domingo, 30 de novembro de 2008
1 de Dezembro é feriado nacional. Porquê?
O dia 1 de Dezembro é feriado em Portugal. Neste dia comemora-se o Dia da Restauração da Independência.
Tudo começou em finais do séc. XVI: o rei de Portugal era D. Sebastião.
Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África. Portugal ficou, assim, sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e ainda não tinha filhos, não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
Assim, quem subiu ao trono foi o tio-avô de D. Sebastião, Cardeal D. Henrique, que também não teve filhos.
Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de Portugal. A razão para a escolha foi simples: Filipe II era filho da infanta D. Isabel e também neto do rei português D. Manuel, por isso tinha direito ao trono.
Nesta altura, era frequente acontecerem casamentos entre pessoas das cortes de Portugal e Espanha, o que fazia com que houvesse espanhóis que pertenciam à família real portuguesa e portugueses que pertenciam à família real espanhola.
Durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como "Domínio Filipino". Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como um só país.
Os portugueses acabaram por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de Dezembro de 1640, puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só para derrubar o rei e o seu governo).
Embora houve alguns defensores do rei espanhol em Portugal, o povo não gostava disso porque o País não era governado com justiça e havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas e, especialmente, ao Brasil.
Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos era escrivão da Fazenda do Reino. Tinha imenso poder. No dia 1 de Dezembro de 1640, os Restauradores mataram-no a tiro e foi defenestrado (atirado da janela abaixo) no Paço da Ribeira.
Filipe III veio a abandonar o trono de Portugal e os portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
O dia 1 de Dezembro passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português.
À espera do Senhor Jesus
Novo Ano Litúrgico
O Ano Litúrgico começa com o 1º Domingo do Advento e termina com a Festa de Cristo Rei.
Neste novo Ano Litúrgico:
- as leituras são do Ano B,
- o evangelista que nos acampanha é São Marcos (claro que nem em todos os domingos),
- no Advento a cor litúrgica é o roxo.
sábado, 29 de novembro de 2008
Neve em Santa Helena
30 de novembro de 2008: 1º Domingo do Advento - Ano B
ADVENTO
O Ano Escolar começa depois das férias do verão, e nem sempre é no mesmo dia.
O Ano Civil começa no dia 1 de Janeiro, e em todo o mundo se faz a passagem de ano.
A Igreja também tem períodos de um ano, ao qual dá o nome de Ano Litúrgico.
O Ano Litúrgico começa 4 Domingos antes do dia de Natal.
Ao conjunto desses Domingos chamamos de Domingos do Advento.
· Imagine uma pessoa de quem gosta muito.
· Se estiver 1 ano inteiro sem a ver, e depois sabe que ela vem no dia seguinte visitá-lo, como é que fica?
· No dia seguinte, por volta da hora em que chega onde está?
E quando chega o que acontece?
O Advento é esse espírito de alegria.
É o ir ao encontro daquele que vem.
Jesus vem no Natal, e sabemos isso 4 Domingos antes.
Jesus já nasceu, e disse que havia de voltar depois de morrer e ressuscitar.
No Advento recordamos o nascimento de Jesus e o dia em que Jesus vai voltar. Quando, ninguém sabe!, Mas Ele quer encontrar a nossa fé.
Como é que se vai preparar para receber Jesus?
Professora agredida a murro, estalada e pontapé
Em declarações à televisão regional Porto Canal, a docente, que exerce há 28 anos, contou que chamou a atenção do aluno quando este se encontrava no perímetro escolar a proferir palavrões.
"Chamei-o à atenção e ele insultou-me. A partir daí, disse que teria que ir comigo ao Conselho Executivo (CE). Ele resistiu e acabou por ir, enquanto eu fui dar a minha aula", afirmou.
"Finda a aula, e ao passar junto à porta de acesso à sala do CE, ele viu-me, começou a correr para mim desenfreado e agrediu-me com murros, estalos e pontapés, além de partir os óculos", acrescentou.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9088499f119824e40fd165.html#page=13
Portugal no seu melhor.
Pais que não educam e não são devidamente penalizados por isso.
Governo que desrespeita os professores.
Autoridade pela rua da amargura.
Falta confrangedora de valores.
A mania de arranjar sempre desculpas para este tipo selvagem de comportamentos.
Portas abertas para tudo o que seja má criação, insolência, falta de respeito.
Tremenda dificuldade em conciliar liberdade e responsabilidade.
A perda da dignidade da pessoa humana.
Que futuro? Por este caminho para onde vamos? E não pensem que são assim casos isolados... Só que nem todos se conhecem. E olhem que há muitas maneiras de agredir...
Depois, os pais lembrem-se. Os filhinhos hoje agridem os professores e outros superiores. Amanhã serão eles os agredidos. É que quem semeia ventos...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
"Ah! Ele compreende! Ele perdoa."
Só que depois... Deus e tudo o que a Ele se refira ficam para o fim, para quando nada mais haja a fazer....
Tempo de caça. É domingo? Pois, mas primeiro esta a caça. E rasga-se o 1º Mandamento...
São férias. É domingo? Pois, mas estou em descanso e nem me quero chatear com o lugar onde fica a Igreja. E rasga-se o 1º Mandamento...
Dias de festa. É domingo? Pois, mas tenho cá convidados, preciso de cuidar da refeição. E rasga-se o 1º Mandamento...
É domingo. Há futebol. Está na hora da Missa? Pois, mas tenho que ir jogar, tenho que ir ver o jogo. E rasga-se o 1º Mandamento...
Trabalhei toda a semana. O domingo é para descansar... E rasga-se o 1º Mandamento...
Eu sei que devia participar, mas tenho vergonha. Que diriam os meus colegas de café, de trabalho, das cartas... se me vissem entrar na Igreja? E rasga-se o 1º Mandamento...
É tempo da catequese. Mas tenho ensaios disto e daquilo, aulas disto e daquilo, este ou aquele desporto. E rasga-se o 1º Mandamento...
Há tempo de oração na Igreja. Há uma reunião. Mas tenho que ir a uma grande superfície fazer compras, tenho um biscate para fazer, marquei uma actividade com amigos, há um programa que me interessa na TV... E rasga-se o 1º Mandamento...
Na corrida da vida, Deus é sempre o último ciclista. Tudo Lhe passa à frente. E ainda se ouve dizer com grande lata: "Ah! Ele compreende! Ele perdoa." Então não foi Deus que deu os mandamentos? E qual foi o PRIMEIRO? Então não nos enganemos, sejamos sérios e honestos.
Diz a Sagrada Escritura que casa coisa tem o seu lugar, Há tempo para tudo. MAS O 1ª SÓ PODE SER PARA ELE!!! Só o 1º Mandamento, como luz que vai à frente, ilumina e dá sentido a todo o resto. Sem ele, caminhamos na escuridão, no sem sentido da vida...
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
A vida humana, toda a vida humana, é sagrada
A vida. Uterina, infantil, jovem, adulta, idosa.
A vida. Na saúde e na doença.
É sagrada. Sempre.
Muita gente se ergue para defender a vida quando esta está no seio materno. Pleno acordo. Para mim o aborto é um atentado contra a vida.
Muita gente se começa a erguer contra a eutanásia. Pleno acordo. A vida é sagrada até ao seu fim natural.
Surgem, num caso e noutro, situações difíceis, de grande sofrimento? Sem dúvida. Mas a vida está acima de tudo, vale tudo.
Uma questão me inquieta. Onde estão tantos desses acérrimos defensores da vida intra-uterina quando se trata de defender a dignidade de crianças, jovens, adultos ou velhinhos? Alguns estão, felizmente. Mas outros só têm forças para os extremos. Perante as injustiças, a fome, a miséria, a indiferença que mancham tantas vidas, respondem com o silêncio, a indiferença, o encolher de ombros, o fatalismo...
Sejamos coerentes, resolutos. Defendamos a vida TODA e TODA a vida.
As diabruras do gato Toi
Naquela manhã soalheira de Inverno, D. Pureza, com a bacia da roupa debaixo do braço, dirigiu-se ao estendal. Esticou os lençóis, toalhas e demais roupa. Entretanto Toi, sentado no chão, observava atentamente a dona. O cordel vazio por cima do estendedoiro, moilha-lhe a cabeça. Era cá um impulso para trepar pelo pau acima e fazer acrobacias no fio!
D. Pureza debanda e o bicho, matreiro e sabidão, acompanhou-a, ronceiro. Mal a patroa desapareceu porta dentro, ó pernas para que te quero!... Corrida doida para o estendal. Subiu ao cordel e, qual artista de circo, fez, durante largo tempo, todo o tipo de acrobacias. Até que um descuido o fez espanejar-se estrondosamente num lençol que ficou encotinhado, sujo e com as marcas indisfarçáveis do seu pelo castanho e branco. Aflito, deu às de vila diogo e foi especar-se no telhado.
A meio da manhã, D. Pureza pegou no regadorzito e foi borrifar a roupa. Toi saltou do telhado e acompanhou-a, caminhando à frente, rabo no ar, como se nada tivesse a ver com o que se passara no estendal.
Ao deparar-se com o estado em que se encontrava o seu melhor lençol, D. Pureza passou-se dos carretos. As marcas do mafarrico do gato eram claríssimas. Vira-se, vem cá trás com a mão e explodem dois valentes estoiros no cerro cilíndrico do Toi, daqueles cujo eco se prolonga até Coimbra. Atordoado, meteu a sexta velocidade e foi curar os ardumes para cima da rede do poleiro.
Não demorou muito tempo a pensar noutra. Mal passaram as ardências, começou a provocar a galinha pedrês que se esganiçava toda, correndo para aqui e para ali como dubadoira em volta dos filhotes. Tanto saltou, tanto cambalhotou que a rede da cobertura cedeu e caiu com estrondo no galinheiro. A pedrês pegou num cacarejar histérico, continuado, aflitivo. Parecia que lhe estavam a arrancar os fígados!
D. Pureza, que varria a casa, apareceu desassossegada à porta com a vassoura na mão. Passou-se de vez. Abriu o portilhol do galinheiro e, logo que o Toi se ia a esgueirar, caíram-lhe na lombada três vassouradas daquelas que fazer miar um hipopótamo.
Com o cerro em labaredas, fugiu para a cardenha onde se aninhou no meio do feno. Que pontadas! Até se lhe secava a boca e nem um miau conseguia soltar. Cansado de estar encotinhado, tentou erguer-se. Mas mal esticou as patas para se espreguiçar, parecia-lhe que os ossos rangiam. Uma dores! Então voltou a enovelar-se e mandou a fome às malvas. Jurou a si mesmo que iria ter juízo, pois o corpo não aguentava mais pagar as palermices da cabeça.
Três dias depois, aparece. Esgalgo, faminto, de vista turva. A dona viu-o, chamou-o e deu-lhe uma sardinha lombuda toda para ele. Consolou-se.
O cão Termudes não sentia qualquer afeição por ele. Mal o via, entrava numa ladradeira medonha, esticando-se todo a ver se lhe conseguia chegar. Valia o forte cadeado e a robustez do tronco da mimosa a que estava preso.
Naquela tarde, Termudes dormia a solto solto na casota e Toi aproveitou para se empoleirar no cima do atarracado tronco da mimosa, de onde se pôs a miar desafiantemente.
O quê!? Podia lá ser! Aquele mini-cilindro ali, no coração do seu território!? Era uma fúria viva, todo eriçado, com a dentola à mostra. Embora mastodonte, por mais que se esticasse, não conseguia chegar ao local onde estava o gato. E, quando se esticou mais, recebeu um par de arrebunhadelas, daquelas de fazer gritar uma pedra.
Completamente perdido, sem consciência do perigo, Bermudes esticou-se ainda mais e, numa das arremetidas, consegue agarrar o bichano por um quadril. Foi o lindo! Arrastou-o para o chão, pôs-lhe as patolas em cima, prendeu-lhe o rabo entre os dentes e há que o fazer girar no ar a uma velocidade superior à de uma nave espacial. Toi pensou que era o fim.
Caiu com estrondo na borda do tanque, deslizando a seguir para dentro da água. Saiu a custo, encharcado, dorido, esfarrapado. Ainda conseguiu olhar para trás e ficou mais sossegado ao ver que o rabo escapara ileso aos dentes do Termudes. Arrastou-se para o quentinho da boca da mina, onde se recuperou durante uns longos e sofridos oito dias.
Qual será a próxima, Toi?
Métodos que parecem não resultar...
Quanto à Bíblia, parece consensual que se evoluiu alguma coisa. Cresce o interesse pela Palavra de Deus, cada vez mais gente tem a Bíblia em casa e muitas pessoas lêem, meditam e rezam a Palavra.
Quanto à família, a ideia que se tem é que regredimos. Pese embora todos os cursos de preparação para o matrimónio, os debates, reuniões, homilias, artigos nos jornais, encontros familiares, etc, cada vez menos pessoas se casam e o divórcio cresce constantemente; as casas de acolhimento enchem-se de "crianças órfãs de pais vivos", embora a natividade descresça drasticamente. A violência familiar está aí, para nossa vergonha.
Claro que a política familiar (?) dos políticos não ajuda. Em vez de actuar na nascente, actua na foz do rio matrimonial, favorecendo o divórcio e demais formas à margem do casamento.
Quanto aos sacramentos, apesar de toda a insistência universal e local quanto à centralidade da Eucaristia, o facto é que cada vez menos gente participa na Missa dominical.
Que se passa? Se a Mensagem é excelente, terá que se concluir que o problema estará nos meios de A transmitir.
Violência doméstica
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
A crise económoca e social está para durar
O desemprego vai avolumar-se, cada vez as famílias terão mais dificuldade em corresponder aos seus compromissos bancários, o aumento da pobreza vai crescer. O povo esta descapitalizado.
Esta é a realidade.
A crise sente-se mais nos grandes centros urbanos onde tudo se paga. Na província, embora porventura se ganhe menos, também a vida é mais barata e menos exigente. Além disso, as pessoas sempre podem granjear umas terrinhas, o que sempre ajuda, e de que maneira!
ABRIR JANELAS DE ESPERANÇA
1. Não podemos ficar pelo queixume inútil. Há que arregaçar as mangas:
- menos gastos e mais poupança no supérfluo;
- menos café, televisão e computador e mais trabalho;
- voltar a granjear... Tanta terra de monte que há por aí...
- educar para a exigência, evitando extravagâncias no comer, no beber, no vestir, no telemóvel, no modo de vida;
2. Desenvolver novas formas de solidariedade, Apelando à "fantasia da caridade":
- mais atenção solidária das Misericórdias e dos grupo sócio-caritativos;
- mais empenho individual na solidariedade e na ajuda que não dão nas vistas, mas resolvem situações;
- mais sensibilização e mobililização da sociedade para a solidariedade;
- mais incentivos para o voluntariado;
3. Exigir mais, muita mais envolvência dos políticos na questão social:
- mais controle dos altos salários e das altas reformas;
- vigilância total e actuação rápida e eficaz em relação à corrupção;
- organização e aplicação de programas eficazes de combate à pobreza;
- estímulos ao voluntariado;
- durante este período, aplicação de um imposto especial sobre as grandes fortunas e os altos rendimentos em prol do combate à pobreza;
- Mais controle sobre o rendimento social de inserção de modo a evitar uso fraudulento do mesmo;
- maior simplicidade de processos e implantação do verdadeiro SIMPLEX;
- mais austeridade de vida por parte dos políticos para exemplo do povo e contenção das despesas públicas...
4. A Igreja é chamada pelo presente a uma aposta efectiva na caridade:
- por que será que temas como a caridade e a solidariedade raramente aparecem nos planos pastorais? Se dermos uma volta pelos várias planos pastorais das dioceses, em geral andam à volta dos sacramentos, da Bíblia, da família... E o pior é que não trazem grandes novidades...
- falta-nos a profecia da caridade. Não se levantam vozes nem gestos significativos e desinstaladores;
- no actual contexto, não deveria a Igreja mobilizar-se toda para esta luta contra a pobreza? Não é a caridade a linguagem mais eficaz dos discípulos de Cristo?
- que formação humana, espiritual, cristã é dada aos seminaristas no tocante à questão sócio-caritativa por esses seminários além? É que me parece que os colegas mais novos estão mais preocupados com cabeções, prestígio e conservadorismo do que com a caridade. Perdoem-me se sou injusto, pois bem sei que isto não se aplica a todos, felizmente.
Pobreza envergonhada
Segundo o Presidente da República, devido aos maiores riscos de desemprego que existem agora ou às dificuldades de pagamento dos empréstimos para comprar casa que enfrentam muitas famílias, aumentam "... riscos dos cidadãos caírem na pobreza e exclusão», dando origem ao «desenvolvimento de novas formas de pobreza, como uma pobreza envergonhada», que afecta pessoas que procuram esconder a cara no momento em que procuram ajudam.
Também o presidente da UMP, Manuel Lemos, sublinhou que os pedidos de ajuda às Mesericórdias têm aumentado nos últimos meses.
«A par de maior pressão para acolhermos idosos nos lares, famílias recolhem os seus idosos desses mesmos lares por considerarem que a sua escassa pensão pode contribuir para equilibrar o orçamento familiar», notou
Disse ainda o presidente da UMP que as misericórdias também têm recebido solicitações de «compreensão» por parte de pais que não conseguem pagar as creches e jardins-de-infância.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Geração dos 30 anos pode perder até 60% da reforma
De acordo com o estudo "Reformas em Portugal: As Verdades que os Portugueses desconhecem", realizado pela Optimize - uma sociedade gestora especializada em produtos de poupança de particulares - o futuro da actual geração dos 30 anos é "infeliz", com o factor de sustentabilidade (impacto do aumento da esperança de vida média) a entrar nas regras do cálculo da reforma, referiu o administrador da Optimize, Diogo Santos Teixeira na apresentação do estudo.
Segundo as contas do estudo, um indivíduo actualmente com 30 anos, com um salário de 1.500 euros e a trabalhar desde 1999, aos 65 anos (com 40 anos de contribuições), deverá ver, com a sua reforma, o rendimento reduzir-se para metade, tendo em conta um crescimento anual médio do salário acima da inflação.
Perante este cenário, referiu, com a reforma da segurança social a ser "extremamente dolorosa" para as gerações mais jovens, é preciso que os portugueses ganhem consciência do esforço de poupança necessário para manter um nível de "rendimento razoável".
In Jornal de Notícias
Adversidade
(Autor desconhecido)
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Feitiçaria e quejandos
Feitiçaria designa a prática ou celebração de rituais, orações ou cultos com ou sem uso de amuletos ou talismãs (objectos ao qual são atribuídos poderes mágicos), por parte de adeptos do ocultismo com vista à obtenção de resultados, favores ou objectivos que, regra geral, não são da vontade de terceiros.
Sendo assim, esta prática vira-se contra terceiros e é considerada como uma forma de atentar contra a integridade física ou psicológica dos indivíduos ou das comunidades, ou contra os seus bens, sendo vista como perturbadora e mesmo prejudicial, pois tenta atingir objectivos ilícitos contra a vontade de terceiros.
Já o Antigo Testamento repudia frontalmente bruxarias e feitiçarias. Em Êxodo 22, 18, lê-se “Não permitirás que viva a feiticeira”. E S. Paulo entendia como “feiticeiro” aquele que praticava o intercâmbio com os demónios, que nos cultos pagãos eram tidos como deuses ou espíritos de mortos.
Um dos combates da Igreja foi sempre a bruxaria e feitiçaria. A conhecida Inquisição virava-se muitas vezes contra os que praticavam essas “artes”, umas vezes entregando à justiça dos soberanos os que eram acusados de tais práticas, outras vezes ilibando-os das acusações que os vizinhos ou outras pessoas lhes faziam. E, segundo consta, nos países onde não foi instituída a Inquisição, foram muitos os milhares de pessoas acusadas deste “ofício” e castigadas com a morte, em muito maior número e proporção das que foram condenadas pela referida instituição inquisitorial.
Há muita gente a ganhar a vida, explorando a crendice de incautos. Por isso há que estar de pé atrás e não recorrer a este género de pessoas para resolver problemas psíquicos ou de índole afectiva ou financeira. E também não se deixar influenciar psicologicamente por eventuais feitiços que lhes possam fazer. A confiança dum cristão deve ser depositada no poder de Deus, que é infinitamente mais forte que qualquer “espírito” ou feitiço.
http://vejaparacrer.blogspot.com/
Justiça: vagarosa, trapalhona e incapaz
In Diário de Notícias, 20081124
João César das Neves, Professor universitário
Três lisboetas e um tripeiro...
domingo, 23 de novembro de 2008
Estiveram bem
Aliás, por toda a diocese e em horas diferentes, os jovens realizaram diversas actividades, sintonizando-se com o Pastor.
Sei que os meus meninos estiveram à altura. Como é costume. Um abraço enorme para eles.
O meu apreço para as pessoas desta comunidade que ontem acompanharam os jovens e que hoje participaram a solene Eucaristia.
Que nos falta então?
Este é também o Dia da Diocese cujo aniversário da Dedicação da Catedral ocorreu em 20 de Novembro. Por isso, colaboradores paroquiais provenientes dos várias arciprestados estiveram de manhã no Seminário Maior, reflectindo sobre o Plano Pastoral Diocesano.
ALGUMAS NOTAS:
1. A presença, na comunhão episcopal, de Bispos de outras dioceses irmãs. Um gesto sempre de realçar.
2. Temos um clero maravilhoso. Apesar de ser domingo, dia de intenso trabalho para os sacerdotes, estes estiveram presentes em grande número. Houve arciprestados cujos párocos estiveram presentes na totalidade. Fantástico!
3. Temos leigos comprometidos, que aparecem e dão o seu melhor. Ontem os jovens da diocese foram inexcedíveis na comunhão com o seu Bispo; hoje um grupo significativo participou na acção de formação no Seminário e na Solene Eucaristia.
4. Que nos falta então? Esta é a pergunta que toda a diocese deve fazer-se a si própria. Com tanta e tão bela "matéria prima", temos obrigação de ir muito, mas muito mais longe.
5. Claro que este ano até se compreende, dadas as celebrações das Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo. Mas o Dia Diocesano, na minha opinião, devia ser o DIA DO LEIGO. Há que quebrar rotinas para se dar a esta data mais interesse, mais empenho, mais entusiasmo, mais participação. Conforme tem estado nos últimos anos, não desperta a adesão desejável.
6. Para quando o Conselho Pastoral Diocesano? É que me parece que nos falta uma vaga de fundo em ordem à formação e capacitação dos leigos para o lugar que lhes corresponde na Igreja. O facto de, felizmente, termos muitos padres não nos pode distrair. Outras dioceses, neste campo, já arrancaram há muito.
Oxalá que estas celebrações aniversárias nos predisponham a TODOS para a MUDANÇA de que falou Bento XVI.
Parabéns, senhor Bispo! Por muitos anos.
Precisamos de um Rei assim?
- Um rei sem trono, mas esmagado na cruz...
- Um rei sem criados a servi-lo, mas vaiado, insultado, condenado por uma multidão ululante...
- Um rei sem exércitos, mas trespassado por soldados...
- Um rei sem palácios e que "não tem onde reclinar a cabeça"...
- Um rei sem as lisonjas dos poderosos e que "come com os publicanos e os pecadores"...
- Um sem sem guarda de honra e que vai ao encontro dos pobres, dos doentes, dos desprezados da vida e da sorte...
- Um rei condenado ao suplício dos escravos...
- Um rei que perdoa a quem o flagelou e matou...
- Um rei sepultado pela lei à pressa num sepulcro de ocasião...
- Um rei que ressuscitou e tornou a vida serviço, amor, ternura, atenção, dedicação, esperança...
Precisamos deste Rei? Hoje?
Então num tempo em que o homem entronizou o ter, o poder e o prazer como seus "reis", para que será preciso um rei assim?
Então não é preciso!? No fundo, do fundo, todos nós sentimos necessidade de nos libertarmos de deuses astuciosamente sanguinários que nos imolam e trucidam no altar dos seus caprichos.
Precisamos de um Deus que "sabe morrer por amor". De um Deus apaixonado pela pessoa humana, servidor da causa do homem.
Precisamos de um Deus que nos indica um mundo outro, onde os simples, os pequenos, os desprotegidos, os abandonados são os príncipes.
Então, Senhor, venha a nós o Vosso Reino!
sábado, 22 de novembro de 2008
Dados do desemprego por concelho referentes a Setembro de 2008
Totais: 15331 desempregados, sendo 9807 mulheres e 5524 homens.
No distrito de Viseu, onde os concelhos a norte estão bastante desertificados, a pupulação desempregada é significativa. Só para se ter uma ideia, o número de desempregados no distrito é quase o dobro da população do concelho de Tarouca.
Em todos os concelhos, as desempregadas são em número supeior aos desempregados.
Encontrei-os...
Ontem, ao fim da conferência, um homem aproxima-se de mim, vinha sorrindo. Mas aquela cara nada me dizia. Então faz exactamente a mesma pergunta: "Não se lembra de mim? Fui seu aluno no 10º ano." É engenheiro civil, casado e pai. Pareceu-me uma pessoa feliz.
Há bocado, quando me dirigia ao lar da Santa Casa para a Eucaristia, um homem espera por mim e fizemos parte do mesmo caminho. Havia acompanhado o seu menino mais novo à catequese. E lá vem a pergunta: "Não se lembra que foi meu professor?"
Por coincidência, os três foram meus alunos na Secundária de Moimenta da Beira, onde leccionei durante 4 anos. Sem dúvida, os anos mais felizes da minha já longa carreira docente. Porque era jovem, porque gostava imenso da maneira de ser daquela gente, porque a escola tinha um ambiente fantástico. E Ainda porque não havia Maria de Lurdes Rodrigues à frente do Ministério da Educação. Gostei de todas escolas por onde passei, umas mais outras menos, mas gostei. Gosto da minha escola. Mas a Secundária de Moimenta é um caso especial.
Claro que não é fácil, à distância de tantos anos, identificar aqueles que então eram meninos/as e hoje são adultos/as. A mudança é, normalmente, muito grande. Para eles é bem mais fácil, já éramos adultos quando fomos seus professores. Depois para quem tem fraca memória geográfica, como é o meu caso, o caso piora.
É bom visitar este passado, acolhendo-o num presente agradável e carregado de frutos.
34º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Solenidade de Cristo Rei
O egoísmo e a indiferença para com o irmão
não têm lugar no Reino de Deus.
O amor ao irmão é, portanto, uma condição essencial para fazer parte do Reino. Nós cristãos, cidadãos do Reino, temos consciência disso e sentimo-nos responsáveis por todos os irmãos que sofrem? Os que não têm trabalho, nem pão, nem casa, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os imigrantes, perdidos numa realidade cultural e social estranha, vítimas de injustiças e violências, condenados a um trabalho escravo e que, tantas vezes, não respeita a sua dignidade, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os pobres, vítimas de injustiças, que nem sequer têm a possibilidade de recorrer aos tribunais para que lhes seja feita justiça, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que sobrevivem com pensões de miséria, sem possibilidades de comprar os medicamentos necessários para aliviar os seus padecimentos, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que estão sozinhos, abandonados por todos, sem amor nem amizade, podem contar com a nossa solidariedade activa? Os que estão presos a um leito de hospital ou a uma cela de prisão, marginalizados e condenados em vida, podem contar com a nossa solidariedade activa?
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo
Esteve tudo bem? Não estive presente na maioria das actividades. Participei nas que pude. De qualquer maneira, penso que se poderia ter ido mais além na motivação, no alargamento das actividades a toda a diocese que não é só Lamego, na adequação das intervenções ao Plano Pastoral e à realidade que somos e que é preciso iluminar evangelicamente.
Por outro lado, o senhor Bispo falara muitas vezes que a melhor homenagem que lhe poderiam prestar passava por um revigoramento da vida cristã. Sem cultos de personalidade.
Penso que teria sido interessante centrar as comemorações em duas ou três ideias fortes que funcionassem como um sadio empurrão no revigoramento espiritual e humano da diocese.
Humildemente, atrevo-me a propor algumas:
- "É PRECISO MUDAR", disse o Papa há um ano aos Bispos Portugueses. Mudar o quê? Mudar como? Mudar para quê?
- "ORDEM e MATRIMÓNIO, BERÇOS DO AMOR DE DEUS", temática do Plano Pastoral. Como base nos estudos sociológicos já feitos, abordar o problema vocacional e sacerdotal da diocese. Que desafios lança hoje a família e a sociedade à pastoral matrimonial?
- "SOMOS UMA DIOCESE DO INTERIOR" onde o forte fluxo migratório convive com o natural despovoamento desta região. Que problemas humanos e pastorais nos coloca esta realidade? Que linhas e atitudes de actuação exige da nossa Igreja Local?
- "HÁ PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO NA IGREJA". Temos uma Mensagem excelente, mas que não passa. Como comunicar hoje?
Numa diocese pobre e dispersa, a aposta no centralismo de Lamego ( em todos os aspectos) não ajuda. Não seria de realizar algumas das acções nos locais mais afastados do centro? Alto Douro, Cinfães, por exemplo...
Oxalá que o próximo Domingo, Dia da Igreja Diocesana, congregue muita gente em volta do nosso Bispo e que essa gente se sinta bem e feliz.
Termino como comecei. Discordo de muita coisa no tocante à organização. Mas realço o empenho, o trabalho e a dedicação de quem organizou.
"Lamego e a Implantação do Liberalismo"
O Diác. Amorim e eu estivemos presentes.
Há tanta tempo que não entrava no Teatro Ribeiro Conceição! Gostei do restauro que o edifício sofreu.
Fui por causa do tema. Fui sobretudo por causa do conferencista. Tenho pelo senhor D. Manuel uma admiração muito grande, embora raríssimamente tenha privado com ele. É uma simpatia. Alia a uma bagagem científica enorme a um humanismo e um saber estar notáveis. Além disto, é um comunicador nato, por isso não cansa.
A maneira como situou e contextuou o liberalismo, lançando luz sobre pessoas e factos, foi maravilhosa. Depois ofereceu-nos um panorama amplo das relações Igreja/Estado, balizadas pelo liberalismo e nesse patamar delineou as intervenções de duas personagens do final do século XIX: o Arcebispo Coadjutor de Lamego, D. João Rebelo e o Conde de Samodães. Um bispo e um leigo notáveis pela coragem, desassombro e fidelidade à fé num tempo conturbado e difícil.
Obrigado, senhor D. Manuel Clemente.
Violência marca namoro de adolescentes
Segundo a tese de doutoramento sobre violência no namoro da psicóloga Sónia Caridade, investigadora da UM, "25,4 por cento dos jovens foram vítimas, pelo menos uma vez, de um acto violento na relação". O estudo abrangeu 4.667 jovens entre os 13 e os 29 anos.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) já recebeu no primeiro semestre de 2008, seis denúncias, todas de raparigas, entre os 11 e os 17 anos.
Dados da APAV revelam ainda que destas seis vítimas, apenas duas mantinham ainda um relacionamento amoroso quando foram alvo de maus-tratos. A maioria queixou-se de agressões emocionais, a principal forma de violência no namoro.
In Correio da Manhã
E Pronto, não passamos disto! Violência, violência, violência. Abre-se o jornal e lá está. São furtos de todos os tipos e feitios, ameaças, chantagens, agressões, agressividade verbal... Parece que desaprendemos de ser pacíficos.
Já sei. Podem julgar-me tendencioso. Mas a realidade é esta: menos Deus na vida das pessoas, mais desprezo pelo outro e pela vida.
Vejam isto: até no namoro, tido como um espaço de carinho, afabilidade, encanto, surge a violência. Que admira que depois se estenda às famílias? Será que já não sabemos viver sem a "porcaria" da violência? Animalizamo-nos em definitivo?
Uma educação familiar, escolar e social sem valores nem referências. A desautorização e desestruturação da família. A mania de arranjarmos sempre desculpas para actos violentos, sem responsabilização consequente do transgressor. A ausência de educação para o esforço, a superação e o autodomínio. A ausência de regras. A criação de "mimalhos" a quem tudo é dado e nada é exigido. Dá nisto...
Mais Deus na vida das pessoas e mais pessoas com Deus na vida.
Aposta definitiva e total na família, sua preparação e acompanhamento.
Mais tempo dos pais para os filhos e destes com os seus pais.
Maior responsabilização dos progenitores.
Mais controle do pais.
Mais autoridade à escola e aos professores.
Mais casas de correcção para marginais intratáveis.
Mais vigilância e controle dos agentes da droga.
Penas severas com consequente espaço para a emenda de vida para os prevericadores.
Justiça mais rápida.
Mais autoridade e apoio às forças policiais.
Parecendo que não, mas hoje é um dia importante
Há pessoas a quem um Bom Dia, Boa tarde ou Boa noite quase nunca se ouve. Ou porque não dizem ou porque o fazem entre dentes.
Saudar as pessoas com alegria e simpatia não custa nada e faz muito bem.
Então saúde sempre as pessoas que encontrar.
Ah! E já agora ensine os mais novos a fazê-lo.
Um exemplo só
Gosto de lá ir, preciso de lá ir. Venho sempre satisfeito? Poucas vezes.
Se ainda houvesse dúvidas acerca das dificuldades que a Igreja tem em comunicar, bastava dar um vista de olhos por este site. Quer a linguagem de quem nele escreve quer a dos intervenientes é, na maior parte das vezes, de fugir.
Temos de nos admirar que as pessoas não lêem!?
Depois a ideia que perpassa é de uma "Igreja a coçar para dentro". As suas festas, procissões, reuniões, movimentos, problemas... Uma Igreja voltada para fora, aberta ao mundo que interpela e se deixa interpelar por ele... Onde está?
Hoje li um título que me chamou a atenção: "Igreja pede mais empreendedorismo social". Fui ler. Tive que resistir à tentação de desistir a meio. Que linguagem! Seca, formatada, empedernida! Haveria alguma necessidade? Se há um campo onde é preciso "falar claro" é no âmbito do social onde as dificuldades, anseios e realidades são clarinhos como a água da serra.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Decorreu nos dias 14 e 15 de Novembro de 2008, em Seia, organizadas pela Câmara Municipal deste concelho, as XI Jornadas Históricas, sob o tema “Maçonaria, Sociedade e Política”. Estas serviram como uma nova frente de batalha de uma vasta e importante ofensiva da Maçonaria que está em curso em território Luso. Simultaneamente, estas jornadas revelaram-se como a ponta do icebergue, visível e alcançável, deste secretíssimo e controverso “mundo” que é a Maçonaria (Regular ou Irregular). De facto, começam agora a tornar-se visíveis alguns dos pilares em que assenta esta ofensiva maçónica a larga escala.
Por um lado, temos a Criação da Fundação do Grande Oriente Lusitano, Fundação esta que vai servir como que a representante formal e legal do Grande Oriente Lusitano (GOL) perante o Estado e a Sociedade portuguesa. É curioso assistir-se ao processo de reconhecimento (obrigatório) desta Fundação por parte do Governo português, por subdelegação de competências do Ministro da Presidência ao Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Dr. Jorge Lacão. Este Secretário de Estado é, ainda, também por subdelegação de competências, o responsável pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Alegadamente, o Dr. Jorge Lacão é um membro do GOL (de acordo com o Jornal de Notícias de 16/11/2008).
Por outro lado, estas jornadas foram uma espécie de manobra de marketing, provavelmente essencial a esta organização, nesta sua nova fase de pseudo abertura à sociedade portuguesa. Assistiu-se a uma autêntica manobra de charme e piscar de olho à plateia, constituída quase esmagadoramente por professores (de diversos graus e níveis de ensino), que aliaram a estas Jornadas Históricas a possibilidade de acumularem créditos para efeitos de progressão na Carreira Docente, por creditação pelo Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua. Bastava, para isso, assistirem a estas jornadas. Repare-se que esta questão da creditação não é meramente um pormenor insignificante nem, tão pouco, inocente ou obra do acaso. Isto constituiu uma manobra cuidadosamente planeada. Repare-se que, ao longo de doze anos, esta foi a primeira vez que estas jornadas puderam contribuir para efeitos de progressão na Carreira Docente, possibilitando, assim, uma vasta audiência repleta de professores. Deste modo, pretendeu atingir-se o coração da Sociedade portuguesa. Como? Os professores têm a notável capacidade de reproduzir, por gerações, as ideias e os ideais e de contribuir para a formação de consciências colectivas, para além de uma grande capacidade de intervenção cívica. Foi este, verdadeiramente, o objectivo (encapotado) destas jornadas (seguramente de um modo involuntário para a entidade responsável pela organização). Aqui, pretendeu passar-se a imagem de que a Maçonaria é um conceito moderno, com uma mensagem actual e social e que não tem nada a esconder. E que, por isso mesmo, pode e deve expor-se sem receios e sem rodeios. Que é uma “organização” que discute os temas e os assuntos actuais, preocupada com a Sociedade, e ainda, portadora de belos ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Foi este o quadro que foi apresentado! Porém, esta autêntica acção de charme equipara-se, se permitem a comparação, a uma peça de roupa interior, a qual mostra quase tudo, mas esconde o essencial. Tratou-se, sim, de uma clara manobra de “recrutamento” de simpatizantes e de branqueamento das múltiplas acções destes cerca de 200 anos de influência da Maçonaria em Portugal. Nestes dois séculos assistiu-se, por parte da Maçonaria ou dos seus membros, directa ou indirectamente, a tentativas de subversões contra o Estado e a Igreja, a golpes de estado, ao regicídio, a mudanças de Regime por formas não democráticas ou amorais, à instigação de guerras civis, entre outras. Estes são factos reais e históricos, que não podem ser desmentidos. Atente-se a um dos seus lemas: “A soberania reside no povo maçónico” (In: sítio do GOL na Internet) – revelador! Nestas jornadas assistiu-se a uma pseudo abertura à sociedade, por exemplo, foi mostrada uma sala denominada “Templo Maçónico”. No entanto, e na realidade, o secretismo que envolve as reuniões de maçons quanto aos locais, datas e temas é absoluto, já para não falar na identidade dos participantes. Pelo átrio da exposição patente nas jornadas, estavam afixados dois placares com uma listagem contendo o nome de “Ilustres maçons” portugueses. Tratava-se, efectivamente, de ilustres cidadãos nacionais, embora e curiosamente, já falecidos há dezenas de anos. Nenhum nome de outras individualidades (ilustres, ou não) actuais foi referido. Avançou-se também com a indicação de sítios na Internet e de publicações (nomeadamente, a Revista Grémio Lusitano), tudo isto para mostrar que nada têm a esconder. Obviamente que não é assim! O facto é que muito pouco se sabe desta “organização”, onde quase todos os documentos que envolvem a Maçonaria, desde a sua fundação até hoje, são do desconhecimento público, ou alegadamente, não existem. Portanto, quanto à alegada transparência e abertura, não vale a pena dizer mais nada!... Revelador, foi também a circunstância de no programa destas jornadas constar uma mesa redonda com a presença simultânea dos três Grão-Mestres das três organizações maçónicas portuguesas (GOL, Maçonaria Feminina e Maçonaria Regular) – apesar de a Grão-Mestre da Maçonaria Feminina ter um imprevisto de última hora e não ter podido comparecer (foi representada, no entanto, por um membro da sua “organização”). Este facto revela-se de enorme pertinência, pois, historicamente, só em situações absolutamente excepcionais é que se assistiu à reunião dos três Grão-Mestres. Por outro lado, os oradores, salvo raríssimas excepções, eram quase todos maçons. Para além disso, mesmo aqueles que declararam expressamente não ser maçons, a grande maioria mostrou uma “colagem” quase perfeita às ideias defendidas pela Maçonaria, fazendo também suas, as críticas às adversidades sofridas por esta organização ao longo da história. Foi passada uma imagem altamente favorável do movimento maçónico e invocadas as conquistas anticlericais. Foram igualmente criticadas algumas das posições públicas da Igreja Católica (foram criticadas a Encíclica Humanum Genus do Papa Leão XIII, a "Declaração sobre a Maçonaria", de 26 de Novembro de 1983, assinada pelo então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger – actual Papa Bento XVI –, assim como a posição pública do Bispo Emérito de Aveiro, D. António Marcelino, no Jornal de Opinião e Correio do Vouga, de 24 de Maio de 2007. Nestas circunstâncias, não houve, porém, qualquer direito ao exercício do contraditório, fundamental em democracia e essencial para um melhor entendimento do assunto em causa e esclarecimento da verdade. Estiveram ausentes diversas entidades ou individualidades, civis ou religiosas, que pudessem exercer o dito contraditório, nomeadamente: sociólogos, jornalistas de investigação, historiadores independentes (como, por exemplo, o Prof. Doutor José Hermano Saraiva) e não ligados directa ou indirectamente à Maçonaria, politólogos, entre outros. Seria também pertinente estarem representadas oficialmente, repito, oficialmente, as três grandes Igrejas monoteístas, em particular a Igreja Católica (por representar cerca de 90% da população portuguesa).
Outro factor desta ofensiva ficou bem patente com a declaração pública, nestas jornadas, por parte de António Reis, Grão-Mestre do GOL. Este afirmou que “Nos últimos 10 anos duplicou o número de iniciações de membros do GOL”, existindo já “70 Lojas e 10 Triângulos, espalhadas por quase todos os distritos do País” (Continente e ilhas). “O GOL tem entre 1500 a 2000 membros”. Se prestarmos um pouco de atenção nestes números, para lá da sua dimensão, verifica-se que há algo de incoerente nestas afirmações. A incoerência é esta: numa “organização” em que as admissões são raríssimas e passam por um sigiloso, rigoroso e apuradíssimo processo de admissão e selecção pessoal, e em que tudo é absolutamente registado e controlado, havendo até uma ou várias “Listas” próprias para o efeito – daí o conceito de “Regular” – não é de estranhar que o seu Grão-Mestre não saiba exactamente com quantos membros conta nas suas fileiras? Trata-se de uma diferença de 33% e, em número absoluto, de cerca de 500 pessoas. Tudo isto nos revela que, para lá desta eficiente manobra de marketing, comunicação e imagem, continua a ser muito o que a Maçonaria esconde da Sociedade, ou seja, dos “Profanos” (como são intituladas as pessoas que não pertencem à Maçonaria).
Por último, fica claro que esta ofensiva maçónica está já a dar os seus frutos, senão, vejam-se as consequências na Sociedade, em nome dos supostos ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”: violentos ataques contra a família (facilitação da dissociação familiar – divórcio – e a tentativa de legalizar e generalizar os casamentos homossexuais); contra as entidades religiosas, através de um laicismo redutor e atroz; contra a vida humana (legalização e liberalização do aborto, tentativa de introdução da eutanásia assistida). A última investida está a ser conduzida contra a comunicação social e as liberdades civis, nomeadamente com a tentativa, em curso, de fazer “calar” – extinguindo ou enfraquecendo – a Rádio Renascença, através da proposta de Lei sobre a não-concentração dos meios de comunicação social. Esta medida traduzir-se-á, também, num óbvio e claro ataque contra a Igreja Católica (curioso é que esta Lei praticamente só penalizará a Rádio Renascença – Canal 1 e RFM) e ainda, contra as liberdades civis (nomeadamente a liberdade de imprensa).
Luís Barros Pereira
"Nacos" de incongruência.....
Depois concluam...
Não estará o deputado José Sócrates a falar para o primeiro-ministro José Sócrates?
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
São os meus pecados. Muito mais mereço a Deus!
Há dias conversámos longamente. Encontrámo-nos à saída de um estabelecimento e ficámos a conversar . Pareceu-me algo triste e perguntei se se passava algo de especial. Que não tinha nada que me sobrecarregar com os seus problemas, que problemas já tinha eu... Disponibilizei-me interiormente para a escutar. Ela percebeu e lavou a alma.
Tem oito filhos, já todos crescidos e quase todos casados. Quase, porque um está junto. E aqui começa o seu sofrimento. Não lhe cabe na cabeça que tal possa acontecer. Que não fora essa a educação que lhe dera. Não percebe esta juventude actual.
Depois uma filha, a viver numa cidade do litoral, quer abandonar o marido. E tem três crianças. Que tal e coisa, que já não gosta dele, que ele já não lhe diz nada, que tem direito a ser feliz... Várias vezes já se botou daqui lá. Para ouvir, compreender, reconciliar, ajudar a ultrapassar a crise. Mas parece que nada. As coisas estão a encaminhar-se para o desenlace. Ainda por cima sente que o genro é uma óptima pessoa. Fiel, amigo, carinhoso, óptimo pai. Custa-lhe vê-lo arrasado. O sentimento de impotência, a dor da separação, a angústia advinda de três crianças que terão de conviver com a realidade da separação dos pais, o sofrimento imerecido do genro arrasam-na por dentro. "Olhe que chego a sentir raiva à minha filha, que Deus me perdoe!"
Recentemente outra bomba estourou no lodaçal de dor do seu peito. Um outro filho, emigrado nas Américas, abandonou inesperadamente a mulher para se juntar a uma mexicana. E mais dois netos órfãos de pais vivos! Pareciam um casal espectacular, que se entendiam maravilhosamente. Haviam construído uma vida que se julgava radiosa. Ainda há um ano compraram uma herdade no Alentejo. "Nunca vi um casal que tão bem puxasse para o mesmo lado e com tanta sorte na vida. De repente, não sei o que se meteu naquela cabeça! Parece um miúdo de vinte anos. Está ceguinho por aquela mexicana!"
Diz que o marido, homem muito extrovertido, ultimamente nem parece ele. Ensimesmado, impertinente, revoltado. Já lhe dissera que nem a filha nem o filho têm lugar em casa, nunca mais os quer ver.
"São os meus pecados! Muito mais mereço a Deus. Mas olhe que, quando a roda desanda, parece que leva tudo à frente. E um mal nunca vem só."
Mesmo carregada de "comprimidos", diz que não consegue dormir. Reza, recorda, ralha com as paredes, volta a recordar...
No fim, ela mesma se dá uma palavra de esperança. "O nevoeiro não dura sempre, não é senhor padre?"
É. Para além de cada cruz e de todas as cruzes, ergue-se, imbatível, a manhã da Páscoa.
Conferência Episcopal da Ibéria?
Ora se um dia Portugal e Espanha se tornassem a Ibéria, não teríamos a Conferência Episcopal Espanhola nem a Conferência Episcopal Portuguesa. Teríamos a Conferência Episcopal da Ibéria.
Interessante. Neste particular agrada-me a ideia.
Gosto particularmente da forma como agem os Bispos espanhóis. Muito mais decididos, claros, frontais. Mais empenho e compromisso. Já vi Bispos em manifestações em Espanha. Sabemos de Bispos espanhóis que puseram casas das suas dioceses ao serviço da pobreza e da fome.
Penso que a Igreja Portuguesa vive num certo "mornismo", procurando "agradar a gregos e a troianos", com confrangedora ausência de profetismo, muito fechada em si própria, linguagem muito hermética - vejam a última Carta Pastoral sobre a Escola que, embora com pontos de interesse, precisa de um descodificador para o comum dos mortais...
Escritor Arturo Pérez-Reverte defende união de Portugal e Espanha
"Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e o estreito de Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais", disse o escritor à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do romance "Um dia de cólera".
Para Pérez-Reverte, o maior erro histórico de Filipe II, no século XVI, foi não ter escolhido Lisboa como capital do império: "Teria sido mais justo haver uma Ibéria, e a história do mundo teria sido diferente".
O escritor disse que essa Ibéria não existe hoje administrativamente, mas "qualquer espanhol que venha a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo".
"Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Não é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável" que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto, disse.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1046626
Que lhe parece a ideia? Acha mesmo que Portugal e Espanha deveriam ser mesmo um país único?
Soa-lhe bem isto: "Região Autónoma - Portugal; País - Ibéria"? Acha possível que tal venha a acontecer algum dia?
Se tal acontecesse, uma coisa garanto: seria sem Sócrates. Este só mesmo os pacíficos portugueses suportam. Seria um absurdo para catalães, bascos, castelhanos e quejandos arcar com este senhor...
Ou então façam mais um exercício. Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação da Ibéria! Estão a rir-se?? Também eu.
Frase do Dia !!!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
O nó do amor
Adão e Eva!
Observa o alemão :
- Olhem que perfeição de corpos: ela esbelta e esguia, ele com este corpo atlético, os músculos perfilados... Devem ser alemães.
Imediatamente, o francês reage:
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as figuras... ela tão feminina... ele tão masculino... Sabem que em breve chegará a tentação... Devem ser franceses.
Movendo negativamente a cabeça, o inglês comenta:
- Que nada! Notem... a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto. Só podem ser ingleses.
Depois de alguns segundos mais de contemplação, o português exclama:
- Não concordo. Olhem bem: não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa, só têm uma maçã para comer, não protestam e ainda pensam que estão no Paraíso.São Portugueses!!!!...........
Menos festa... mais festa
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Luzes e Sombras na Igreja de Lamego
Foi uma oportunidade para entrar no edifício onde está instalado o Museu da Diocese, uma vez que nunca mais estivera na Casa do Poço após o seu restauro e adaptação a museu. Dei uma volta por algumas exposições e ouvi atentamente o conferencista, pessoa que muito admiro.
Não esteve uma multidão, mas um grupo interessante de ouvintes atentos.
Impressões? De um modo geral gostei, o orador ouve-se com agrado, embora ache que demorou um bocadinho mais do que seria porventura aconselhável. Identificou e contextuou convenientemente as Luzes. Já quanto a sombras, poderia ter ido um bocado mais a fundo, mormente nas relações Igreja-Estado durante o Estado Novo.
Foi interessante o enfoque feito à situação actual da vivência e compromisso da fé, pondo a nu fragilidades que merecem a nossa reflexão. Foi interessante a abordagem da comunicação em e da Igreja, alertando para as possibilidades das novas tecnologias e para modos comunicativos mais chamativos. Também a relevância dada à formação dos leigos merece o meu assentimento.
Pareceu-me, contudo, que faltaram duas ou três ideias-chave que apostassem na resposta aos problemas actuais interessantemente equacionados.
Na minha humilde opinião poderiam passar por aqui:
- Compromisso e profetismo. Numa zona onde o despovoamento, o envelhecimento e a pobreza se instalam, a Igreja não pode nem deve ficar calada ou indiferente.
- Mais e melhor atenção ao povo simples e humilde, "teólogo vivencial" e carente de Deus.
- Sentido presencial da Igreja. Não só através das novas formas de comunicar, mas também pela proximidade pessoal.
- Aprender a comunicar de forma que o homem de hoje entenda: nas homilias, nas reuniões, nas cartas pastorais, nos comunicados, na TV e na rádio, na internet...
- Compreender de vez que os leigos também são Igreja. Ajudar a descobrir o seu lugar, entusiasmar, suscitar o seu espaço na e pela comunhão eclesial.
Obrigado, amigo Dr. Correia Duarte. Pelo saber e competência, pelo contributo dado, pelo primor posto na forma comunicativa, pela humildade.
A palavra e o silêncio
(Anónimo)
Exame final
Na realidade, em Portugal ninguém quer avaliar e ninguém quer ser avaliado. Espantoso é que os professores, cuja função é ensinar e avaliar, recusem qualquer tipo de avaliação. Temperamentos de um país original.
Refira-se a propósito que uma avaliação em Portugal implica um processo burocrático, um conjunto de critérios políticos e a certeza científica da arbitrariedade. Aliás, o pavor nacional à avaliação tem uma longa e honrosa história. Em Portugal, avaliar significa separar e distinguir, encontrar os melhores e identificar os piores, logo a avaliação será sempre um instrumento que estimula e produz a desigualdade. Para além do ressentimento e da pequena inveja, a avaliação contraria os mecanismos de integração e perturba o sentimento de igualdade, introduzindo uma componente elitista na sociedade que se quer justa e sem esforço. Assim reza a cartilha do politicamente correcto.
Em relação ao Governo, a preocupação central não se dirige à avaliação de rigorosamente nada. Num país em que a regulação não regula e a supervisão não supera, os professores surgem na avalanche de uma batalha política. No Governo não existe a preocupação com a qualificação dos professores ou com a qualidade do ensino. O objectivo é controlar a Função Pública com um regime de quotas administrativas, gerindo tensões, carreiras e salários de modo perverso. No entanto, e de forma algo cínica, o pacote político exclama as virtudes da avaliação democrática e enaltece o princípio do mérito e da excelência. No Governo e no Ministério da Educação, a avaliação é um procedimento centralista e “stalinista”, em que domina a mentalidade burocrática e a preocupação com o ‘deficit’. Só em Portugal todo este processo pode ser apresentado como uma reforma. Triste, mas hilariante.
O grande sucesso do Ministério da Educação é ter transformado os professores em novos proletários, ao mesmo tempo que encara o professor como um engenheiro social. Entretanto, o secular convívio com a ignorância alastra às novas gerações.
O Governo tenta disfarçar o flagrante fiasco do projecto educativo democrático. E para tal escolheu uma ministra da Educação politicamente inábil e que transformou o Ministério numa autêntica bomba-relógio. A mão invisível de Sócrates vai suportando a política e mantendo artificialmente a ministra. A este ritmo infernal, o tic-tac da Educação ainda vai rebentar na mão invisível de Sócrates. Se a Educação é o futuro, então Portugal não tem destino possível.
Carlos Marques de Almeida
NaturezaDasCoisas@gmail.com
Nota:
"Espantoso é que os professores, cuja função é ensinar e avaliar, recusem qualquer tipo de avaliação."
Ora isto não corresponde à verdade. Os professores qurem ser avaliados, sim. Não podem é ser avaliados justamente com este processo monstruoso e iníquo que o governo do senhor Sócrates pôs em movimento.
Mas é fácil. Vejam como é feita a avaliação dos professores em França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália, etc. Depois comparem com o modelo de avaliação que o governo quer impor. Tirem as conclusões...
domingo, 16 de novembro de 2008
Leva a paz contigo, irmão!
- procura a paz, mesmo que o stress te esfrangalhe os nervos, o trabalho não corra como querias, a incompreensão te fira a alma, a ingratidão te possa doer...
- Não aceites a paz do medo ou da conveniência. Exige a paz que brota cristalina e convicta do teu coração...
- Semeia um sorriso de paz, um gesto de paz, uma palavra de paz ... Mesmo para quem aches que não merece.
- Fecha algumas vezes os olhos e deixa-te invadir pela Paz de Deus. Entrega-te a Ele sem resistências nem mas...
- Deixa-te seduzir pela paz do riacho, da montanha, da pomba, do sorriso da criança, da serenidade do idoso...
30 elementos dos «No Name Boys» detidos pela P.S.P.
SEM MIM, NADA PODEIS FAZER" - Jesus Cristo
- A família como casa e escola de discernimento vocacional;
- Os seminaristas e os seminários, como coração da diocese donde esperamos os padres que a Igreja precisa;
- As Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo.
Em cada dia, num dos povos rezamos o terço, especialmente pelas vocações. No sábado, na Missa com Crianças, rezamos um mistério do terço e neste domingo fizemos a oração do terço em Santa Helena.
Nas Eucaristias de hoje, o povo de Deus fez partilha com o seminário, através da sua oferta. Este dia proporcionou alguma dispersão, pois além das Missas normais, houve a festa em Esporões e Eucaristia em Santa Helena. Resultado: muitas Eucaristia e todas com pouca gente...
Sei que muitas pessoas rezam durante o ano inteiro pelas vocações. Não as esqueceremos nas orações comunitárias, mormente na adoração mensal do Grupo Oração e Amizade.
Mantenhamos a esperança. O amor de Deus é maravilhoso e não desiste de cada um de nós.
Mais vocações sacerdotais hão-de surgir nesta comunidade e neste arciprestado.
sábado, 15 de novembro de 2008
Na Semana do Seminários, volto a colocar este post
É preciso preparar e realizar reuniões: Conselho Económico, Conselho Pastoral, catequistas, os vários grupos e movimentos...
É preciso pensar, preparar e e propor ao Conselho Pastoral o Plano Pastoral. Depois, recebidas as alterações, urge pô-lo em prática, sujeitando-o à análise do referido Conselho.
É preciso analisar com o Conselho Económico as obras a realizar, acompanhá-las e escrever dezenas de cartas para aqui e para ali (quem tem obras a realizar em zonas sob a intervenção do IPPAR sabe bem o que isto custa!).
É preciso atender e estudar com as comissões das diversas capelas as obras a realizar no tocante a reparações ou melhoramentos dos centros de culto. Mais umas dezenas de cartas...
É preciso preparar a recepção dos sacramentos...
É preciso presidir aos funerais e, por vezes proceder a alterações de última hora, pois a morte surge quando lhe apetece...
É preciso atender muitas e variadas pessoas que nos procuram ou nós procuramos por causa das mais diversas situações...
Há um Lar da 3ª Idade, um Hospital, os Bombeiros... O Capelão tem de aparecer para desempenhar a sua missão...
O Arcipreste tem de ir às reuniões do Conselho de Arciprestes, presidir às reuniões dos sacerdotes do Arciprestado, procurando exercer humildemente serviço de coordenação..
Há o boletim paroquial que sai em determinadas épocas do ano. O padre tem de o idealizar, trabalhar e imprimir. Não há dinheiro para o imprimir e dobrar fora, tenho que o fazer com a prata da casa...
Há o jornal mensal que ocupa horas intermináveis ao longo do mês, pensando nele, organizando-o, corrigindo-o.
Há um fim-de-semana que não é brincadeira e deixa o padre esgotado.
Há a solicitude pela comunidade que consome e martela. Tanta gente a viver como se Deus não existisse!...
Numa comunidade com tantas festas, é preciso pensar a tempo e convidar os sacerdotes para essas festas, para o serviço da Confissão...
Há documentos a passar às pessoas para isto e para aquilo... Há documentos a enviar e a pedir à Cúria Diocesana...
Há a solidão, tanta vezes mestra, mas também tantas vezes cruz na cruz de cada dia...
Há espaços de oração que é preciso criar, manter e sedimentar...
Há a casa que temos que dirigir e a nossa vida de cidadãos que temos que orientar....
Há a família a quem devemos prestar atenção...
Existimos nós próprios com as nossas limitações, os nossos sentimentos, as nossas tentações, os nossos picos de satisfação, as nossas angústias...
Há os amigos a quem devemos prestar atenção. Se estes tantas vezes compreendem ausências, nós é que não nos sentimos bem, ausentando-nos...
Há gente que sofre e precisa, reclamando a nossa presença e o tempo não estica, e as forças já não permitem mais...
Há os nossos achaques e doenças a reclamar mais atenção...
Há a necessidade de dar respostas e tantas vezes não as temos...
Há compromissos a honrar e nós prisioneiros de outros que não cumprem o que prometem...
Há obras urgentes a fazer e a burocracia emperra tudo...
Há denúncias que nos flagelam e silêncios que nos queimam...
Há gente que não arranca e outros que ficam sempre na margem da crítica...
Há tantas vezes uma Igreja que não sai da sonolência, mas que tudo nos exige como se fôssemos deuses...
Há as nossas limitações (por exemplo, custa-me não ter jeito para a música!), o nosso feitio, a nossa maneira de ser, a nossa disposição de momento... quantas vezes limitam e até nos trazem insatisfação interior perante posições tomadas...
Há cartas e telefonemas que nos chegam e a que temos que responder...
Há pessoas que se sentem mal se nós não vivemos para elas, mas que passam muito bem se ninguém se importa connosco...
Há uma hierarquia que devia estar muito, muito mais presente, mas a quem parece só importar que não lhe causemos problemas...
Há invejas como facas e apoios e incentivos que nunca chegam...
Há a tentação de "porreirismos fáceis" que granjeiam simpatias interesseiras...
Há a exigência da fidelidade à Mensagem do Salvador e da Sua Igreja que, não poucas vezes, nos trazem dissabores, amargos de boca e pedradas...
Fala-se de uma Igreja-Comunhão, mas, ao fim e ao cabo, fica tudo dependente do padre, como pintos da galinha. Os leigos não assumem o seu papel na Igreja e esta tarda em tratar como maiores os seus leigos...
Há uma Igreja que nunca devia dissociar-se dos pobres e parece que cada vez mais a vemos colada - pelo menos pelo silêncio cúmplice - aos interesses dos ricos.
Há grupos - muitos - minoritários embora, mas que não encontram na Igreja o acolhimento filial a que têm direito.
Se a tudo isto somarmos um horário lectivo na escola que deixou de ser um local de ensino/aprendizagem para se tornar num "armazém de alunos" que é preciso entreter, estão a ver...
Sim, não há vida como a de padre!!!
Mas não pensem que é um carpir de mágoas. Sou uma pessoa que gosta do que é. Quero ser mais santo, sem dúvida. Isso peço à Trindade Santíssima de cuja Misericórdia infinita espero o perdão para as minhas faltas e a ajuda para servir melhor.
Confio na oração e amizade de todos para a todos poder amar melhor.