quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A crise económoca e social está para durar

A crise está aí. Mais, está para durar e, segundo alguns entendidos, para se intensificar.
O desemprego vai avolumar-se, cada vez as famílias terão mais dificuldade em corresponder aos seus compromissos bancários, o aumento da pobreza vai crescer. O povo esta descapitalizado.
Esta é a realidade.

A crise sente-se mais nos grandes centros urbanos onde tudo se paga. Na província, embora porventura se ganhe menos, também a vida é mais barata e menos exigente. Além disso, as pessoas sempre podem granjear umas terrinhas, o que sempre ajuda, e de que maneira!

ABRIR JANELAS DE ESPERANÇA
1. Não podemos ficar pelo queixume inútil. Há que arregaçar as mangas:
- menos gastos e mais poupança no supérfluo;
- menos café, televisão e computador e mais trabalho;
- voltar a granjear... Tanta terra de monte que há por aí...
- educar para a exigência, evitando extravagâncias no comer, no beber, no vestir, no telemóvel, no modo de vida;

2. Desenvolver novas formas de solidariedade, Apelando à "fantasia da caridade":
- mais atenção solidária das Misericórdias e dos grupo sócio-caritativos;
- mais empenho individual na solidariedade e na ajuda que não dão nas vistas, mas resolvem situações;
- mais sensibilização e mobililização da sociedade para a solidariedade;
- mais incentivos para o voluntariado;

3. Exigir mais, muita mais envolvência dos políticos na questão social:
- mais controle dos altos salários e das altas reformas;
- vigilância total e actuação rápida e eficaz em relação à corrupção;
- organização e aplicação de programas eficazes de combate à pobreza;
- estímulos ao voluntariado;
- durante este período, aplicação de um imposto especial sobre as grandes fortunas e os altos rendimentos em prol do combate à pobreza;
- Mais controle sobre o rendimento social de inserção de modo a evitar uso fraudulento do mesmo;
- maior simplicidade de processos e implantação do verdadeiro SIMPLEX;
- mais austeridade de vida por parte dos políticos para exemplo do povo e contenção das despesas públicas...

4. A Igreja é chamada pelo presente a uma aposta efectiva na caridade:
- por que será que temas como a caridade e a solidariedade raramente aparecem nos planos pastorais? Se dermos uma volta pelos várias planos pastorais das dioceses, em geral andam à volta dos sacramentos, da Bíblia, da família... E o pior é que não trazem grandes novidades...
- falta-nos a profecia da caridade. Não se levantam vozes nem gestos significativos e desinstaladores;
- no actual contexto, não deveria a Igreja mobilizar-se toda para esta luta contra a pobreza? Não é a caridade a linguagem mais eficaz dos discípulos de Cristo?
- que formação humana, espiritual, cristã é dada aos seminaristas no tocante à questão sócio-caritativa por esses seminários além? É que me parece que os colegas mais novos estão mais preocupados com cabeções, prestígio e conservadorismo do que com a caridade. Perdoem-me se sou injusto, pois bem sei que isto não se aplica a todos, felizmente.

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