quinta-feira, 6 de novembro de 2008

No coração do Pai não há lugar para o ressentimento

"Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!'
Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. (Lc 15, 4 - 7)

A pedagogia de Jesus, no trato com a humanidade, foi aprendida diretamente do Pai. Este quer ter junto de si todos os seus filhos. Quanto mais distantes estiverem, tanto mais Deus desejará atraí-los com o seu amor. No coração do Pai não há lugar para o ressentimento, o desejo de castigar, o fechamento ao perdão. Tudo nele é amor, compreensão, esquecimento das ofensas recebidas, disposição para acolher e recomeçar.
Foi assim que Jesus tratou todas as pessoas. De modo particular, os pecadores e as vítimas da marginalização social foram objeto de seu acolhimento carinhoso. Recusando tornar-se juiz deles, buscava fazer-se próximo, de modo a mostrar-lhes o quanto eram amados pelo Pai. Acolhendo-os e pondo-se à mesa com eles, quebrava um tabu social de segregação a que estavam relegados, revelando-lhes a dignidade de seres humanos. Indo ao encontro deles, manifestava-lhes o propósito divino de os não rejeitar e seu anseio de fazê-los voltar à casa paterna. Alegrando-se com a sua conversão e disposição a fazer penitência, revelava a confiança do Pai na capacidade do ser humano renunciar ao seu mau caminho para reinserir-se nos caminhos de Deus.
Os adversários olhavam com suspeita para o modo como Jesus tratava os pecadores. Só nutriam o desejo de que fossem punidos por Deus e votados à condenação eterna. Nada mais incompatível com os ideais de Jesus!

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