segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Que preparação para o Natal?
domingo, 29 de novembro de 2009
A Ana e a Maria e a saudação
2. A Maria e a Ana são vizinhas. Todas as manhãs se encontram e dizem "bom dia" uma à outra.
3. A Maria e a Ana são vizinhas. Todas as manhãs se encontram, dizem "bom dia" uma à outra e cumprimentam-se com um beijinho.
Em qual destas três situações se encontra? Será que existem pessoas a quem negue um "bom dia", uma "boa tarde", uma "boa noite"?
Bem, se o faz casualmente porque se distrai com facilidade ... do mal o menos. Mas se o faz de propósito, acredite que não está nada bem. A saudação não se nega a ninguém, mesmo que a nossa mágoa chegue da terra ao céu, mesmo que tenhamos um temperamento deveras orgulhoso.
Então, nesta semana, procure saudar todas as pessoas com quem se cruzar. Já agora, ofereça às pessoas um sorriso.
Uma boa maneira de se sentir em ADVENTO.
Uma boa semana, especialmente para si.
sábado, 28 de novembro de 2009
Aqueles olhitos...
Os idosos apreciam imenso a presença das crianças e ficam sempre felizes quando os mais novos lá vão.
Com a ajuda dos seus catequistas, preparam os cânticos e as leituras. E mesmo que, aqui ou ali, possa haver um cântico menos conseguido, só o facto de serem eles a cantar, traz logo um ar alegre, cativante, simpático que ajuda à vivência da infinita simplicidade do Amor de Deus.
Hoje, como não havia bancos disponíveis para todos, sentaram-se no chão à volta do altar durante a homilia. Acrescente-se que o chão era de madeira e que a capela estava aquecida...
Falei com eles e, a partir das suas vivências, procurei levá-los a compreender a alegre expectativa do Advento. Expliquei-lhes o sentido da Coroa do Advento e convidei-os a viver este tempo do Advento numa redobrada atenção ao Deus que vem e bate à porta do nosso coração. Falámos das vários caminhos que Deus utiliza para chegar até nós e sublinhámos que cada irmão é uma presença de Deus. Então convidei os pequenos a serem generosos, atentos, correctos para com o próximo.
Estiveram impecáveis. Serenos, atentos, colaborantes, dialogantes. Aqueles olhitos que me fitavam quando eu lhes falava eram o mais puro lago onde se via reflectida a imagem de Deus.
No Pai Nosso, distribuíram-se pela capela e cantámo-lo de mais dadas. A Primavera que dá a mão ao Outono da vida!! E todos louvam o Pai de bondade como filhos muito amados.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Portal de ofertas de emprego
Consultei um portal de ofertas de emprego na internet. Li com atenção as várias propostas. E transcrevi para aqui uma parte de um anúncio de emprego. Porquê? Porque me parece que resume o que hoje se exige a quem procura trabalho: AMBIÇÃO, INICIATIVA, COMUNICAÇÃO, FORÇA INTERIOR, PERSEVERANÇA, CRIATIVIDADE, COMPETÊNCIA, ESPÍRITO DE EQUIPA...
Empregos para escritório? Zero (e os que possam porventura surgir as "cunhas" abocanham-nos, infelizmente).
Emprego para advogados, licenciados no ramo ensino? Zero.
Áreas técnicas? Alguns - electricistas, canalizadores, carpinteiros, novas tecnologias, engenharias....
Aparecem ainda algumas propostas de emprego relacionadas com a restauração: empregados de mesa, cozinheiros...
Preocupa-me que nem a família nem a escola estejam despertas para as novas oportunidades de emprego. Continuamos muito fechados nas velhas formas que já não têm saída.
AMBIÇÃO? Não para ser mais do que os outros, mas para ser mais, desenvolvendo ao máximo as capacidades que Deus nos deu.
INICIATIVA? Fundamental na sociedade em que vivemos. O ram-ram não nos leva a lado nenhum.
PERSEVERANÇA? Ui, precisamente de toneladas dela. Esta alergia a tudo o que custa e exige sacrifício é pior que doença incurável. Urge subir a corda da vida a punho...
CRIATIVIDADE? Indispensável a quem quer singrar na vida.
COMPETÊNCIA? Sem dúvida. Cada um tem que ser bom naquilo que faz. Ninguém é bom em tudo, mas devemos querer ser cada vez melhores naquilo que fazemos.
ESPÍRITO DE EQUIPA? Claro. Juntando e conjugando competências vai-se muito mais longe.
Se formos a muitas escolas e consultarmos várias turmas, ficamos chocados perante a desfocagem deste juventude frente às ofertas de emprego que lhes aparecem pela frente.
Não são perseverantes e desistem à menor dificuldade. Ambição? Parece que em muitos só existe para a asneira. Espírito de iniciativa? Já agora! O que lhes interessa é CONSUMIR! Consumir músicas, telemóveis, roupas de marca, e outras coisas...
Espírito de sacrifício? Ui, iu! Que trabalhem os outros... Eles estão cá para gozar a vida...
Adquirir competências? Ah! É uma chatice! "Para que é que a gente precisa de estudar isto? É bué careta!"
Espírito de equipa? Temos jovens cada vez mais fechados no seu mundo, nas suas coisas, no seu mini-grupo...
E a família? Repito: o que o berço dá, a tumba o leva. Muitas famílias, que se julgam tão modernas, continuam com os olhos no pescoço. Ainda sonham e infiltram nos filhos cursos de antigamente... Mas que hoje só podem levar ao desemprego e ao desespero de causa.
Pé de Pera
Veja o vídeo com calma. Se precisar de parar para ler melhor, na barra do vídeo, carregue nos traços verticais (//).
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Medina Carreira: verdades irrefutáveis e duras como punhos
http://padre-inquieto.blogspot.com/
Antes que seja tarde demais, urge que acordemos!
Deixemo-nos de discutir o "sexo dos anjos" e vamos às verdadeiras questões que realmente interessam a todos!
A situação do país é calamitosa. Veja e analise com "olhos de ver."
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
NÃO POSSO DEIXAR DE PARTILHAR
Perdoe-me, bom amigo, trazer para aqui este email que amavelmente me enviou. Mas precisamos todos deste suplemento de alma que nos faça acreditar que o as trevas não dominam a luz.
Parabéns a si e sua esposa estarem muito contentes e apoiarem inteiramente a decisão do vosso filho. Mais, acham-na "uma graça de Deus." Fantástico! Pais assim, muitos!!! E o mundo seria bem melhor!
Parabéns ao Luís! Pela coragem, pela decisão, pela atenção à Voz de Deus.
Segue o email.
"Caro Amigo :
Estou a mandar-lhe um mail para lhe falar do meu filho mais velho, o Luís.
Para além de ter já concluído a sua licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia, o Luís parece ter encontrado a sua verdadeira vocação. Com efeito, seguindo as pegadas de minha Mãe, tornou-se "ministro extraordinário da Comunhão" e, mais do que isso, decidiu que queria abraçar os ideais de uma Ordem pelo que pediu a admissão ao noviciado da Ordem Terceira do Carmo.
Eu e a minha mulher estamos muito contentes e apoiamos inteiramente estas suas decisões, embora nos custe a perceber como é que um rapaz de 21 anos, licenciado e bem parecido, decida abdicar das "vaidades mundanas" e abraçar uma causa que o coloca inteiramente ao serviço da comunidade. Serão os desígnios de Deus e nós só teremos que encarar tudo isto como uma bênção inesperada!..."
E agora? Não focaram felizes, caros visitantes? Que é que esta mensagem diz à vossa família? Não pensam tanto nas outras famílias, pensem na vossa. É que a caridade começa em casa...
Números do terror
A maioria foi morta pelos companheiros, maridos ou namorados, revelou o Observa tório de Mulheres Assassinadas.
Este país está na lama.
- Dispara flagrantemente a diferença entre os muito ricos e os muito pobres...
- A corrupção instala-se transversalmente na sociedade e nem aqueles que deviam ser referência em virtude dos cargos que ocupam são modelo e exemplo....
- Segundo economistas, o país está a endividar-se para comer. E qualquer dia ninguém nos fia um euro...
- A violência irrompe como um vulcão por todos os lados e ataca de todas as formas. Já ninguém tem garantida a segurança da vida, dos bens e do sossego...
- As famílias que deviam ser 'santuário do amor', transformam-se, tantas vezes, em inferno de violência, dor e morte...
- Somos um país distraído com causas fracturantes e não temos a coragem de nos debruçarmos sobre o fundamental...
- A democracia é para muitos o manto opaco com que cobrem a demagogia, a vingança, o compadrio, a mentira e a ebulição dos contra-valores...
26 mulheres mortas desde Janeiro!!! 43 vítimas de tentativa de homicídio!!! A maioria foi morta pelos companheiros, maridos ou namorados!
VERGONHA! NOJO! SELVAJARIA! BARBÁRIE!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
"Incrédulos e chocados"
Ainda segundo aquele jornal, foram em vão todas as tentativas do Arcebispo para o demover e o ajudar a pensar. "Não quis ouvir conselhos", diz aquele diário, citando fontes arquideocesanas.
Testemunhas ouvidas pelo Correio da Manhã apresentam-no como "pouco falador", "muito organizado e muito exigente."
Não foi, não é e certamente não será o único padre a abandonar o serviço sacerdotal. Nem todos o fazem pela mesma razão. Questões amorosas, cansaço, desilusão, incompreensão, solidão, problemas de fé ... são alguns dos motivos, sozinhos ou acompanhados, que provocam o abandono.
Nem todos os que abandonam são felizes. Um ou outro veio a pedir mesmo o reingresso. Muitos destes, mesmo infelizes, não voltam. Ou por causa dos filhos, ou por vergonha, ou... Sei pelo testemunho de bastantes, que carregam pela vida fora, como uma cruz, a decisão tomada.
Li com atenção os comentários dos leitores à notícia que o citado jornal publicou. Alguns, felizmente poucos, serviram-se desta facto para vomitaram cá para fora o fel anti-clerical que os possui. A maioria fica-se pela questão do celibato que é para eles o grande mal da Igreja. Há ainda quem condene a atitude do padre, porque, ao pedir a ordenação, sabia que tinha que ser celibatário. Existe um leque de comentadores que expressa votos de felicidade ao casal.
"Incrédulos e chocados." É assim que o jornal apresenta o estado de espírito das pessoas daquelas terras. Compreendo.
Mas não é assim que muitos padres se sentem? Incrédulos e chocados com a falta de apoio, de aceitação, de humanidade, de colaboração de tantos e tantos paroquianos???
Muitos paroquianos só se lembram do padre para funerais, casamentos, baptismos ou quando dele precisam. O padre, como celibatário, é família de todas as famílias. Cada família de uma paróquia considera o seu pároco como elemento da sua família?
Penso que o que importa mesmo é que muitos cristãos se sintam incrédulos e chocados com eles mesmos pela forma como tratam o seu padre. Indiferença, falta de acolhimento activo, preocupação com ele, falta de corresponsabilidade, de acção apostólica, de perserverança nos compromissos.
Incrédulos e chocados com tanta má-língua que destilam contra o padre, por tão pouco que rezam por ele, por o "obrigarem" a desempenhar tarefas que pertencem especialmente aos leigos, pela aversão à formação, pelo apego fundamentalista a tradições...
Por último, permitam-me que repita aquilo que deveria ser o bi-a-bá de cada cristão. Os homens e mulheres têm sempre a possibilidade de nos desiludir. Só Cristo NUNCA desilude. Então sejamos cristãos e que nada nos afaste do amor de Cristo.
Construção do Bem Comum
- Uma nova forma de cidadania...
- Como se estanca a desertificação do interior...
-Como se evitam os "maus caminhos" aos mais novos...
- Como uma sociedade é capaz de sair de debaixo "das saias do Estado" para conquistar a sua independência e liberdade...
- Como a criatividade e o associativismo superam a crise e as crises...
- Como o individualismo nada resolve. Mas quando o Bem Comum está em primeiro lugar, todos lucram...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Não queremos o comunismo, mas queremos o comunismo
Claramente se infere que uma opção comunista ou marxista é bem minoritária para o eleitorado português.
Entretanto, na prática, os portugueses continuam a exigir tudo do estado como se este fosse o patrão, ao estilo soviético.
Permitimos uma espécie de sovietização no ensino. As crianças são retiradas aos pais - e para longe destes - bem cedo e são-lhes entregues à noite. Bom, e ainda há pais que reclamam, que queriam os filhos mais horas na escola (É! Fazem-se umas camaratas e os pequenos dormem lá! Ah! E os pais passam a correr de manhãzinha, antes de irem para o trabalho, para ver se os meninos têm queixas a apresentar contra os professores... Ahahahah).
É preciso ter um clube desportivo na terra? A Junta, a Câmara, o Governo é que têm o dever de dar...
Não há indústria na terra? A culpa é da Junta, da Câmara do Governo, dos políticos que temos...
Não há pólos de distracção na terra? A culpa é da Junta, da Câmara, do Governo, dos políticos...
Não se aproveita o turismo para fazer progredir a terra? A culpa é da Junta, da Câmara, do Governo, dos políticos...
Há focos de pobreza, deficientes que não têm apoio, idosos abandonados? A culpa é da Junta, da Câmara, do Governo, dos políticos...
(...)
É esta a "choradeira nacional", o fado português. Um povo SEM CRIATIVIDADE, sem ousadia, sem iniciativa, sempre à espera que os outros resolvam os problemas.
Às vezes penso. Que fizemos dos genes dos nossos maiores? Perdemo-los? Este povo ousado, determinado, decidido que pelos Descobrimentos deu "novos mundos ao mundo", no dizer do Poeta, está agora inerte, parado, rastejante. As únicas atitudes que parece tomar são a passividade, a submissão e a crítica cretina.
Vivemos numa zona onde há muitos emigrantes e, no geral, os portugueses emigrados até são poupados. Por que razão não se juntam as poupanças de emigrantes e de residentes para dar um empurrão à indústria do turismo na zona? Por que motivo as pessoas não se associam para este fim? Ganhariam os investidores, ganharia o concelho em criação de riqueza, em posto de trabalho, em mais-valias.
Enquanto estivermos nesta dependência cega dos políticos, mais poderes lhe damos, mas propiciamos a corrupção, menos livres somos.
Mas quanto mais livre for a sociedade, quanto mais dinâmica e criativa, menos dependerá dos políticos e mais estes precisarão da sociedade.
Criatividade
Emancipação
Ousadia
Associativismo empresarial
PRECISAM-SE!
domingo, 22 de novembro de 2009
Muita parra e pouca uva
Tema em estudo: «A construção do Bem Comum – responsabilidade da Pessoa, da Igreja e do Estado". Iniciativa: Comissão Episcopal da Pastoral Social.
Não pude estar, embora seja uma matéria que me diz muito. Do que li, ressalto a decepção da falta de novidade. Não me refiro tanto ao conteúdo, pois li apenas fragmentos das intervenções. Tenho em vista sobretudo a forma da comunicação das conclusões. Uma linguagem árida, fechada, imperceptível para a maioria dos cristãos. Como cremos que eles peguem neste assunto fulcral se não nos fazemos entender? Voltamos ao idoso problema da comunicação: não o sabemos fazer.
E logo num tema vital para toda a gente, onde me parece mais fácil usar uma linguagem, além de perceptível, cativante. Mas não...
Às vezes tenho a impressão que não se quer que a mensagem extravase do círculo fechado das "elites". Ou será que a linguagem esconde o medo de arriscar? Ou ainda porque haverá interesses promocionais em vista?...
Valha-nos Deus que é quem pode...
Cerimónia muçulmana em Viena....
Cerimónia Muçulmana que já chegou com força ao coração da Europa, Austria.
Imagine-se daqui a poucas décadas, quando o Islamismo for a religião dominante no Mundo Ocidental.
(Enviado por email)
sábado, 21 de novembro de 2009
O maior sucesso de MJackson...nunca passou na TV
Bem intencionado.
Obrigatório ver! O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996.
Filmado na Africa, Amazonia, Croácia e New York.
Emocionante!
(Carregue com o rato no título para ver e ouvir)
Leituras de fim-de-semana
http://sol.sapo.pt/Blogs/jal/default.aspx
Os boys de Guterres
http://sol.sapo.pt/Blogs/jas/default.aspx
O império do segredo
http://sol.sapo.pt/Blogs/vicentejorgesilva/default.aspx
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Crimes passionais
E os mais estranho ainda é que se trata, em muitas situações, de gente com estudos. Ciência terão, mas não sabedoria.
Neste mundo egocêntrico em que vivemos, os outros contam pouco. E desde que não estejam ao serviço do ego, podem se afastados, sem ligar a meios...
Devia preocupar seriamente toda a sociedade o baixíssimo respeito em que é tida a vida. É que atenta-se contra ela com a mesma facilidade com que se bebe um copo de água.
E A VIDA É O PRIMEIRO VALOR! Posta em causa, é todo o edifício humano que entra em ruína.
A vida é desprotegida, ameaçada e desfeita em tantos ventres maternos.
A vida é posta em causa pela eutanásia.
A vida é ceifada por motivos amorosos.
A vida é ameaçada, atingida, cortada por ladrões e larápios.
A vida é estilhaçada por fundamentalistas que se fazem explodir.
A vida é atingida a tiro e à bomba nas guerras.
A vida é deixada apodrecer nos milhões de famintos.
A vida é enxovalhada pelos vilões da droga e do sexo que usam os outros para fazerem crescer a sua carteira.
...
E a voz amorosa do Pai repete-nos, como eterna novidade, desde os alvores da História: "NÃO MATARÁS!"
Quanto mais se fecha a Deus, mais o homem se torna 'lobo do homem."
Nenhum dos condutores dos carros à volta fez qualquer coisa para o ajudar.
Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam'. (Edmund Burke)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Portugal apurado para o Mundial 2010 na África do Sul
A selecção nacional demonstrou uma grande união, resistiu quando foi necessário e resolveu o jogo quando teve oportunidade
É o culminar de uma década de sucesso, com presenças em todos os Europeus e Mundiais disputados no século XXI.
Registo o contributo positivo que jogadores do meu clube deram para este apuramento. Se na Luz marcou Bruno Alves, na Bósnia foi a vez de Raúl Mareiles.
Aliás tenho uma pergunta a fazer a Jesualdo Ferreira. Como é que ele explica que o Meireles, que tem feito péssimas exibições no Porto, jogue tão bem na Selecção?
Bom, mas a Jesualdo teria montes de perguntas a fazer-lhe....
Viva Portugal!
Em 140 dos 190 países do mundo existem emigrantes portugueses
O Observatório revela ainda que Espanha, Reino Unido e Angola foram os destinos de emigração que mais cresceram nos últimos anos. Em Espanha o número de emigrantes quase duplicou entre 2004 e 2008, passando de 71 mil para 136 mil portugueses. No Reino Unido passou de 68 mil para 77 mil e em Angola entre 2006 e 2008 os emigrantes portugueses cresceram de 17 mil para 23 mil.
In O Amigo do Povo
"Se os outros calam, gritamos nós"... Parabéns, D. Ilídio!
Apelando a que o Estado trate "por igual" todos os portugueses, D. Ilídio Leandro revela-se preocupado com os índices de pobreza que as populações do Interior registam, achando que o Governo talvez não esteja a tratar de forma equitativa todos os portugueses. A vida de quem vive no Interior "é mais difícil do que nos grandes centros urbanos".
Segundo este responsável, são inquietantes a desertificação e o envelhecimento da população. "Não há sinais de que a situação se inverta", por falta de medidas destinadas a esse objectivo. O que se verifica é o encerramento continuado das poucas empresas localizadas no Interior, deixando atrás de si um rasto cada vez mais acentuado de pobreza. O acesso à saúde, ao ensino, à produção e distribuição de riqueza é muito mais difícil para quem vive no Interior”.
D. Ilídio considera que cabe ao Estado equilibrar, diminuindo esta dificuldade, para que "todo o ser humano, viva onde viver", tenha as mesmas possibilidades e oportunidades.
Referindo-se ao Rendimento de Inserção Social, o Bispo de Viseu entende que quem dele beneficia deve também "dar o seu contributo laboral e social à comunidade", numa atitude de partilha, bem diferente daquela que têm os que usufruem desse direito à custa de estratégias enganadoras.
In ecclesia
Assim vale a pena haver Conselho Presbiteral! Parabéns, Vila Real!
Conselho de Presbíteros fala em «acto previamente montado para causar impacto social»
O Conselho de Presbíteros da Diocese de Vila Real lamentou, em comunicado, as “circunstâncias em que foi feito o arresto do pároco de Covas de Barroso (concelho de Boticas)”, no passado dia 25 de Outubro.
No documento, enviado à Agência ECCLESIA, os padres de Vila Real dizem que não de pode deixar de “pensar que se tratou de um acto previamente montado para causar impacto social”, referindo que “tratando-se de um acto imprevisto”, estavam “presentes, àquela hora da manhã, tantos meios de comunicação social e também a Junta de Freguesia de uma paróquia vizinha para fazer depoimento público”.
Deixando às “autoridades respectivas” o processo jurídico, os sacerdotes desta diocese estranham que a detenção do Pe. Fernando Guerra se tenha feito na manhã do Domingo, “com grande alarido e impedindo a celebração das três Missas paroquiais em outras tantas paróquias”.
O comunicado lamenta ainda que “sendo quatro homens os arguidos, somente se referisse o nome do Padre” e a detenção tenha sido levada a cabo por “trinta agentes policias disseminados pela aldeia sabendo que se tratava de um homem com 74 anos de idade”.
Recorda-se que a acusação implicava a presença junto do Juiz e que, “sendo isso impossível por ser feriado, o sacerdote em causa teria de passar essa noite no posto local da GNR”.
Os padres de Vila Real lamentam também que “alguns desses agentes se apresentassem encapuçados a lembrar actos de terrorismo” e que “entrassem na igreja e na sacristia para dar ordens de prisão”.
In ecclesia
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Irreverência é uma coisa; falta de educação é outra
- O senhor a mim não me chama à atenção! Eu faço o que quero e não tem nada a meter-se na minha vida...
- A mim ninguém me manda calar, ouviu!?
Estas foram algumas frases que responsáveis pela educação de adolescentes me fizeram chegar.E não pensem que são casos isolados... Infelizmente são muito habituais. E isto não é irreverência, é mesmo má educação.
Culpa de quem?Sem apelo. DOS PAIS!
Diz o povo que "quem dá o pão, dá a educação".
Mas desgraçadamente há pais - será que merecem este nome??? - têm medo dos filhos.
Muitos e muitos adolescentes revelam um flagrante "falta de chá".
- Não têm a mínima noção de respeito...
- Igualam tudo por baixo, não sabem distinguir colegas de mais velhos e de superiores...
- São uns reizinhos e têm-se como tal. Eles são o máximo! Estão sempre certos e quem não lhes der os "amnens" é kota, antiquado e não presta...
- Não têm a mínima noção do que seja humildade e obediência. E olhem que nunca saberá mandar quem não aprendeu a obedecer...
- Não têm a noção do lugar. Para eles estar numa aula, num café ou num baile é a mesma coisa...
- São doentiamente egocêntricos. O mundo tem a dimensão do seu umbigo...
- A superficialidade é a sua marca. No vestir, no pensar, no agir, no falar...
- Valores interiorizados, regras e esforço ... nada! Estão no centro da linha do consumismo...
- Tudo o que cheire a esforço os repele. Esquecem-se que a corda da vida se sobe a pulso...
O QUE O BERÇO DÁ, A TUMBA O LEVA!
Se as famílias não são casa e escola de humanização, que esperamos? O desastre humanitário e sociológico surge logo a seguir.
Publicada
Nem quero imaginar que pais serão estes filhos...
Pela sua pertinência.
Pela urgência que há de muitos pais mudarem rapidamente.
Porque, caso não eduquemos as crianças e os jovens, vamos encher mais tarde as cadeias.
Porque estou convencido disto: na sociedade actual quem mais falha são muitos pais. Super-protecção, ausência de regras que estruturam a personalidade e de modelos, preocupação com o êxito sem valores, transformação dos filhos em reizinhos lá de casa, ataque a todos os que procuram ajudar os filhos a crescer como gente, sejam professores, catequistas, amigos mais velhos e outros... E depois, para compensar os filhos que procuram empurrar para as escolas o maior número de horas possível - por vontade de alguns até lá dormiriam!!!!- dão coisas, muitas coisas, fazem-lhes todas as vontadinhas, mas negam-se a dar-lhes o que mais precisam: presença, amor, atenção, regras, orientação, EXEMPLO!!!
"...e pais...sempre os pais...quando me falam em pais fico, geralmente, com uma sensação de impotência tremenda...que vou fazer eu numa sala de aula, se os pais contrariam e ainda vêm pedir explicação por estarmos a educar e a ensinar os filhos? Revolta-me isto...e olhai que um professor lida todos os dias com o sabor da frustração e, ou é forte e se aguenta à brava contra tudo e contra todos, ou então desmorona e desanima mesmo.
Aqui há dias, entro na sala e esta estava imunda, mesmo...cheia de papéis por toda a parte. São duas turmas juntas, uma das quais tem aulas o dia todo lá. Alerto os meninos de que as funcionárias não são criadas deles e que da próxima vez que eu entrasse na sala e a encontrasse igual que os obrigava a limpar. Claro que os meninos refutaram, e porque não eram só eles ( parte da turma não tem EMRC) e por aí fora. Então usei-os como mensageiros: dizei aos vossos colegas o que eu vos disse e juntos procurai não sujar.
Na reunião de Conselho de Turma da respectiva turma, alertei a DT para esse facto, até porque uma das regras deles é deixar a sala limpa. Logo um pai presente se manifesta e diz que não é justo...o filho já lhe tinha contado o sucedido e o senhor deve estar convencido de o filho dele é diferente do filho dos outros (continua assim e um dia tem uma desilusão das grandes). Que não é justo limparem uns pelos outros, que não deviam passar por essa humilhação.
Humilhação...boa!!! Deixei-o falar e se queria resposta da minha parte, não a teve, estava demasiado cansada para lha dar. O certo é que não deixei de insistir e o certo é que agora sempre que entro na sala e esta está impecável, até as cadeiras estão todas certinhas...
Sim, os pais...Se estes são assim, nem quero imaginar que pais serão estes filhos... Importa-lhes o conteúdo, não a forma como chegam lá e como o expressam!"
(Comentário devidamente identificado)
Exactamente há 60 ANOS...
Exactamente há 60 ANOS...
É uma questão de História lembrar que quando o Supremo Comandante das Forças Aliadas
(Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, etc.), General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos.
E o motivo, ele assim explanou:
'Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum momento ao longo da história, algum idiota se vai erguer e dirá que isto nunca aconteceu'.
'Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam'. (Edmund Burke)
Agora, mais do que nunca com o Irão, entre outros, sustentando que o 'Holocausto é um mito', torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça.
Relembrando:
Há poucos dias, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque 'ofendia' a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu...
Este é um presságio assustador sobre o medo que está a atingir o mundo e o quão facilmente cada país, se está a deixar levar.
Estamos a mais de 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial.
Em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos, 1900 padres católicos e muitas Testemunhas de Jeová, resumindo: (SERES HUMANOS)
que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados, mortos à fome e humilhados, enquanto Alemanha e Rússia olhavam em outras direcções.
Agora, mais do que nunca com o Irão, entre outros, sustentando que o 'Holocausto é um mito', torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça.
PARA QUE NÃO SE REPITA!
domingo, 15 de novembro de 2009
Parecia o "fim do mundo"!
Estamos em Novembro, mês das Almas, e em muitas paróquias celebra-se o "Jubileu das Almas". Fui ajudar às confissões numa paróquia vizinha onde depois pronunciei a homilia na Eucaristia.
Seguiu-se o almoço, momento sempre agradável passado na companhia dos colegas. Partilhámos, rimos, dialogámos sobre assuntos pastorais que têm a ver com o arciprestado.
Realizaram-se logo depois as confissões noutra comunidade paroquial. Vim a correr para a Missa com crianças. Um momento sempre belo e cansativo. Belo, pelas crianças que enchem a Igreja, muitas acompanhadas dos pais. E os miúdos merecem tudo, toda a aposta. É preciso mesmo dar o litro! Por isso me cansa mais esta Eucaristia do que as outras todas.
Depois da vespertina em Gondomar, teve lugar uma reunião do Conselho Económico com implicações no futuro como a seu tempo se saberá.
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Domingo
Eucaristia às 8 horas. Imensa chuva. Menos gente do que é habitual. Também por causa da Festa nos Esporões. A Missa da manhã , com a participação maioritária de gente menos nova, oferece um clima de muita familiaridade. E nesse aspecto, é muito interessante. Gostava, contudo, que houvesse mais participação das pessoas, sobretudo no coro e nas leituras.
Depois de uma passagem por casa para tomar o meu habitual iogurte, parti para a Missa no Teixelo. Jesus, que invernia! Um vento dobra-guarda-chuvas empurrava contra nós a chuva como pedradas. Sempre simpáticos os teixelenses.
Desci para a festa de São Martinho, nos Esporões. Houvera um grupo de pessoa a solicitar que fosse eu, este ano, a presidir à festa. Atendendo às obras efectuadas recentemente na capela, assenti ao seu pedido. Pedi e o senhor Reitor do Seminário presidiu à celebração da Eucaristia das 11 horas na Igreja Paroquial. Não é do meu agrado deixar a Missa paroquial, entendo que está sempre acima de tudo, porque penso que o geral prevalece sobre o particular. Mas este ano compreendi.
A Eucaristia da festa correu bem, estava bastante gente e a animação coral esteve a carga da nossa Banda. O temporal impediu a realização da procissão como todos compreenderam. Tive pena, não por mim que não sou grande apreciador destas procissões das festas populares. Mas pelas pessoas, porque sei que elas gostam e, além do mais, tinham levado trabalho a preparar andores e alfaias. O tempo não quis, há que aceitar...
Depois do almoço em casa do senhor José Oliveira, nosso competente sacristão - que também reside nos Esporões - subi à Serra de Santa Helena para o terço e a Missa dos terceiros domingos.
Nem lhes digo nem lhes conto! Quando parei o carro, este parecia um berço embalado pelas mãos do vento. Que ventania, meu Dia! Tive que abrir a porta com muito cuidadinho, puxar o casaco para cobrir a cabeça e dar corda aos sapatos. Ali qualquer guarda-chuva ficava esfrangalhado num ápice, tal a violência do vento.
Trinta valentes desafiaram o temporal e subiram ao alto para a Eucaristia. Dois grupos corais animaram a Missa. O do amigo Elói no interior e o vento no exterior que uivava ao embater nas paredes do templo num tom omnipotente, avassalador como que apostado em revelar a nossa pequenez. Como diz o povo, parecia o "fim do mundo"!
Terminada a cerimónia, desci rapidamente para o carro, galgando, encolhido, as escadas. Tive que apelar a toda a concentração para me fixar, pois o patife do vento havia cismado que me queria atirar contra o calhau.
Também nesta altura a Serra tem o seu encanto - pode ser uma beleza feérica, mas encanta...
Caminhei para casa, sobretudo para me mudar, pois estava molhado.
Dia invernoso
Se de noite o vento fez bailar as árvores e semeou música pela natureza, o dia trouxe uma chuva calma que a terra ressequida agradece.
Diziam os antigos: "Mal de Portugal se não vêm três cheias até ao Natal". Pois, eram outros tempos, porque também nisto as coisas mudaram... E o clima já não é o que era...
O tempo convida a permanecer em "vale de mantas", mas lembre-se que hoje é Domingo, o Dia do Senhor.
Rompa o medo do temporal, salte da cama, deixe o aconchego da casa e preencha o seu lugar na assembleia dos amigos do Senhor.
Lembre-se que foi a Eucaristia que deu origem ao Domingo!
Sem Eucaristia, este primeiro dia da semana é apenas um feriado. Para que seja o Domingo, participe na Eucaristia.
Então, bom Domingo. Com ELE!
sábado, 14 de novembro de 2009
Os intocáveis
Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.
O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (∑)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato. Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura. Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.
Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim. Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano. Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca.
Mário Crespo, JN:2-11-2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O testemunho de um homem casado e pai
Por vezes chego a casa esgotado. Mas tenho que ir buscar os filhos à escola, pois minha esposa ainda chega mais tarde. Então "comando as tropas" que vão tomar o seu banho, organizar as suas coisas antes de um tempo de estudo. Há que apoiar um e outro nas tarefas de casa, mesmo que às vezes tenha a sensação que vai estourar o tampo à minha cabeça, tal o cansaço. Há que recorrer a todas as energias para estar calmo e ser capaz de ajudar.
A minha mulher chega e começa a preparar o jantar. Os trabalhos escolares vão ficando prontos e é dada uma última atenção às revisões das matérias que aprenderam na escola.
Os pequenos têm agora um merecido tempo de descanso que aproveitam para ver TV, viajar pela internet ou para conversar comigo ou com a mãe na cozinha.
Agora vou pôr a mesa. Bem sei que deveria pedir ajuda aos pequenos, mas eles também estão tão cansados! E têm direito a ser crianças...
A refeição, tirando um ou outro resmungar por causa desta ou daquela comida que não é apreciada, são sempre momentos bonitos de partilha.
Regressam os miúdos a um tempo de lazer enquanto eu levanto a mesa e lavo a louça. Minha mulher ocupa-se agora da ajuda na organização das mochilas para o dia seguinte, na preparação das roupas e noutras coisas que a vida familiar comporta.
21.30h. São horas de os pequenos emigrarem para vale de lençóis. Nem sempre é fácil. Há por vezes algum deles que suplica "mais um bocadinho". O cansaço torna frágil a paciência. Há que ser decidido sem perder o controle.
Finalmente estão os dois no descanso. Passamos pelos seus quartos para um beijinho do boa noite e para um momento sentido de oração com eles.
Resta agora um tempinho para o casal. Partilharmos, conversarmos, ajudarmo-nos, namorar... Habituámo-nos a estes momentos tão nossos em cada dia. São-nos indispensáveis para o equilíbrio pessoal e conjugal.
São seis e meia da manhã. O despertador acorda-nos. Há que reiniciar a jornada. Acordar os miúdos, velar para que tomem o pequeno almoço após a higiene, ver se têm tudo o que precisam para as actividades lectivas e extra-curriculares e caminhar para o carro, enfrentado as filas enormes que no trânsito da cidade se fazem sentir àquela hora.
Já ficaram na escola. Ainda é cedo, mas vou aproveitar o tempo no meu local de trabalho. Quando colegas e outros funcionários chegam, já tenho tudo orientado. É um trabalho exigente, que não se compadece com descuidos ou superficialidades. Até às 19 horas, tirando os minutos do almoço, é laboração contínua... Ah! E cara alegre!
Como vê, Padre, não são só os sacerdotes que têm vida difícil. Quis partilhar consigo e com os leitores a minha experiência.
Tenho a graça de ser um homem crente e, como tal, dar um bocadinho do meu tempo a actividades da Igreja com minha mulher. E como a fé me ajuda!
Claro que um padre vai buscar à fé a sua razão de existir, por isso dela recebe a força para enfrentar dificuldades, mormente o isolamento.
Mas o padre não deixa de ser homem. E muitas vezes penso que, mesmo esgotado, tenho a minha mulher que me ouve e acolhe. E o padre ... tem as paredes.
Também por isso vos admiro.
Força, Padres!"
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
DE MESTRE...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Ser feliz ou ter razão?
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto fazo retorno.Ela sorri e diz que não há nenhum problema, se chegarem alguns minutos atrasados.
Ele questiona:
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, por que não insististe um pouco mais?
Ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz!!! Estávamos à beira de uma discussão. Se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA:
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Desde que ouvi esta história, tenho-me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?'
Outro pensamento parecido, diz o seguinte:
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam'.
Anti-clericalismo primário
Um médico cometeu umas asneira, "pois, os médicos são assim, são assado..."
Um empresário foi apanhado nas malhas da corrupção, "pois os empresários, são assim, são assado..."
Uns pais não educam devidamente os seus filhos, "pois os pais de hoje são assim, são assado..."
Um padre falhou, "pois os padres são assim, são assado..."
Como estamos na Semana dos Seminários, permitam-me que me foque nos padres.
Num país maioritariamente católico, é estranho, mas é verdade, o anti-clericalismo reinante entre os portugueses. Certamente há motivos históricos que aqui não vêm ao caso. O que é certo é que a malidicência contra os padres é enorme. Muitas vezes, inventam-nas das unhas dos pés; outras vezes, de uma agulha fazem um palheiro.
A má-língua assenta sobretudo em duas coisas: o enriquecimento e a imoralidade.
- Todos os padres entraram pobres numa paróquia e saíram de lá ricos;
- Todos têm amantes, amores, ou situações imorais...
As lembranças de criança permanecem vivas em nós. Por isso, tenho o facto muito presente. Foi Há 50 anos. Tempo em que imensa gente trabalhava na agricultura que então exigia muitos "braços", sobretudo nas sementeiras, nas mondas e nas colheitas.
A determinada altura, lá vieram à baila os padres e toca a puxar do "corte e costura". Meu avô passa para a frente do pessoal e diz com um ar grave:
- Coitados dos padres! Na boca do povo nenhum presta. Ou se pega pelo cu ou pelas calças...E se olhásseis para vós e deixásseis os padres em paz!? Certamente não teríeis pouco que reparar...
Fez-se um silêncio profundo.
Pois, mas onde estão hoje pessoas desta estatura moral? Actualmente, se um diz mata, o outro diz enforca... Estamos no tempo, em que o que vale é "Maria vai com as outras..."
Se o padre fala alto, "só sabe ralhar, está sempre zangado. Afasta as pessoas..."
Se o padre fala baixo, " nem vale a pena cá vir. Faz-nos dormir..."
Se demora mais a Missa, "pensa que temos a vida dele..."
Se demora pouco, "nem deu tempo para a gente cá chegar..."
Se se ri, convive e é divertido, "é um mundano..."
Se é mais sério, mais distante, " não cativa ninguém. Tem a mania que é importante..."
Se tem carro novo, " isto é que é viver bem. Depois vai para a Igreja falar de caridade..."
Se tem um carro velho, "é um unhas de fome. Anda a poupar para deixar aos sobrinhos..."
Se vive sozinho, "é um solitário, só pensa nele..."
Se vive com familiares, "andamos nós aqui a pagar para ele sustentar a família..."
Se vive com outra pessoa, " uhmm! Há coisa ..."
Se apresenta as orientações da Igreja, "é um legalista, afasta as pessoas..."
Se procura manter as tradições, " é sempre a mesma coisa. Nada de novo acontece..."
Se dá mais impacto à inovação, " os padres fazem-nos perder a fé..."
Se vai a casa dos amigos que o convidam, "só liga a alguns..."
Se não vai a casa de ninguém, "é um bicho do monte, nem amigos tem..."
Se apela à oração, "é um beato..."
Se não apela à oração, "que está cá ele a fazer?..."
Se apresenta contas, "tenho mais que fazer do estar a ouvir os números... O que dei, dei..."
Se não apresenta contas, "mete o dinheiro da Igreja ao bolso..."
Se recebe os estipêndios pela administração dos sacramentos, "é um ganancioso..."
Se não recebe os estipêndios, "está rico, já não precisa..."
Se fala dos pobres, "é socialista ou comunista..."
Se não fala dos pobres, "está feito com os ricos..."
Se fala de justiça social e do sexo, "estes assuntos não são para a Igreja..."
Se não fala do sexo e da justiça social, "pois, ele quer é que todos paguem a côngrua. Não fala para que os ricos e imorais não se chateiem com ele..."
Se esta´presente nas reuniões de grupos, associações, irmandades, comissões, "é um controlador. Não respeita a liberdade dos leigos..."
Se não está presente, "não quer saber..."
Se envereda pelas novas tecnologias, "não tem mais que fazer..."
Se não envereda pelas novas tecnologias, "é um antiquado, não acompanha os tempos..."
Se está muito tempo numa paróquia, "nunca mais vai embora..."
Se muda frequentemente, "não presta, porque não aquieta em lado nenhum..."
Se veste bem, "é um vaidoso..."
Se não liga tanto ao aspecto exterior, "é um desleixado. Até nos envergonha..."
(...)
O importante mesmo é que cada pessoa ao deitar-se, faça o seu exame de consciência e se dê conta que pode dormir em paz.
Um divórcio em cada dois casamentos
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Mesmo que alguns não gostem...
FCPorto e Sporting estendem "passadeira vermelha"!
Jesualdo Ferreira ... Não sei o que lhe acontecerá. Embora eu pense que já está a mais no Porto há algum tempo. Mas isto sou eu a pensar...
Enquanto isto, o Benfica joga e encanta. Um escorregão em Braga é insignificante no brilhantismo deste 1º terço do campeonato.
Sempre que posso, leio na internet sobre futebol, estando particularmente atento aos comentários das leitores.
Há muito mesmo que não me apercebia disto. Vejo vários comentadores portistas a atirar a toalha ao chão. Não acreditam já que o Porto "vá lá"!
De facto, as últimas exibições são miseráveis, horrendas. Muito piores ainda do que os resultados.
Não acredito que a causa seja a falta de qualidade do plantel, como estou farto de ler. Na minha modestíssima opinião, a culpa é do Jesualdo. Não foi ele que escolheu os reforços? Porventura foram contratados à sua revelia? Não conhece bem os cantos à casa? Não é ele que treina, que motiva, que ensina, que decide?
Não há um fio de jogo, não se faz pressão alta, aquele meio-campo gripou, há jogadores que não evoluem - Hulk, por exemplo... Uma calamidade!
Ah! O ano passado a equipa portista também passou por uma fase má e depois acordou e jogou bem... Certo. Mas nunca desceu a parâmetros exibicionais do nível dos actuais. Além disso, como os concorrentes ainda estavam mais fracos, deu para tudo. Só que este ano, não é assim!!!
Propostas? Esperar até ao Natal. Se as coisas não melhorarem, Jesualdo que se despeça e seja contratado um treinador que prepare a equipa para o próximo ano. Aconteceu assim com o Mourinho, lembram-se?
Se...
... é avô ou avó
... padrinho ou madrinha
... catequista
... professor ou professora crente
... amigo
Não que fazer um brilhante serviço? Nem sequer é difícil. Basta uma pitada de atenção.
SER DESPERTADOR!
Os jovens, fruto desta sociedade superficial e movediça, andam distraídos. Estão, muitas vezes ensonados diante da mensagem que Deus lhes deixa no coração.
Ajude-os a acordar. É que podem ter uma chamada de Deus.
PADRE! Porque não???
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Uma Igreja que parte e reparte
Contudo há uma riqueza que temos que agradecer a Deus e à generosidade dos jovens e das famílias. Temos ainda bastantes vocações sacerdotais. Lembro que, se Deus quiser, no próximo Verão, teremos cinco novos sacerdotes e temos tido ordenações em cada ano.
Segunda ouvi, a média de paróquias por sacerdote diocesano é de duas. Claro que é um média, porque muitos têm mais, até porque nem todos os padres estão a paroquiar, pois alguns estão em serviços diocesanos ou outros.
Mas é uma graça enorme! Penso que mais nenhuma diocese deste país se pode orgulhar de tal privilégio. Há concelhos com dez mil habitantes ou menos que têm vários sacerdotes ao seu serviço, enquanto paróquias com dezenas e dezenas de milhar de pessoas têm, quando têm, um sacerdote ao seu serviço.
Penso que a Diocese de Lamego tem de pensar a SÉRIO em partir para repartir. A "fantasia da caridade" tem de começar dentro da comunhão eclesial. Apoiar outras dioceses carentes e escancarar as portas da missão é necessário à nossa diocese dentro do dinamismo da caridade cristã.
Diz-se que "a necessidade cria o órgão". A abundância de vocações sacerdotais pode não estar a ajudar o despertar laical para o desempenho das funções que lhe competem.
Oxalá que, também neste aspecto, o Ano Sacerdotal que estamos a viver projecte nova luz.
Falta de Padres deve-se ao celibato?
Será o celibato o grande obstáculo a que haja mais padres?
No entender de muita gente, é isso mesmo. Ainda há poucos dias, ouvia a muita gente que, se acabassem com o celibato, haveria mais padres. Gente simples, mas convicta no que afirmava.
Não penso assim tão categoricamente. Nas Igrejas Orientais, ligadas à Igreja católica, os padres podem casar. Contudo dizem as estatísticas que a falta de clero é ainda maior do que na Igreja de rito latino onde os sacerdotes são celibatários.
Vinte anos após a queda do Muro de Berlim
Grandes celebrações ocorrem hoje em Berlim, comemorando 20º aniversário da queda do "Muro da Vergonha".
É bom que recordemos quem o mandou construir: o comunismo! Para que a memória se não se esvazie e a vigilância não esmoreça. O comunismo levou a ditaduras horríveis, monstruosas!
Aqui fica este vídeo como memória e homenagem às vítimas de tão vergonhoso regime político.
Recordo perfeitamente como eu vibrei nesse dia em que a televisão mostrava ao mundo a queda do vergonhoso muro. A festa de um povo que celebrava a sua liberdade e reencontro. Como o famoso presidente Kennedy, também eu, como milhões, me senti berlinense nesse dia.
Que caiam todos os muros que dividem e engaiolam os homens e a sua dignidade. Que caiam todos os regimes opressores e que só a liberdade seja o nosso modo de estar no mundo.
domingo, 8 de novembro de 2009
Peço-lhe que...
Obrigado. (Basta carregar no título)
Boa semana. Com Cristo.
Quando aprenderemos a comunicar?
Logo o slogan. Então sem a vírgula no lugar certo, não é compreensível facilmente.
Seguem-se as gravuras. Sem nexo. Nada dizem.
A disposição gráfica não ajuda e torna o livro pesado.
aquele cartaz grandíloco traz uma imagem de fugir... Repele, mesmo sorrindo.
Então a oração para a Semana do Seminário... Nem lhes conto nem lhes digo! Enorme e incompreensível para o povo. Acredito que esta oração não se destine apenas a padres, religiosos, seminaristas maiores e a um grupo de leigos com formação. Deus me livre de pensar assim! A Semana dos Seminários é do Povo de Deus. Todo!
Penso que era exactamente aqui que se deveria apostar. Uma pagela interessante e significativa com uma oração que todos os cristãos pudessem rezar nesta semana. Como se reza, assim se acredita.
Já é o 2º ano que quem elabora o material para esta semana não é feliz. Sei que há mais padres a pensar como eu. Seria então melhor que cada diocese elaborasse o seu próprio material, adaptado às suas gentes.
Enfim, por mais que seja evidente que a Igreja comunica mal a extraordinária mensagem que Jesus lhe confiou, parece que nunca mais arrancamos. Ficamos num eruditismo que, não comprometendo, é ineficaz. Medo de arriscar???
Valeu que as Jornadas de Promoção Vocacional correram bem nesta comunidade. Mas deve-se à alegria serena, ao testemunho, à palavra certa de formadores e de alunos e à receptividade dos cristãos.
Agradeço-lhes por terem vindo.
sábado, 7 de novembro de 2009
Pontos altos, pontos baixos
"Vocações sacerdotais, quando?"
Para começar, pedia-lhe que passasse os olhos pelo texto indicado no título. É um dos lados da questão sacerdotal. Mas é um ponto de partida.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Assembleia da República discute Programa do Governo
A oposição, maioritária no Parlamento, embora criticando acesamente o programa governamental, não avançou com moções de rejeição. O governo não apresentou moção de confiança. Pronto, o governo tem pernas para andar.
É preciso que o bom senso domine. Que o governo tenha SEMPRE presente que não tem maioria absoluta no Parlamento e que a oposição seja responsável.
Aquela história de Sócrates propor alianças a todos os partidos da oposição é uma forma de lançar areia para os olhos. Quem propõe alianças a todos é porque o não quer fazer com nenhum.
Que o governo não caia na vitimização para provocar eleições antecipadas. Que assuma as suas responsabilidades. Foi para governar com maioria relativa que o povo o mandatou.
Então que venha daí aquele impulso positivo de que o país precisa urgentemente. Que haja coragem para ultrapassar os impasses criados na anterior legislatura, mormente nos sectores da educação, da agricultura e da justiça. Que se faça um combate sem tréguas ao desemprego, suscitando o investimento, apoiando os desempregados, combatendo a fraude, evasão fiscal, a corrupção e o parasitismo social.
E já agora, é preciso ter em conta o medonho endividamento do país, sob pena de asfixiarmos o presente e, sobretudo, o futuro.
Claro, recordando sempre á luta contra a criminalidade. Um país inseguro não vai a lado nenhum.
«Estive quatro meses a mais no Sporting» - Paulo Bento
Pode-se ou não gostar do estilo, mas Paulo Bento fez bom trabalho em Alvalade. Lançou muitos jovens, conquistou várias taças, levou a equipa leonina várias vezes à Taça dos Campeões. Era um guerreiro na defesa do seu grupo, mormente nas questões de arbitragem. Mas foi o único técnico - pelo menos que eu saiba - que foi capaz de ter a ombridade de afirmar que a sua equipa foi beneficiada por esta ou aquela atitude dos árbitros. E isto diz muito da qualidade humana de Paulo Bento.
Terá gerido sempre bem o balneário? Pelo que foi transparecendo, parece que não. Houve dados que saíram cá para fora que não deveriam ter saído, jogadores expostos que não o deveriam ter sido, jogadores postos de lado que poderiam ser muito importantes para o Sporting...
Mas no futebol há ciclos. O de Paulo Bento claramente terminara no Verão passado.
Como, na minha modesta opinião, terminara no Verão passado o de Jesualdo Ferreira. Vamos ver como correm as coisas neste caso...
Prelado de Honra de Sua Santidade
Mais velho do que eu, encontrei-o quando fui colocado na Escola Secundária de Moimenta da Beira no longínquo ano lectivo de 79/80.
Trabalhei com ele no Conselho Directivo da Escola do qual ele era o presidente.
Conservo dessa escola, dos alunos, dos colegas e dos funcionários uma agradabilíssima memória. Olhando para trás, reconheço que foi esse local de trabalho o que mais me marcou positivamente. Era realmente um ambiente fantástico! A roda da vida levou-me a outras paragens, mas a amizade ficou.
O P.e Joaquim tinha enorme capacidade de gestão. De tal forma que, mandato após mandato, sempre com esmagadora maioria de votos, geriu a escola até à reforma.
Inteligência lúcida, estudo pormenorizado dos assuntos, atenção aos detalhes, previsão de situações, equilíbrio nas decisão, enorme humanidade. Como diz o povo, parecia que tinha nascido para aquilo.
Exactamente as mesma postura tinha em relação às paróquias que pastoreava e onde, por isso, era - e é - uma pessoa queridíssima. Apesar de ser actualmente Vigário Geral da Diocese, não se desprendeu do seu múnus de pároco dessas paróquias que exerce conjuntamente com outro sacerdote.
Nessas comunidades estive, a solicitação sua, várias vezes em serviço de pregação e de confissões. E, além do testemunho cristão que recebi das gentes, ficou um facto. Nunca vi tanto jovem a confessar-se como em Vila da Rua.
O P.e Joaquim foi agora nomeado Monsenhor, ele que já era cónego capitular.
Aqui do meu cantinho, só posso dar-lhe os parabéns e sentir-me feliz com a distinção que lhe foi atribuída. Oportunamente fá-lo-ei de viva voz, levando-lhe aquele abraço...
Ele que me conhece sabe que sou "refilão", às vezes contestatário, mas sempre amigo do amigo.
Parabéns, Joaquim!
Fui numa perna e vim noutra
Nunca festejara junto do meu irmão mais novo o seu aniversário. Quando ele era pequeno, andava eu no seminário; depois as paróquias e as aulas da minha parte, os estudos e o ter ido para longe da parte dele.
Mas este ano, como reformado, resolvi fazer-lhe uma surpresa. Em todo o país, mas particularmente em Lisboa, há quem trabalhe mesmo, há quem finja que trabalha e há quem não faça mesmo nada. Meu irmão e minha cunhada, felizmente, são dos que trabalham mesmo. Por isso, foi muito pouco o tempo em que estive com eles. Depois, o pequenitos saíam cedo para a escola e chegavam tarde.
Mas foi muito bom estar com eles. Agradeço-lhes a amabilidade, a simpatia e a atenção.
Como não gosto de conduzir, fui e vim de autocarro. Viagem calma, sem qualquer sobressalto. Aconteceu apenas que, ao parar-se em determinado sítio para apanhar novos passageiros, uma senhora veio cá fora sem deixar nada a indicar o seu lugar. Entrou um casal, viu o banco vazio e sentou-se. Quando a senhora reentrou acompanhada de uma familiar, foi o bonito. A familiar atirou-se como uma leoa. Que aquele banco estava ocupado, que a sua familiar não tinha nada na mão para marcar o lugar, só se lá deixasse as cuecas, que eles eram isto e aquilo - e gritava como se estivesse num lavadoiro à antiga... Ao ouvir tal, o homem disse para a mulher: "Nós não saímos!" Ui! Foi como se chagasse gasolina à fogueira! Então aquela linguinha soltou-se e lá saíram algumas. "Já nem a estou a ouvir!"- ameaçava o homem. Valeu a calma serena da esposa para acabar com o diferendo. Quando o condutor reentrou para retomar a marcha, já tudo tinha serenado.
Em Lisboa, também gostei de conviver com alguns advogados amigos dos meus familiares e outros trabalhadores ligados ao ofício da advocacia. Foram momentos francos, de troca de ideias e de boa disposição. Agradeço-lhes.
Durante uma tarde que tive mais livre, dei um pulinho até à Igreja de São Domingos para um momento de oração. Àquela hora, muita gente ali passava para levar os filhos que estavam no Infantário anexo ao templo. Pois durante aquele bocado, ninguém entrou para um instante de oração. Nem que fosse para olhar para o Sacrário e sair.
Realmente temos que perguntar onde fica Deus no meio deste corre-corre asfixiante. A corrida da vida stressa-nos e esvazia-nos e para fugir ao vazio, corremos ainda mais.
Bem precisamos todos deste Ano Eucarístico!
Um agradecimento aos paroquianos amigos que me foram levar e buscar ao autocarro.