufi Bayacid, diz-se — contava aos seus discípulos: “Quando eu era jovem, era revolucionário, e a minha oração consistia em dizer a Deus: “Dai-me força para mudar o mundo”. Mais tarde, à medida que fui ficando adulto, dei-me conta de que não tinha mudado uma só alma. Então a minha oração começou a ser: “Senhor, dai-me a graça de transformar os que estão em contacto comigo, ainda que seja só a minha família”. E agora, que sou velho, começo a entender como fui estúpido. E a minha única oração é esta: “Senhor, dai-me a graça de me mudar a mim mesmo”. Penso que se tivesse rezado assim desde o princípio não teria malbaratado a minha vida”.
Esta segunda parábola nem precisa de comentário. Talvez, de reafirmação. É que este mundo está cheio de reformadores que nem sequer começaram por reformar-se a si mesmos. Como ser pacifista, se não se respira paz? Como falar de liberdade, se não se é espiritualmente livre? Como pregar o amor, se não se ama? Que sentido tem exigir justiça com palavras agressivas e injustas? Como esperar respeito dos filhos, se não os respeitamos? Como exigir dos pais, quando não somos exigentes connosco mesmos? Receio que muitas das nossas petições de mudança do mundo não passem de um alibi para disfarçar o nosso fracasso na hora de nos mudarmos a nós mesmos, e que uma alta percentagem das acusações de desonestidade que fazemos aos outros não passe de um auto-engano para não nos olharmos no espelho da nossa própria desonestidade. Além disso a única maneira de mudarmos os que nos rodeiam é conseguir que a nossa mudança irradie. Um homem em paz consigo mesmo não precisa de falar de alegria, porque a revelará em todas as suas palavras. Um ser humano com verdadeira fé nas suas ideias pregá-las-á sem abrir os lábios, simplesmente vivendo.É claro que é óptimo que nos preocupemos com a transformação do mundo. Contanto que não seja uma desculpa para nos dispensarmos de cultivar o nosso próprio jardim. Porque no dia em que o nosso jardim melhorar, já o mundo terá começado a ser melhor.
In Razões para o amor
sábado, 2 de agosto de 2008
Só se vê e ouve bem com o coração!
Diz Bento XVI: Rogai ao Senhor da messe! A messe existe…Deus necessita de homens, de pessoas que digam: Sim, eu estou disposto a ser trabalhador na messe. Não podemos simplesmente produzir vocações, elas devem vir de Deus. Nós devemos sacudir o coração de Deus para que Ele lance no coração que pede a faísca da alegria em Deus, da alegria pelo evangelho…
Temos a promessa: Dar-vos-ei pastores! E deu… e continua a dar. Mas parece que estão muitos olhos fechados à luz e muitos ouvidos surdos à voz de Deus. Só se vê e ouve bem com o coração!
Não faltam Leigos na Igreja, falta dar lugar aos leigos de modo suficiente, a tal ponto que sintam a responsabilidade não só de despertar todas as vocações mas também de se sentirem pastores da criação de Deus, como Adão e Eva no Paraíso, e membros vivos do Corpo de Cristo, a partir do baptismo.
A messe é grande! É o tempo da 5.ª evangelização da Europa. Diz o Cardeal argentino, Bergoglio:
"Os padres clericalizam os leigos e os leigos pedem-nos para serem clericalizados... É realmente uma cumplicidade pecadora! E pensarmos nós que o baptismo, apenas, poderia ser suficiente… Penso naquelas comunidades cristãs do Japão que ficaram sem sacerdotes por mais de duzentos anos. Quando os missionários voltaram, encontraram todos baptizados, todos validamente casados para a Igreja e todos os seus falecidos tinham tido um enterro católico. A fé permaneceu intacta…Não devemos ter medo de depender apenas da ternura de Deus!" (30 Dias, n.º 11, 2007, pág.17).
D. João Miranda, na celebração festiva que assinalou as Bodas de Prata da sua ordenação episcopal
A importância do cafezinho
Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.
Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o
que fugira para as matas. Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, o leão foi reconduzido a sua jaula.
Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado. E voltou ao Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.
Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:
- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer ... !!!
O outro leão então explicou:
- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltaste então para cá? Tinham acabado os funcionários?
- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi um erro gravíssimo. Tinha comido o director geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de secção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles! Mas, no dia em que eu comi o que servia o cafezinho...
Estraguei tudo!!!
(enviado por email)