terça-feira, 31 de julho de 2012

De regresso


De 22 a 31 de Julho, estive na praia com uma família amiga que insistiu comigo para uns dias de descanso.
Algumas notas:
- Tanto na ida como na vinda, verifiquei pouco movimento nas estradas. Pouco demais para a época.Tirando as estradas do Algarve e, no regresso a IP3, nem parecia que estávamos em pleno Verão...
- Esperava encontrar mais gente no Algarve, tendo em conta experiências anteriores. Vi muitos restaurantes "às moscas" e muitas casas para alugar. Aliás encontrei pessoas que por lá costumam passar férias e que este ano pagaram menos pelo aluguer da casa.
Tirando as zonas dos bares com aquele barulho todo, frequentados maioritariamente por gente nova, poucas pessoas se viam nos outros estabelecimentos.
- O tempo não ajudou por aí além. Água fria demais para o local e para a época, tardes ventosas e noites algo frias.
- Não observei, nos meus longos passeios à beira mar, a alegria e o encantamento familiar de outros anos. As pessoas pareciam mais soturnas, menos dadas a brincadeira e algo irritadiças.
- Pelo que observei, também o comércio estava bastante parado, tirando, logicamente, a venda de produtos essenciais.
- Observei uma cena que me chocou. Em plena noite, um rapaz a esquadrinhar no lixo algo para comer. Chocante . Portugal não pode ir por aqui!


Uma palavra de gratidão profunda e sentida para com a família Ribeiro. Pela insistência, pela familiaridade, pela gratuitidade e pelo acolhimento despretensioso.
Muito obrigado!

sábado, 21 de julho de 2012

AMO-TE, IGREJA!

Creio que não posso escrever neste livro sobre as coisas que amo, sem falar também na nossa Igreja, sobre a minha querida Igreja. Compreendo que, ao fazê-lo, não estou muito na moda, porque hoje o habitual é falar dela, pelo menos, com desinteresse (e tantas vezes com ferocidade!), inclusive os crentes. Dizem que o sinal dos tempos é gritar: “Cristo, sim; Igreja, não”. Isso me parece tão sem sentido como dizer “quero a alma de minha mãe, mas a minha mãe, não”. Tenho pena de não entender aqueles que a insultam ou desprezam “em nome do Evangelho”, ou os que parecem sentir-se envergonhados da sua história e pensam que só agora ou no futuro vamos construir a “verdadeira e fiel Igreja”. Não sei; penso que, talvez quando já esteja no céu, hei-de sentir compaixão por isso tudo em que cá em baixo transformámos a Igreja; mas enquanto estiver na terra já tenho bastante trabalho em amá-la para ter ainda tempo de ficar a olhar os seus defeitos.
Vou ver se explico um pouco as razões pelas quais quero bem à Igreja. Para ser um pouco sistemático, vou reduzi-las a cinco fundamentais.
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Como poderia eu não amar aquilo
porque Jesus morreu?
A primeira é que ela saiu do lado de Cristo. Como poderia eu não amar aquilo porque Jesus morreu? Como poderia eu amar a Cristo sem amar, ao mesmo tempo, aquelas coisas pelas quais Ele deu a Sua vida? A Igreja - boa, má, medíocre, santa ou pecadora, tudo isso junto - foi e continua a ser a esposa de Cristo.
Posso amar o esposo e desprezá-la a ela? Mas - dir-me-á alguém - como podes amar alguém que tantas vezes atraiçoou o Evangelho, alguém que tem tão pouco a ver com o que Cristo sonhou que fosse? Não sentes pelo menos “nostalgia” da Igreja primitiva? Sim, claro que sinto nostalgia daqueles tempos em que - como dizia Santo Irineu - “o sangue de Cristo estava ainda quente” e em que a fé era ardente e viva na alma dos crentes. Mas que é que justificaria que eu sentisse saudade da minha mãe jovem e sentisse menos amor por minha mãe velhinha? Poderia eu desprezar os seus pés cansados e o seu coração fatigado?
Ouço por vezes em alguns púlpitos e em algumas tribunas jornalísticas vozes demagógicas que nem têm o mérito de ser novas. As que falam, por exemplo, de que a Igreja é agora uma esposa prostituída. Recordo aquele disparatado texto que Saint -Cyran enviou a São Vicente de Paulo e que é - como certas críticas de hoje - um monumento de orgulho: - “Sim, eu reconheço que Deus me concedeu grandes luzes. Fez-me compreender que já não há Igreja. Deus fez-me compreender que há cinco ou seis séculos que não existe Igreja. Antes, a Igreja era um grande rio de águas transparentes; mas agora o que nos parece ser a Igreja é apenas lodo. A Igreja era a sua esposa. Actualmente é uma adúltera e uma prostituta. Por isso a repudiei e a quero substituir por outra que seja fiel”.
Fico, é claro, como São Vicente de Paulo, que, em vez de se pôr a sonhar passadas ou futuras utopias, se entregou à construção da sua santidade, e com ela, da Igreja.
Um rio de lama tem de ser limpo, e não apenas condenado. Sobretudo quando ninguém pode apresentar esse suposto libelo de repúdio que Cristo teria entregue à sua Igreja.
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A Igreja e só ela me deu Cristo
A segunda razão por que amo a Igreja é porque ela e só ela me deu Cristo e tudo quanto eu sei dele. Através dessa imensa cadeia de crentes medíocres chegou -me a memória de Cristo e do Evangelho. Sim, por vezes foi maculado ao ser transmitido: mas tudo o que sabemos dele nos chegou através dela. Ela não é Cristo, bem sei. Ele é o absoluto, o fim; ela, apenas o meio. Inclusive, é certo que quando eu digo “creio na Igreja” o que estou a dizer é que creio em Cristo, que continua a estar nela; quando bebo um copo de vinho o que de facto bebo é o vinho e não o copo. Mas como poderia beber o vinho se não tivesse o copo? O cano não é a água que passa por ele, mas como o cano é importante!
O centro final do meu amor é Cristo, ela “é a câmara do tesouro, onde os apóstolos depositaram a verdade, que é Cristo”, como dizia Santo Irineu. Ela é “a sala onde o pai de família celebras as bodas do filho”, como escrevia São Cipriano. Ela é verdadeiramente - agora é o rio de Santo Agostinho que transborda “- a casa de oração adornada de visíveis edifícios, o templo onde habita a tua glória, a sede insubstituível da verdade, o santuário da eterna claridade, a arca que nos salva do dilúvio e nos conduz ao porto da salvação, a querida e única esposa que Cristo conquistou com o seu sangue e em cujo seio renascemos para a tua glória, com cujo leite nos amamentámos, cujo pão da vida nos fortalece, a fonte da vida com que nos sustentamos”.
Como poderia não amar eu quem me transmite todos os legados de Cristo: a eucaristia, sua palavra, a comunidade dos seus irmãos, a luz da esperança? A sua história, porém, é triste, está cheia de sangue derramado, de intolerância, de legalismo, de casamentos com os poderes deste mundo, de hierarcas medíocres e vendidos… Sim, é verdade. Mas também está cheia de santos.
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Pesam muito mais os sacramentos
do que as cruzadas,
os santos
do que os Estados Pontifícios,
a Graça
do que o Direito Canónico.
E esta é a terceira razão do meu amor. Quando subo num comboio lembro-me sempre de que a história dos caminhos de ferro está cheia de acidentes. Mas nem por isso deixo de usá-los para me deslocar. “A Igreja — dizia Bernanos” — é como uma companhia de transportes que, há dois mil anos, transporta os homens da terra para o céu. Em dois mil anos teve muitos descarrilamentos, e uma infinidade de horas de atraso. Mas graças aos seus santos a empresa nunca faliu”. É verdade, os santos são a Igreja, são o que não nos deixa perder a confiança nela. Eu sei muito bem que a história não foi um idílio. Mas, no fim de contas, na hora de avaliar a Igreja, pesam muito mais os sacramentos do que as cruzadas, os santos do que os Estados Pontifícios, a Graça do que o Direito Canónico.
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Como temos os olhos doentes,
só vemos as zonas doentes da Igreja
Quero eu dizer com isto que amo a Igreja invisível e não a visível? De modo nenhum. Penso que Bernanos tinha razão ao escrever que “a Igreja visível é o que nós podemos ver da invisível.” Como temos os olhos doentes, só vemos as zonas doentes da Igreja. Não é mais cómodo? Se víssemos os santos, teríamos obrigação de ser como eles. È mais fácil “tranquilizar-nos” a olhar apenas as suas zonas obscuras, que ao mesmo tempo nos dá o prazer de as criticar e a tranquilidade de saber que todos são tão medíocres como nós.
Se não fôssemos tão humanos, veríamos mais os elementos divinos da Igreja, que só não vemos porque não somos dignos de os ver.
Atrevo-me a dizer um pouco mais: eu amo com maior intensidade a Igreja precisamente porque é imperfeita. Não que goste das suas imperfeições, mas porque penso que sem elas já há muito teria sido expulso dela. No final de contas, a Igreja é medíocre por estar formada de pessoas como nós, como tu e como eu. É isto que, definitivamente, nos permite continuar dentro dela.
E o que Bernanos dizia com fina ironia:
“Oh, se o mundo fosse a obra-prima de um arquitecto obcecado com a simetria ou de um professor de lógica, de um Deus deísta, a santidade seria o primeiro privilégio dos que mandam; cada grau da hierarquia corresponderia a um grau superior de santidade, até chegar ao mais santo de todos, o Santo Padre, é claro. Gostariam, porém, de uma Igreja assim? Sentir-se-iam bem dentro dela? Deixem-me rir. Em vez de se sentir bem, ficariam nessa congregação de super-homens a rodar o barrete entre as mãos, como um mendigo à porta do hotel Ritz. Felizmente, a Igreja é uma casa de família onde existe a desordem que há em todas as casas familiares, com cadeiras sem um pé, mesas manchadas de tinta, e onde os frascos de doces se esvaziam misteriosamente nas prateleiras, que todos conhecemos muito bem, por experiência própria”.
Felizmente na Igreja imperam as divinas extravagâncias do Espírito, que sopra onde quer. Graças a isso nós podemos agradecer a Deus todas as noites que não nos expulsaram da casa da qual todos somos indignos. Temos, é claro, de lutar por melhorá-la. Mas sem esquecer que sempre foi medíocre, sempre será medíocre, como nas casas há sempre poeira por mais cuidadosa que seja a sua dona.
Não se sabe por onde, mas o pó está sempre a entrar. E nós limpamos o pó em vez de estarmos a perguntar por onde é que ele entrou.
Rigorosamente falando, todas essas críticas que projectamos contra a Igreja deveríamos lançá-las contra nós mesmos. Vou dizê-lo em latim, com as palavras preciosas de Santo Ambrósio: “Non in se, sed in nobis vulneratur Ecciesia. Caveamus igitur, ne lapsus noster vultus Eclesiae fiat” ( a ferida da Igreja não está nela, está em nós mesmos. Tenhamos por isso cuidado, não aconteça que as nossas faltas se transformem na ferida da Igreja).
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A Igreja é a minha mãe
A quinta mais cordial das minhas razões é que a Igreja é – literalmente – minha mãe. Gerou-me e continua a amamentar-me. Gostaria de ser como Santo Atanásio, que se “agarra Igreja como uma árvore se agarra ao chão”. E poder dizer, como Orígenes, que “a Igreja arrebatou-me o coração. Ela é a minha pátria espiritual, a minha mãe e os meus irmãos”. Como envergonhar-me então das suas rugas quando sei que foram nascendo de tanto trabalho de nos dar à luz?
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Espero, por todas essas razões, encontrar-me sempre nela como num lar aconchegado. Desejo - com a graça de Deus - morrer nela, como sonhava e conseguiu Santa Teresa. Será o meu maior orgulho na hora final.
Nesse dia gostarei de repetir um pequeno poema que escrevi há muitos anos, ainda seminarista. É um mau poema, mas conservo-o tal qual, porque creio que exprimia e exprime o que vai no meu coração:

Amo a Igreja, estou com as suas torpezas,
com as suas ternas e formosas colecções de loucos,
com a sua túnica cheia de manchas e pecados.
Amo os seus santos e os seus parvos,
amo a Igreja, quero estar com ela.


Ó mãe de mãos sujas e vestidos gastos,
cansada de nos amamentar,
cheia de rugas por dar à luz sem descanso.
Não temas nunca, mãe querida, que os teus olhos de velha
nos levem a outros portos.


Não foi a beleza que nos fez teus filhos.
Foi o teu sangue derramado.
Cada ruga da tua fronte nos apaixona
e o brilho cansado dos teus olhos atrai-nos para ti.
Hoje, cansados, sujos e com fome,
não esperamos palácios nem banquetes,
mas a tua casa, mãe, com uma pedra para nos sentarmos.

In Razões para o amor

pensamento

Ninguém desconhece a sabedoria empírica dos simples, por estarem mais vizinhos da natureza e menos sujeitos ao orgulho e à vaidade.
Tristão de Ataíde

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morreu o historiador José Hermano Saraiva

O historiador José Hermano Saraiva morreu, esta sexta-feira, aos 92 anos. Foi jurista, ministro da Educação e autor da "História Concisa de Portugal", mas tornou-se conhecido do grande público como apresentador de programas televisivos de divulgação cultural.
José Hermano Saraiva nasceu em Leiria, a 3 de Outubro de 1919. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas e em Ciências Jurídicas, foi director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP).
Durante o período do Estado Novo, desempenhou as funções de ministro da Educação, entre 1968 e 1970. Depois de deixar o cargo, foi embaixador de Portugal no Brasil, entre 1972 e 1974.
Depois do 25 de Abril, voltou a dar aulas, desta feita na Escola Superior de Polícia e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Publicou diversas, destacando-se 'A Formação do Espaço Português e Lições de Introdução ao Direito' (1963), 'História Concisa de Portugal (1978)' e 'História de Portugal' (1983).
Pelos seus conhecimentos a nível de História e capacidades comunicativas, popularizou-se com programas televisivos, como 'O Tempo e Alma' (1972), 'Histórias que o Tempo Apagou' (1994), 'Lendas e Narrativas' (1995), 'Horizontes da Memória' (1996) ou 'A Alma e a Gente'.
O historiador foi agraciado este ano, nas celebrações dos 10 de Junho, pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Devido ao seu estado de saúde se ter agravado, teve de ser o seu filho a receber a condecoração.
José Hermano Saraiva era casado com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, de quem teve cinco filhos.
In imprensa de hoje

FEIRA DA SAÚDE EM TAROUCA - 25-07-2012


Tarouca: V Maratona do Vale em Futsal

Veja aqui

quinta-feira, 19 de julho de 2012


Li aqui

David Frost disse:

Puritana é a pessoa que coloca indignação correta em coisas erradas.

Albert Einstein afirma

"Muita gente diz que é a inteligência que faz um grande cientista. Estão errados: é o carácter!"

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Festa de Cristo Rei


No Próximo Domingo, 22 de Julho, será a Festa de Cristo Rei.
Pelas 12 horas terá lugar a  celebração da Eucaristia, seguida de procissão local.
De Cristo Rei tem-se uma visão paisagística fantástica!
Vale a pena subir até lá e deixar a vista "comer" o manjar paisagístico.
Vale a pena subir até lá e encher os pulmões e a alma de ar puro.
Vale a pena subir até lá e partilhar com amigos um lanche, aproveitar para assar uma febra ou uma sardinha.
Vale a pena subir até lá e apreciar a água límpida e fesca que brota da fonte.
Vale a pena subir até lá e fazer um pouco de silêncio, aproveitando a sinfonia do policromado da natureza para se elevar até ao Criador de tão admirável quadro natural.
Vale a pena subir até lá na festa para rezar, partilhar, sentir-se bem.
Só não vale a pena estragar, danificar, poluir, faltar ao respeito ao monte santo.

Bispo das Forças Armadas acusa Governo de ser “profundamente corrupto”

“Há jogos atrás da cortina, habilidades e corrupção. Este Governo é profundamente corrupto nestas atitudes a que estamos a assistir”, disse D. Januário Torgal Ferreira em entrevista à TVI24, ontem à noite. Numa crítica à forma como o Governo tem lidado com as exigências datroika, o bispo prosseguiu: “Nós estamos numa peregrinação em direcção a Bruxelas e quando tudo estiver pago daqui de Portugal, sai uma procissão de mascarados a dizer: vamos para um asilo, salvem-nos”.
"O problema é civilizacional, porque é ético”, sustentou o bispo. “Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, o que significa que os anteriores, que foram tão atacados, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros que acabam de aparecer”, afirmou, no programa “Política Mesmo”.
Fonte: aqui

A Minha Opinião


Tenho apreço por D. Januário. Muitas vezes transcrevi reflexões suas. Mas penso que desta vez foi longe de mais. Demais mesmo.
E nem de perto nem de longe me revejo no que disse sobre o actual governo.
Então esta frase: "... os anteriores, que foram tão atacados, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros..." é de gritos! 
O governo anterior, D. Januário? Mas houve pior neste tempo de democracia??? Lembre, ao menos, a calamidade em  que o anterior governo deixou a educação...
Aliás, D. Januário, não entendo muito bem a razão pela qual foi tão macio em relação ao anterior governo e é tão demolidor em relação a este. Afinal, quem nos conduziu a esta situação? Quem assinou o acordo com a troika?
Claro que este governo tem cometido asneiras que é preciso denunciar. Mas imparcialidade, D. Januário, conquista-se  pela coerência...


A propósito, cito aqui Fernando Moreira de Sá quando afirma:
" D. Januário Torgal Ferreira pode (e deve) criticar quem muito bem lhe apetecer. Pode dizer deste governo, a exemplo do que disse de outros, cobras e lagartos. Pode. Contudo, quando afirma que alguém, sejam eles governantes, padeiros, advogados, carpinteiros ou médicos, são corruptos terá de fazer acompanhar as suas palavras de um outro conjunto: quem e porquê. A ele, como a qualquer outro, não se lhe exige a prova, essa fica para os tribunais. O que se exige é a seriedade de não misturar alhos com bugalhos. Se sabe o que afirma, que seja consequente e o Ministro da Defesa até teve o cuidado de lhe indicar o caminho a seguir.

Se o fizer terá, uma vez mais, o respeito daqueles que, como eu, sempre o admiraram. Se o não fizer, lamento profundamente a terrível mancha no seu currículo e fico com pena. A pena de quem vê alguém que sempre respeitou a não passar um mero "bitaiteiro" de tasco."
Fonte: aqui

Quando é que se passa das intenções à prática?

O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou no domingo que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vão passar a ser obrigados a procurar trabalho, fazer formação profissional e desempenhar tarefas úteis à sociedade.

A este propósto, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se a favor, mas também reticente em relação à aplicação prática deste anúncio: "Já é a décima vez que eu ouço isso e acho bem. O que eu me pergunto é porque é que isso ainda não acontece", afirmou.
In Correio da Manhã

terça-feira, 17 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pronomes indefinidos

Que fazer com os idosos?

Encontrei durante este domingo dois filhos muito preocupados com seus pais idosos e doentes.
Quer num caso quer no outro, há notória e sincera precupação.
Numa situação, só um filho está por cá, todos os outros saíram há muito para outras paragens onde têm a sua vida montada. Noutra situação, ficaram por esta zona dois dos filhos...
Pais  muito dependentes, gravemente afectados por doenças físicas ou do foro anímico, pois a idade  desgasta demais as faculdades intelectuais.
Nas situações referidas, não têm faltado aos pais o carinho, a presença, a ajuda. Mas há situações-limite. Impõem-se soluções novas e os lares surgem  como a única alternativa. Num caso, filho e nora trabalham e não podem deixar de o fazer; no outro, só um dos filhos é capaz de ser aceite pelo pai como cuidador - os idosos também têm direito às suas reguilices. Mas o filho aceite pelo pai como cuidador também tem de trabalhar, não pode estar continuamente junto da dependência do pai. Além disso, a sua esposa, com pouquinha saúde,  não pode dar grande colaboração.
Custa a estes pais o internamento no lar. Custa a estes filhos contrariar os pais. Mas há alternativa?
Tenho a certeza que não vão faltar com a presença, o amor e o carinho. Sei que ainda o coração destes filhos ficará no lar, junto aos pais.

sábado, 14 de julho de 2012

Construção: Canadá quer recrutar 400 portugueses por 5500 euros/mês

O Canadá vai recrutar um mínimo de 400 trabalhadores portugueses da construção, oferecendo salários dez vezes superiores aos praticados no mercado de trabalho interno e condições que, em princípio, agradam ao Sindicato da Construção, disse hoje fonte sindical.

Veja aqui.

DOIS PADRINHOS MASCULINOS? DUAS MADRINHAS?

 Nãoooooooooo

Veja aqui

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Um blog de vez enquando - VIII

Não, não é um blog que trago aos amigos leitores. Desta vez trago um pequeno jornal que faz pleno jus ao título: "O AMIGO DO POVO".
Vale a pena lê-lo semanalmente. Lê-se rapidamente, mas aprende-se imenso.
Consulte-o aqui.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

'Que cante o padre que é quem o leva todo...'

Por decisão do médico, fui há dias fazer uns exames. Felizmente que a hora marcada foi respeitada e não tive que esperar grande tempo.
Mas as esperas nestes locais são oportunidade para sentir o pulsar popular, pois fala-se de tudo. Não sei - pelo menos não conheço - por que razão os especialistas (sociólogos, psicólogos, etc) não estudam a fundo este campo. Daria um estudo interessantíssimo.
No canto onde me sentei, falava-se de religião - assunto sempre à mão de semear. Claro, dentro da perspectiva anticlerical tão medular ao povo português.
Não assisti ao início da conversa. Mas deu para perceber que se falava de grupos corais. Numa terra era assim, noutra assado...
Até que uma senhora soltou esta sentença magnífica:
- Na minha terra, o padre farta-se de convidar a minha filha para o coro. Diz que ela tem uma linda voz. Mas eu só lhe digo: 'Ó filha, tens mais que fazer! Que cante o padre que é quem o leva todo...'
O altifalante chama pelo meu nome. Já não pude ouvir o resto da conversa.

Já dizia meu falecido avô: "Os padres andam sempre na boca do mundo. Pelo que fazem. Pelo que não fazem. Por aquilo que as pessoas dizem que fazem ou não fazem."

Enquanto a Igreja do Vaticano II não descer ao coração dos baptizados, embatemos numa Igreja clerical que leva invariavelmente ao anticlericalismo.

Só quando tomarmos consciência de que a Igreja é a comunidade dos que acreditam em Jesus Cristo e n'Ele foram baptizados, é que as coisas mudarão. Nessa altura, os baptizados tomarão consciência de que dizer mal da Igreja é dizer mal de si mesmos.

Os erros dos outros...

Devo aprender com os erros dos outros. Não irei viver tempo suficiente para os fazer todos sózinho.
Sam Levenson
Humorista americano
(1911 – 1980)

O Zé fugiu

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sair com outros casais

Uma pesquisa realizada na Universidade de Maryland aponta o segredo para uma longa e tranquila relação: sair com outros casais. Isso mesmo, se seu casamento estiver em crise esqueça os jantares românticos e reservados. Parece que, após sair com um casal de amigos, as pessoas se sentem mais atraídas por seus próprios parceiros, além de compreenderem melhor as ideias do sexo oposto.

O estudo, que analisou cerca de 500 pessoas, mostra que, ao sair "em dupla", os casais são expostos a uma forma de interacção diferente que afecta a forma com que eles encaram a própria vida amorosa.

Basicamente, observando outro casal é mais fácil reflectir sobre o próprio relacionamento. "Como eles lidam com as crianças? Ele abre a porta do carro para ela? Eles dão as mãos?", exemplifica o professor responsável pela pesquisa, Geoffrey Greif. "Se admiramos nossos amigos como casal, podemos aprender com eles", conclui.

Além disso, existe a chance de observar o parceiro interagindo de forma calorosa e cordial, rindo, dizendo piadas – o que o tornaria mais atraente. E, por fim, pode ser-lhe útil também ver que nem tudo são rosas nos outros casais.
Fonte: aqui

Parabéns, P.e Zé Ricardo!

No passado domingo, foi ordenado sacerdote na Sé do Porto o José Ricardo.
Antes de entrar para o Seminário, o Zé Ricardo, concluído o  curso de Economia, trabalhou em Tarouca na Eurogestão.
Fico feliz pelo facto da sua passagem por esta terra ter sido um pequenino contributo para a sua caminhada vocacional.
À medida que avançava no curso, sempre transmitiu a felicidade pela vocação que Deus lhe deu.
Espero que a felicidade da ordenação se estenda pela vida inteira. E na alegria serena, seja eloquente testemunha do amor de Deus que quer salvar cada pessoa porque ama sem limites.
Parabéns, P.e Zé! Muito há a esperar do teu sacerdócio ao serviço do qual estarão as muitas qualidades humanas com que Deus te ornou.

terça-feira, 10 de julho de 2012

SER POBRE

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Festa de Santa Helena 2012




Veja aqui fotos e reportagem.

Aqui  pode ver um vídeo alusivo à festa.

Também pode ver aqui fotos e a opinião de um jornalista.

Oportunamente poderá encontrar aqui detalhada reportagem fotográfica.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

"OS ESTATUTOS DO HOMEM"

Artigo 1º - " Fica decretado que agora vale a verdade,
que agora vale a vida
e que de mãos dadas,
trabalharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo 2º- Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo 3º- Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra:
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde, onde cresce a esperança.

Artigo 4º- Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo  Único :
O homem confiará no homem,
 como um menino confia em outro menino.

Artigo 5º- Fica decretado que os homens
 estão livres do jugo da mentira.
 Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com o seu olhar limpo,
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo 6º- Fica estabelecida, durante os milênios da vida,
a prática sonhada pelo Profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá mesmo gosto de aurora.

Artigo 7º- Por Decreto Irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da Justiça e da claridão,
e a esperança será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo 8º- Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar amor a quem se ama
sabendo que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo 9º- Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal do seu suor.
Mas, que sobretudo, tenha sempre
o quente sabor da ternura.

Artigo 10º- Fica permitido a qualquer pessoa,
a qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.

Artigo 11º- Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo do que a estrela da manhã.

Artigo 12º- Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.
Tudo será permitido,
inclusive, brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo  Único:
Só uma coisa fica proibida:
Amar sem amor !

Artigo 13º - Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final :
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
A Liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
como a semente do trigo,
e a sua morada será sempre
o coração do homem."

" OS ESTATUTOS DO HOMEM" - Autor : Thiago de Mello

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tão apaixonada que ela está!!!

Os juízos de alguns juízes só podem causar revolta!

Veja aqui a notícia e respectivos comentários.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Mais austeridade seria uma opção errada de Passos Coelho, porque estaria a conduzir o País para um cenário igual ao da Grécia."

Quem o afirma é o presidente da SOFID - Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, António Rebelo de Sousa.
AQUI

D. Januário Torgal. “No fim do pagamento da dívida vamos ter uma multidão desenfreada de pobres”

Polémico e sem papas na língua, o bispo das Forças Armadas defende que a Igreja, mais do que nunca, “deveria falar”.

Veja a entrevista aqui.

Observação:
Concordo, D. Januário. Tal como durante o consulado de Sócrates, também  hoje a hierarquia da Igreja parece a "hieraqrquia do silêncio", a "hierarquia do medo".

Frases engraçadas III



As mulheres só não dominaram o mundo porque ainda estão tentando decidir a roupa certa para a ocasião.”


A amizade é como uma onda na praia… vai e vem… mas deixa marcas.”

Pode acompanhar

1. Novena de Santa Helena e Festa da Senhora das Dores: aqui


2. Festa de São Pedro: aqui e aqui