sábado, 29 de setembro de 2018

Estão a chegar ao fim as Festas de S. Miguel 2018


As festividades em honra de S. Miguel, em Tarouca,  formalmente inauguradas em 21 de setembro, chegam ao fim em  30 de setembro. A cidade de Tarouca encheu-se de animação, com inúmeras atratividades que marcaram a época festiva.
O  desfie "Associações com Vida", que percorreu em 23 de setembro as principais ruas da cidade, numa mostra do movimento associativo tarouquense; a música que diariamente ecoou pelo Centro Cívico; as barraquinhas das associações; os comes-e-bebes com sabor regional; o fogo de artifício do dia 28; a  tradicional feira de S. Miguel a 29; o bazulaque e a marrã intimamente ligados a S. Miguel pela tradição; o convívio e a paz social verificados… São alguns dos pontos altos destas festividades.
Recorde-se que o dia de S. Miguel - 29 de setembro - é o feriado municipal, embora este ano mal se tivesse dado por isso, pois calhou num sábado.  Por isso estas festas são de organização camarária.

domingo, 23 de setembro de 2018

sábado, 22 de setembro de 2018

Festas Miguelinas em Tarouca

Festas de S. Miguel em Tarouca
Centro Cívico:
- Inauguração das festividades
- As barraquinhas das Associações
-Comes e bebes...

- A Música
- Participantes
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em palco e noite

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O rasto dos passos de Deus


 Obras do Senhor, bendizei o Senhor, *
louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Céus do Senhor, bendizei o Senhor! *
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!
Águas do alto céu, bendizei o Senhor! *
Potências do Senhor, bendizei o Senhor!
Lua e sol, bendizei o Senhor! *
Astros e estrelas, bendizei o Senhor!
Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor! *
Brisas e ventos, bendizei o Senhor!
Fogo e calor, bendizei o Senhor! *
Orvalhos e geadas, bendizei o Senhor! *
Geada e frio, bendizei o Senhor!
Gelos e neves, bendizei o Senhor! *
Noites e dias, bendizei o Senhor!
Luzes e trevas, bendizei o Senhor! *
Raios e nuvens, bendizei o Senhor!
Ilhas e terra, bendizei o Senhor! *
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Montes e colinas, bendizei o Senhor! *
Plantas da terra, bendizei o Senhor!
Mares e rios, bendizei o Senhor! *
Fontes e nascentes, bendizei o Senhor!
Baleias e peixes, bendizei o Senhor! *
Pássaros do céu, bendizei o Senhor!
Feras e rebanhos, bendizei o Senhor! *
Filhos dos homens, bendizei o Senhor!
Filhos de Israel, bendizei o Senhor! *
Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor! *
Servos do Senhor, bendizei o Senhor!
 Almas dos justos, bendizei o Senhor! *
Santos e humildes, bendizei o Senhor!
 Jovens Misael, Ananias e Azarias, *
louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
(Bíblia, Daniel 3,57-88.56)

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

"Hoje, apenas hoje", um texto de João XXIII

Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, sem querer resolver de uma só vez todos os problemas da minha vida.
Hoje, apenas hoje, terei o máximo cuidado na minha convivência: afável nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar, nem corrigir ninguém à força se não a mim mesmo.
Hoje, apenas hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo mas também já neste.
Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que sejam todas as circunstâncias a adaptarem-se aos meus desejos.
Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura. Assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida do espírito.
Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custa fazer; e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção, e não o direi a ninguém.
Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.
Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente - embora as circunstâncias mostrem o contrário - que Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no mundo.
Hoje, apenas hoje, não terei qualquer medo. De modo especial não terei medo de apreciar o que é belo e de crer na bondade.
João XXIII, Papa
Fonte: aqui

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

ELOGIE EM PÚBLICO, CRITIQUE EM PARTICULAR

Famílias
Empresas
Associações
Equipas de trabalho
Organizações
Escolas
Grupos e movimentos cristãos
Amigos

Assim como apontar as falhas se faz necessário para o desenvolvimento pessoal e profissional, o elogio é uma prática que também deve integrar o quotidiano  de todo gestor, de todo o responsável. O elogio motiva as pessoas, demonstra reconhecimento e indica que a chefia não está alheia às contribuições individuais ao trabalho do grupo. “Tanto o elogio quanto a crítica são feedbacks que podem ser construtivos – depende da maneira como são feitos”, afirma Fernando Battestin, consultor de Educação Corporativa da Leme Consultoria.
A lógica é que todo estímulo dado ao ser humano produz uma resposta, que deve ser observada de acordo com o ambiente. “Se esse estímulo for saudável, a tendência é que o comportamento também o seja e se repita por outras tantas vezes”, explica Battesin. Para a empresa e o grupo os benefícios são o aumento da produtividade e um bom ambiente de trabalho.
O desafio para dirige é saber a dose exata do remédio, pois o elogio em excesso tende a soar como automático e falso, sem conteúdo. Na outra ponta – quando ele inexiste – o resultado pode ser o desestímulo e a desmotivação. Não existe fórmula certa ou errada: vale a percepção de quem dirige para identificar sinais de desmotivação, desinteresse ou de desestabilização  que possam ser combatidos com elogios pontuais, mesmo que o feito não tenha grande impacto sobre um determinado projeto, por exemplo.
  “Quando elogiar torna-se uma prática da liderança, ela acontecerá naturalmente e não soará com falsidade”, acredita Battestin.
  Ao elogiar ou criticar um colaborador é importante ter dados concretos para justificar o feedback. Quem dirige  não pode ser vago e deve sempre trabalhar com dados, assim o colaborador poderá compreender com mais clareza os resultados da avaliação. “Ao elogiar, faça-o publicamente, pois estimula os outros que estão ouvindo, mas evite criticar ou repreender em público, pois isso expõe as pessoas e tornam o ambiente desconfortável”, orienta Battestin.

Quem dirige deve sempre ter como preocupação:
- Evitar a fofoca, o diz-se, diz-se, a má língua, o dizer mal da pessoa nas costas da mesma…
- Ter horizontes largos, ver ao longe
- Evitar a mesquinhez, o ficar preso a pequenos pormenores,  ser mesquinho…
- Não confundir empatias  ou antipatias pessoais com o bem do grupo
- Não expor em público falhas e problemas de cada pessoa
- Ser corajoso, humilde e verdadeiro para um encontro pessoal com a pessoa que falhou
- Saber reconhecer os próprios erros
- Nunca funcionar como fim de estrada para com quem falhou, mas ser ponte para nova oportunidade

E LEMBRE-SE:
ELOGIE EM PÚBLICO, CRITIQUE EM PARTICULAR!



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

ELE age na hora certa




terça-feira, 11 de setembro de 2018

Os sabores de setembro

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Setembro sabe a fim de Verão. Para muitos é o fim de férias e o regresso a mais um ano de trabalho. Como diz Mahatma Gandhi    nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se não fizer nada, não existirão resultados.” Então que o ano laboral lhe traga realização profissional através do esforço, dedicação, competência e criatividade. E como o homem é um ser em relação, lembre-se que, só colaborando com os outros, nos ajudamos a nós mesmos.
Setembro sabe a início do ano letivo. A escola está de volta. Para aprender, aprender a aprender, socializar, crescer.
À ida vão a chorar, carregando e lançando as sementes; no regresso cantam de alegria, transportando os feixes de espigas.” (Sl 126,6). Custa aos estudantes deixar o tempo de férias e começar a mover-se em horários e canseiras; custa aos pais custear as despesas que o novo ano letivo acarreta e conjugar com acerto a sua vida familiar e profissional com a escola dos filhos. Agradará a todos que, em junho/julho, todos cantem de alegria por causa dos bons resultados alcançados.
Aos estudantes de todos os graus de ensino, todo o sucesso. O exame começa a ser feito desde o primeiro dia de aulas. É que a corda da vida sobe-se a pulso.
Os que acabaram os estudos e ingressam no mundo laboral, desejamos que encontram trabalho com ordenado compatível e que ofereçam à sociedade criatividade, conhecimentos e vontade de aprender.
Setembro sabe a colheitas. Lembra o interior, outrora celeiro deste país e hoje deixado ao abandono e à mercê do ladrão fogo que o enviúva. Quando deixarão os governantes de agir como se Portugal fosse apenas uma faixa de 20 km ao pé do mar?
Fala-se da desertificação e envelhecimento acelerado do interior, fazem-se estudos, mas nada de vê de plano de ação, determinação, persistência. Pelo contrário, vão-se retirando serviços do interior para o litoral. Solidariedade nacional? Que é feito dela?
Uma agricultura deixada maioritariamente a gente idosa a quem são feitas exigências que ficam fora das suas capacidades e que nem sequer têm garantido o escoamento dos produtos. É certo que, aqui e ali, surgem empreendedores agrícolas, que, apesar de tudo, lá vão tocando o barco. Não bastam experiências isoladas. É preciso um plano nacional para o desenvolvimento do interior.
Setembro anuncia a catequese. Está próximo a abertura do novo ano pastoral e com ele o início do novo ano catequético. A primeira e fundamental escola catequética é a família. A comunidade paroquial, através da catequese paroquial, apoia as famílias nesta nobre missão de ajudar ao crescimento e amadurecimento da fé.
Que a família, os líderes sociais, políticos, desportivos, culturais saibam colaborar. Nada contra a catequese, tudo pela catequese.

Faz hoje um ano que partiu para o Pai D. António Francisco dos Santos

“Não devemos ter medo da bondade. Só pela bondade aprenderemos a fazer do poder um serviço, da autoridade uma proximidade e do ministério uma paixão pela missão de anunciar a alegria do evangelho. O evangelho é tudo o que temos e somos.”
D. António Francisco dos Santos Bispo do Porto
 
D. António Francisco, natural de Tendais  (Cinfães) onde têm agora um monumento que o recorda para sempre.
Sacerdote desta diocese de Lamego onde desempenhou muitos e diversos serviços.
Bispo Auxiliar de Braga, Bispo de Aveiro e, por fim, Bispo do Porto onde faleceu faz hoje um ano.
A amizade e a bondade são nele o selo que testemunham uma vida.
Acaba de aparecer um livro cuja capa se reproduz acima onde aparece, de A a Z, uma série de pensamentos de D. António. Para que a memória não se perca, a mensagem permaneça e a bondade encaminhe.
Obrigado, D. António! Interceda junto do Senhor por todos nós.

Parabéns senhor D. Jacinto!

Ocorre hoje o aniversário natalício de D. Jacinto Botelho, Bispo Emérito de Lamego.
Muitas e diversas vezes o senhor D. Jacinto nos tem visitado. Recordo a celebração do Crisma, a Festa de Santa Helena, a inauguração do Centro Paroquial...
Obrigado por todas as vezes que, em nome do nosso Bispo, nos visita e connosco partilha a Palavra da Verdade e a beleza da simplicidade e da amizade.
Feliz aniversário, senhor Bispo! Muitas felicidades.

Igualmente festejam hoje o seu aniversário os Padres Ferraz, Luis Seixeira e Joaquim Dionísio, os dois últimos passaram por esta paróquia em tempos e modos diferentes. Parabéns a todos e muitas felicidades.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Papa critica «centralidade» do mercado financeiro face ao trabalho

Entrevista a jornal italiano destaca dimensão ética da economia
“Por trás de cada atividade há uma pessoa. A atual centralidade da atividade financeira face à economia real não é um acaso: tem como base a decisão de alguém que pensa, erradamente, que o dinheiro produz dinheiro; o dinheiro, o verdadeiro, faz-se com o trabalho”.
Veja aqui

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

“Fraude em mais de metade das baixas médicas na educação?”


De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), que os demais órgãos de comunicação social seguem, a Comissão Europeia conclui, a partir de relatório adrede elaborado sobre absentismo no setor público, ter havido fraude em mais de metade das baixas médicas em trabalhadores da área da educação.

O Jornal de Negócios lembra que, no relatório do Orçamento do Estado para 2018, o Ministério das Finanças já havia revelado que estava a preparar um plano para reduzir o absentismo, com o objetivo de poupar 60 milhões de euros – cerca de 10 milhões de euros eram referentes à área da educação. Uma das medidas previstas do plano de combate ao absentismo era precisamente o reforço dos processos de auditoria e de fiscalização das baixas médicas.

Grosso modo, o predito relatório da Comissão Europeia, por ocasião da oitava avaliação pós-programa de ajustamento, ou seja, após a saída “limpa” da troika do país, baseia-se no facto de terem sido verificadas seis mil baixas por doença no setor com vista à identificação de baixas por doença incorretas, donde resultou que as juntas médicas fizeram regressar ao trabalho mais de metade daqueles trabalhadores.

No documento em causa, Bruxelas adianta que o plano em tempo anunciado para reduzir o absentismo no sector público começou efetivamente a ser implementado. Assim, “a verificação de cerca de seis mil juntas médicas, no setor da educação no final de 2017, para identificar baixas por doença incorretas, contribuiu para o regresso ao trabalho de mais de metade dos casos avaliados”.

A Comissão dá ainda conta de que estavam planeadas mais seis mil ações de fiscalização que deveriam ser levadas a cabo entre março e agosto e que “um novo sistema de monitorização para avaliar o absentismo foi montado”.

Assim, entre março e agosto, mais de metade das seis mil baixas atribuídas por doença na área da educação que foram controladas por uma junta média revelaram-se fraudulentas, como revela a Comissão Europeia.  

Dados da ADSE, avançados pelo Jornal de Notícias em abril, mas referentes a março, davam conta de seis mil professores de baixa médica há mais de dois meses, que estariam à espera de serem chamados para ir a junta médica. Segundo o mesmo jornal, todos os meses cerca de 500 professores são avaliados por juntas médicas.

O objetivo da Comissão Europeia – obviamente também assumido pelo Ministério da Finanças no Orçamento do Estado de 2018 – é reduzir o absentismo. Para o Ministério liderado por Mário Centeno, o objetivo é poupar 60 milhões de euros.

Apesar destas medidas que têm contribuído para “poupanças e ganhos de eficiência”, a Comissão Europeia continua a exigir novas medidas para alcançar as “poupanças substanciais planeadas para os próximos anos”.

E, ao mesmo tempo, o aumento da fiscalização não tem travado as baixas médicas. Nos primeiros 3 meses deste ano, a Segurança Social registou 5 mil pedidos de baixas médicas por dia, mais 800 do que no período homólogo e o valor mais elevado dos últimos 20 anos.

***

As reações não se fizeram esperar. A este respeito, João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação (FNE), disse à TSF que, “se houver fraude, é uma culpa que é partilhada entre médico e doente”, pois “há aqui uma situação em que estão envolvidos os profissionais médicos, pelos vistos, em que estarão a passar documentos de doença que não correspondem à verdade”. Com efeito, o atestado médico é solicitado pelo paciente ao médico, o qual, tendo em conta a situação clínica em que o paciente se lhe apresenta na ocasião, lhe passa o documento comprovativo do estado de doença – para o que deve ter em conta alguns requisitos burocráticos e, sobretudo, o respeito pelo quadro dos ditames deontológicos.  

Por seu turno, o Presidente da ANDAEP (Associação Nacional de Agrupamentos e Escolas Públicas) declarou que os professores, quando faltam por doença devidamente comprovada, estão mesmo doentes e impossibilitados de comparecer ao serviço. E o Bastonário da Ordem dos Médicos garantiu que os seus profissionais, quando atestam uma situação de doença, esta real e não fictícia.

João Dias da Silva, sem se atravessar pela veridicidade de todas as situações de comprovação de doença, como sem acusar funcionários e médicos, parece admitir a hipótese de haver casos de fraude, sendo que aí a culpa será por igual do doente (ou pseudodoente) e do médico. Os outros parecem estar a puxar cada um a brasa à sua sardinha e rejeitar liminarmente a existência de situações fraudulentas.

***

No meio de tudo isto, a Comissão Europeia – obviamente com base na informação fornecida pelas autoridades portuguesas, que se têm esfalfado por denegrir os funcionários do Estado e, em particular, os professores – dá azo a que a nossa comunicação social passe à opinião pública alguns equívocos.

Em primeiro lugar, na área da educação, não há somente professores, mas também, embora em bastante menor número, técnicos superiores (por exemplo, psicólogos), assistentes administrativos e assistentes operacionais. E, sobretudo, estes últimos também, quase como os professores, vivem as consequências do ambiente criado nas escolas de “insubordinação” da parte de muitos dos alunos e das exigências caprichosas de muitos dos pais. Porém, o stress maior recai sobre os professores. Só quem por lá passa faz verdadeira ideia do ambiente de muitas escolas e do aproveitamento que se faz da fragilidade de muitos professores, sobretudo na escola pública, que tem de acolher alunos provenientes de todas as situações por mais problemáticas que algumas (muitas) sejam. A isto acresce o excesso de trabalho burocrático disfarçado de pedagógico e sem grande interesse para o sucesso escolar e educativo, bem como reuniões e formação em tempo pós-laboral.

Ademais, os professores do 2.º ciclo e do 3.º do ensino básico e do ensino secundário têm faltas a tempos letivos, sendo a tolerância praticamente de zero. E, embora as faltas a alguns dias por doença possam ser justificadas através do art.º 102.º do estatuto da carreira docente (faltas por conta do período de férias), situações há cuja justificação só é admitida através de doença comprovada. Tal é o caso das faltas a serviço de exames e a reuniões dos conselhos de turma para avaliação sumativa.

Depois, o que paira na comunicação social nestes últimos dias é que as situações de doença em que a junta médica interveio e mandou o trabalhador comparecer ao serviço são efetivamente fraudulentas. E não é assim. De facto, as situações em que a junta médica não manda trabalhar o doente são, em princípio, de doença. Porém, aquelas em que a junta médica manda o trabalhador comparecer ao serviço não são habitualmente fraudulentas, a menos que o trabalhador, enquanto aguarda a intervenção da junta médica se sinta recomposto e não tenha retornado ao serviço por sua iniciativa, o que não é fácil de comprovar.

Sem negar a hipótese de situações fraudulentas, o que se passa é, regra geral, o seguinte: o trabalhador sente-se doente e começa a faltar, avisando o serviço; consulta o médico, que a seu juízo faz a avaliação clínica e decide passar a baixa médica, se o trabalhador está abrangido pelo regime geral de Segurança Social, ou o atestado médico, se o trabalhador está abrangido pelo regime convergente. No primeiro caso, quem tem a obrigação de fiscalizar a situação de doença são os serviços de segurança social; no segundo, são os médicos da ADSE ou o Delegado de Saúde da área – a solicitação da entidade sob cuja égide se encontra o trabalhador. Em ambos os casos, entre o 55.º e o 60.º dia de faltas por doença, o serviço de que depende o trabalhador deve solicitar a intervenção da junta médica da Segurança social ou da ADSE, consoante os casos.

Mas há ainda outra questão: a da verificação da doença. Os serviços da segurança social visitam o doente. Se ele for encontrado na sua residência, procedem à avaliação da situação, decidindo em conformidade; se não o encontram, notificam-no para que retorne ao serviço. No caso do regime convergente, o médico da ADSE ou o Delegado de Saúde visitam o doente, que se o atestado mencionar que pode ou deve seguir em regime ambulatório, o doente deve indicar a que dias e horas pode ser encontrado na sua residência. Se ele for encontrado na sua residência, o visitante procede à avaliação da situação, decidindo em conformidade; se não o encontrar, notifica-o para que retorne ao serviço e pode considerar injustificadas as faltas. 

Porém, casos há em que o dirigente do serviço sabe direta ou indiretamente que o trabalhador não está efetivamente doente, até foi visto a trabalhar noutro ofício, mas, se quiser intervir, escalões superiores da administração desautorizam-no.

E uma coisa é certa: o médico, ao declarar a doença do paciente, limita-se a atestar que examinou o trabalhador e que os sintomas que apresentava naquele momento lhe permitiram concluir que estava efetivamente doente e impossibilitado de comparecer ao serviço, com a previsão (obviamente uma previsão é falível) de que a situação se prolonga por x dias (que devem ser quantificados, não podendo ultrapassar os 30 dias consecutivos). Se o trabalhador mais tarde é encontrado são e escorreito, tal não quer dizer que o atestado tenha sido fraudulento por isso.

Obviamente, sabe-se de casos de baixas e atestados fraudulentos – o que é difícil de comprovar, a não ser em casos em que o superior hierárquico, por si ou por quem tiver essa competência, encontre o trabalhador a trabalhar noutro ofício, e possa legalmente intervir e mudar a situação.

De resto, como diz Carlos Silva, da FNE, “se houver fraude, é uma culpa que é partilhada entre médico e doente”.

Mais fica por saber se os 3000 se referem efetivamente a 2017 ou 2018 (Será confusão propositada?). E como se atacam docentes, se em 60 milhões (de euros a poupar em baixas médicas), Centeno fala só de 10 na área da educação?

Em qualquer caso, as generalizações são injustas e podem ser insultuosas. E os trabalhadores merecem respeito. Ademais, o Governo, que superintende na Administração Pública deveria interrogar-se sobre o motivo por que tantos professores estão em situação de doença comprovada e de doença prolongada. Algo corre mal nas escolas que o Ministério da Educação e o Ministério das Finanças não querem ver! 

2018. 09.05 – Louro de Carvalho

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

15 frases inspiradoras de Madre Teresa de Calcutá

21 anos após a sua morte continua a ser, para muitos, um modelo a seguir. Exemplo de bondade e dedicação aos outros foi vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1979.
15 frases inspiradoras de Madre Teresa de Calcutá
Foi, para muitos, a missionária do século XX. Fundadora da congregação religiosa Missionárias da Caridade, foi beatificada em 2003 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 2016 pelo Papa Francisco. Ao passarem 21 anos da sua morte relembre 15 frases inspiradoras daquela a quem chamaram a Santa das Sargetas.
 
1. Seja fiel nas pequenas coisas porque é nelas que encontramos a nossa força.
2. Espalhe amor onde quer que vá. Nunca deixe ninguém vir a si sem o deixar mais feliz.
3. A paz começa com um sorriso.
4. Nós sentimos que o que fazemos é apenas uma gota no oceano. Mas o oceano será menor por causa dessa gota que falta.
5. Nem todos nós podemos fazer grandes coisas. Mas podemos fazer pequenas coisas com muito amor.
6. As palavras gentis podem ser curtas e fáceis de dizer, mas os seus ecos podem ser verdadeiramente infinitos.
7. A fome de amor é muito mais difícil de remover do que a fome de pão.
8. Se não puder alimentar cem pessoas, alimente apenas uma.
9. O amor não pode permanecer por si só. Isso não faz qualquer sentido. O amor tem que ser posto em ação, a essa ação chamamos serviço.
10. A mais terrível pobreza é a solidão e o sentimento de não se ser amado.
11. Se julgarmos as pessoas não teremos tempo para amá-las.
12. O que podemos fazer para promover a paz mundial? Ir para casa e amar a nossa família.
13. Que importa que o corpo se vá tornando disforme e feio se a alma se vai tornando mais bela e agradável a Deus?
14. Não sei exatamente como será o céu, mas sei que quando morremos e chega a hora de sermos julgados por Deus, ele não pergunta quantas coisas boas fizemos na vida. Pergunta, antes, quanto amor pusemos em tudo o que fizemos.
15. Deus não exige que sejamos bem sucedidos, ele só exige que tentemos.
Fonte: aqui

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Carta de um sacerdote católico para o NEW YORK TIMES

Texto alt automático indisponível.
Caro irmão e irmã jornalista:
Sou um simples sacerdote católico.
Estou feliz e orgulhoso da minha vocação....
Há vinte anos que vivo em Angola como missionário.
Vejo em muitos meios de informação, sobretudo no vosso jornal, a ampliação do tema dos sacerdotes pedófilos, com investigações de forma mórbida sobre a vida de alguns sacerdotes.
Falam de um de uma cidade nos Estados Unidos dos anos '70, de outro na Austrália dos anos '80, e seguida de outros casos recentes...
Certamente isto deve ser condenado!
Veem-se alguns artigos de jornal equilibrados, mas também outros cheios de preconceitos e até de ódio.
O facto que pessoas, que deveriam ser manifestação do amor de Deus, sejam como um punhal na vida de inocentes, provoca em mim uma imensa dor.
Não existem palavras para justificar tais ações. E não há dúvida que a Igreja não pode deixar de estar ao lado dos mais fracos e dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e a prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.
Todavia, cria curiosidade a desinformação e o desinteresse por milhares e milhares de sacerdotes que se gastam por milhões de crianças, por inúmeros adolescentes e pelos mais desfavorecidos em todo o mundo!
Ao vosso meio de informação não interessa saber que eu, em 2002, passando por zonas cheias de minas, tenha transferido muitas crianças desnutridas de Cangumbe para Lwena (em Angola), porque nem o governo se importava, nem as ONG's estavam autorizadas. E penso que também não vos importa que eu tenha tido de sepultar dezenas de criancinhas, mortas na tentativa de fugir das zonas de guerra ou procurando regressar a casa. Nem que salvamos a vida a milhares de pessoas no México graças ao único posto médico em 90.000 Km2, e à distribuição de alimentos e sementes.
Não vos interessa também saber que nos últimos dez anos demos a oportunidade de receber educação e instrução a mais de 110.000 crianças...
Não tem uma ressonância mediática o facto de, com outros sacerdotes, eu ter tido de fazer frente à crise humanitária de quase 15.000 pessoas, guarnições da guerrilha, após a sua rendição, porque não chegavam alimentos nem do Governo, nem da ONU.
Não faz noticia que um sacerdote de 75 anos, o Padre Roberto, todas as noites percorra a cidade de Luanda e cuide dos meninos da rua, os leve para uma casa de acolhimento na tentativa de os desintoxicar da gasolina, e que às centenas sejam alfabetizadas.
Não faz notícia que outros sacerdotes, como o Padre Stefano, se ocupem em acolher e dar proteção a crianças maltratadas e até violadas.
E não é de vosso interesse saber que o Frade Maiato, não obstante os seus 80 anos, continue a ir de casa em casa confortando pessoas doentes e sem esperança.
Não faz notícia que mais de 60.000, entre os 400.000 sacerdotes e religiosos, tenham deixado a própria pátria e a própria família para servir os seus irmãos em leprosarias, nos hospitais, nos campos de refugiados, nos institutos para crianças acusadas de feitiçaria ou órfãs de pais mortos por SIDA, nas escolas para os mais pobres, nos centros de formação profissional, nos centros de assistência aos seropositivos... ou, sobretudo, nas paróquias e nas missões, encorajando as pessoas a viver e a amar.
Não faz notícia que o meu amigo, Padre Marco Aurelio, para
salvar alguns jovens durante a guerra em Angola os tenha
conduzido de Kalulo até Dondo, e no caminho de regresso à sua missão tenha sido cravado de balas; não interessa que o frade Francesco e cinco catequistas, para ir ajudar nas zonas rurais mais isoladas, tenham morrido na estrada num acidente; não importa a ninguém que dezenas de missionários em Angola morram por falta de assistência sanitária, por uma simples malária; que outros tenham morrido por causa de uma mina ao ir visitar a sua gente. No cemitério de Kalulo encontramos os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram a esta região...nenhum deles chegou a completar os 40 anos!
Não faz notícia acompanhar a vida de um sacerdote “normal” na sua vida quotidiana, entre as suas alegrias e as suas dificuldades, enquanto gasta a própria vida, sem fazer ruído, a favor da comunidade pela qual está ao serviço.
Na verdade não procuramos fazer notícia, mas procuramos simplesmente levar a Boa Nova, aquela que sem ruído se iniciou na noite de Páscoa.
Faz mais ruído uma árvore que cai do que uma floresta a crescer.
Não é minha intenção fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes.
O sacerdote não é nem um herói, nem um neurótico.
É um simples homem que, com a sua humanidade, procura seguir Jesus e servir os seus irmãos.
Nele existem misérias, pobreza e fragilidade como em cada ser humano; mas existem também beleza e bondade como em cada criatura...
Insistir de forma obsessiva e persecutória sobre um tema, perdendo a visão do todo, cria realmente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico, e é disto que me sinto ofendido.
Jornalista: procure a Verdade, o Bem e a Beleza. Tudo isto o fará nobre na sua profissão.
Amigo, peço-lhe apenas isto...

Em Cristo,
Padre Martín Lasarte sdb

“O meu passado, Senhor, confio-o à tua Misericórdia; o meu presente ao teu Amor; o meu futuro à tua Providência”.

sábado, 1 de setembro de 2018

FRANCISCO, ESSA DESILUSÃO!"

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Francisco, em pouco tempo conseguiste decepcionar a todos!
Decepção convertida, primeiro, em ressentimentos escondidos e, agora, em ataques à vista de todos! Permeados de calúnias, mentiras e suspeições.
 
 Alguns Cardeais que te elegeram estão agora arrependidos e decepcionados. Pensaram e acreditaram que tu serias um homem bom, de "transição", "diplomata", incapaz de "levantar ondas" nesta Igreja mascarada e ainda tão desviada do sonho de Jesus de Nazaré!
Queriam um tempo de falsa serenidade diante dos escândalos que avassalam a Igreja; desejavam e apostavam na teimosia de uma falsa unidade e de uma mentirosa santidade!
Nunca imaginaram que tu tivesses a intenção e a ousadia de reformar a Cúria Romana, de eliminar os seus privilégios e de condenar abertamente as mundanidades e vaidades dos denominados "Príncipes da Igreja"!
Sedundarizaste o “poder” das mitras bafientas e dos solidéus com odor de naftalina.
A tua postura, os teus gestos, o teu estilo de vida, marcado sempre pela humildade e pela simplicidade, é uma afronta a tantas eminências e prelados pomposos, faraónicos, cheios de si mesmos e encerrados e escondidos debaixo das suas misógenias.
Decepcionaste-os com a tua simplicidade, o teu sorriso, a tua proximidade e o teu abraço aos mais pobres e fracos deste tempo. Eles que teimam em privilégios, honras e mordomias! Eles, tantos, que se serviram e servem da Igreja em vez de a amar e servir até ao sangue!

 
 Os Bispos de "carreira", também eles estão decepcionados e desiludidos! Esses tantos que vivem longe do povo, instalados nos seus palácios episcopais, alheios à vida das suas ovelhas, que buscam mais e mais prestígio e glórias do mundo, sentem-se ameaçados! Tu convida-los a serem "pastores com cheiro a ovelhas"... que horror!!! Que decepção!!!

 
 Quantos Padres também eles desiludidos contigo, Francisco!
Sentem-se "estrangeiros" na Igreja! Criados e formados para o estrito cumprimento de ritos, preceitos, regras e doutrina, agora não sabem como fazer e como viver ao ver-te rasgar horizontes, a construir pontes, a semear diálogo...
Sempre viveram na convicção de que eram mais importantes e "valiosos" que as outras pessoas e agora vens tu, Francisco, desafiá-las a baixar-se, a colocarem-se ao serviço dos outros, dos pobres, dos "últimos".
Que horror e que desilusão! 

 
 Desiludidos estão também muitos leigos que viviam a fé e a pertença à Igreja como forma de auto-promoção e como caminho de pseudo-superioridade. Sentem-se perdidos porque os chamas à missão, eles que estão acomodados às vénias e aos "améns" eclesiásticos como forma de se evidenciarem e daí tirarem dividendos! Eles que sempre dizem amém desde que sejam potenciados os seus egos!
 
Felizes, alegres, esperançados, estão os pobres, os humildes, os desesperados, aqueles que choram, os sem tecto e sem pão, sem trabalho nem dignidade.
Felizes e alegres estão esses tantos que foram ostracizados, silenciados, marginalizados, pelo rigorismo religioso e eclesiástico, pelos que são apóstolos mais do Direito Canónico que do Evangelho de Cristo.
Acreditam agora que também eles têm lugar no coração de Deus e no seio da Igreja. Crêem agora que a fé não é domínio e privilégio de uns quantos mas sim dom a quantos se aventuram e entregam ao amor e à misericórdia.
 
Que desilusão, Francisco, para os poderes instalados, as mordomias eclesiásticas e as diplomacias clericais! Que desilusão para quem defende - seja qual for o preço - o clericalismo como catapulta de sobranceria! Esses que alimentam essa lacra da Igreja deste nosso tempo.
 
E que benção para a liberdade que o Evangelho comporta, a ternura que Deus é, a esperança que pode renascer em cada coração!
Obrigado, Francisco, por desiludires e por seres vez e voz dos "silenciados"...
 
 Pe António Teixeira (Adaptado)

Mensagem do Papa Francisco para o «Dia Mundial de Oração pelo Cuidado pela Criação»

1 de setembro - Dia Mundial de Oração pelo Cuidado pela Criação»

"Neste Dia Mundial de Oração pelo cuidado da criação, que a Igreja Católica há alguns anos celebra em união com os irmãos e irmãs ortodoxos, e com o apoio de outras Igrejas e Comunidades cristãs, gostaria de chamar a atenção para a questão da água, elemento tão simples e precioso, cujo acesso infelizmente é difícil para muitos, se não impossível. No entanto, «o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável».
Veja aqui