sexta-feira, 30 de julho de 2021
30 de julho - DIA MUNDIAL CONTRA O TRÁFEGO DE PESSOAS
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Faleceu Otelo Saraiva de Carvalho
Otelo Saraiva de Carvalho morreu em 25 de julho de 2021, aos 84 anos, no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa, onde estava internado há cerca de 15 dias. O velório realizou-se na terça-feira, na Igreja da Academia Militar, em Lisboa, e o funeral no dia seguinte.
O coronel arquitetou a estratégia militar da revolução do 25 de Abril de 1974, liderou o COPCON durante o período do PREC e foi membro das FP-25.
Otelo Saraiva de Carvalho foi uma das principais figuras do Movimento dos Capitães, que depois se viria a transformar no MFA, e seria ele a planear e a dirigir as operações militares da revolução dos Cravos, a partir do quartel da Pontinha.
Apesar do papel fundamental na execução da revolução, Otelo Saraiva de Carvalho estava longe de ser uma figura consensual no país, sobretudo devido à sua participação nas FP-25, organização terrorista de esquerda radical que atuou em Portugal durante as décadas de 1970 e 1980 e fundada no período pós-revolucionário.
As FP-25 foram responsáveis por mais de uma dezena de mortes em vários atentados e assaltos.
Otelo Saraiva de Carvalho foi condenado a 15 anos de prisão pelos crimes da associação terrorista no final da década de 1980, tendo cumprido pena de prisão, até que a Assembleia da República aprovou uma amnistia para os elementos das FP-25 que estavam presos.
Depois da revolução do 25 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho candidatou-se por duas vezes às eleições presidenciais. Em 1976, nas primeiras eleições em democracia,ficou em 2º lugar com 16,46% dos votos, apenas atrás de Ramalho Eanes. Em 1980, ano da reeleição de Ramalho Eanes, obteve 1,49% dos votos, ficando em terceiro lugar.
domingo, 25 de julho de 2021
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Contributos a meio por inteiro
Sobra-me aquele afã de outros tempos, os tempos da juventude, em que uma barreira era um trampolim. Não é uma desculpa, mas a maturidade ensina-nos que a vida é efémera e que as marcas que permanecem são apenas as de Deus. Não são as nossas. Que as nossas serão sempre efémeras. É bonito ansiar por mais e aceitar o menos. É bom descobrir que os desígnios de Deus são insondáveis e que o que nos ultrapassa há-de ter sentido um dia!
quarta-feira, 21 de julho de 2021
Ai de vós... ai de nós.
terça-feira, 20 de julho de 2021
Sofrer na Igreja é penoso, sofrer por causa da Igreja é terrível
Vivemos uma hora penosa e de grave crise na Igreja católica: na realidade, já desde há algumas décadas, mas era absolutamente proibido dizê-lo publicamente. Quase todos sem empenhavam em sublinhar a eficiência da presença da Igreja na sociedade e a realçar o seu peso e as suas capacidades de intervenção.
Quem não queria fazer parte deste coro habituado a celebrar triunfos sem
nunca conjeturar fracassos, nem sequer parciais, foi autorizadamente denominado
e definido como profeta da desgraça. Mas hoje é um cardeal, o arcebispo de
Munique, ex-presidente das Conferências Episcopais Europeias, membro do
conselho que assiste o papa na reforma da cúria, a gritar que a Igreja «chegou
a um ponto morto», e a afirmar que esta situação lhe alterou a fé. Preste-se
atenção: alterou a fé de um bispo de sessenta anos, induzindo-o a apresentar a
demissão.
Tudo com a subscrição «na obediência e na paz», o moto do papa João.
Vivemos em muitos aspetos um profundo mal-estar que, no entanto, só em
parte é devido aos escândalos suscitados pela pedofilia. Este último é
certamente um crime grave e detestável, e toda a Igreja se tem comprometido em
procurar compreender de maneira nova este abuso, preveni-lo e impedi-lo, até à
condenação.
Mas não nos esqueçamos que quem comete delitos de pedofilia é um doente: a pedofilia está inscrita na patologia de uma pessoa, e por isso a pessoa deve ser não só condenada uma vez cometido o delito, mas também ajudada, acompanhada e acolhida, porque é um ser humano pecador ao qual nunca se deve negar a misericórdia de Deus e da Igreja. Há muito justicialismo no campo católico, muita tendência a ceder às correntes dominantes dos meios de comunicação social e a certo moralismo populista.
Também na Igreja se carrega a cruz, que nas palavras de Jesus é instrumento da própria execução: a cruz é situação cruel e abjeta, que nunca devemos imputar aos outros e da qual não devemos falar piedosamente àqueles que a estão a carregar
Não consigo compreender, antes, como não perturbam as consciências as
revelações da limpeza étnica operada nas escolas católicas no Canadá até 1980,
onde crianças arrancadas às suas famílias e enclausuradas naqueles
colégios-campos de concentração foram maltratadas, negligenciadas, até morrerem
e serem sepultadas em valas comuns (calcula-se pelo menos seis mil). Delitos
perpetrados por padres, religiosos, religiosas…
Aqui não há patologia, há malignidade, há um exercício perverso do poder.
Pergunto-me: como foi possível para cristãos que se dizem “consagrados” cometer
semelhantes crimes? E estes crimes não serão gravíssimos? Por isso é um
escândalo, que suscita interrogações sobre a capacidade de viver o
cristianismo, numa Igreja até generosa de missão, ardente em devoção, como no
Canadá, mas depois pior que perseguidora. Portanto, não se restrinja a crise da
Igreja à praga da pedofilia: há toda uma ordem de autoridade, poder, riqueza
que deve ser julgada pelo Evangelho.
Como tentar sair disto e chegar a uma verdadeira reforma? Sim, sabemos que
a reforma começa por nós próprios, mas isso a Igreja sempre pregou, sem depois
dar passos para reformar a instituição. O cardeal Marx sublinha-o: as culpas
não são somente pessoais, mas correlatas à instituição.
Nesta situação, também na Igreja se carrega a cruz, que nas palavras de
Jesus é instrumento da própria execução: a cruz é situação cruel e abjeta, que
nunca devemos imputar aos outros e da qual não devemos falar piedosamente
àqueles que a estão a carregar. É extraordinário que o próprio Jesus foi
ajudado a levar a cruz não só pelo Pai, mas também por um pobre homem, Simão de
Cirene, que no caminho do Calvário tomou a cruz às suas costas. Escrevia o
teólogo Yves Congar: «Sofrer na Igreja é penoso, mas sofrer por causa da Igreja
é terrível».
Fonte: aqui
segunda-feira, 19 de julho de 2021
Papa pede serviços de saúde “acessíveis a todos”
O Papa presidiu em 11 de julho, à recitação do Angelus no Hospital Agostino Gemelli, de Roma, onde se encontra há uma semana, após uma intervenção cirúrgica, agradecendo a quem o acompanha na recuperação e sublinhando a importância dos sistemas de saúde.
“Nestes dias de internamento, experimentei a importância de um bom serviço de saúde, acessível a todos, como é o caso da Itália e de outros países. Um serviço de saúde gratuito, que garanta um bom serviço, acessível a todos. Este precioso bem não deve ser perdido”, referiu Francisco, desde o 10.º andar da instituição, na qual foi operado a um problema no cólon, no último domingo.
O Papa falou de pé, na varanda, surgindo sorridente perante a multidão que o esperava, e foi recebido com uma salva de palmas e gritos de “Viva o Papa”. “Agradeço a todos: tenho sentido muito a vossa proximidade e o apoio das vossas orações. Obrigado, de coração”, disse, citado pela agência Ecclesia.
Perante centenas de pessoas reunidas diante do edifício – e falando para milhões de outras, através da transmissão televisiva –, o Papa manifestou o seu “apreço e incentivo aos médicos e a todos os profissionais de saúde e funcionários” deste e outros hospitais, que “trabalham tanto”. “Rezemos por todos os doentes, especialmente pelos que se encontram em condições mais difíceis: que ninguém fique só e todos possam receber a unção da escuta, da proximidade e do cuidado. Peçamo-lo por intercessão de Maria, nossa Mãe, Saúde dos enfermos”, acrescentou.
Francisco esteve acompanhado por crianças internadas no Gemelli, como ele. “Por que sofrem as crianças? É uma pergunta que toca o coração. Acompanhemo-las com a oração”, apelou.
Depois de uma semana sem aparecer em público, Francisco foi à janela do seu quarto pedir o “contributo de todos” e um compromisso comum para manter o “bem precioso” dos serviços públicos de saúde. O Papa desafiou a Igreja Católica a manter as suas instituições de saúde, resistindo à tentação de “vender” quando surgem dificuldades económicas, para “salvar as instituições gratuitas”. “A vocação na Igreja é fazer serviço e o serviço é gratuito”, insistiu.
O 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli, que acolhe Francisco, recebeu em várias ocasiões o Papa João Paulo II, a última das quais em 2005, pouco antes da sua morte. O Papa polaco recuperou nesta instituição após o atentado contra a sua vida, a 13 de maio de 1981, e esteve internado noutras ocasiões, tendo recitado, por várias vezes, as orações do Angelus e Regina Caeli a partir daquela instituição de saúde.
Fonte: aqui
TAMBÉM É PRECISO «DEIXAR ANDAR»
quarta-feira, 14 de julho de 2021
SAUDADES
terça-feira, 6 de julho de 2021
JUVENTUDE? ABRAM OS OLHOS (As exceções confirmam a regra)
(1) EGOCÊNTRICOS
É uma geração centrada no próprio umbigo, totalmente dependente do esforço (trabalho, sacrifício, renúncia) dos pais e avós. Algum tempo atrás, todos os membros procuravam contribuir para o bem da família; hoje, os “velhos” esfarrapam-se para satisfazer os caprichos dos mais novos. E até as economias obtidas num eventual “part-time” são para sustentar interesses pessoais: férias, roupa, passeios, desportos, smartphones, etc. Não caem no bolo familiar.
Os mesmos que se mobilizam para destruir pretensos símbolos (estátuas) do colonialismo ou segregação são, dentro da própria casa, os primeiros opressores, segregadores e exploradores, usando (e abusando) do amor incondicional dos seus. Até ao despautério de atirar à cara: “não te pedi para nascer”, “é a tua obrigação”. Que credibilidade tem uma geração cujo interesse das próprias ações é sobretudo atrair a atenção para si? Muitas das suas iniciativas (voluntariado) são usadas como trampolim para “marcar lugar”, ganhar protagonismo, dar visibilidade, encantar os mais incautos, desbravar caminho para outros poleiros.
(2) CORPÓREOS
A obsessão pelo corpo é notória. Tornou-se o principal argumento de interação social, condição de aceitação ou rejeição (própria ou dos outros). Crescem, por isso, os gastos (investimentos) com ele, já que instrumento de conquista, trabalho e valorização: cabeleireiros, ginásios, salões de beleza, cirurgias plásticas, cosméticos, aparelhos dentários, roupas, sapatos, adereços.
“Diz-me o corpo que tens e dir-te-ei onde chegarás”, balbucio. “Cada um usa as armas que tem”, respondem. A diferença vem do modo de avaliar o uso: se a prostituta “vende o corpo” é uma vergonha, se a “acompanhante de luxo” “aluga o corpo” é uma mulher inteligente, bem-sucedida; se um homem procura uma prostituta, “é um porco”, se financia luxos e serviços de uma mulher bem-parecida (exploram-se mutuamente), é um sortudo.
(3) ATEUS (SEM-DEUS)
Os jovens não querem Deus e muito menos a Igreja. “Fazem a doutrina” porque obrigados e na expectativa de que não lhes seja barrado a acesso a alguns serviços religiosos socialmente enraizados. Na verdade, desconhecem a Sagrada Escritura, ab-rogam Dogmas e Mandamentos, confundem Deus com “energias” ou ressurreição com reencarnação, adotam filosofias de vida anticristãs (reiki, yoga, cartomancia, astrologia) e desprezam os sacramentos (Eucaristia, Matrimónio) ou usam-nos de acordo com interesses (utilidades) muito próprios.
Reféns de um mundanismo feroz, idolatram cantores, jogadores, atores, youtubers e sobretudo o próprio umbigo (ególatras). Jesus, Maria ou os Santos, ao invés de exemplo e modelo de vida, são usados para pedir/pagar favores e pôr velas (poluir o ambiente). No resto, não são tidos nem achados, até porque as opções e prioridades da vida destoam completamente da proposta deles emanada.
Amigo não é bater nas costas, mas chamar à razão. Amigo não é alinhar em modas, mas alertar para os perigos. O futuro não se faz com este(s) presente(s). A desfaçatez de uns e o oportunismo de outros, a inoperância de uns e o arregimento de outros estão a criar gerações vazias, incultas, ingratas, daninhas para a humanidade. Os sinais andam por aí e ninguém os quer vê, porque prefere ser agradável, não “criar anticorpos”:
- Pais violentados, explorados, assassinados pelos próprios filhos;
- Jovens que matam (esquartejam) outros sem qualquer remorso;
- Aumento exponencial de suicídios (“onde está o temor de Deus”);
- Assaltos, desobediência civil, crime organizado;
- Perseguição e violência contra as forças de segurança;
- Crianças vítimas dos próprios pais;
- Casamentos (ajuntamentos) e divórcios (afastamentos) “à la carte”.
Pessimismo? Não, realismo. Se não houver uma concertação de esforço por parte de todos, a tendência será piorar. Abram os olhos. Há anedotas facilmente verídicas:
- Avô, fecha os olhos?
- Fecho os olhos, porquê?
- Porque o meu pai disse que quando fechasses os olhos íamos ficar bem na vida.
(P. António Magalhães Sousa), aqui
sexta-feira, 2 de julho de 2021
Senhor, Tu és o diferente, o único!
És frescura que me dá vida,
És a inquietude que me desinquieta,
O rebuliço que me desinstala,
O ar fresco que me renova,
A presença que me conforta,
A ausência que me preocupa,
A sedução do meu coração,
O sonho que me enleva,
A instabilidade que me estabiliza,
O sonho dos meus sonhos,
A dúvida dos meus sossegos.
O diferente, o único,
A convergência dos meus sentimentos,
O projecto dos meus projectos.
Aquele em que penso,
Por quem torço,
A quem desejo,
Por quem estou disponível para tudo.
Peço-Te, Senhor, que nunca Te decepcione,
És o super-amigo, o Senhor que liberta.
Minha alma, louva o Senhor!