sexta-feira, 24 de julho de 2009

Deus

Deus conserta um coração partido se Lhe dermos todos os pedaços.
(Autor desconhecido)

17º Domingo do Tempo Comum

A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.

Na primeira leitura, o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome” do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os “profetas” são convidados a realizar.

O Evangelho repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou), Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é esta lógica que fará nascer um mundo novo.

Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.

CURANDO O CANCER ???

Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia.
O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans. Esse médico achou muito estranho que todos os tipos de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores, mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente. Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.
Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores. Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas. Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.
Para quem se interessar mais pelo assunto, siga o link (em> inglês): não deixem de ver o video, no link abaixo. O médico fala em italiano, mas tem legenda em portugûes. http://www.curenaturalicancro.com/
Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonado de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato. Parece brincadeira, né? Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui. Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas. Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins. De novo, a pergunta que não quer calar: por que a grande imprensa não dá a menor cobertura a isso? Nem na TV, nem nas rádios, nem nos grandes jornais... Absolutamente nada. Quem os proíbe de noticiar? O médico teve que construir um site, para divulgar o seu trabalho de curar o câncer (ou, pelo menos, várias das suas formas), usando apenas solução debicarbonato de sódio a 20%. Imaginem! Bicarbonato de sódio, coisa que a gente encontra até no boteco da esquina.
Neste endereço, o vídeo, onde o médico italiano mostra a evolução do tratamento até a completa cura em 4 casos: http://www.cancer-fungus.com/sub-v1pt/sub-pt.html
Neste, o site em Português. Clicando-se nas bandeirinhas no alto da página, muda-se o idioma: ttp://www.cancerfungus.com/simoncini-cancro- fungo.php#
Cabe agora que organismos sérios formados por pesquisadores honestos e independentes prossigam nestas pesquisas, é possível que algumas formas de CANCER provocadas por radiação solar, ou radiação atômica não sejam tão fáceis de curar assim, contudo outras centenas de tipos de CANCER poderão ser curadas com metodos tão simples e baratos como esse! BICARBONATO DE SÓDIO!
(Enviado por email)
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Será verdade? Não sei. De qualquer maneira, fica a informação. Responda quem souber.
Perante esta calamidade mundial que é o cranco, venha a cura. E oxalá que a solução esteja muito mais perto do que imaginávamos até agora...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sorri!

"Sorri, embora seja apenas um sorriso triste.
Porque mais triste que o sorriso triste
é a tristeza de não saber sorrir.”
(Autor desconhecido)

Um conselho oportuno

No decreto de nomeações para o próximo ano pastoral, o Bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, recomenda, a certa altura:

"É bom recordar que quando um Pároco sai duma Paróquia não pode ceder à tentação de continuar a sê-lo sem o ser. Isto é, continuar a andar por lá a fazer casamentos e baptizados... Há muitos modos de manifestar a amizade e estar presente sem ferir sensibilidades e o senso comum, a pastoral e o bom relacionamento sacerdotal. Aqui não acontecerá, mas sei que, por outros lados por onde andei, cheguei a ter de intervir para evitar um certo mal-estar até dentro das próprias comunidades. São atitudes, de quem sai, muito pouco elegantes para quem entra. O Padre não se prega a si mesmo nem centra em si as atenções. Prega e aponta Jesus Cristo como o único Mediador e Salvador. E como o Bom Pastor em nome de quem o Pároco está e age."

A propósito do comunicado da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde

1. Uma senhora perguntou-me ontem como lidar com o dinheiro no peditório da Missa. Falava assim a propósito das recomendações da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde que divulguei no último domingo.
"É que - dizia ela - o dinheiro é das coisas mais 'porquinhas' e se nos é sugerido que comunguemos na mão, que não beijemos no abraço da paz e não metamos a mão na pia da água benta, muita mais razão há para não pegarmos no dinheiro, até porque na ocasião não podemos lavar logo as mãos.
Disse-lhes que iríamos pensar no assunto e que encontraremos no devido tempo as melhores soluções.

2. Meus senhores, entendam-se, mas não criem confusões nas pessoas.
De um lado, temos o comunicado da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, em que este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa aconselhou os sacerdotes a distribuírem a comunhão na mão e os fiéis a evitarem o beijo na saudação da paz. Do outro lado, aparece o comunicado enviado aos sacerdotes da diocese lisboeta por D. José Policarpo que fez questão de esclarecer que as regras são determinadas pelos bispos nas dioceses e pela Conferência Episcopal em todo o País e que "a liturgia, se for celebrada com qualidade e rigor, garante, ela própria, os cuidados necessários [para evitar a transmissão do vírus H1N1]".

Afinal em que ficamos? Parece-me que a Conferência Episcopal não fica nada bem neste retrato...
E depois "quem se lixa é o mexilhão", o mesmo é dizer, os párocos, colhidos no meio deste fogo cruzado.

Padre Víctor "Cujó"

Certamente ainda se lembram do "Cujó". Era assim que muita gente tratava o Víctor que passou por esta comunidade durante um ano de estágio. Padre desde 2001, é Pároco de Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa.
Sempre gostou muito de música e é o autor da música da novela ‘Sentimentos’, na TVI.

Pode ver mais aqui: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000092-0000-0000-0000-000000000092&contentid=260ECD2B-22F6-4980-B436-5FE34338B4A1

Abraço, Amigo!

Loucas orgias de sexo, álcool e drogas em alto-mar

Ao que chegou este mundo!!!! Será que estamos a deixar de ser humanos? Nem os animais têm comportamentos assim...

Veja aqui:
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091&contentid=72940338-5F8C-48FA-8649-B51C378FBD80

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A dança das transferências

Em tempo de crise, custa a acreditar as fortunas loucas que alguns clubes gastam com a aquisição dos passes de jogadores.
Desde logo o Real Madrid que despendeu loucuras com a aquisição dos passes de alguns dos seus novos atletas, o que possibilitou a entrada de dinheiro nos bolsos de outros clubes que, por sua vez, adquiriram assim a possibilidade de "comprar caro."
Por cá, o mais vendedor foi o FC Porto, que figura em 3º lugar na lista europeia dos clubes que mais ganharam com a venda de passes de jogadores. Mas, pelo que tenho lido, não foi o clube português que mais gastou em aquisições. Nesse aspecto, o 1º lugar cabe ao Benfica.

Quero compartilhar aqui três ligeiras reflexões.

1. Exceptuando o Sporting, que jogadores vindos das suas escolas têm promovido os outros clubes? Que significado terá para os jovens portugueses esta barreira? Sabem que, por mais qualidade que revelem, chegados aos seniores, serão preteridos em favor de outro futebolista vindo da América Latina (especialmente)... Com os jogadores adquiridos lá fora, há toda a paciência, até porque os seus passes custaram dinheiro que as SADs querem rentabilizar. Com os jogadores jovens advindo das escolas de formação, não há paciência nenhuma. Saltam para os empréstimos até se perderam, por norma.
Só um caso. Por que razão não houve para nenhum jogador das escolas do FCPorto a mesma paciência revelada em relação ao Mariano?

2. Numa coisa concordo com o Bloco de Esquerda. Há que taxar convenientemente as grandes fortunas. Ora se os clubes gastam rios de dinheiro em contratações, seria de se lhes exigir que pagassem mais ao Estado, muito mais. Dois milhões de pobres só em Portugal clamam por justiça social!

3. Expressões como aquelas que aparecem na boca de dirigentes e jogadores deviam ser proibidas pela UEFA e pela FIFA. " Eu fui vendido ao..."; "Vendemos o jogador tal por ..."
Tanta repulsa por formas de escravatura do passado. Justa, aliás. Nenhuma repulsa por palavras e acções que testemunham a nova escravatura. Escravatura de luxo, mas escravatura.
Que os clubes que formaram ou valorizaram um atleta sejam recompensados por tal, tudo bem. Agora vender e comprar pessoas???!

Manual para o desassossego ?

Bento XVI publicou com data de 29 de Junho, solenidade litúrgica dos apóstolos Pedro e Paulo – tidos como verdadeiras “colunas da Fé” – a sua encíclica de temática social “Caritas in Veritate”. Por mais paradoxal que pareça, surge na sequência das duas primeiras “Deus Caritas Est” e “Spe Salvi”.
Na primeira, o papa afirma, num contexto de aplicação do amor ao próximo, da mesma raiz que o amor a Deus, que “a doutrina social da Igreja discorre a partir da razão e do direito natural, isto é, a partir daquilo que é conforme à natureza de todo o ser humano”. E, reconhecendo não constituir “tarefa da Igreja fazer ela própria valer politicamente esta doutrina, quer servir a formação da consciência na política e ajudar a crescer a percepção das verdadeiras exigências da justiça e, simultaneamente, a disponibilidade para agir com base nas mesmas, ainda que tal colidisse com situações de interesse pessoal”. E, assegurando que “a construção de um ordenamento social e estatal justo, pelo qual seja dado a cada um o que lhe compete, é um dever fundamental que deve enfrentar de novo cada geração” e “uma tarefa humana primária”, a que a “Igreja tem o dever de oferecer, por meio da purificação da razão e através da formação ética, a sua contribuição específica para que as exigências da justiça se tornem compreensíveis e politicamente realizáveis”
Na segunda, à luz do princípio de que “toda a acção séria e recta do homem é esperança em acto”, o pontífice adverte: “Se não podemos esperar mais do que é realmente alcançável de cada vez e de quanto nos seja possível oferecerem as autoridades políticas e económicas, a nossa vida arrisca-se a ficar bem depressa sem esperança”.
Porém a “Caritas in Veritate”, trata expressamente a doutrina social da Igreja. E, embora se abrigue na linha de rumo traçada pelas encíclicas sociais de seus predecessores, Bento XVI, tendo em conta a situação crítica do mundo global em termos financeiros, económicos, culturais e sociais, reequaciona os fundamentos desta momentosa vertente da doutrina da Igreja, numa perspectiva refundante. Começa por enunciar o princípio de base: “A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira”. E, declarando, sem margem para dúvidas, que “a caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja”, garante que “o amor — caritas — é uma força extraordinária, que impele as pessoas a comprometerem-se, com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz”, e “o princípio não só das micro relações estabelecidas entre amigos, na família, no pequeno grupo, mas também das macro relações como são os relacionamentos sociais, económicos, políticos”. Ora isto tem consequências. E o papa não se inibe de as apontar. É preciso construir convicções: “a verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na economia da caridade”, que “por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade”, prestando-se assim “um serviço à caridade, iluminada pela verdade” contribuindo “para acreditar a verdade, mostrando o seu poder de autenticação e persuasão na vida social concreta”. É necessário ler o mundo: a rarefacção da natalidade reduziu em grande parte as fontes de receita do orçamento dos Estados e da segurança social, o que implicou a excessiva oneração fiscal; o império dos habilidosos, a desmesurada procura do lucro, a inconsciência da relação de trabalho e da relação social – resultantes da falta de ética pessoal e colectiva – criaram um estado de crise que abalou o mundo inteiro, mesmo o dos ricos, de que emana, ao lado do oportunismo de uns tantos, o sofrimento excessivo e desnecessário de muitos. É imperioso criar uma nova ordem mundial, já não somente económica ou social ou política, mas global, ao serviço da justiça e da fraternidade. E este Servus Servorum Dei, propõe uma autoridade mundial que regule, modere e controle a globalização, o que implica uma renovação da mentalidade das nações unidas.
Não é de ânimo leve que a pena de alguns especialistas de renome, independentemente do êxito que venha ou não venha a obter, desenhou a ideia da proposta de Bento XVI para o prémio Nobel da economia. É que o documento ora dado à luz – de colagem à doutrina trinitária, de construção espessa, de leitura paciente, de tonalidade mordaz, de estilo fino – sem negar a tradição, é um instrumento inovador, devidamente fundamentado, detentor de uma correcta leitura do espectro mundial e portador de consequências, que deve ser tido em conta nas operações de estudo, planeamento, gestão e avaliação.
Bem certo está o Padre Tolentino Mendonça, quando o rotula de “manual para o desassossego”, sobretudo – digo eu – para quem tem responsabilidades académicas, políticas, económicas, sociais e pastorais.
Louro de Carvalho

Veja. Belíssimo!

Il Divo - Coliseu-Roma..........Belíssimo.

http://link.brightcove.com/services/player/bcpid1785324681?lid=1338935106&bctid=1913313052

terça-feira, 21 de julho de 2009

E-mails indesejados

Volto aos e-mails.
Na época da globalização, os e-mails, coitados, circulam incessantemente, invandindo as caixas de correios repetidamente. Não têm contas as vezes em que recebo o mesmo email de fontes diversas. Vale o "apagar". Chego a ter simpatia por carregar no "apagar"!

E então aqueles que enviam toneladas de e-mails de uma só vez!? Escusado será dizer que, ao ver que vêm todos do mesmo remetente, lhes resta de imediato um destino: delete! Nem leio o assunto...

Depois há aqueles e-mails que, pela sua índole, me são indigestos, tipo "senão enviar este email, vai-lhe acontecer isto e aquilo, mas se enviar terá esta e aquela agradável surpresa". Pura e simplesmente para o delete. Ou então aquele estilo "se enviar este email esta pessoa receberá tantos euros por cada envio" (normalmente apresentam alguém em grande dificuldade). Claro, seguem logo para o delete.
Ah! Também aquelas mensagens (com origem sobretudo no Brasil) sobre amor, amizade e quejandos seguem para o "apagar". Igual sorte têm mensagens com sarro tradicionalista ou "beato".
Para já não falar no tão estafado humor britânico que não aprecio e na propaganda.

Então que e-mails aprecio?
Todos os que tenham a ver com a boa disposição e que preservem a elevação. Brajeirices, não.
Todos os que ajudem a reflectir, sejam capazes de abrir horizontes, apontem caminhos.
Todos os que apresentam o bom e o belo que a natureza e as pessoas nos oferecem.

Não tenho reenviado e-mails nos últimos dias. Exactamente porque das carradas recebidas, nenhum me tenha chamado a atenção de acordo com os critérios acima enumerados. E porque "não deves fazer aos outros o que não queres que te façam a ti".
Reenviarei sempre que ache importante o assunto, tendo em atenção o destinatário.
Permitam-me que saliente aqui dois amigos que sempre têm tido esta amabilidade. Conhecendo-me, sabem o que aprecio e raríssimamente se enganam. D. Alda e José Américo. Delicadamente enviam um só email de cada vez, de acordo com a minha sensibilidade. Agradeço-lhes a simpatia.

E já que estamos a falar de emails, lembrava mais uma vez que não devemos usar o anonimato para fazer um comentário num blog. Demos a cara pelo que escrevemos. Assumamos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Menino vende os brinquedos para ajudar a família

Um rapaz americano de 11 anos decidiu tomar medidas drásticas para ajudar a recuperar a situação financeira da família: vender os seus próprios brinquedos.

A ideia de Zach McGuire surgiu-lhe durante uma conversa com o pai, que lhe terá dito: "Não se pode viver nos brinquedos ou comer brinquedos. Apesar de serem divertidos, não precisas deles".
Foi o suficiente para Zach, de 11 anos, decidir vendê-los e ajudar assim a situação familiar, complicada com o desemprego do pai.
A família não está a contar com o dinheiro da venda dos brinquedos para poder respirar de alívio, mas confessa-se comovida com o gesto do rapaz.
Já em 2005, Zach envolveu-se uma acção para recolher fundos para as vítimas do furacão Katrina, tendo conseguido juntar 400 dólares.
In Visão

É por estas e por outras que as crianças são encantadoramente únicas.
É por estas e por outras que são arrepiantes os crimes cometidos contra as crianças.
Tiro o meu chapéu a todas as crianças do mundo.
Deixemo-las viver!
Ajudemo-las a crescer sãzinhas de corpo e de alma!

Segui a Deus, mesmo quando Ele me repeliu

Carta do Judeu do Gueto de Varsóvia que, perante as atrocidades cometidas contra os judeus, durante a última grande guerra, alguém a redigiu colocando-a dentro de uma garrafa vazia.

«Algo de muito surpreendente acontece hoje no mundo. Este é o tempo em que o Omnipotente afasta o seu rosto daqueles que lhe suplicam. Deus escondeu ao mundo a sua face; por isso, os homens estão abandonados às suas piores paixões selvagens. Num tempo em que estas paixões dominam o mundo, é natural que as primeiras vítimas sejam precisamente aqueles que conservaram vivo o sentido do divino e do puro. Isto pode não ser consolador, mas o destino do nosso povo é estabelecido não por leis terrenas, mas por leis ultraterrenas. Aquele que empenha a sua fé nestes acontecimentos deve ver neles uma parte da grandiosa realização dos planos divinos, perante os quais as tragédias humanas não têm nenhum significado. Não procurarei salvar-me nem tentarei fugir daqui. Meterei esta carta na garrafa vazia e escondê-la-ei entre as pedras desta janela entaipada até meio. Se, mais tarde, alguém a encontrar, talvez possa compreender os sentimentos de um judeu, de um destes milhões de judeus que foram mortos, um judeu abandonado por Deus em quem acreditava muito intensamente.

Creio no Deus de Israel, embora ele tenha feito de tudo para arrasar a minha fé nele. As minhas relações com Ele já não são as de um servo diante do seu senhor, mas as de um discípulo perante o seu mestre. Creio nas suas leis, amo-o. E, embora me tenha enganado em relação a ela, continuarei a adorar a sua lei. Dizes que pecámos: certamente que pecámos e também admito que sejamos punidos por isso. Contudo, gostaria que me dissesses se há algum pecado na terra que mereça tal castigo. Digo-te isto, ó meu Deus, porque creio em ti mais do que nunca, porque sei que és o meu Deus e não o Deus daqueles, cujos actos são o fruto horrível da sua impiedade militante.

Não posso louvar-te pelos actos que toleras, mas bendigo-te e louvo-te pela tua Majestade que inspira temor. A tua Majestade deve ser verdadeiramente imensa para que tudo o que acontece neste tempo não te impressione. Agora, a morte já não pode esperar mais. Tenho de deixar de escrever. Minuto a minuto, o tiro das espingardas, nos andares de cima, torna-se cada vez mais fraco. Neste momento, caem os últimos defensores do nosso refúgio e, com eles, cai a grande, a bela Varsóvia judaica que teme a Deus. O Sol põe-se e eu te agradeço, ó Deus, porque nunca mais o verei surgir. Raios vermelhos chovem da janela: o pedacinho de céu, que posso ver, é flamejante e fluido como um fluxo de sangue. Dentro de uma hora, no máximo, estarei junto da minha mulher, dos meus filhos e dos melhores dos filhos do meu povo, num mundo melhor, em que as dúvidas já não dominarão e Deus será o único soberano.

Morro sereno, mas não satisfeito; como um homem abatido, mas não desesperado; crente, mas não suplicante; amando a Deus, mas sem dizer cegamente: Ámen. Segui a Deus, mesmo quando Ele me repeliu. Cumpri o seu mandamento mesmo quando, para premiar a minha observância, Ele me castigava. Amei-o, amava-o e amo-o ainda, embora me tenha abaixado até ao chão, me tenha torturado até à morte, me tenha reduzido à vergonha e ao escárnio. Podes torturar-me até à morte, acreditarei sempre em ti; amar-te-ei sempre, mesmo que não queiras. E estas são as minhas últimas palavras, meu Deus de cólera: Não conseguirás fazer com que te renegue.

Tentaste de tudo para fazer-me cair na dúvida, mas eu morro como vivi: numa fé inabalável em ti. Louvado seja o Deus dos mortos, o Deus da vingança, o Deus da verdade e da fé que imediatamente mostrará os fundamentos com a sua voz omnipotente. Shema' Israel, Adonai Elohenu, Adonai echad! Escuta, Israel, o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é um!»
In ecclesia

Chorrilho de promessas

Há gente que tem cara para tudo.
Neste tempo pré-eleitoral voltam as promessas, as falinhas mansas, os sorrisinhos, os beijinhos e os abraços, os contactos com as populações.
Passado o acto eleitoral, ó pernas para que te quero! Fuga para os gabinetes. O povo, o povo que se dane... Quem sabe somos nós, nós é que fomos os eleitos! Então aparecem as sobrancerias, os autismos, os autoritarismos, a arrogância. Ah! E as promessas ficam na gaveta!
Basta olhar para os últimos quatro anos e meio... Nem sequer é preciso ir mais para trás.

Então não são os mesmos que encharcaram os ouvidos e a esperança das populações com promessas que não cumpriram que agora voltam à ribalta com pacotes de novas promessas??? Haja vergonha! Haja decência!
E, já agora, haja dignidade nos eleitores! À primeira, quem quer cai; à segunda, só cai quem quer.

Eminência parda

Pessoas bem instaladas nas situações que controlam eficientemente. Não arriscam, pois detestam passos em falso, mas manobram. Suscitam ondas de fundo que lhes sejam favoráveis ou vão na onda, procurando emergir, fazendo valer o seu estatuto.
Pessoas muito ambiciosas, regem a sua ambição do alto da confiança de que gozam junto de quem detém o poder. Tudo fazem para que a tal confiança se mantenha e se reforce, insidiando amizades e fidelidades que lhes convêm. Assim manobram avontade. Claro que se o detentor do poder muda, estudam até ao mínimo pormenor o sucessor a fim de descobrir as brechas de infiltramento.
Nunca dão a cara, a não ser que a enxurrada seja tal que lhes permita aparecerem como "os salvadores da pátria". Manobram na sombra, sugerindo, apelando, promovendo ou demovendo conforme as circunstâncias e as conveniências. Jogam com as pessoas com a mesma frieza como se estivessem diante de um tabuleiro de xadrez. São intriguistas por excelência, usando oportunisticamente um ar austero e distante ou um aspecto afável e próximo. Gerem muito bem movimentos de aprovação ou repúdio e canalizam-nos a seu favor, moldando-os à dimensão do seu interesse junto do poder.
Como não têm coração, mas só ambição, fazem e destroem alianças ao ritmo das conveniências. E ai de quem eles suspeitem - repito - suspeitem- que lhes ponham em causa o seu estatuto, as suas manobras, o seu perfil! Os métodos que então usam são impiedosos e vão da vitimização escandalosa à vingança mais soez.
Estas pessoas não têm valores, nem princípios, nem estaleca humana. A ambição destruiu-os por dentro. O mundo tem a dimensão do seu umbigo...

domingo, 19 de julho de 2009

Os golpes da adversidade nunca são estéreis.

A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio. - Martin Luther King

NOVO CAFÉ....

Depois da bica cheia, café pingado, do 'cimbalino' e da 'italiana', chegou ao mundo dos cafés mais uma inovação...
Um indivíduo, chega a uma pastelaria e diz:
- Quero um café à Benfica!
O empregado, estupefacto, pergunta:
- À Benfica?? Como é que eu tiro isso?
- É fraquinho ... muito fraquinho...

Nesta manhã, Senhor...


Nesta manhã, Senhor
há gente que se levanta cedo
para estar Contigo na assembleia
reunida em Teu nome.

Nesta manhã, Senhor
há gente que se faz à estrada
para o repouso merecido,
para o convívio marcado,
para a festa anunciada.

Nesta manhã, Senhor
há gente que demanda os areais
na procura de banhos refrescantes,
no desejo do bronze procurado,
na expectativa da saúde ansiada.

Nesta manhã, Senhor
há gente que se prepara
para visitar amigos e entes queridos
nos hospitais e nas prisões
onde a esperança tem uma cama,
onde a cela convida à remissão.

Nesta manhã, Senhor
há gente que prolonga a noite
porque ontem à noite prolongou o dia.

Nesta manhã, Senhor
há gente que descansa
de uma semana cansada,
saboreando, sossegada,
o refazer da esperança
e das força fatigada.

Nesta manhã, Senhor
há quem fique pelo feriado
e se esqueça por inteiro
que o domingo é sagrado.

Nesta manhã, Senhor
Tu estás, como sempre,
atento e sorridente,
disposto a entrar em quem
abra o coração
para lhe arejares a vida.

sábado, 18 de julho de 2009

BODAS DE OURO


O Diácono Manuel Amorim e sua esposa, D. Maria Augusta, celebraram hoje as suas Bodas de Ouro Matrimoniais.
o nosso Bispo e o senhor Vigário Geral deslocaram-se a Cravaz em cuja Capela da Senhora de Nazaré, pertencente à família, teve lugar a celebração presidida pelo Prelado. Concelebraram ainda o P.e José Amorim, irmão do "noivo", o Cón. Assunção, primo do "noivo" e o Pároco desta comunidade.
Saliento, antes de mais, que dos 5 irmãos Amorim, duas são religiosas, um é sacerdote e outro é diácono permanente.
A cerimónia decorreu num ambiente muito familiar, mas com elevação e dignidade. Estiveram presentes os 5 filhos do casal, seus cônjuges e os netinhos. Igualmente marcaram presença quase todos os irmãos de um e de outro, bem como os sobrinhos e primos. Os cânticos foram dinamizados por um coral familiar e os netos proclamaram as leituras.
O senhor Bispo, partindo das leituras, referiu e salientou a referência de fidelidade matrimonial deste casal, como rocha firme, e apontou o seu exemplo mormente aos filhos e netos. Frisou ainda o seu testemunho de fé, bem patente num amor a dois que se soube abrir aos outros em vários campos de apostolado.
Terminada a Eucaristia, foram vários os testemunhos que se fizeram ouvir. Um filho, netos, sacerdotes familiares e os aniversariantes. Um sentimento comum: gratidão. A Deus, fonte de todo o amor e aos aniversariantes pelo testemunho de amor e solicitude conjugal e paternal.
O Pároco da comunidade, em nome de toda a comunidade, agradeceu à família o acolhimento familiar que lhe dispensam e a colaboração serena e empenhada na vida paroquial.

Senhora D. Maria Augusta e senhor Diác. Amorim, senti a vossa alegria serena, edificou-me a vossa postura de crentes, entusiasmou-me a vossa esperança.
Caros filhos e netos deste casal, aprecio imenso a vossa amizade e solicitude familiar, dentro de um respeito muito grande pelo projecto de vida de cada um. Senti-vos felizes pelos pais que tendes. Apreciei o vosso empenho e dinamismo serenos na preparação e realização destas Bodas de Ouro. Oxalá que seja marcante na vossa vida o belíssimo testemunho de fé e de serviço à comunidade que vos vem de vossos pais e avós.

Parabéns, amigos!

16º Domingo do Tempo Comum - Ano B


• A proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. As vítimas da economia global, os que são colocados à margem da sociedade e da vida, os estrangeiros que buscam noutro país condições dignas de vida e são empurrados de um lado para o outro, os doentes que não têm acesso a um sistema de saúde eficiente, os idosos abandonados pela família, as crianças que crescem nas ruas, aqueles que a vida magoou e que ainda não conseguiram sarar as suas feridas, encontram em cada um de nós, discípulos de Jesus, o amor, a bondade e a solicitude de Deus? Que fizemos com essa proposta de vida nova e de libertação que Jesus nos mandou testemunhar diante das “ovelhas sem pastor”?

• A missão dos discípulos não pode ser desligada de Jesus. Os discípulos devem, com frequência, reunir-se à volta de Jesus, dialogar com Ele, escutar os seus ensinamentos, confrontar permanentemente a pregação feita com a proposta de Jesus. Por vezes, os discípulos (verdadeiramente comovidos com a situação das “ovelhas sem pastor”) mergulham num activismo descontrolado e acabam por perder as referências; deixam de ter tempo e disponibilidade para se encontrarem com Jesus, para confrontarem as suas opções e motivações com o projecto de Jesus… Por vezes, passam a “vender”, como verdade libertadora, soluções que são parciais e que geram dependência e escravidão (e que não vêm de Jesus); outras vezes, tornam-se funcionários eficientes, que resolvem problemas sociais pontuais, mas sem oferecerem às “ovelhas sem pastor” uma libertação verdadeira e global; outras, ainda, cansam-se e abandonam a actividade e o testemunho… Jesus é que dá sentido à missão do discípulo e que permite ao discípulo, tantas vezes fatigado e desanimado, voltar a descobrir o sentido das coisas e renovar o se empenho.

• A comoção de Jesus diante das “ovelhas sem pastor” é sinal da sua preocupação e do seu amor. Revela a sua sensibilidade e manifesta a sua solidariedade para com todos os sofredores. A comoção de Jesus convida-nos a sermos sensíveis às dores e necessidades dos nossos irmãos. Todo o homem é nosso irmão e tem direito a esperar de nós um gesto de bondade e de acolhimento. Não podemos ficar no nosso canto, comodamente instalados, com a consciência em paz (porque até já fomos à missa e rezámos as orações que a Igreja manda), a ver o nosso irmão a sofrer. O nosso coração tem de doer, a nossa consciência tem de questionar-nos, quando vimos um homem ou uma mulher (nem que seja um desconhecido, nem que seja um estrangeiro) ser magoado, explorado, ofendido, marginalizado, privado dos seus direitos e da sua dignidade. Um cristão é alguém que tem de sentir como seus os sofrimentos do irmão.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reunião do Conselho Económico

Reuniu nesta noite o Conselho Económico.
Após a leitura e aprovação da acta da reunião anterior, os presentes abordaram assuntos relativos ao funcionamento interno deste Conselho, distribuíram-se tarefas, analisaram o modo como decorreu a Festa de Santa Helena, tomaram conhecimento das contas, projectaram e calendarizaram alguns trabalhos mais imediatos e decidiram reformular e actualizar o post informativo afixado em Santa Helena.

Foi um momento muito bonito. Gente que quer sempre fazer mais e melhor. Gente interessada e dinâmica. Gente humilde que sabe conviver e enriquecer-se na diferença. Parabéns, Conselho Económico!

- Em 15 de Agosto de 2009, Missa em Santa Helena, às 17 h.
- Em Setembro e Outubro, Missa no 3º domingo do mês às 17 h.
- De Novembro a Março, Missa no 3º domingo do mês às 16 h
- De Abril a Junho, Missa no 3º domingo do mês às 17 h

Em cada domingo do ano, de tarde, Barzinho e Capela abertos, se o tempo o permitir.

- Quem precisar, durante o ano, de utilizar a casa ou a capela (claro, para fins condignos com a função do lugar), pode contactar o sr. Alberto Roque (Tarouca).

- As pessoas interessadas em frequentar a novena/2010, ficando hospedadas na casa, devem contactar durante o mês de Junho, o sr. Alberto Roque.

- Aos feirantes, foram distribuídos panfletos sobre as alterações que, no próximo ano, regularão a sua actividade neste local.

Paróquias recebem conselhos sobre a Gripe A

A Comissão Nacional da Pastoral da Saúde preparou um panfleto informativo sobre a Gripe A-H1N1 que enviará - através de email - "a todas as paróquias portuguesas até ao próximo dia 25 de Julho" - disse à Agência ECCLESIA o Pe. Victor Feytor Pinto, coordenador nacional desta comissão.

Ao nível de recomendações para evitar esta doença, o Pe. Victor Feytor Pinto começa por afirmar que a Pastoral da Saúde "não é apenas para os doentes para também para aqueles que não estão doentes". A Igreja tem a preocupação e responsabilidade de "prevenir as doenças" - realça.

O boletim terá informações precisas sobre a prevenção do vírus H1N1. "Os sacerdotes e todos os ministrantes da Eucaristia tenham uma grande preocupação pela lavagem e desinfecção das mãos antes da Comunhão" - realça o sacerdote. A todas as pessoas que comungam, o Pe. Feytor Pinto aconselha que o façam na mão. Assim, os sacerdotes "não tocam na pessoa".

O abraço da paz não deverá ter o contacto físico. "Uma inclinação chega". Aos cristãos que sintam algum sintoma da gripe, o coordenador da Pastoral da Saúde pede para que não se desloquem à comunidade. "As pias de água benta também não deverão ter água porque é um foco de infecção muito grande" - sublinha.

Estas são algumas orientações da Conferência Episcopal Portuguesa divulgadas através da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga afirma que "não devemos entrar em alarmismo", mas "é fundamental tomar cuidados na prevenção".

O texto que abaixo se transcreve teve o parecer favorável da Direcção Geral da Saúde. Vai acompanhado de uma carta do Mons. Vítor Feitor Pinto, pedindo toda a colaboração neste trabalho.

Orientações para as comunidades cristãs
Estamos perante a ameaça de uma "pandemia" através de uma doença que se transmite com muita facilidade e já é de todos nós conhecida. É a GRIPE A ou Gripe H1N1.
A missão da Igreja, através da Pastoral da Saúde, está em assistir os doentes, mas também em prevenir as doenças, através da educação para a saúde.
O papel do sacerdote e de todos os outros agentes pastorais consiste também em colaborar com a sociedade na prevenção das doenças. O sacerdote, sobretudo se presidir a uma comunidade cristã, é um agente social da maior importância.

Perante a ameaça da GRIPE A, o que fazer?
1. Aconselhar todos os cristãos da sua comunidade a seguirem as orientações dadas pela Direcção Geral da Saúde - Ministério da Saúde, na prevenção desta doença, como sejam:
- Lavar as mãos com água e sabão com muita frequência
- Se tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel, a deitar fora de imediato
- Se ficar doente, permanecer em casa.
- Evitar o contacto com pessoas com gripe.

2. Nas celebrações litúrgicas, recomenda-se:
- Aos Ministros da Comunhão, Sacerdotes e Ministros Extraordinários, que purifiquem as mãos com produtos higiénicos, antes da distribuição da comunhão.
- Aos fiéis, que recebam a Comunhão na mão e não na boca, aliás segundo prática secular na Igreja.
- A todos, que reduzam o abraço da paz a um pequeno sinal ou inclinação da cabeça sem o contacto físico.

3. Nos templos pede-se também para:
- Manter as "pias de água benta" às portas da igreja vazias, para não as tornar um foco de transmissão do vírus.
- Ter a Igreja suficientemente arejada, sobretudo em atenção ao número de fiéis nas celebrações dominicais.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Eu acho que podia comungar..."

Vínhamos da Eucaristia e conversámos pelo caminho.
Uma das pessoas perguntou, no contexto da conversa:
-Conheço alguém que é uma pessoa sensível, sempre atenta aos outros e preocupada em fazer bem, em ajudar. Eu até acho que é mais cristão do que muitos de nós que praticamos... Até penso que ele podia comungar quando vai à Missa, embora vá raramente...
Meti a mão ao bolso à procura de uma moeda. Como não tinha, alguém me apresentou uma. Mostrei-a e disse:
- Estão a ver esta moeda? É uma só, mas tem duas faces. É como a vida cristã. Tem duas faces. A vivência individual e comunitária da fé é uma. A outra é o amor ao próximo.
Não há moeda com uma só face. Não haverá cristão, autêntico discípulo de Cristo, se não tiver as duas faces...
Há gente de prática cristã, mas cá fora é egoísta, indiferente aos outros, má língua, quezilento... Há pessoas que não praticam, mas sabem respeitar os outros, são generosos, preocupam-se com quem precisa, não gostam de falar mal dos outros...
Ambos têm uma face, falta a outra...

Reparemos em Cristo. O Cristo que curava os doentes, se compadecia das multidões, acolhia as crianças, perdoava aos pecadores, era exactamente o mesmo Cristo que passava longas horas em oração, ia ao sábado à sinagoga e ensinou os discípulos a rezar.
N'Ele as duas faces eram claras. Levava ao Pai os problemas dos homens; trazia aos homens a resposta de Deus.

Sopé da Montanha


quarta-feira, 15 de julho de 2009

As grandes dificuldades económicas de muitas paróquias

Não há dúvidas. Um dos grandes problemas com que as paróquias se debatem hoje é o económico, mormente muitas do interior, face á desertificação.
Várias causas podem explicar essas dificuldades económicas:
- logicamente a crise que afecta a todos de uma maneira ou de outra.
- A desertificação do interior.
- As grandes fortunas, os ricos e a riqueza não estão no interior, onde predomina a subsistência...
- A mentalidade egocêntrica reinante em que cada pessoa pensa que todo o mundo roda à sua volta.
- A perda do sentido de comunidade, o bem comum diz pouco às gentes.
- A ausência de Deus na vida das pessoas.
- Uma visão individualista de Deus, vivida numa relação de ping-pong: "eu jogo para Deus e Deus joga para mim..."
- A dispersão provocada pelo facto de uma paróquia ter muitas povoações que se preocupam mais consigo do que com o o bem comum da comunidade.

As pessoas exigem tudo, mas participam muito pouco. Claro que há honrosas e edificantes excepções.
É uma dor de alma para quem está à frente! Obras urgentes à espera, grupos e iniciativas pastorais que é preciso apoiar, a indispensável acção sócio-caritativa da Igreja... E onde há fundos para tudo isto???
Tantas noites perdidas a dar voltas à cabeça...
Mas não se perca a esperança. A boa vontade, os beneméritos, o trabalho e a união, o esforço de todos pelo bem comum aparecerão... Deus, que nunca falha, moverá corações e vontades.

É bom que possamos melhorar- II

Funerais
Hoje eles, amanhã nós.
Ir a um funeral e ficar cá fora a fazer barulho, exactamente quando a família está num enorme sofrimento, que sentido tem? Que solidariedade é essa?
E volto ao essencial. A parte mais importante das cerimónias fúnebres é a Missa de Corpo Presente.
Recordo a palavra de um velho amigo há alguns anos falecido. Ele não tinha fé. Dizia-o com pena. Mas contava que sempre que era convidado para um baptizado, um casamento ou participava num funeral, nunca ficava cá fora. Ia para dentro e portava-se com elevação. Explicava que se o convidaram era porque o consideravam como amigo e que gostavam de o ter presente, sintonizado com os momentos importantes que os amigos viviam.
Pelo respeito que a pessoa falecida lhe merece, pela solidariedade que a família enlutada precisa, pela concentração pessoal que o mistério da morte suscita, pela única prenda que os mortos precisam – a oração – não fique fora, entre, participe, exerça a solidariedade.
Há pessoa que pensam que pegar numa cruz, numa opa, numa lanterna durante um funeral não é digno da sua posição. Têm vergonha. Isso é lá para os outros… Entretanto são os mesmos que criticam quando não há quem pegue nas alfaias… É cá uma coerência!!! Participar activamente num funeral é um gesto humano belamente rico, fraterno, amigo.
Um cortejo fúnebre deve ser um momento de profundo silêncio, de oração pessoal e de reflexão sobre a leitura da vida à luz da morte.
“Lembra-te, ó homem, dos novíssimos e não pecarás.”

terça-feira, 14 de julho de 2009

É bom que possamos melhorar

Queria hoje reflectir com os amáveis leitores sobre algumas situações que envolvem o nosso viver colectivo, especialmente as que dizem respeito aos momentos festivos.

As festas
As festas populares, por estas bandas, são normalmente em honra de Deus ou de um Santo. As chamadas festas cristãs.
Então é preciso que não desdigam aquilo que afirmam. Que em tudo contribuam para o espírito cristão.
O centro, o cume, o coração de uma festa cristã é a Eucaristia. É para a Eucaristia da festa que o trabalho dos mordomos e das comunidades deve convergir com excelência. Criar um ambiente de silêncio, suscitar a participação das pessoas, cuidar da liturgia. Para que a Eucaristia seja a Festa na festa.
A Eucaristia está antes, muito antes, porque muito acima, de procissões, conjuntos, bandas, foguetes, jantaradas. A Missa é o centro!
Que sentido tem ficar cá fora à espera da procissão? E que respeito revelam para com o sagrado os que ficam a fazer barulho no exterior dos templos? Ou quem fica no café? Ou deixar-se ficar por casa a preparar o almoço para os convidados? Na vida temos que estabelecer prioridades. E neste caso, para os baptizados, a prioridade é a Missa.

A procissão é um acto religioso. E como tal deve ser encarado. Daí todo o respeito que lhe é devido. É preciso guardar silêncio, ter antecipadamente organizado tudo: quem pega nas alfaias, quem pega nos andores, onde vão as figuras (os anjinhos)… Tudo. Assim, quer o arranque da procissão quer o percurso decorrerão com o decoro e a serenidade exigidas.
As pessoas que vão pegar nas alfaias ou nos andores devem ir vestidas decentemente. Já viram a figura de alguém que vai de calções com uma opa por cima???
As procissões são para serem acompanhadas e não para se ficar no passeio a ver passar. Mas ao menos quem estiver a “ver a procissão” que esteja dignamente. Se não tiver fé, que revele respeito pela fé dos outros. Esteja de pé, não converse, muito menos fumar, mascar chiclets…
O que é bem feito a Deus louva e aos homens engradece.

A preparação e cuidado das festas pertencem naturalmente aos mordomos. Mas não só. Toda a comunidade se deve sentir envolvida. Especialmente incentivando-se mutuamente à participação nos actos religiosos. Depois chamando educadamente à atenção aqueles que têm palavras, gestos, posturas menos condignas.

FW: GRIPE A - INFLUENZA A HUMANA H1N1 NAO DEIXE DE LER E ANUNCIAR

PERGUNTAS E RESPOSTAS:
1 .- P: Quanto tempo pode durar o vírus vivo em uma superfície?
R: Até 10 horas.

2. -P: Qual a utilidade do álcool para limpar as mãos?
R: Deixa o vírus inativo e mata-o.

3 ..- Q: Qual é o meio mais eficaz de infecção deste vírus?
R: O ar não é a forma mais eficaz de transmissão do vírus, o fator mais importante para a fixação do vírus é a umidade, (revestimento do nariz, boca e olhos), o vírus não voa e não atinge mais de um metro distância.

4 .- Q: É fácil a infectar-se em aviões?
R: Não é um meio propício.

5 .- Q: Como posso evitar a infecção?
R:\Não levar as mãos ao rosto, olhos, nariz e boca. Não ter contato com pessoas doentes. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6 .- Q: Qual é o período de incubação do vírus?
R: Em média 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase que imediatamente.

7 .- Q: Quando você deve começar a tomar medicação?
R: Se tomada até 72 horas depois, as perspectivas são muito boas, a
melhora é de 100%.

8 .- Q: Qual é a forma como o vírus entra no corpo?
A: Contato ao dar a mão ou beijar na bochecha. Ele penetra pelo nariz, boca e olhos.

9 .- Q: O vírus é letal?
R: Não, o que provoca a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é pneumonia

10 .- Q: Quais os riscos dos familiares de pessoas que morreram?
R: Elas podem ser portadoras e formam uma cadeia de transmissão.

11 .- Q: A água nas piscinas transmite o vírus?
A: Não, porque ele contém substâncias químicas e clorados

12 .- Q: O que faz o vírus para provocar a morte?
R: Uma cascata de reações, tais como insuficiência respiratória, a pneumonia grave é a causa da morte.

13 - Q: Quando pode iniciar o contágio, mesmo antes ou só quando os sintomas ocorrem?
R: Desde que se tenha o vírus antes dos sintomas

14 .- Q: Qual é a probabilidade de recaída com a mesma doença?
R: 0%, pois fica-se imune ao vírus.

15 .- Q: Onde é que o vírus se encontra no meio ambiente?
R: Quando uma pessoa contagiada tosse ou espirra , o vírus pode permanecer em superfícies lisas, como portas, dinheiro, papéis, documentos, desde que haja umidade. Uma vez que não se pode esterilizar o ambiente é extremamente recomendada higiene das mãos.

16 .- Q: Se eu for para um hospital particular podem cobrar-me o remédio?
R: Não, existe um acordo de não cobrar, porque o governo o está proporcionando a todas as instituições de saúde públicas e privadas.

17 .- Q: O vírus ataca mais os asmáticos?
R: Sim, esse pacientes são mais sensíveis, mas este é um germe novo, todos são igualmente suscetíveis.

18 .- Q: Qual é a população que este vírus está atacando?
R: 20 a 50 anos de idade.

19 .- Q: A máscara é útil para cobrir a boca?
R: Há algumas melhores do que outras, mas se você for saudável é contraproducente, pois o vírus, por seu tamanho, atravessa-a como se ela não existisse e usando a máscara, é criado dentro da área do nariz e da boca um microclima úmido favorável ao desenvolvimento do vírus. Mas se você já está infectado, melhor usá-la para evitar infectar outras pessoas, neste caso ela é relativamente eficiente.

20 .- Q: Posso fazer exercício ao ar livre?
R: Sim, o vírus não vai para o ar e não tem asas.

21 .- Q: Existe alguma vantagem em tomar vitamina C?
R: Não serve de nada para evitar a infecção por este vírus, mas ajuda a resistir aos sintomas.

22 .- Q: Quem está a salvo da doença ou quem é menos suscetível?

R: Não há ninguém a salvo, o que ajuda é a higiene dentro de casa, escritório, utensílios e não ir a lugares públicos.

23 .- Q: Será que o vírus se move?
R: Não, o vírus não tem nem pernas nem asas, só com um empurrão para entrar no interior do corpo.

24 .- Q: Os bichos de estimação podem propagar o vírus?
R: Este vírus não, talvez alguns outros vírus.

25 .- Q: Se eu for a um velório de alguém que morreu deste vírus posso infectar-me?
R: NÃO.

26 .- Q: Qual é o risco de mulheres grávidas com o vírus?
R: As mulheres grávidas têm o mesmo risco de qualquer pessoa, mas é por dois, elas podem tomar antivirais em caso de infecção, mas com rigorosa supervisão médica.

27 .- Q: O feto pode ter lesões se uma mulher grávida é infectada por este vírus?
R: Não sabemos o que pode acontecer, pois é um vírus novo.

28 .- Q: Posso tomar ácido acetilsalisílico (aspirina)?
R: Não é recomendado, pode causar outras doenças, a menos que tenha sido receitado para problemas coronários, nesse caso, deve-se continuar.

29 .- Q: Existe alguma vantagem em tomar antivirais antes dos sintomas?
R: Não é bom.

30 .- Q: As pessoas com HIV, diabetes, aids, câncer, etc. podem ter mais complicações do que uma pessoa saudável, quando do contágio pelo vírus?
R: Sim.

31 .- Q: A gripe convencional poderia tornar-se Influenza A?
R: NÃO.

32 .- Q: O que mata o vírus?
R: O sol, mais de 5 dias no ambiente, o sabão, os antivirais específicos, o álcool gel.

33 .- Q: O que fazer para prevenir infecções, nos hospitais, para outros pacientes que não têm o vírus?
R: Isolamento

34 .- Q. O álcool gel é eficaz?
R: Sim, muito eficaz.

35 .- Q: Se eu sou vacinado contra a gripe sazonal eu estou segura?
R: Não serve de nada, ainda não há vacina para o vírus.

36 .- Q: Este vírus está sob controle?
A: Não totalmente, mas estão sendo tomadas medidas agressivas de contenção.

37 .- Q: O que acontece com a mudança de alerta 4 para 5?
R: Fase 4 não é diferente da fase 5, só significa que o vírus se propagou de pessoa a pessoa em mais de 2 países, e a fase 6, é que se propagou para mais de 3 países.

38 ..- P. Quem foi infectado por este vírus e está saudável, é imune?
R: Sim.

39 .- Q: As crianças que têm tosse e constipações podem estar com a gripe A?
R: É pouco provável, as crianças são pouco afetadas.

40 - Q: Quais medidas as pessoas que trabalham devem tomar?
R: Lave as mãos várias vezes ao dia.

41 .- Q: Eu posso pegá-lo ao ar livre?
R: Se as pessoas estão infectadas e tossem ou espirram perto de você, pode acontecer, mas o ar é um meio de pouco contágio.

42 .- Q: Pode você comer porco?
R: Sim você pode e não há risco de contágio.

43 .- Q: Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está sob controle?
R: Embora a epidemia esteja controlada agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode retornar e provavelmente não haverá vacina ainda.
(Enviado por email)

Uma Encíclica que irrita

«Caridade na Verdade» é um texto altamente irritante. É isso mesmo: um manual para o desassossego.

Lembro-me muitas vezes da banda-desenhada cheia de humor de Quino, em que a irrequieta e incisiva Mafalda está com um ar abstracto e imperscrutável e diz que está a parecer-se com uma Encíclica Papal.
É uma forma engraçada de pôr o dedo na ferida, pois o grande risco é, de facto, o da recepção "abstracta e imperscrutável"que fazemos de textos que são afinal de uma impressionante concretude, agudeza e profecia.
Por vezes sinto que fazemos das "Encíclicas Papais" um género literário, altamente respeitável, mas inofensivo. A vida continua a correr com o pragmatismo do costume, indiferente quanto baste ao horizonte ideal que a tradição cristã nos aponta.
Talvez por isso, me apeteça saudar um pequeno texto de Henrique Raposo, que me incomodou muito, mas que, não posso negar, me tornou mais atento no acolhimento da Encíclica.
Diz o seguinte: «Não tenho problemas com o Papa, e até gosto de católicos. Mas há uma coisa que me irrita no Papa: é quando ele se põe a trazer Marx para o Evangelho. Aquilo que o Papa tem dito sobre a - suposta - falta de ética do capitalismo não ficaria mal na colectânea dos Summer hits de Francisco Louçã. Não vou aqui desconstruir a falácia antiliberal que está presente na Igreja Católica. Deixo somente uma pergunta: no "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" qual é a parte que o Papa não entende?» ("Expresso" (11/07/2009).
É evidente que este autor entende muito pouco do cristianismo. Em vez de Marx, ele deveria perceber que o Papa liga-se à tradição bíblica e Evangélica mais genuínas, aos Padres da Igreja e a todo o extraordinário património de pensamento e acção no campo da solidariedade humana de que a Doutrina Social da Igreja tem sido esteio. Mas numa coisa Henrique Raposo tem razão: Bento XVI irrita e esta sua encíclica, "Caridade na Verdade" é um texto altamente irritante. É isso mesmo: um manual para o desassossego.
José Tolentino Mendonça, in ecclesia

Felicidade

A felicidade consiste mais em dar do que em receber.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Como é feita a cocaína

INTERESSANTE ESTE VÍDEO...
MOSTRA UMA REALIDADE CRUA E MORTAL DESTA DROGA QUE DEVASTA MILHÕES DE PESSOAS DIRECTA OU INDIRECTAMENTE!

Veja como é feita a colheita e a produção da cocaína na selva Colombiana! O que é na verdade a cocaína - sem o seu glamour e brilho, longe das raves e badalações... uma mistura e combinação de todos os tipos de substancias cancerígenas. Este vídeo é uma aula a que todos deviam assistir e principalmente mostrar aos amigos para terem a noção daquilo a que poderão estar expostos os que usam esta droga.

(Enviado por email)

domingo, 12 de julho de 2009

Cansaço e nostalgia


Foi um dia de emoções fortes, de muita preocupação, a exigir grande concentração. Para mim, para a comissão, para todos os que têm algum trabalho ou responsabilidade.
Depois da Procissão do Adeus, houve uma reunião entre o Conselho Económico e o senhor Presidente da Câmara. No rosto de todos, queimado pelo calor que se fizera sentir, aparecia bem notório o cansaço. Apesar de tudo, todos deram o seu melhor, a reunião foi frutífera e o cansaço dava agora lugar à satisfação de quem trabalha em prol do bem comum, sem outra recompensa que não seja a consciência do dever cumprido.
Seguiu-se o "arrumar da tenda", com as pessoas a recolher bandeiras, postes, bancos, etc. Por fim, uma ligeiríssima refeição, pois o cansaço era maior do que a fome.
Quando, antes de regressar, passei pela capela para dizer um obrigado sentido a Deus por intercessão da Senhora das Dores e de Santa Helena, senti uma enorme nostalgia. Saudades de um dia que me deixou esgotado. Estranho! Mas Santa Helena é assim.
Nestes dias, todos somos poucos. Azáfama na cozinha para preparar as refeições. Azáfama para orientar, resolver situações, enfrentar algumas incompreensões. Azáfama na orientação do trânsito para que o movimento fluísse, ninguém estorvasse ninguém, todos se respeitassem. Azáfama no entendimento aos irmãos da Irmandade de Santa Helena para que pudessem ser bem atendidos. Azáfama na venda de recordações para que os interessados pudessem levar um "recuerdo" de Santa Helena. Azáfama na liturgia para que nada faltasse, tudo surgisse na altura certa, as Eucaristias e as procissões tivessem a dignidade compatível. Azáfama no confessionário ao qual se dirigiram muitas pessoas em busca do perdão de Deus que nos refaz por dentro. Azáfama para que as esmolas das pessoas fossem total e condignamente respeitadas. Azáfama para resolver os mil e um pormenores que sempre surgem no complexo isolamento da serra e na diversidade de respostas que é preciso dar às pessoas. Azáfama no som, condição indispensável para a celebração condigna.
Em muitos anos, já passei por muitas e diversas festas. Nada que se compare a Santa Helena no esgotamento e na felicidade.
Tudo correu na perfeição? Claro que houve falhas. Por mais que se projecte, que se esteja atento e por mais que se tenha experiência, onde houver humanidade há a possibilidade de lacunas. Procuraremos, como é timbre das comissões, fazer melhor para o ano.
Mas, no geral, correu bem. Bastante gente apesar da crise. Houve paz, serenidade, entreajuda, compreensão. Houve o testemunho de tanta gente que nos edificou com a sua fé. Houve a doação de tantas pessoas até à exaustão.
Um dos grandes problemas de Santa Helena é o aspecto económico. As receitas são poucas e as despesas e vontade de melhorar são muitas. Este ano, então, as receitas caíram a pique. E sem ovos não se fazem omeletas!!! Não fosse a ajuda da autarquia, e não iríamos longe... Temos sonhos e projectos. Mas temos também os pés assentes na terra.
Obrigado a todos, começando pelos peregrinos que nos visitaram, passando pelo Conselho Económico e pelos que trabalharam naquela casa, continuando pelos corais, leitores, sacristão, condutor da carrinha, ofertantes de donativos para a casa e a capela, zeladoras da Irmandade, novenistas, amigos! Um obrigado sentido ao Presidente da Câmara e da Junta de Freguesia.

sábado, 11 de julho de 2009

A rádio em Santa Helena

Em cada sexta-feira, a rádio Ribatávora, transmite de Tarouca o "Espaço Igreja", das 14 às 15 horas.
Hoje foi de Santa Helena. Como o telefone da casa estava com excesso de ruído, o remédio foi utilizar o telemóvel para a transmissão. Bom, mas na mão experimentada e resoluta do amigo Veríssimo, tudo se resolve...
Desde uma criança até ao Presidente da Câmara, passando por jovens, adultos e velhinhos, terminando no Presidente da Junta, um basto painel de intervenientes nos quais também me incluía.
A pergunta chave foi esta: "Que representa para si Santa Helena?"
Cada pessoa foi dando a sua opinião (não faltou o coração!...), referiu alguns episódios, sugeriu propostas, explicou realizações... Santa Helena é algo de único na alma tarouquense!

À noite, passou a 2ª parte do filme sobre João Paulo II que ontem não foi possível projectar porque a tecnologia entrou em greve... E quando as máquinas não querem funcionar, não é fácil..
Enquanto transportávamos as tralhas para o carro, o Cón. Melo sublinhava que só nos temos de considerar pequeninos face ao gigantismo da figura, da obra e do sofrimento de João paulo II. De facto, ao vermos aquelas por que passou o Papa polaco, que direito temos nós a queixarmo-nos???

Santa Helena é assim. Fraternidade, espaço de convivência, espaço de serviço. A água não chegava às torneiras e ao WC da feira. Problema que se resolveu graças à pronta intervenção dos técnicos e dos bombeiros a quem se agradece.
Pois de tarde, um grupo de senhoras novenistas, estrada fora com as vassouras na mão, lá foram limpar tudo. Como se da casas delas se tratasse. Só mesmo Santa Helena...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sem papas na língua

Perdoar? Ena, que é difícil mesmo!

Continuamos em novena. Hoje o tema foi o perdão. A sua importância e beleza no refazer e no crescer da família como comunidade de vida e de amor.
Perdoar e oferecer perdão. Perdoar-se e saber pedir perdão.
Fácil? Claro que não. Necessário? Claro que sim.
Um dos temas mais claros e incisivos na proclamação do Reino feita por Jesus Cristo. Até na oração que Ele nos ensinou (Pai Nosso) ficou clara a ideia do perdão. A mensagem e o testemunho de uma vida entregue por todos nós.
O nosso coração é um terreno fértil saído da Mão amorosa do nosso Deus. Quando nele deixamos crescer as silvas da vingança, do ódio e do desprezo, tornamo-lo um silvado, terreno que nada produz e é agreste para quem se aproxima.

Agora pensemos:
- Quanta paz se sente quando temos a grandeza de oferecer perdão e de o pedir?
- Quantas discussões inúteis e fracturantes se evitariam na família com um simples e sincero pedido de desculpas? Um gesto humilde de pedido de perdão resolve mais problemas do que horas de berraria...
- Perdão gera confiança e aproxima as pessoas. Quantos casais não saíram reforçados na sua relação porque tiveram a grandeza humilde de pedir perdão e de se perdoar?
- Quantas pessoas, embora magoadas e feridas na alma, são capazes do gesto fantástico do perdão? É que só o perdão cura...
- Nenhum cristão, em nome da sua fé, poderá dizer esta coisa horrenda: "Nunca te perdoo!!!"
- Quem não perdoa será que ama? Não será o perdão a forma suprema de amar? E será que quem não ama será gente?
- Só o perdão restitui a paz, a beleza interior, o sentir-se em harmonia cósmica, a esperança. Quem não perdoa vive atiçando dentro do seu coração a víbora encapelada do ódio, do remorso, da agressividade, do estar mal, da revolta...

Amigo (a), por si, nunca deixe crescer no seu coração o silvado do ódio, da vingança, do querer mal, da indiferença. É demasiado importante!

Nesta manhã


Não Te peço, Senhor,
caminhos abertos nas águas,
nem rosas sem espinhos…
Não Te peço uma nascente em cada esquina;
nem uma palavra amena na tremura
de cada passo que devo dar…
Não Te peço que o sol se mostre todos os dias,
ou que o vento não sopre,
testando as raízes ou limpando as folhas…
Não Te peço que Te mostres,
quando a solidão me aperta;
nem que envies o Teu anjo
a riscar linhas de orientação nos cruzamentos…
Não Te peço que me libertes
do trabalho que me cabe,
nem da dor de habitar um tempo
que desassossega as certezas…
Peço-Te tão somente
que o meu coração não se perturbe
e que eu me saiba continua e gratuitamente amado.
JOÃO AGUIAR

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A rir, a rir...

Decorre a novena. De acordo com o plano pastoral da paróquia, que contempla os sacramentos da Ordem e do Matrimónio, o sr. Cón. Melo tem falado do Matrimónio (tanto Santa Helena como a Senhora das Dores constituíram família...).
Sempre que julgo oportuno e a inspiração me ajuda, gosto de contar uma pequena historieta que ajude a recentrar a atenção no assunto.
As pessoas estão ali bastante tempo, as condições não são as ideais e muita gente chega à novena após um dia de trabalho. Penso que às vezes é preciso descentrar para melhor recentrar. Até nas aulas gosto de o fazer sempre que me é possível.
Nunca esqueço aquela palavra de Jesus: "Deixo-vos a Minha alegria para que em vós ela seja completa." Tantas vezes que as nossas assembleias são pesadas, com ar grave, como se as pessoas estivessem num velório... Gosto de ver a gente serena, compenetrada mas com ar feliz pela presença do Senhor que nos une.
Depois uma graça ou uma historieta oportunas são capazes de ficar mais gravadas no coração dos ouvintes do que uma eloquente exposição teológica.
Além disto, "não é com vinagre que se apanham insectos". Quer dizer que um sorriso franco é capaz de de criar mais propensão para a adesão à mensagem.

Finanças

"O inteiro sistema financeiro deve ser orientado para dar apoio a um verdadeiro desenvolvimento. Sobretudo, é necessário que não se contraponha o intuito de fazer o bem ao da efetiva capacidade de produzir bens. Os operadores das finanças devem redescobrir o fundamento ético próprio da sua atividade, para não abusarem de instrumentos sofisticados que possam atraiçoar os aforradores."
(Encíclica Caritas in veritate, n. 65)

Encíclica Caritas in veritate em cápsulas

Veja aqui:
http://zenit.org/article-22081?l=portuguese

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pela Novena...


Ontem à noite, enquanto a pároco reunião com o Conselho Económico para preparar a Festa, o pregador projectava um filme sobre São Paulo.

Hoje, também à noite, foi projectado um filme sobre Nossa Senhora que agradou aos presentes.

Amanhã e depois, pelas 21 horas, será projectado um filme sobre João Paulo II.

Na sexta-feira, das 17 às 18 horas, haverá uma Hora de Adoração, tendo especialmente em conta as ordenações sacerdotais (dois novos padres para a diocese) que terão lugar na Sé de Lamego no próximo sábado.

Ainda o Ano Sacerdotal

Temo a clericalização da Igreja. Bastante.

Idosos em Santa Helena

Os idosos do Lar da Santa Casa estiveram hoje de tarde em Santa Helena, onde lancharam. Depois rezámos o terço e regressaram ao Lar.
Gostei de ver na Serra esta "juventude". Penso que lhes fez bem o ar puro, a comida num sítio diferente, a estada na Capela de tantas e boas recordações para muitos deles.
Apreciei a dedicação e carinho de quem os acompanhou.
Um abraço, amigos!

NOVA ENCÍCLICA DE BENTO XVI

Leia aqui:
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html

o blog "Mansidão" ( http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/) oferece chaves de leitura do documento papal. Acompanhe.

- " A pessoa não pode ser vítima da economia. Tem de ser sujeito da própria economia."

- "É urgente recolocar a ética no mercado, a regulação no capital, a justiça no trabalho, a espiritualidade na economia, Deus na vida.

É na totalidade que cada dimensão ganha sentido. Sem Deus é a humanização que fica em risco."

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Em que é que nós errámos?

- Em que é que nós errámos? - perguntava aquele casal pela boca da esposa. - Privámo-nos de tantas coisas para criar os nossos filhos sem vergonhas do mundo e agora não querem saber de nós. Ajudámos tanta gente sem divulgarmos o bem que fizemos e muitos daqueles a quem demos a mão nem sequer nos ligam. Sempre demos alguma coisa de nós aos outros, participámos na vida da Igreja e em actividades e trabalhos no foro civil, e só recebemos críticas, incompreensões e suspeições... Em que é que errámos? Só queríamos saber!
O marido, acrescentou à laia de desabafo:
- Parece que só aqueles que se metem na sua vida, nunca fazem nada pelos outros, pensam apenas em si, é que são os bons! Deles ninguém fala, não andam nas bocas do mundo, não recebem críticas nem suspeitas soezes.
Logo a esposa acrescentou:
- Os filhos, os filhos de hoje!!! Sabe, têm memória muito curta! Como estão bem na vida graças ao esforço e empenho dos pais, nem se lembram de quem tantas passou para os criar!... Até me vem à cabeça que quem tem razão são os pais exigentes, tiranos e egoístas!
- Pois, mulher, mas os filhos são do nosso sangue- replicou o marido. - Temos obrigação de os aceitar, mesmo com a alma sagrando pela ingratidão. E, olha, estamos de consciência tranquila, mas será que os educámos pelo caminho mais adequado? Nestas coisas da educação, ninguém sabe completamente o caminho a seguir...
Agora os de fora! Tanto trabalhámos pelos outros, nunca recebemos nada e depois só críticas, murmurações, acusações injustas... Isso é que dói, sabe! O nosso povo é muito ingrato!
- Estão arrependidos do que fizerem? - perguntei.
Olharam um para o outro. Encolheram os ombros e, instantes depois, ele respondeu:
- Olhe, estamos de consciência tranquila. E como acreditámos que só Lá encontraremos o bem que aqui fizemos, não estamos arrependidos.
- Se voltassem ao passado, acham que seriam um casal fechado, não colaborando para o bem comum? - Insisti.
Olharam-se, voltaram a olhar-se e finalmente ela respondeu:
- Pelo conhecimento que tenho de mim e do meu marido, não seríamos capazes. Só que estaríamos mais vacinados contra certas críticas e ingratidões.

domingo, 5 de julho de 2009

DESDE QUE OS OUTROS CONCORDEM...

Hoje, em Santa Helena.
Numa conversa de amigos, alguém se saíu com esta:
- Há pessoas que se dizem muito dialogantes. Claro, desde que os outros concordem com elas...

Festa da Senhora das Dores




"Lá está o friozinho da Senhora das Dores" - comentava-se.
De facto, na Festa da Senhora das Dores, costuma sempre fazer um vento nada agradável.
Muita gente, apesar de tudo. Muitos fora do templo por este estar cheio.
Esta Festa, sem música nem foguetes, é a festa da paz, da interioridade, da expressão serena da fé.
Após a Eucaristia, liturgicamente animada pelo grupo de amigos que há meses a esta parte tem estado presente na Eucaristia do 3º domingo em Santa Helena, seguiu-se o terço e a procissão.
Parabéns às pessoas que, apesar do incómodo do vento frio, não arredaram pé, ficaram até ao fim.
Parabéns ao coral por mais este belo serviço à comunidade.
É sempre bonito de ver o ambiente fraterno, de são convívio e de amizade, que se respira na novena de Santa Helena. Claro, hoje não foi excepção.
Também às 12 horas, se celebrou cá baixo a Festa da Senhora das Necessidades.
Senhora das Necessidades, Senhora das Dores, Senhora de Fátima, Senhora da Lapa e tantos outros títulos com o o povo cristãos invoca Nossa Senhora. Mas Ela é sempre a mesma: Maria Santíssima, Mãe de Jesus Salvador e nossa Mãe também.

Já estamos em novena

Começou ontem às 18.30 horas.
Gostei do ambiente, das pessoas, do espírito.
Arranquei para a Serra antes do almoço. Depois encontrei-me com as gentes, resolvi alguns pequenos problemas e almocei.
Sentia uma vontade enorme de me embrenhar serra fora. Foi o que fiz durante duas horas. Sozinho. Ou como diz o povo: "Sozinho mais a graça de Deus."
Não, não segui os carreiros, meti pelo meio do mato. Andei pelo prazer de andar, pela descontracção imensa que me causa este gesto de comunhão com a natureza. Sentir no rosto a brisa suave, ser inundados pelos vários perfumes das plantas, passar junto de raros e pequeníssimos núcleos arvóreos e ouvir a música que ventos e folhas entoam harmoniosamente, ver a corrida apressada da sardanisca a esgueirar-se por entre a beleza feérica dos calhaus que sobressaem no meio de arbustos de mil cores e tonalidades, sentir os pés a fugir diante de um terreno esventrado pela reflorestação, onde as plantitas escondem o buraco mais fundo ... momentos mágicos de libertação interior, respiração da alma, leveza de espírito. Maravilha! Claro que cheguei com a roupa toda suja, o que me obrigou a regressar a casa depois da oração da noite para me mudar. Mas valei a pena, se valeu!

Já estive em Santa Helena hoje, às 8 horas, para a novena da manhã. Vou subir logo para a Festa da Senhora das Dores. O senhor Cón. Melo, pregador da Novena, por afazeres pastorais, não pode estar hoje. Paciência. Lá têm as pessoas que me aturar!

Maiorias e minorias

Muitas vezes as maiorias não têm razão. E as minorias terão sempre?

sábado, 4 de julho de 2009

Santa Helena - corrigindo

Por lapso, o horário publicado neste blog não estava correcto. Aqui ficam as devidas correcções.

Sábado, 4 de Julho: início da Novena Preparatória às 18.30 horas

Domingo: FESTA DA SENHORA DAS DORES
8 horas – novena; 18,30 – Festa da Senhora das Dores

Restantes dias: novena às 8 e às 18,30 horas.

Dia 12 – FESTA DA SANTA HELENA
Encerramento da Novena às 9.30 horas
Missa Solene e Procissão, presididas pelo Senhor Bispo, às 11,30 horas
Benção dos Campos e Procissão do Adeus às 17 horas

O erro de Sócrates

Lúcida análise política.
Leia aqui:
http://sol.sapo.pt/blogs/jas/archive/2009/06/26/O-erro-de-S_F300_crates.aspx#comments

sexta-feira, 3 de julho de 2009

XIV Domingo do Tempo Comum - Ano B

Para os habitantes de Nazaré Jesus era apenas “o carpinteiro” da terra, que nunca tinha estudado com grandes mestres e que tinha uma família conhecida de todos, que não se distinguia em nada das outras famílias que habitavam na vila; por isso, não estavam dispostos a conceder que esse Jesus – perfeitamente conhecido, julgado e catalogado – lhes trouxesse qualquer coisa de novo e de diferente… Isto deve fazer-nos pensar nos preconceitos com que, por vezes, abordamos os nossos irmãos, os julgamos, os catalogamos e etiquetamos… Seremos sempre justos na forma como julgamos os outros? Por vezes, os nossos preconceitos não nos impedirão de acolher o irmão e a riqueza que Ele nos traz?

Eu queria ser padre, mas não tenho quem me ajude

Ano Sacerotal. Não, não é apenas aos padres que este ano se destina. É a TODA a Igreja, TODINHA!
Hoje trago um caso que o comprova. Ora veja.

O Cardeal Pie, arcebispo de Poitiers, na França, costumava contar:
"Conheci perfeitamente um rapazinho pobre, nascido numa aldeia humilde de Chartres. Desejava muito ser sacerdote, mas os seus pais diziam-lhe que não era possível, porque não tinham dinheiro para pagar o seminário.
Certa vez, o pequeno entrou na Sé. Ao presenciar as cerimónias, tornaram-se mais fortes os desejos de ser sacerdote, mas... como consegui-lo?
Sem ser capaz de conter a sua tristeza desatou a chorar. Ao sair da igreja uma mulher, que vendia flores na praça, fixou-o e disse-lhe:
– Meu menino, porque choras? Que te fizeram?
Os soluços impediam-no de responder. Por fim falou, como quem confia um segredo:
– Eu queria ser padre, mas não tenho quem me ajude.
– Não te aflijas, filho, eu te ajudarei.
E assim foi. A vendedeira de flores trabalhava durante todo o dia e gastava as horas da noite a coser. Com o dinheiro que ia juntando, ajudou a pagar os estudos daquele rapazinho.
A vendedeira de flores já morreu. Os anjos levaram-na para muito alto no céu. O seu protegido vive e trabalha pela salvação das almas. Vós conhecei-lo. O pobrezinho que chegou a ser sacerdote, graças aos sacrifícios de uma santa mulher, sou eu, o vosso bispo".

Hoje há falta de padres não por falta de dinheiro mas talvez de oração. Rezemos para que o Senhor da Messe mande mais operários para a sua Messe.
In O Amigo do Povo