quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

1º DE JANEIRO DE 2022 - MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A CELEBRAÇÃO DO 55º DIA MUNDIAL DA PAZ

DIÁLOGO ENTRE GERAÇÕES, EDUCAÇÃO E TRABALHO: INSTRUMENTOS PARA CONSTRUIR UMA PAZ DURADOURA

Leia aqui


terça-feira, 21 de dezembro de 2021

domingo, 19 de dezembro de 2021

TRISTE RECORD!

 

Segundo o Censos 2021, no Distrito de Viseu, os três concelhos com maior taxa de divórcios são Viseu, Tarouca e Santa Comba Dão. Triste realidade!!!
  
Gostávamos de ver o Concelho de Tarouca como aquele com maior taxa de:
- Iniciativa individual
- Empreendedorismo
- desenvolvimento económico
- Empregabilidade
- Rendimento familiar
- Desenvolvimento cultural
- Solidariedade
- Participação na Eucaristia Dominical

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O 1º encontro do novo pároco com os paroquianos


Aquele pároco tinha acabado de chegar à nova paróquia. Decide convidar para um encontro as pessoas que integram grupos, irmandades, comissões, serviços e TODA a comunidade.
O velho salão paroquial ficou completamente cheio. Certamente pela curiosidade de conhecer, ouvir, falar e contactar com o novo pároco.
Depois da saudação e de um momento de oração, o padre pede que as pessoas se manifestem livre e francamente, solicitando que o façam, falando um de cada vez e de pé para que se faça ouvir melhor. Pede ainda que as pessoas se pudessem ouvir claramente sem ruídos.
“Como deve ser a vida da comunidade paroquial?”, propõe o sacerdote como tema de debate.
O sacerdote sentou-se, virada para o povo, munido de caneta e papel para registar as intervenções.

Homem, na casa dos 70:
“Que o sr. Padre mantenha as nossas tradições. As procissões, novenas e festas, etc”. Muitas pessoas abanaran a cabeça em sinal de concordância.

Senhora, na casa dos 30:
“ Que se possa batizar quando a gente quer, onde quer e com os padrinhos que quer. Ah! E que acabem aquelas reuniões de preparação para o batismo que só servem para tirar tempo…”

Homem, na casa dos 40:
“Que o Conselho Económico seja eleito pelo povo.”

Senhora, na casa dos 70:
“Que possamos colocar as flores que quisermos nos altares e que o sr. Padre organize concursos para que as pessoas escolham qual a zeladora que tem o altar mais bonito.”

Jovem, 19 anos:
“Que o sr. Padre chame os jovens para a Igreja, lhes dê protagonismo e traga para a Igreja as novas tecnologias.”

Senhora, casa dos 50:
“Devia separar-se o folar da visita pascal. A cruz vai a nossas casas para a gente a beijar, não para recolher o dinheiro. Quem quisesse deixar o folar que o fizesse na Igreja.”

Adolescente, 14 anos:
“Acabar com tantos anos de catequese. São uma seca.”

Homem, na casa dos 40:
“Queremos que o padre acompanhe o farrancho. Vá ao café, apareça nas tainadas, nos arraiais, no desporto. O padre só é padre na Igreja; cá fora é um homem como os outros.”

Senhora, na casa dos 50:
“Sr. Padre, visite os doentes, vá a casa de quem o convidar, atenda os grupos. Mas cuidado! Não se exponha! Olhe que quem o avisa seu amigo é…”

Senhora, casa dos 80:
“O sr. Padre tem que vir muitas vezes rezar o terço e dar a Bênção do Santíssimo. O terço rezado pelo padre é outra coisa!...”

Presidente da Junta, casa dos 30:
Benvindo à nossa terra, caro padre! Espero que colabore connosco no esclarecimento do povo e que esteja de acordo connosco.”

Senhora, casa dos 60:
“Sr. Padre, há muitos associados do Apostolado da Oração que não pagam as quotas. O senhor tem que resolver o problema.”

Homem, casa dos 60 anos:
“A Irmandade das Almas precisa de umas opas novas, as que temos estão muito velhas. O senhor tem que tratar deste assunto.”

Jovem, na casa dos 20:
“Há que dar uma reviravolta nos casamentos. Acabar com as reuniões de preparação que não interessam, e podermos organizar a cerimónia de maneira moderna, com aquelas músicas de que gostamos…”

Senhora, casa dos 40:
“ Há que dar a comunhão a toda a gente. Que tem a Igreja a ver se a pessoa é casada, é solteira, divorciada ou recasada? Cada um é que sabe…”

Homem, 50 anos:
“Sou do conselho económico. As obras que temos que fazer são mais do muitas. A igreja precisa de uma mova bancada. A capela de Santo Agostinho deixa entrar água pelo telhado. Como vê, este salão necessita de uma pintura nova. A capela de Santa Engrácia tem o soalho todo podre. Já para não falar dos santos que precisam de restauro… O sr. Padre tem que mover influências para realizarmos as obras, precisamos que nos ajudem.”

Senhora, casa dos 60:
“Sou catequista. Os miúdos estão insuportáveis e os pais não querem saber. O sr. Padre tem que meter a catequese na ordem!”

Catequista, casa dos 30:
“Sou catequista. Estou cheia de pedir dinheiro ao conselho económico para modernizarmos a catequese. Sem resultado. O sr. Padre tem que resolver este assunto.”

Criança, 9 anos:
- A minha catequista é uma chata. Queremos um catequista novo que brinque connosco e jogue connosco, que seja bué de fixe.”

Senhora, casa dos 40 anos:
“Trabalho no Centro de Dia. Precisamos que o Padre apareça para entreter os idosos.”

Homem, casa dos 50:
“O padre não pode demorar muito na Igreja, temos a nossa vida. Vale mais falar pouco e bem. Depois é preciso que o coral não demore tanto nas músicas…”

Senhora, casa dos 50:
“Nos funerais, casamentos e batismos, tem que elogiar muito as pessoas, encher-lhes o coração, e não estar lá com aquelas coisas da Bíblia…”

Jovem, 28 anos:
“Eu acho que o senhor deve falar-nos da Palavra de Deus. As cerimónias religiosas não são nenhum laudatório de pessoas.

Homem, casa dos 50:
"Há 10 anos que sou sacristão e dão-me um quase nada. Preciso que me aumente a prestação."

Homem, casa dos 40:
"Vou poucas vezes à Igreja. Detesto que o padre esteja semnpre a lembrar que  não devemos faltar à Missa de Domingo! A gente vai quando quer... E muitas vezes os que vão sempre ainda são piores do que os outros..."

Terminada a intervenção das pessoas, o novo pároco levanta-se e faz a sua intervenção.

“ Parabéns pelas vossas intervenções. Manifestaram-se e isso é bom. Mas quero comunicar-vos o que me vai na alma:
- Um homem, que é casado, só é casado quando está com a sua esposa? Um homem, que é pai, deixa de ser pai quando não está com os seus filhos? Assim o padre, é sempre padre, esteja onde estiver.
- Vim para vos servir. Mas não chego para ser escravo de ninguém, nem dos caprichos, manias, preconceitos de alguém.
- Não venho para ser um funcionário da religião. Venho como padre. Somos todos Igreja pelo batismo, onde, na igualdade de filhos de Deus, cada um exerce o seu serviço a favor de todos.
- Falaram de conservar as tradições. Eu ando aqui a tentar não acabar com uma Tradição que já vem de há muito mais tempo do que aquelas que vós enumerastes, e com a qual, pelos vistos, as pessoas se preocupam cada vez menos, a Eucaristia. Sem Eucaristia não há comunidade. Desejo que a partir de hoje a Eucaristia esteja no centro das nossas preocupações. De todos!
- Não vi grandes referências à Pessoa e à Mensagem de Jesus Cristo. Ora sem Cristo a Igreja não passa de uma ONG, sem importância, Precisamos de recentrar toda a vida da nossa comunidade em Cristo. É que a Igreja existe por causa de Cristo.
- Indicastes várias áreas onde julgais importante a minha intervenção. Mas ninguém solicitou acções de formação cristã sobre a Palavra de Deus, a doutrina da Igreja… Ora precisamos de cristãos formadas, com razões de acreditar…
- Ninguém referiu a importância do Sacramento da Confissão. Nunca melhoraremos sem não tivermos consciência dos nossos pecados e não recorrermos à misericórdia de Deus.
- Somos diferentes uns dos outros e ainda bem. Nem sempre estaremos de acordo. Mas as nossas diferenças terão que enriquecer a comunidade e não  afastarmo-nos uns dos outros. Cristo, que nos une, é muito mais do que as pequenas coisas que nos possam separar.”

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

o padre e o casado

O que aconteceu com este padre, acontece com quase todos os padres, sobretudo quando estes entram num café ou estão num convívio ameno com as pessoas. Convidado por um indivíduo que estava ao balcão, com uma cerveja na mão, o padre ouviu aquela do “O padre só é padre na Igreja. Aqui é um homem como os outros”.
Faz-me confusão pensar que, quando um padre está em ambiente descontraído de convívio, as pessoas possam ter a sensação de que naquele momento o padre não está a ser padre. Como se o mundo do padre, como padre, fosse um mundo à parte. O mundo aparte das pessoas comuns. Que o padre não é comum. Não é bem homem como os homens que não são padres.
Mas este colega respondeu-lhe à letra. Olhe uma coisa, o senhor, que é casado, só é casado quando está com a sua esposa? O senhor, que é pai, deixa de ser pai quando não está com os seus filhos?
Fonte: aqui

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

 O MUNDO, EM 2021, NUMA ÁRVORE DE NATAL


terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Isto é o cúmulo da ignorância: Não distinguir Missa de Celebração da Palavra!

missa sem missa

E ela falava abertamente como se fosse a mais culta no assunto. Pois, sim senhor, eu casei-me numa missa sem missa. Que a diferença é ser muito mais curta e não fazer os convidados aguentar tanto tempo na missa. Só não tem a parte da comunhão e do ofertório. Txaraaaaaaaaaan! Disse, como se tivesse destapado a mais curiosa verdade que a Igreja permite. Quer dizer, pelo menos nalguns lados, dizia. Assim como a possibilidade de casar sem estar baptizado. Que isso dependia de padre para padre. Pois ela casou com um não baptizado. Bem vistas as coisas, a Igreja até está mais moderna do que alguns pensam, dizia. E dizia e dizia, e dizia mais coisas como se tivesse tirado um curso de sacramentologia. O que ela não sabia é que a missa sem missa, a que ela se referia, não era uma missa. Era uma celebração da Palavra. E que a grande diferença entre a primeira e a segunda, é que esta última não tem o momento da consagração. Na verdade até pode ter distribuição da comunhão. E também não sabia que já há muitos, mas muitos anos, a Igreja prevê a possibilidade de casamentos mistos ou com disparidade de culto. Ela casou como se a Igreja fosse uma boutique ou um híper-mercado, isso é que foi.

Fonte: aqui

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Precisam-se bispos que amem as periferias

 
As duas dioceses mais periféricas do país estão sem bispo: Angra, a mais ocidental; e Bragança-Miranda, a mais oriental. Ambas ficaram sem bispo para prover as dioceses minhotas de Viana do Castelo e a metropolita Braga.

Ser enviado às periferias, ou aos contextos eclesiásticos menos relevantes é por vezes assumido - contrariamente aos critérios evangélicos e do Papa Francisco - como uma provação à espera de uma melhor colocação ou trampolim para uma diocese dita de "primeira".Ora, Jesus Cristo incarnou para demonstrar a proximidade de um Deus que se preocupa particularmente com os marginalizados, os mais pobres e os mais pequenos. Aquilo que viria a ser definido como "a opção preferencial pelos mais pobres", em linha com a reflexão eclesiológica do Concílio Vaticano II.

O Papa tem traduzido essa dinâmica que se pretende característica da Igreja, com o conceito da atenção às "periferias geográficas e existenciais". Por isso, os mais distantes e irrelevantes devem merecer uma maior atenção.

Em relação aos bispos, o Papa tem-se até insurgido contra os que estão sempre a olhar para a diocese vizinha e a aspirar a uma diocese melhor, em vez de se dedicarem à que lhes foi confiada. Em 2013, no seu primeiro encontro com os bispos recém-ordenados, o Papa sublinhou a importância da estabilidade e pedia-lhes para permanecerem nas suas dioceses, "sem procurar mudanças ou promoções".

No ano seguinte recomendou que não fossem "bispos a prazo, que têm necessidade de mudar sempre de direção, como remédios que perdem a capacidade de curar, ou como aqueles alimentos insípidos que devem ser deitados fora porque já se tornaram inúteis".

Aquilo que se espera dos bispos que venham a ser nomeados, tanto para Angra como para Bragança-Miranda, é que não as considerem como dioceses de "passagem", sempre à espreita de uma melhor, mas procurem antes amá-las nas suas especificidades e, até, nas dificuldades resultantes da sua situação periférica. Como Jesus amou os que eram considerados os mais desprezíveis e irrelevantes. E sintam alegria em ir às periferias anunciar um Deus próximo dos mais afastados.

Fernando Calado Rodrigues, aqui

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

VERDADE E TESTEMUNHO

 (A)FAZERES PELOS DEFUNTOS…

Várias vezes o tenho afirmado, o melhor modo – único, para quem tem fé – de ajudar os nossos defuntos (familiares, amigos) é a ORAÇÃO e a CARIDADE. Há quem o faça ao participar e oferecer a Santa Missa: umas vezes, apenas pela presença; outras, acrescentando a esmola (estipêndio). Não há melhor modo de lembrar e ajudar os defuntos; não há mais perfeita comunhão entre “vivos” e “mortos” do que aquela que acontece em cada Eucaristia.
Todos os dias celebro. Todos os dias faço questão de rezar, de lembrar interiormente a Deus, os meus paroquianos, familiares e amigos falecidos. Não preciso de ter intenções para o fazer. Também não sei se eles precisam da minha oração… eu preciso de os ter presentes em cada oração eucarística: «Lembrai-vos dos nossos irmãos que morreram na paz de Cristo e de todos os defuntos, cuja fé só Vós conhecestes: admiti-os a contemplar a luz do vosso rosto e dai-lhes a plenitude da vida na ressurreição».
Como todos, também já vi partir pessoas muito importantes para mim: pai, padrinhos, avós, tios, Amigos de peito, paroquianos “ímpares”. Sei de cor, em alguns casos ajudado por cábulas, a data da sua morte para os ter presentes, de modo muito especial, na Eucaristia desse dia. Porque acredito ser a melhor memória a fazer-lhes, o maior presente a dar-lhes.
Nunca fiz (nem faço) partilhas ou publicações nas redes sociais a debitar saudade eterna, amor pleno, tristeza fatal, vazio existencial na data da sua morte… Se o umbigo até pode empertigar com gostos e comentários deixados ao calha por quem ali passa e posta a deixar rasto, os defuntos nada ganham. É tão-só um megafone a fazer eco de necessidades e/ou vaidades humanas… Por isso, causa-me uma estranha náusea que alguns sejam felinos a publicar datas e sentimentos nas redes sociais, mas não põem os pés na igreja, não se preocupam em dar-lhes o que, porventura, mais precisam e maior bem lhes poderia fazer… É mais um sinal a atestar a distância abismal entre fé e fezadas…
(P. António Magalhães Sousa), aqui

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

CATÓLICOS DE CARIMBOS

De facto, é incrível a preocupação que a maioria de pais e jovens manifestam pelo sacramento do Crisma! Gente que não quer saber da Igreja, há muito afastada da comunidade e da Eucaristia, mas que saliva por um sacramento, tido e pedido como um carimbo. Sim, pessoas preocupadas… mesmo que não queiram saber por onde andam esses jovens, os valores cristãos que respiram, por que razão faltam à santa Missa e o completo desprezo pela comunidade.
Em vez de se preocuparem em saber “quando é o Crisma”, deveriam antes preocupar-se em saber se os catequizandos cumprem o primeiro e mais importante dever de todos os católicos: «Santificar os Domingos e Festas de Guarda» (3º Mandamento do Decálogo). Mas, para tanto, também era importante que quem se preocupa fosse o primeiro a cumprir, a fazer catequese sobretudo pelo seu exemplo, talvez como testemunho…
De resto, sem Eucaristia, sobram vaidades, caprichos, pretextos, ritualismos, eventos sociais: «Se verdadeiramente a Eucaristia é fonte e ápice da vida e da missão da Igreja, temos de concluir antes de mais que o caminho de iniciação cristã tem como ponto de referência tornar possível o acesso a tal sacramento. A propósito, devemos interrogar-nos se as nossas comunidades cristãs têm suficiente noção do vínculo estreito que há entre Batismo, Confirmação e Eucaristia; de facto, é preciso não esquecer jamais que somos batizados e crismados em ordem à Eucaristia». (Sacramento da Caridade, nº 17)
Hoje como já não andam por pela Igreja há muito tempo, até pode ser confrangedor (contranatura) agendar uma celebração, quando entram na igreja a mascar chicletes, de óculos de sol, incapazes de ajoelhar ou fazer o sinal da cruz, de tão pouco dialogar liturgicamente...
(P. António Magalhães Sousa, adaptado)
Pode ser uma imagem de 9 pessoas, pessoas em pé e interiores
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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

DESILUSÕES NA IGREJA


"A desilusão é proveniente de um conjunto de ilusões:
1- Todos serem Igreja (papa, bispos, padres, leigos). Mas prevalece a distinção entre hierarquia e povo; quem decide e quem obedece; quem promove e quem assiste; quem pratica e quem vive à margem. E dá jeito: permite apontar o dedo e sacudir a água do capote.
2- Viver fundeados em Deus. Logro. A maioria das decisões relativas à vida humana, à justiça, ao casamento, à promoção do outro ou do bem comum são tomadas ao arrepio da moral cristã, tida por retrógrada.
3- Cristãos catequizados e comprometidos. Tão só sacramentados e consumidores diplomados de serviços que a igreja - qual agência – há de prestar, sob o risco de protesto, denúncia, chantagem ou achincalhamento.
Quem desilude quem? A igreja, que não quer ser mera agência de serviços ou os pseudocrentes, cuja fé está fatalmente arredada da vida?"

(P. António Magalhães Sousa)

sábado, 27 de novembro de 2021

Ano Litúrgico, Advento e Rosa dos Ventos

A D V E N T O 

A ROSA DOS VENTOS DO ADVENTO
(Advento significa vinda)

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

“Não se pode confundir o dedo que aponta para a lua com a própria lua”

Confundir o símbolo com o simbolizado


Aquela imagem é que era. Aquela imagem de Nossa Senhora é que era tudo para a senhora Almerinda. Pedia-me para a benzer. Mas sem estragar a pintura. E abraçava-a. Tinha mais amor à sua Nossa Senhora de barro do que à sua filha que morava na casa dos trinta e lhe dava muitos problemas. Devo estar a exagerar. Mas não tanto como ela. E como ela tantos outros cristãos que confundem os símbolos com o simbolizado, confundem o símbolo com a realidade que este quer simbolizar. Não vejo mal que alguém beije uma foto de um ente que ama e partiu ou que está longe há muito tempo. Contudo não é a mesma coisa. Não podemos confundir a foto com a pessoa. Não podemos confundir o dedo apontado com aquilo que o dedo aponta. Grande parte dos fundamentalismos nascem deste modo. Como dizia Tomas Halik, “não se pode confundir o dedo que aponta para a lua com a própria lua”. 
Fonte: aqui

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Temos de nos sentir honrados com aquilo que somos

 "Quanto à Igreja Católica, é fundamental em Portugal e temos de a respeitar, faz parte da história de Portugal, e muitas vezes não tem sido tida em conta como devia ser. Temos de nos sentir honrados com aquilo que somos, nós somos uma país católico, com uma cultura católica, a igreja presta um serviço, e prestou, um serviço ao longo da nossa história, e continua a prestar e nomeadamente ainda prestam os católicos, que é uma coisa que eu admiro muito e nunca me esqueço de frisar, que é aos sem-abrigo. Em frente a minha casa eu tenho isso todos os dias. Quem é que dá apoio? São essas associações de voluntários à volta da Igreja que dão apoio a essas pessoas. Aí o Estado social não funciona e devia funcionar mais."

Álvaro Beleza: médico, dirigente do PS, presidente da SEDES, maçom assumido, aqui

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Uma Igreja mais corresponsável

"Numa diocese da Suíça, a diocese de Lausanne, Genebra e Friburgo (LGF) o bispo Charles Morerod, ao dar conta das igrejas vazias, facto que a pandemia acelerara, decidiu mexer na estrutura em que estava montada a sua diocese, que tem mais de 700.000 pessoas, e encetou o que chamou de um “salto de fé”. A maior novidade das suas decisões foi a entrega de algumas comunidades ao governo de alguns leigos.
Algo parecido tenciona fazer o arcebispo de Lima, no Perú, Carlos Castillo. Afirmou-o publicamente, e já foi a Roma tentar perceber a real possibilidade de que famílias, casais, grupos de esposos ou leigos adultos mais velhos possam assumir a liderança de paróquias. Não ficariam sem eucaristia, porque os padres iriam passando para as celebrar.
Esta última notícia encontrei-a, por acaso, partilhada numa rede social e, imaginem, a maioria dos comentários era contra a ideia do prelado. Até diziam que estava louco.
Nos próximos tempos creio que será difícil dar este tipo de passos, porque o clericalismo ainda está muito presente, e as leis da Igreja também não o facilitam. O Código de Direito Canónico no cânone 515 refere: “a paróquia é uma certa comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral, sob a autoridade do Bispo diocesano, está confiada ao pároco, como a seu pastor próprio”. Ainda assim, li e vi estas notícias pelo lado mais positivo. Quem sabe um dia, a verdadeira Igreja de Cristo, apesar de se esvaziar de pessoas, vá crescendo na sua essência, como corresponsabilidade de discípulos de Cristo, como comunhão de irmãos com igual dignidade, como corpo de Cristo do qual a cabeça é somente Cristo."
Fonte: aqui

domingo, 14 de novembro de 2021

“Do Complot à Traulitânia, Lamego 1911-1919”

Armando Rica publicou mais um livro a que deu o título “Do Complot à Traulitânia, Lamego 1911-1919”, edição própria.
O lançamento decorreu ontem, dia 13, no salão nobre do Teatro Ribeiro Conceição, cidade de Lamego.
Perante uma assistência interessada que encheu a sala, o acto, agradável e gratificante, teve como ponto alto a sábia dissertação do Dr. Miguel Nunes Ramalho, convidado para a apresentação do livro, para além de momentos musicais e da intervenção do autor.
Os amigos/as interessados em adquirir o livro poderão contactar o autor através do Messenger ou pelo tel. 967 368 493 onde serão tratados pormenores relativos ao modo de entrega e pagamento (10€ unidade, via correio acrescem despesas de portes).
No próximo fim de semana, dias 19, 20 e 21, o autor estará em Lisboa pelo que os amigos/as residentes na capital podê-lo-ão contactar para eventual entrega de livros.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O homem que queria dormir durante a homilia

Já lá vão uns anos. Aquela Igreja era  grande e havia colunas de som dispersas pelas paredes do templo, uma das quais ficava rentinha a um altar lateral. No caso, as colunas tinham botão de ligar e desligar, podendo assim organizar o som conforme as necessidades e a presença de pessoas. Entre os altares laterais havia bancos junto à parede.
Num domingo, numa zona da Igreja, as pessoas deixaram de ter som perceptível durante a homilia. Pensaram os presentes que fosse um qualquer problema com a instalação sonora. Veio o domingo seguinte e exatamente o mesmo. No domingo seguinte, perante a repetição do facto, alguns resolveram dirigir-se a um elemento da comissão da Igreja. Este, boquiaberto, foi pesquisar o que se estava a verificar. Muito simples. O botão da coluna estava desligado. Mal lhe carregou, o som ecoou normalmente. Toda a gente ficou convencida que o problema estava ultrapassado. Engano. No domingo a seguir, a mesma situação. Voltaram as queixas. Verificada a situação, o botão estava desligado. O elemento da comissão da Igreja indagou junto das zeladoras do altar se tinham mexido, mesmo que involuntariamente na coluna. Resposta decididamente negativa.
A pessoa da comissão da Igreja decidiu que, no próximo domingo, iria ficar bem perto daquela coluna a ver se descobria o enigma. E descobriu. No fim da proclamação do Evangelho, um homem alto que se sentava no banco mesmo junto à coluna, levantou-se e, num ápice, desligou o botão. O responsável chegou perto dele, falou-lhe baixinho: "O senhor não pode fazer isso. As pessoas ficam sem ouvir devidamente a homilia". Ao que o homem respondeu: "Não gosto do que o padre diz, o que ele diz enerva-me. Por isso desligo a coluna e bato uma soneca." O responsável termina: "Não seria bom que ao menos tivesse em atenção os outros que querem ouvir!?"

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

POR FIM (NÃO) MATARÁS

 Em 2015, o Parlamento da Madeira proibiu o abate de animais de companhia por ser uma “questão ética”. A 5 de Novembro de 2021 – já com a Assembleia da República oficialmente dissolvida – os eminentes e iluminados deputados da nação aprovaram a eutanásia para os humanos. Mais uma estrondosa vitória dos “ismos” e “istas”. Mais uma prevista derrota para a já muito pouco credível (e audível) Santa Madre Igreja.

A cruzada levada a cabo pelos talibãs do Regime vai de vento em popa. O fanatismo ideológico aliado ao revanchismo visceral levou-os a adotar como programa político o extermínio dos valores e sinais cristãos, vertido em programas intitulados educativos e em propostas legislativas cirúrgica e minuciosamente expostas e aprovadas. Não adianta debater ou acenar com alternativas porque acabam sempre por “levar a água ao seu moinho”. Por vezes até se vergam ao incómodo de ouvir o outro lado mesmo que interiormente regurgitem: “os cães ladram, mas a caravana passa”.

Da minha parte, há “verdades” (perspetivas? intolerâncias?) de que não abdicarei. A liberdade sem limites é libertinagem. A ideologia sem princípios é despotismo. Hoje, em vez de encarar e atenuar as causas, é mais prático eliminar o problema. Se o contexto esconjura o sofrimento e deifica a imagem faz sentido arrumar(-se) de vez: deixar de sofrer, não ser empecilho para os mais próximos e até contribuir para aumentar o erário pelas despesas e reformas poupadas. E nem sequer será perversidade designar “morte digna” o que manifesta tão-só egoísmo cómodo: pôr termo ao sofrimento, físico ou psicológico, seu ou de outros.

Etimologicamente, eutanásia significa “boa morte” e abrange três realidades: pessoal (vontade de viver), relacional (afetos, humanismo) e terapêutica (eliminação do sofrimento). A falta de carinho (tempo e atenção), o abandono em lares e hospitais, a poupança na medicação ou os maus-tratos (físicos e psicológicos) levam ao pedido: “quero morrer”. A morte física é o corolário da morte afetiva.

Diz o povo: “Até para morrer é preciso ter sorte”; “não tenho medo de morrer, mas de sofrer”; “teve uma morte santa” (durante o sono); “coitadinho, sofreu tanto”; “bem que Deus o podia levar”. A procura/desejo de uma “boa morte” parece ser resposta razoável para tais inquietudes. As péssimas condições de auxílio (omissão de socorro, negligência, escassez de camas, médicos e fármacos) associadas à morte precoce dos afetos (abandono, solidão, exclusão) e de autonomia (cama, cadeira de rodas, higiene) atiçam o amor-próprio: “não estou a fazer nada; só dou trabalho; não quero passar/causar vergonhas; antes morrer com dignidade”.

Gabriel Marcel escreveu: “amar alguém é dizer-lhe: tu não morrerás”. Para a maioria dos nossos deputados, paladinos de humanidade, o slogan será certamente outro: “não é bom que sofras, nem te arrastes ou estejas dependente (fere o amor-próprio!): põe fim à vida”. Apesar da distância temporal, a semelhança de razões e resultados em vista até traz à memória alguns “ismos” sombrios de antanho. Entretanto, a quem “escolhe morrer”, provemos que vale a pena continuar a viver, não reféns de teorias abstratas, demagogas e acintosas de políticos ideologicamente colonizados, mas pela compaixão, presença e ternura acopladas às boas práticas de Cristo.

(P. António Magalhães Sousa), aqui

Semana dos Seminários: alerta vermelho!


Estamos na Semana dos Seminários.
Pede-se oração pelas vocações sacerdotais,
pede-se ajuda económica para o seu funcionamento,
pede-se a estima do Povo de Deus pela vida sacerdotal,
pede-se o empenho de todos no anúncio
e na proposta da beleza e da riqueza
de uma vocação sacerdotal.
Pede-se às famílias que criem um ambiente favorável
ao germinar da vocação sacerdotal.
Pede-se aos padres que o seu testemunho seja "atraente"
e não desmotivador ou desmobilizador
dos potenciais chamados.
No entanto e apesar de vigílias e orações,
apesar de termos tantos acólitos,
tantos crisma(n)dos, tantos jovens... ,
apesar de termos ainda tantas crianças e jovens
a frequentar as nossas comunidades paroquiais,
apesar de tantos e bons padres,
não há meio de surgirem mais vocações sacerdotais.
Porquê?
Porque não trabalhamos por elas?
Porque o escândalo da pedofilia ensombra
e mancha de suspeita a figura do padre?
Porque hoje a realização pessoal e profissional
conta mais do que o bem comum e a vida dos demais?
Porquê? ...
Eu sei lá.
Nem sei se alguém sabe.
A minha balança não acerta nos pesos.
E eu fico sempre a pensar que quem me vê
não deve achar muita graça a esta "correria de vida"...
Eu pecador me confesso.
Creio que a opção pelo sacerdócio ministerial
se torna hoje mais rara
por causa do medo da obediência ("quero posso e mando")
e da pobreza ("afinal tempo é dinheiro"),
do que por causa do celibato
(até porque as vocações matrimoniais
também estão em queda).
Mas não sei. Não sei mesmo. Tantas interrogações.
Sinceramente não sei se o próprio Espírito Santo
nos quer depauperar de padres
para fazer crescer os leigos,
se não quer outro perfil para o ministério presbiteral,
se não quer outro percurso de preparação...
e se não Se estará a rir com o puxão de orelhas
que leva esta semana por tantos protestos orantes
por "muitas e santas vocações sacerdotais".
A verdade é que os números de seminaristas e de padres
não "descolam" desta maré-vazia,
sem terra ou sem fim à vista.
Os números não devem ser ocultados,
por medo de desmobilizar perante o cenário
de uma espécie de "aves raras", em risco de extinção...
a viver em áreas protegidas.
Os números são de arrepiar... caminho
e não vale a pena esconder.
Vemos, ouvimos e lemos,
não podemos ignorar.
Aqui vai:
Alunos dos Seminários Diocesanos | Diocese de Lamego:
I. Seminário de Lamego: 4 alunos -10.º e 11.º
II. Seminário Interdiocesano (S. José):
Ano propedêutico: 2
2.º ano: 1
3.º ano: 2
4.º ano: 2
5.º ano: 0
6.º ano: 0
Agora pensemos nas 223 paróquias da Diocese,
nos secretariados e serviços pastorais e está visto:
não podemos pensar a Igreja sem padres
mas temos de a edificar com menos padres.
Nenhum milagre provocará uma maré-cheia.
Se há assim falta de padres, imaginem
por que será tão difícil escolher os bispos...
Dá tudo muito que pensar e rezar.
Mas, neste momento, talvez faça mais falta pensar,
falar com coragem, escutar com humildade,
para discernir com sabedoria o que o Espírito diz à Igreja.
Por muito que custe, os número também falam.
Amaro Gonçalo (adaptado)

"Cuidado com a ditadura do eu. Nos tempos que cor­rem, dá a impressão de que só o eu decide"


"Acontece que, por vezes, em lugar de vivermos à imagem de Cristo, ficcionamos um Cristo à nossa imagem.
E é assim que vamos idealizando uma espécie de «self cristianism», um Cristianismo à medida de cada um."

"Evitemos conjugar unica­mente o verbo impor. Habituemo-nos a conjugar mais o verbo abrir e também o verbo acolher. Urge compreen­der que a vida não começa em mim nem termina agora.
Já cansa a fereza devoradora de tanto eu, tanto eu, tanto eu. Um dia, veremos que aquilo que nos chega dos outros também é válido."

"Cuidado com a ditadura do eu. Nos tempos que cor­rem, dá a impressão de que só o eu decide. Afinal, onde está a abertura? Afinal, onde está a diferença?"

"Cuidado com um certo populismo eclesial, que insi­nua que se pode ser cristão à medida de cada um.
Importa porta perceber que, no Evangelho, não há autar­quia, mas cristarquia. O Cristianismo não se constrói à imagem de cada um, mas só - e sempre - à imagem de Cristo.

"É cristão quem quer, mas não da forma que quer. Só se é cristão vivendo como Cristo quer (cf. Mt 6,10)."
In "A alegria de não ser (apenas) eu"
          
***
Li o livro "A alegria de não ser (apenas) eu", que recebi amavelmente do seu autor, João António Pinheiro Teixeira. Gratidão pelo gesto amigo.
É um pequeno-grande livro. Pequeno no tamanho, grande nas ideias, desafios, interrogações, inquietações saudáveis que lança.
Pensei lê-lo de uma só vez. Mas desisti logo ao fim dos primeiros parágrafos. É livro para ler, saborear, refletir, voltar a ler, questionar e questionar-nos. Foi o que fiz e ainda bem. Muitos dias durou a leitura. Penso reler, do mesmo modo, no próximo Advento.
Contextuado no ambiente pandémico donde ainda não saímos completamente, o autor levamo-nos da ditadura do EU até à liberdade do NÓS com, em, por CRISTO.
No campo dos crentes, refere um «self cristianism», cuja medida é cada um. Um cristianismo a gosto pessoal, onde Cristo é apenas ocasião e não razão, motivo, força, modelo. "Só se é cristão vivendo como Cristo quer."
Numa linguagem quase coloquial, agradável, acessível, dinâmica, desempoeirada, o autor consegue colocar os leitores no livro como sua casa.
Vale a pena ler. Faz bem. Refresca.
Parabéns, P.e João António, por mais esta partilha com que a todos enriquece.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

 

domingo, 31 de outubro de 2021

Celebraram serenamente as suas Bodas de Prata


 25 anos de Matrimónio. Numa aposta no projecto matrimonial sem prazos de duração. Nos tempos que vivemos é sempre uma festa  os casais poderem celebrar 25 ou 50 anos de vida matrimonial. 

Casais que celebram estas datas não são "do outro mundo". São desta realidade humana e deste tempo. Com problemas, dificuldades, egoísmos, vazios ocasionais, desânimos, situações difíceis a vários níveis. Mas são igualmente pessoas para quem as dificuldades se transformam em oportunidades; as alegrias e êxitos são valorizados; a compreensão, perdão, compreensão do outro e ajuda mútua enraizam no quotidiano; Deus é acolhido como fonte perene de amor, graça e apoio.

Neste domingo, o Dr. Luís Sarmento e a Drª Lurdes Duarte celebraram as suas Bodas de Prata Matrimoniais.

Rodeados de familiares e alguns amigos, optaram por um cerimónia simples, enolvente, participada. Sem extravagâncias mundanistas. Centrados no importante: celebrar com gratidão o amor conjugal como dom de Deus, confiar-lhe o seu futuro e da família, partilhar com serenidade com os presentes  a beleza de uma vida a dois.

Encantador foi o gesto com sabor espontâneo das suas duas filhas, jovens universitárias, antes da refeição fraterna. Pediram que os presentes se juntassem a elas num momento de oração. Agradeceram a Deus o dom de seus pais, salientaram com gratidão a satisfação que sentiam pelos pais que tinham, manifestaram gratidão pela presença amiga de familiares e amigos, trouxeram a memoria dos falecidos, seus  familiares.

Parabéns, casal amigo. Pelas vossas Bodas de Prata, pela vossa família, pela vossa intervenção na vida paroquial e social

Parabéns, jovens filhas!  Obrigado pela experiência que tão belamente proporcionastes.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Que jovens?

 
Há vários anos diversas instituições académicas europeias lançam inquéritos aos jovens. O quadro do futuro é assustador. A juventude europeia não se pode confundir com Greta Thunberg e alguns poucos interessados no futuro do planeta. A grande maioria vive centrada em si, sem interesse pela política, como lugar da defesa do bem-comum. Os jovens vivem o dia-a-dia, com reduzido apreço pela família e sem querer ter filhos, alguma pouca ligação à religião, ligados aos que pensam como eles e escasso sentido crítico. O futuro não está nas suas preocupações, tudo é percebido a curtíssimo prazo.

Este quadro realista aumenta o medo, pois dentro de uma década quem dominará o mundo – a China - não terá na Europa resistência crítica nas novas gerações, sem mecanismos para resistir a uma manobra fácil dos tiranos das redes sociais e económicas.
Vinha para casa a perguntar-me: As Jornadas Mundiais da Juventude de que jovens se interessa? De uma pequena elite sensível? Vê o fenómeno da juventude pelo ângulo destes devotos?
Questões alarmantes devem ser debatidas. As alterações em curso não preveem se não um piorar desta sensibilidade e um crescer de desinteresse por valores perenes e humanistas.
Carlos Moreira Azevedo
Delegado Conselho Pontifício da Cultura, aqui