Há meio ano fizera exames e estava tudo bem. Agora novos exames e... a resposta veio fulminante, arrasadora, sufocante.
Cancro da mama. Maligno? Benigno? Falta a biopsia e restantes exames...
Nestas alturas, só lembra o pior.
Ela está consciente da delicadeza da situação, preparada para as dificuldades que poderão surgir, disposta a lutar com todas as forças pelo amor à vida e àqueles que mais quer.
Mas sofre logicamente, está apreensiva. Muito.
Impressionou-me a sua fé. "Deus sabe que me traz cá. Ele não me abandona, porque me ama apesar de eu não merecer. Entrego-me nas Suas mãos, com o compromisso de fazer a minha parte. Peço uma oração."
Vai tudo correr bem, amiga! Essa disponibilidade para lutar é fantástica. Essa confiança em Deus é contagiante. A minha pobre oração, uma realidade.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
'Jesus estaria contra esta política de soutien'
"No que diz respeito à corrupção, à Máfia, à Maçonaria desviada, aos jogos de poder. Temos uma estrutura social e política montada no penacho, no compadrio, na corrupção legal. Não temos partidos com linhas políticas, temos partidos com gatafunhos ideológicos. Isto dói-me muito. A política não pode ser profissão, tem de ser serviço."
"No ensino não lembra a ninguém inteligente o que está a acontecer em Portugal com o Magalhães, que é simples manobra de propaganda política, é pó-de-arroz do primeiro-ministro, que bem precisa, coitado! Precisa de lifting, de peeling, de tudo. Parece que está tudo maluco."
"Sou formatado para o disparate, como a quantidade de deputados que temos na Assembleia da República, que não servem para nada. Da segunda fila para trás podiam ir todos embora.Não temos dinheiro para alimentar aquela gente toda."
"Sempre que se trata de defender a dignidade de quem quer que seja, estar calado é um crime. Ponto final."
"Tem de se começar por explicar a toda a gente da Igreja, sem excepção, a diferença entre poder e serviço. Em vários contextos, senti-me envergonhado de ser padre, diante da miséria e da prepotência de gente que tinha a obrigação de estar ao serviço dos pobres. Critico alguns senhores de cabeção e hábito de serem uns vaidosos insuportáveis. Parece que têm Deus na barriga. E andam a arrotar Deus por todos os lados. São pessoas que dão razão a Marx, que dizia que a religião é o ópio do povo . São pessoas que se aproveitam da fragilidade do povo para o apoiar, para lhe dar conselhos. E dar conselho a alguém, a não ser que seja mentalmente incapaz, é uma falta de respeito. Diante de alguém com um problema, a minha obrigação primeira é ouvir, filtrar a mensagem, mas dar ao outro a liberdade de ser gente."
Leia AQUI a entrevista na íntegra.
"No ensino não lembra a ninguém inteligente o que está a acontecer em Portugal com o Magalhães, que é simples manobra de propaganda política, é pó-de-arroz do primeiro-ministro, que bem precisa, coitado! Precisa de lifting, de peeling, de tudo. Parece que está tudo maluco."
"Sou formatado para o disparate, como a quantidade de deputados que temos na Assembleia da República, que não servem para nada. Da segunda fila para trás podiam ir todos embora.Não temos dinheiro para alimentar aquela gente toda."
"Sempre que se trata de defender a dignidade de quem quer que seja, estar calado é um crime. Ponto final."
"Tem de se começar por explicar a toda a gente da Igreja, sem excepção, a diferença entre poder e serviço. Em vários contextos, senti-me envergonhado de ser padre, diante da miséria e da prepotência de gente que tinha a obrigação de estar ao serviço dos pobres. Critico alguns senhores de cabeção e hábito de serem uns vaidosos insuportáveis. Parece que têm Deus na barriga. E andam a arrotar Deus por todos os lados. São pessoas que dão razão a Marx, que dizia que a religião é o ópio do povo . São pessoas que se aproveitam da fragilidade do povo para o apoiar, para lhe dar conselhos. E dar conselho a alguém, a não ser que seja mentalmente incapaz, é uma falta de respeito. Diante de alguém com um problema, a minha obrigação primeira é ouvir, filtrar a mensagem, mas dar ao outro a liberdade de ser gente."
Leia AQUI a entrevista na íntegra.
Oração do doente
Senhor, coloco-me diante de Ti em atitude de oração.
Sei que Tu me ouves, Tu me penetras, Tu me vês.
Sei que estou em Ti e que Tua força está em mim.
Olha para este meu corpo marcado pela doença.
Tu sabes, Senhor, quanto me custa sofrer.
Sei que Tu não Te alegras com o sofrimento dos Teus filhos.
Dá-me, Senhor, força e coragem para vencer
os momentos de desespero e de cansaço.
Torna-me paciente e compreensivo, simples e modesto.
Neste momento, eu Te ofereço
as minhas preocupações, angústias e sofrimentos
para que eu seja mais digno de Ti.
Aceita, Senhor, que eu una meus sofrimentos
aos sofrimentos de Teu Filho Jesus,
que por amor aos homens, deu Sua vida no alto da cruz.
Amen.
Sei que Tu me ouves, Tu me penetras, Tu me vês.
Sei que estou em Ti e que Tua força está em mim.
Olha para este meu corpo marcado pela doença.
Tu sabes, Senhor, quanto me custa sofrer.
Sei que Tu não Te alegras com o sofrimento dos Teus filhos.
Dá-me, Senhor, força e coragem para vencer
os momentos de desespero e de cansaço.
Torna-me paciente e compreensivo, simples e modesto.
Neste momento, eu Te ofereço
as minhas preocupações, angústias e sofrimentos
para que eu seja mais digno de Ti.
Aceita, Senhor, que eu una meus sofrimentos
aos sofrimentos de Teu Filho Jesus,
que por amor aos homens, deu Sua vida no alto da cruz.
Amen.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Banco Alimentar recolhe mais 30% de alimentos que no ano passado
Campanha bate recorde de recolha de alimentos.
A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de três mil toneladas de alimentos durante o fim-de-semana. Face ao ano passado, trata-se de um aumento de 30%.
“O balanço é muito muito positivo e superou todas as nossas melhores expectativas”, refere Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar.
“No final da campanha, foram recolhidas 3.260 toneladas de alimentos, naquilo que constitui um acréscimo de 30% em relação à mesma campanha do ano passado. Houve um banco alimentar onde só acabaram de arrumar as coisas já de madrugada, pelas seis da manhã, apesar de muitos [voluntários] terem hoje um dia de trabalho”, acrescenta Isabel Jonet, em declarações à Renascença.
A campanha do Banco Alimentar contra a Fome decorreu no sábado e no domingo em vários super e hipermercados de todo o país.
“No final da campanha, foram recolhidas 3.260 toneladas de alimentos, naquilo que constitui um acréscimo de 30% em relação à mesma campanha do ano passado. Houve um banco alimentar onde só acabaram de arrumar as coisas já de madrugada, pelas seis da manhã, apesar de muitos [voluntários] terem hoje um dia de trabalho”, acrescenta Isabel Jonet, em declarações à Renascença.
A campanha do Banco Alimentar contra a Fome decorreu no sábado e no domingo em vários super e hipermercados de todo o país.
1. Louve-se a solidariedade do povo português neste momento de grave crise. A alma portuguesa está viva e responde perante o panorama de pobreza que ensombra tantos lares e tantos estômagos.
2. Em vez de se destruir a "alma da Pátria" com aquilo que alguns chamam "país moderno", por que razão se não capitalizam estes valores idiossincráticos da alma lusitana em favor do despertar nacional para enfrentar a crise?
3. Perante uma calamidade, nacional ou mundial, os portugueses são imbatíveis em solidariedade. No dia-a-dia os casos normais de pobreza não tocam nem comprometem tanto. E é pena.
4. Os portugueses demonstram mais sensibilidade solidária perante o distante do que perante o perto. Em relação ao vizinho, aparecem sempre desculpas. "Eu ainda preciso mais do que ele (a)..."; "Ele (a) estão assim porque não querem trabalhar..."; "Ele (a) que não leve a vida que leva..."; etc.
Neva em Tarouca
Cai neve em Tarouca. Desde a manhã.
Embora as escolas tenham fechado, porque a neve não garante segurança no transporte dos alunos, neste momento ainda se circula. Até quando? Não se sabe, mas se continuar a nevar assim, não será por muito mais tempo.
O frio intenso que na tarde e noite de ontem se fez sentir, agoirava que a neve nos poderia visitar. E veio mesmo para anoivar a paisagem.
Segundo o Instituto de Meteorologia, frio e neve serão nossos companheiros até quarta-feira.
Balada da Neve
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…
E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.
Augusto Gil
Estrangeiros condenados expulsos automaticamente da Suíça
Os suíços aprovaram ontem a iniciativa da extrema-direita para a expulsão automática de estrangeiros que tenham cometido crimes, segundo a contagem dos votos dos 26 cantões.
O sim venceu com 52,9 por cento dos votos, tendo o «não» tido 47,1 por cento.
Uma contra-proposta apresentada pelo governo, prevendo que cada caso de deportação fosse analisado por um juíz, foi recusada por 54,2 por cento dos eleitores.
A aprovação desta proposta ocorre cerca de um ano depois da proibição da construção de minaretes na Suíça, que suscitou forte polémica na Suíça e no estrangeiro.
A expulsão dos estrangeiros já é possível em determinadas condições, mas o texto agora aprovado vai mais longe, propondo a retirada automática do direito de permanência na Suíça dos estrangeiros condenados, independentemente dos delitos ou das circunstâncias.
A expulsão passa por exemplo a ser possível se um estrangeiro for condenado por «abuso da ajuda social».
Lusa/SOL
O sim venceu com 52,9 por cento dos votos, tendo o «não» tido 47,1 por cento.
Uma contra-proposta apresentada pelo governo, prevendo que cada caso de deportação fosse analisado por um juíz, foi recusada por 54,2 por cento dos eleitores.
A aprovação desta proposta ocorre cerca de um ano depois da proibição da construção de minaretes na Suíça, que suscitou forte polémica na Suíça e no estrangeiro.
A expulsão dos estrangeiros já é possível em determinadas condições, mas o texto agora aprovado vai mais longe, propondo a retirada automática do direito de permanência na Suíça dos estrangeiros condenados, independentemente dos delitos ou das circunstâncias.
A expulsão passa por exemplo a ser possível se um estrangeiro for condenado por «abuso da ajuda social».
Lusa/SOL
domingo, 28 de novembro de 2010
Empate em Alvalade
«Não gostei deste Porto! Vi intranquilidade na linha defensiva, a que não estava habituado, e vi um Sporting que pode ser um sério candidato ao segundo lugar. Também não gostei da atitude intempestiva do Villas Boas, já é a segunda vez que é expulso e o treinador do Porto não pode ter esse comportamento. É competente e capaz mas falta-lhe um pouco da serenidade que todos os líderes devem ter.» - Silva Peneda, in A Bola
«O jogo foi estranhíssimo e ficou marcado pela arbitragem», comenta Rui Moreira: «Vi Jorge Sousa a tentar inclinar o campo e a ter influência no resultado». Em causa sobretudo dois lances. «No golo do Sporting há fora-de-jogo de Valdés, lamento que a Sport Tv tenha demorado mais de uma hora a perceber o lance... Já na jogada entre Maicon e Liedson parece-me que não há nada.»
«O Sporting jogou bem na primeira parte e com superioridade numérica em todas as jogadas, na segunda parte percebeu-se que estava cansado e o FC Porto assumiu o jogo. A partir do momento em que Maicon foi expulso havia que fazer a gestão do resultado.» - Rui Moreira, in A Bola
Sou um adepto que não se satisfaz com pouco. Gosto de ver o Porto a jogar bem, a dar o máximo, com a lição bem estudada.
Por isso, não percebi os festejos dos adeptos portistas no fim do jogo. Festejar o quê? O mau jogo que fizeram?
Claro que o árbitro prejudicou o Porto. Mas isto de estar sempre a atirar as culpas para cima dos árbitros é sinal de fraqueza. Já me lembro de ver o Porto a ganhar em Alvalade, embora estando reduzido a dez. Um golo do Teixeira, lembram-se?
Maicon espulso em dois jogos importantes já na presente temporada. Villas Boas, o treinador, idem. Não me agradam nada estas situações. À primeira quem quer cai, à segunda só cai quem quer...
Houve jogadores que a meu ver estiveram muito abaixo do esperado, como Maicon, Fernando e Varela. E como equipa, aquela 1ª parte foi para esquecer e aprender. Exactamente, aprender!
Depois, é bom que o Villas Boas não esqueça que nos dois jogos fora mais difíceis não foi além de um empate (Guimarães e Alvalade). Será que voltamos aos tempos de Jesualdo em que a equipa muitas vezes não obtinha bons resultados ao deslocar-se ao campo de um grande?
A campeão chega-se pela regularidade; uma grande equipa vê-se nos grandes jogos!
Há que crescer, há que aprender.
«O jogo foi estranhíssimo e ficou marcado pela arbitragem», comenta Rui Moreira: «Vi Jorge Sousa a tentar inclinar o campo e a ter influência no resultado». Em causa sobretudo dois lances. «No golo do Sporting há fora-de-jogo de Valdés, lamento que a Sport Tv tenha demorado mais de uma hora a perceber o lance... Já na jogada entre Maicon e Liedson parece-me que não há nada.»
«O Sporting jogou bem na primeira parte e com superioridade numérica em todas as jogadas, na segunda parte percebeu-se que estava cansado e o FC Porto assumiu o jogo. A partir do momento em que Maicon foi expulso havia que fazer a gestão do resultado.» - Rui Moreira, in A Bola
Sou um adepto que não se satisfaz com pouco. Gosto de ver o Porto a jogar bem, a dar o máximo, com a lição bem estudada.
Por isso, não percebi os festejos dos adeptos portistas no fim do jogo. Festejar o quê? O mau jogo que fizeram?
Claro que o árbitro prejudicou o Porto. Mas isto de estar sempre a atirar as culpas para cima dos árbitros é sinal de fraqueza. Já me lembro de ver o Porto a ganhar em Alvalade, embora estando reduzido a dez. Um golo do Teixeira, lembram-se?
Maicon espulso em dois jogos importantes já na presente temporada. Villas Boas, o treinador, idem. Não me agradam nada estas situações. À primeira quem quer cai, à segunda só cai quem quer...
Houve jogadores que a meu ver estiveram muito abaixo do esperado, como Maicon, Fernando e Varela. E como equipa, aquela 1ª parte foi para esquecer e aprender. Exactamente, aprender!
Depois, é bom que o Villas Boas não esqueça que nos dois jogos fora mais difíceis não foi além de um empate (Guimarães e Alvalade). Será que voltamos aos tempos de Jesualdo em que a equipa muitas vezes não obtinha bons resultados ao deslocar-se ao campo de um grande?
A campeão chega-se pela regularidade; uma grande equipa vê-se nos grandes jogos!
Há que crescer, há que aprender.
sábado, 27 de novembro de 2010
CAMINHADA DO ADVENTO
Nesta quadra de Advento só quero enumerar quatro virtudes. Explicitar, semanalmente, uma delas pode criar uma mentalidade que ajudará a enfrentar os tempos difíceis.
1 – Temperança: nasce duma sensibilidade capaz de estabelecer uma justa ordem entre a satisfação pessoal através do que é necessário e do que é facultativo.
Não estaremos presos a teias de coisas que consideramos imprescindíveis e não o são?
2 – Sobriedade: leva a considerar que o excesso pode ser prejudicial à saúde e, em muitos casos, torna-se um insulto a quem não consegue o mínimo.
Não haverá excessos verdadeiramente prejudiciais e que controlados poderiam ser ajuda fraterna?
3 – Abstinência: vista como moderação no comer, estabelece uma ordem sadia com benefícios para uma qualidade de vida.
Não encontraremos apegos desmesurados a gostos e prazeres que podem e devem ser evitados?
4 – Auto-domínio: controla as pressões que surgem de todo o lado e podem escravizar impondo hábitos e rotinas prejudiciais à vida familiar e pessoal.
Não nos encontraremos presos a rotinas impensadas que nos tornam meros imitadores sem reflexão prévia capaz de justificar as atitudes?
D. Jorge Ortiga
Não estaremos presos a teias de coisas que consideramos imprescindíveis e não o são?
2 – Sobriedade: leva a considerar que o excesso pode ser prejudicial à saúde e, em muitos casos, torna-se um insulto a quem não consegue o mínimo.
Não haverá excessos verdadeiramente prejudiciais e que controlados poderiam ser ajuda fraterna?
3 – Abstinência: vista como moderação no comer, estabelece uma ordem sadia com benefícios para uma qualidade de vida.
Não encontraremos apegos desmesurados a gostos e prazeres que podem e devem ser evitados?
4 – Auto-domínio: controla as pressões que surgem de todo o lado e podem escravizar impondo hábitos e rotinas prejudiciais à vida familiar e pessoal.
Não nos encontraremos presos a rotinas impensadas que nos tornam meros imitadores sem reflexão prévia capaz de justificar as atitudes?
D. Jorge Ortiga
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
A liberdade de educação
A Suécia adoptou o cheque ensino,
permitindo que as famílias escolhessem a escola
Numa Conferência de Imprensa, Herbert J. Walberg, autor do livro "Escolha da Escola: descobertas e conclusões", uma edição do Fórum para a Liberdade de Educação voltou a defender o direito dos pais a escolher a escola dos filhos.
«O sistema educativo sueco pode ser um bom exemplo para Portugal», defende Herbert J. Walberg, especialista em Economia da Educação, que tem feito parte de vários grupos de conselheiros da OCDE para a área da Educação.
Walberg recorda que a Suécia adoptou o cheque ensino, permitindo que as famílias escolhessem a escola, e que esta é obrigada a receber qualquer aluno.
Segundo Walberg, não se verificou o aumento da segregação, nem da concentração de crianças com necessidades educativas especiais em determinadas escolas. Por outro lado, foi criado um "mercado da educação" que, segundo Walberg, «conduziu a uma concorrência crescente, melhorou o desempenho dos alunos e aumentou a satisfação dos pais com as escolas dos filhos». No livro, Walberg cita vários estudos que comprovam que os pais a quem são dados os cheque ensino, participam mais activamente na vida escolar dos filhos.
Foi em 1993 que o Governo sueco ordenou às autoridades locais que financiassem os pais para escolherem as escolas que desejassem para os seus filhos – públicas ou privadas. Todos receberiam o equivalente a 85 por cento do custo por aluno das escolas públicas tradicionais. E o que se viu é que começou a haver concorrência e todas as escolas melhoraram. E o importantante é que as com melhores resultados passaram a ter mais alunos. Todos ficaram a ganhar: o Estado pois só passou a gastar 85 por cento do que gastava por aluno, os pais por que passaram a ter um ensino melhor para os seus filhos e até deixaram de pagar propinas.
O ensino privado, gerando concorrência, estimula a melhoria da qualidade e de custos e sobretudo respeita os princípios de cada um.
A liberdade de ensino é um direito fundamental e atentar contra ela é atentar contra a liberdade das famílias, é afinal negar na prática o que se escreve nas Constituições – conjunto de princípios que devem gerir a vida de um país. Acabemos de uma vez por todas com a hipocrisia.
In O Amigo do Povo
No próximo domingo, começa o ADVENTO
À espera do Salvador
Nos tempos que correm alguns leitores podem ver neste título um apelo a que apareça quem nos salve desta crise. Mas não é disso que se trata. Cristo prometeu que havia de vir de novo para nos salvar e é essa espera que a Igreja celebra todos os anos nas quatro semanas antes do Natal.
A Igreja chama a esse tempo Advento e durante ele devemo-nos preparar para prestar contas a Deus após a nossa morte e para celebrar bem o Natal de Jesus. Sim, porque queremos que Jesus venha ao nosso mundo. Que Ele nasça na nossa vida e na vida dos nossos contemporâneos.
«Mais que o vigia pela aurora, mais que a terra pelo sol nascente, mais que a flor pelo orvalho, nós o esperamos» – escreve o salmista.
Nos tempos antigos foi esperado por Israel, o Povo eleito. Espera ansiosa porque Deus o prometera a Abraão, aos Patriarcas, a Moisés, a David, aos Profetas. Nos momentos de alegria, Israel esperou; e esperou também nos momentos de trevas e de dor! É esta espera comovente, insistente, teimosa, que a Igreja celebra e revive no Advento!
Mas o Salvador que Deus nos enviou foi também esperado pelos pagãos, por todos os povos! É algo que nem sempre temos presente e, no entanto, é um aspecto importante do Advento: os pagãos desejaram o Salvador! Como pode ser isso? É verdade: eles não conheciam as promessas de Deus; eles não conheciam o Deus verdadeiro; eles não sabiam nada a respeito do Messias... Mas eles tinham e têm ainda no coração um desejo louco de paz, uma sede insaciável de verdade, de vida, de amor... sede que Deus mesmo colocou nos seus corações para que sem saberem, às apalpadelas, buscassem Aquele único que pode dar repouso ao coração humano. É isso que Mateus quer dizer quando nos conta a visita dos magos: eles vêm de longe, seguindo a estrela do Menino, eles esperavam e agora o procuram: "Vimos a sua estrela e viemos adorá-lo!" (Mt 2,2)! Esses Magos representam os pagãos todos, todos os povos, todos os homens e mulheres de boa vontade que, seguindo sua consciência, sem saber, procuram o Salvador. Pensemos em tantos sábios das várias culturas: Buda, Confúcio, Maomé e tantos, tantos outros, tão numerosos que somente Deus pode contá-los... Todos esperaram Aquele que é a verdade, a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo! E hoje continua a haver muita gente de todas as raças e culturas que O espera. Que Ele venha para todos!
In O Amigo do Povo
Nos tempos que correm alguns leitores podem ver neste título um apelo a que apareça quem nos salve desta crise. Mas não é disso que se trata. Cristo prometeu que havia de vir de novo para nos salvar e é essa espera que a Igreja celebra todos os anos nas quatro semanas antes do Natal.
A Igreja chama a esse tempo Advento e durante ele devemo-nos preparar para prestar contas a Deus após a nossa morte e para celebrar bem o Natal de Jesus. Sim, porque queremos que Jesus venha ao nosso mundo. Que Ele nasça na nossa vida e na vida dos nossos contemporâneos.
«Mais que o vigia pela aurora, mais que a terra pelo sol nascente, mais que a flor pelo orvalho, nós o esperamos» – escreve o salmista.
Nos tempos antigos foi esperado por Israel, o Povo eleito. Espera ansiosa porque Deus o prometera a Abraão, aos Patriarcas, a Moisés, a David, aos Profetas. Nos momentos de alegria, Israel esperou; e esperou também nos momentos de trevas e de dor! É esta espera comovente, insistente, teimosa, que a Igreja celebra e revive no Advento!
Mas o Salvador que Deus nos enviou foi também esperado pelos pagãos, por todos os povos! É algo que nem sempre temos presente e, no entanto, é um aspecto importante do Advento: os pagãos desejaram o Salvador! Como pode ser isso? É verdade: eles não conheciam as promessas de Deus; eles não conheciam o Deus verdadeiro; eles não sabiam nada a respeito do Messias... Mas eles tinham e têm ainda no coração um desejo louco de paz, uma sede insaciável de verdade, de vida, de amor... sede que Deus mesmo colocou nos seus corações para que sem saberem, às apalpadelas, buscassem Aquele único que pode dar repouso ao coração humano. É isso que Mateus quer dizer quando nos conta a visita dos magos: eles vêm de longe, seguindo a estrela do Menino, eles esperavam e agora o procuram: "Vimos a sua estrela e viemos adorá-lo!" (Mt 2,2)! Esses Magos representam os pagãos todos, todos os povos, todos os homens e mulheres de boa vontade que, seguindo sua consciência, sem saber, procuram o Salvador. Pensemos em tantos sábios das várias culturas: Buda, Confúcio, Maomé e tantos, tantos outros, tão numerosos que somente Deus pode contá-los... Todos esperaram Aquele que é a verdade, a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo! E hoje continua a haver muita gente de todas as raças e culturas que O espera. Que Ele venha para todos!
In O Amigo do Povo
Não tenho medo de "vergar a mola"
Passava eu hoje por uma estreita estrada municipal, quando tive que parar. Uma carrinha parada junto de um pequeno armazém estava a ser carregada.
Muito simpaticamente o homem veio pedir-me um instante de paciência, dizendo que o carregamento do veículo estava quase concluído.
Pouco tempo depois, o senhor voltou a aproximar-se e pediu desculpa pelo estorvo. Como conversa puxa conversa, acabámos por falar um bocadinho. Dado que se aproximava outro carro, encostámos os nossos o mais possível à valeta e continuámos o diálogo.
O homem, já de cabelos grisalhos, a morar no Sul, disse que estava desempregado há mais de um ano, pois falira a empresa onde sempre havia laborado. Estava farto de gastar horas e horas no Centro de Emprego, havia cumprido tudo o que lhe fora sugerido, mas trabalho nem vê-lo. A esposa ia dando umas horas em trabalhos domésticos, mas até estas estavam escasseando "pois a crise afecta a todos." Os dois filhos estudavam.
Tinha vindo à aldeia, a casa dos pais para levar umas batatas, umas cebolas, etc. "O que me vale são estes dois velhinhos que, para além das suas forças, vão granjeando uns terrenitos. Estou muito grato aos meus pais, pois nesta idade precisavam que nós nos ocupássemos deles e não eles de nós."
Afirmou ainda que, nas últimas férias escolares, havia passado esse tempo com os filhos na aldeia, ajudando os pais nos trabalhos agrícolas e que no próximo Verão o voltaria a fazer. "Não tenho medo de vergar a mola", acrescentou.
"Que tempos horríveis estamos a passar! E o que aí vem!", exclamou de olhar magoado. "Eu nunca tive medo do trabalho, tenho é medo da falta de trabalho. E então quando penso no futuro dos meus filhos, até fico com um nó no estômago..."
Falou depois que não sabia como o país ainda não se havia revoltado contra a situação. Sempre os mesmos a pagar! Os ricos e os causadores de crises passam sempre impunes; os políticos mentem, o que hoje afirmam, amanhã negam; os privilegiados continuam isentos de contribuir para a saída da crise. Parece que a eles ninguém toca...
Não conteve a revolta na voz quando se referiu à excepção aberta para o sector empresarial do Estado. "Haver excepções para pessoas que já auferem vencimentos elevados!? É escandaloso, atentatório, diz tudo sobre esta 'politicagem' que temos!!"
Do fundo do coração, fiz minha por completo a sua indignação.
Muito simpaticamente o homem veio pedir-me um instante de paciência, dizendo que o carregamento do veículo estava quase concluído.
Pouco tempo depois, o senhor voltou a aproximar-se e pediu desculpa pelo estorvo. Como conversa puxa conversa, acabámos por falar um bocadinho. Dado que se aproximava outro carro, encostámos os nossos o mais possível à valeta e continuámos o diálogo.
O homem, já de cabelos grisalhos, a morar no Sul, disse que estava desempregado há mais de um ano, pois falira a empresa onde sempre havia laborado. Estava farto de gastar horas e horas no Centro de Emprego, havia cumprido tudo o que lhe fora sugerido, mas trabalho nem vê-lo. A esposa ia dando umas horas em trabalhos domésticos, mas até estas estavam escasseando "pois a crise afecta a todos." Os dois filhos estudavam.
Tinha vindo à aldeia, a casa dos pais para levar umas batatas, umas cebolas, etc. "O que me vale são estes dois velhinhos que, para além das suas forças, vão granjeando uns terrenitos. Estou muito grato aos meus pais, pois nesta idade precisavam que nós nos ocupássemos deles e não eles de nós."
Afirmou ainda que, nas últimas férias escolares, havia passado esse tempo com os filhos na aldeia, ajudando os pais nos trabalhos agrícolas e que no próximo Verão o voltaria a fazer. "Não tenho medo de vergar a mola", acrescentou.
"Que tempos horríveis estamos a passar! E o que aí vem!", exclamou de olhar magoado. "Eu nunca tive medo do trabalho, tenho é medo da falta de trabalho. E então quando penso no futuro dos meus filhos, até fico com um nó no estômago..."
Falou depois que não sabia como o país ainda não se havia revoltado contra a situação. Sempre os mesmos a pagar! Os ricos e os causadores de crises passam sempre impunes; os políticos mentem, o que hoje afirmam, amanhã negam; os privilegiados continuam isentos de contribuir para a saída da crise. Parece que a eles ninguém toca...
Não conteve a revolta na voz quando se referiu à excepção aberta para o sector empresarial do Estado. "Haver excepções para pessoas que já auferem vencimentos elevados!? É escandaloso, atentatório, diz tudo sobre esta 'politicagem' que temos!!"
Do fundo do coração, fiz minha por completo a sua indignação.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Basta de apatia
De mansinho, com a abstenção cúmplice do PSD, o Governo, através do PS, fez ontem aprovar uma alteração ao Orçamento que coloca o sector empresarial do Estado fora dos anunciados cortes salariais.
Não fora o ministro, Jorge Lacão, antecipar as manchetes dos jornais de hoje explicando, depois, a medida aos jornalistas e a coisa tinha passado “de fininho” como convinha. Sem que os mercados pudessem tomar nota de mais este recuo no pacote de austeridade anunciado. E, em vésperas de greve geral, pairaria aqui e ali a vantajosa dúvida sobre quem afinal vai ver reduzido o seu salário.
O pretexto para condicionar os cortes, na generalidade das empresas de capitais públicos, “às adaptações justificadas pela sua natureza empresarial” ( como agora diz a lei) foi a pretensa necessidade de evitar a fuga de quadros da Caixa Geral de Depósitos.
E será que o povo acredita que os melhores quadros da Caixa se passariam, com armas e bagagens em massa para o BPI e o BES, caso estes lhes acenassem com a manutenção do actual salário ( porque privados em condições de contratar não haverá muitos mais…)?
E acredita que aberta esta porta de total discricionariedade a selecção do corte não se fará exactamente poupando os mais incompetentes, os sem currículo, os boys que enxameiam os quadros intermédios e dirigentes de que o sector empresarial do Estado ( banca incluída) se tornou uma enorme colmeia?
Tenho as maiores dúvidas de que uma greve geral seja o instrumento certo para expressar o protesto contra este tipo de gestão da causa pública. Até porque, em muitos casos, no sector privado patrão e trabalhador partilharão a indignação, e se um não pode ver mais reduzido o lucro o outro não poderá abdicar do salário. Mas como D. Jorge Ortiga diz, hoje à Renascença, um “dia de protesto é pouco”.
Com greve, ou sem ela, é preciso lutar contra a apatia. Contra a anomia de um povo que tudo aceita como uma inevitabilidade e parece desconhecer o direito à indignação. E para o exercer um dia de protesto é muito pouco…
O pretexto para condicionar os cortes, na generalidade das empresas de capitais públicos, “às adaptações justificadas pela sua natureza empresarial” ( como agora diz a lei) foi a pretensa necessidade de evitar a fuga de quadros da Caixa Geral de Depósitos.
E será que o povo acredita que os melhores quadros da Caixa se passariam, com armas e bagagens em massa para o BPI e o BES, caso estes lhes acenassem com a manutenção do actual salário ( porque privados em condições de contratar não haverá muitos mais…)?
E acredita que aberta esta porta de total discricionariedade a selecção do corte não se fará exactamente poupando os mais incompetentes, os sem currículo, os boys que enxameiam os quadros intermédios e dirigentes de que o sector empresarial do Estado ( banca incluída) se tornou uma enorme colmeia?
Tenho as maiores dúvidas de que uma greve geral seja o instrumento certo para expressar o protesto contra este tipo de gestão da causa pública. Até porque, em muitos casos, no sector privado patrão e trabalhador partilharão a indignação, e se um não pode ver mais reduzido o lucro o outro não poderá abdicar do salário. Mas como D. Jorge Ortiga diz, hoje à Renascença, um “dia de protesto é pouco”.
Com greve, ou sem ela, é preciso lutar contra a apatia. Contra a anomia de um povo que tudo aceita como uma inevitabilidade e parece desconhecer o direito à indignação. E para o exercer um dia de protesto é muito pouco…
Graça Franco, RR on-line
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Greve Geral de 24 de Novembro
A vida tornou-se uma corrida. Contra o tempo e contra a própria vida. Quando apenas se corre sem parar, dificilmente se aguenta.
Tudo é feito com pressa. E a própria pressa é mais intensa. A pressa é uma autêntica pressão.
Na pressa, não se pensa. Na pressa, pressiona-se. Na pressa, aumenta a pressão.
Hoje, há pressão para fazer greve. Há pressão para não fazer greve. E não se pensa muito no que se ganha ou perde com a greve.
Direito inalienável, ela foi-se tornando num instrumento de luta e numa afirmação de recurso.
Mas o povo sofrido já nem na greve acredita. Muitos vão aderir para dar o sinal.
Mas sabem que, volvida a greve, tudo voltará ao normal.
Esta greve parece transformada num grito de desespero e numa competição entre sindicatos, patrões e governo.
As coisas mudaram muito. As pessoas sentem que a mudança já não passará muito por ali.
Javier Arangurem sinalizou a pressa como uma das grandes doenças do nosso tempo, a par do ruído e do êxito.
A greve vai chegar depressa. Vai acabar depressa. E o que não passará é a pressão dos compromissos, do dinheiro que não chega.
Sob pressão, é ainda mais difícil. E o mais grave é que a pressão se abate sobre os mais desfavorecidos.
No meio da crise, há muita gente que já nem aparece.
É preciso despertar as energias do espírito.
Fonte: Aqui
terça-feira, 23 de novembro de 2010
O livro "Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos"
Auto-retrato do Papa é «best-seller» anunciado
1. «Luz do Mundo», apresentado no Vaticano, resulta de entrevista ao jornalista alemão Peter Seewald. AQUI
2. Bento XVI admite possibilidade de pedir renúncia. AQUI.3. Igreja deve encontrar modos novos de falar da sexualidade, diz Bento XVI. AQUI.
4. Celibato, mulheres e homossexualidade. AQUI.
5. «Caso Williamson»: Papa admite erro sobre bispo negacionista. AQUI.
6. Novo livro vai ajudar a compreender melhor Bento XVI. AQUI.
7. Autor de entrevista a Bento XVI considera «ridículo» centrar livro na questão do preservativo. AQUI.
UMA NOVA SONDAGEM
Peço-lhe que participe.
A sondagem aparece ao fundo da página.
"Que pensa dos jovens actuais?"
A sondagem aparece ao fundo da página.
"Que pensa dos jovens actuais?"
Como sair da crise?
Em resposta à última sondagem, temos:
- Só mudando o governo - 71%
- Os portugueses têm que trabalhar mais - 42%
- O Estado deve gastar menos - 57%
- Diminuir as prestações sociais - 0%
- Empresários, gestores, bancos, muito ricos devem pagar mais impostos -14%
- Reduzir o rendimento mínimo a quem dele precise mesmo - 42%
- Combate à corrupção e ao compadrio - 57%
- Diminuindo salários e pensões - 0%
Upa! Fiquei feliz!
Paquistão: Mulher cristã vê a sua pena de morte anulada
A decisão partiu do presidente paquistanês, que restituiu a liberdade a Asia Bibi
Veja aqui
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Oásis de serenidade em desertos de violência
1. Vinha hoje nos jornais que um homem alvejou a tiro um jovem de 20 anos por atravessar devagar a passadeira. O homem terá saído do carro para protestar contra a lentidão na marcha do jovem e seus dois companheiros, gerando-se uma azeda trocas de palavras seguida de luta corpo a corpo. Em seguida, o suspeito terá voltado à viatura para se munir de uma arma de fogo, com a qual efectuou um disparo que atingiu o estudante pelas costas, de forma superficial, causando-lhe ferimentos que obrigaram a tratamento hospitalar.
- O stress e a falta de paciência marcam o nosso tempo e agravam-se com a crise.
- Todos nós já notámos o ar provocador que alguns transeuntes (mormente jovens) usam nas passadeiras: andam devagar, conversam, param, falam ao telemóvel... Mesmo para provocar! Não seria preferível dar sempre a prioridade aos automobilistas? Não deverão ser penalizados os autores de tais provocações?
- Ser condutor exige controle emocional. Mas anda tanta vez ausente! As pessoas apitam por tudo e por nada, insultam, fazem gestos deseducados, não respeitam os sinais...
- Nada justifica o uso da violência que só pode gerar violência e revolta. As agressões físicas e, muito pior, o uso de armas indignificam quem o faz que deve ser seriamente punido.
Nesta sociedade individualista até ao tutano, cada um só pensa nos seus direitos, esquecendo-se que estes terminam quando começam os dos outros.
Por que motivo se deixou de lado a educação para o altruísmo, o respeito, a compreensão??
2. A violência no discurso político é muitas vezes desbragada. Se quem nos governa ou se candidata a tal faz da violência verbal o seu modo de estar, que podemos esperar da sociedade?
3. Já nem a família é lugar seguro! Ainda o ano de 2010 não acabou, e já foram assassinadas 39 mulheres vítimas de violência doméstica. Dá que pensar! Sem falar já nas agressões verbais, na violência física, no abuso de crianças ...Para muita gente, a família não é lugar de paz, mas espaço de inferno.
4. Francisco Guerra, uma das testemunhas-chave do processo Casa Pia, garante que «está activa em Portugal uma rede internacional de pedofilia que envolve as crianças e os adolescentes da instituição». Vale a pena ler aqui o que ele diz.
5. Hoje senti um oásis de paz. Fui visitar o Diác. Amorim que está bastante doente. Como sempre, encontrei uma pessoa serena, pacificada, em paz consigo mesma, aberto à esperança, absolutamente confiante em Deus. Não há nas suas palavras e nos seus gestos expressões de revolta, de queixume exasperado... Não. Uma serenidade que marca.
E disponível! Quando lhe perguntei em que é que precisava de ajuda para o desempenho das suas tarefas pastorais, veio a resposta. Convicta. Assumida. "Poderei fazer mais devagar, mas não se preocupe comigo. Eu faço o que tenho afazer."
Sem palavras.
- O stress e a falta de paciência marcam o nosso tempo e agravam-se com a crise.
- Todos nós já notámos o ar provocador que alguns transeuntes (mormente jovens) usam nas passadeiras: andam devagar, conversam, param, falam ao telemóvel... Mesmo para provocar! Não seria preferível dar sempre a prioridade aos automobilistas? Não deverão ser penalizados os autores de tais provocações?
- Ser condutor exige controle emocional. Mas anda tanta vez ausente! As pessoas apitam por tudo e por nada, insultam, fazem gestos deseducados, não respeitam os sinais...
- Nada justifica o uso da violência que só pode gerar violência e revolta. As agressões físicas e, muito pior, o uso de armas indignificam quem o faz que deve ser seriamente punido.
Nesta sociedade individualista até ao tutano, cada um só pensa nos seus direitos, esquecendo-se que estes terminam quando começam os dos outros.
Por que motivo se deixou de lado a educação para o altruísmo, o respeito, a compreensão??
2. A violência no discurso político é muitas vezes desbragada. Se quem nos governa ou se candidata a tal faz da violência verbal o seu modo de estar, que podemos esperar da sociedade?
3. Já nem a família é lugar seguro! Ainda o ano de 2010 não acabou, e já foram assassinadas 39 mulheres vítimas de violência doméstica. Dá que pensar! Sem falar já nas agressões verbais, na violência física, no abuso de crianças ...Para muita gente, a família não é lugar de paz, mas espaço de inferno.
4. Francisco Guerra, uma das testemunhas-chave do processo Casa Pia, garante que «está activa em Portugal uma rede internacional de pedofilia que envolve as crianças e os adolescentes da instituição». Vale a pena ler aqui o que ele diz.
5. Hoje senti um oásis de paz. Fui visitar o Diác. Amorim que está bastante doente. Como sempre, encontrei uma pessoa serena, pacificada, em paz consigo mesma, aberto à esperança, absolutamente confiante em Deus. Não há nas suas palavras e nos seus gestos expressões de revolta, de queixume exasperado... Não. Uma serenidade que marca.
E disponível! Quando lhe perguntei em que é que precisava de ajuda para o desempenho das suas tarefas pastorais, veio a resposta. Convicta. Assumida. "Poderei fazer mais devagar, mas não se preocupe comigo. Eu faço o que tenho afazer."
Sem palavras.
Consulte o blog indicado e verá...
- Dia da Diocese
- Estandartes de Natal
- 10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz
- Plano Pastoral da Diocese
Pode ver isto e mais AQUI
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- 10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz
- Plano Pastoral da Diocese
Pode ver isto e mais AQUI
domingo, 21 de novembro de 2010
Bandidos? Rua!
Portugal mostrou-se ao Mundo como um país seguro. Mais turistas ficarão curiosos para nos visitar.
As polícias e os serviços portugueses de informação deram um exemplo ao Mundo do que é rigor, competência e qualidade no que respeita a operações de segurança que tornaram a cimeira da NATO num acontecimento mundial. Foi prestigiante para Portugal receber tantos chefes de Estado.
As polícias e os serviços portugueses de informação deram um exemplo ao Mundo do que é rigor, competência e qualidade no que respeita a operações de segurança que tornaram a cimeira da NATO num acontecimento mundial. Foi prestigiante para Portugal receber tantos chefes de Estado.
Durante dois dias o País, e Lisboa em particular, estiveram em todos os noticiários do Mundo. Foi possível ver políticos, quer aqueles de que gostamos quer aqueles de que não gostamos, a negociar entendimentos, acordos de cooperação e a falarem entre eles.
É uma excepção.
Em todas as anteriores cimeiras, as imagens dominantes não eram estas, mas de vadios destruindo carros e estabelecimentos, incendiando autocarros, arrasando os espaços públicos em nome da defesa da… paz. Queixaram-se alguns, que as autoridades expulsaram do país, que tínhamos uma "polícia brusca".
Ouvi um deputado do Bloco de Esquerda, grande protector de causas ditas nobres incluindo terroristas, basta lembrarmo-nos das suas posições sobre a ETA, a lamentar-se de que o polícia não dava liberdade aos pacifistas. Eu corrijo. Não deu liberdade a vadios. E fez bem.
Dito isto, devo dizer que desconfio da NATO. Não gosto da sua política submetida ao imperador que, em cada momento, governa os Estados Unidos.
Ficará para a história do horror e da vergonha a invasão do Iraque e a matança de milhares de inocentes sob o pretexto de formidável mentira que jurava a existência de armas de destruição massiva. Mas gosto menos de vadios e terroristas dispostos a matar a eito, destruir sem piedade, incendiar em nome da Paz. Essa que é uma das mais belas utopias e que esses tipos conspurcam quando dela se apropriam.
As polícias merecem aplauso. Ainda por cima, calaram todos os profetas da desgraça, alarmistas, publicistas e vaticinadores que auguravam maus presságios. Foi um serviço limpo. Para as crónicas da treta ficarão os disparates que se disseram, das desconfianças dos suspeitos do costume e as baboseiras vindas de parte incerta.
Portugal mostrou-se ao Mundo como um país seguro. Uma imagem definitiva que permite pensar que mais turistas e divisas ficarão curiosos para nos visitar. E esperamos que veja gente decente claro. Vadios, não.
Francisco Moita Flores, in Correio da Manhã
Ele quer que as jovens casem aos 16 anos
O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, exortou as adolescentes iranianas a casarem-se aos 16 anos e os jovens a formarem família a partir dos 20 – divulgou ontem o jornal diário local ‘Jam-e-Jam’.
Que argumentos?
Que argumentos?
Os argumentos do presidente, cuja política familiar ultraconservadora tem suscitado alguma polémica no país, são claros: a população do Irão, cerca de 75 milhões de pessoas, deve duplicar como “arma” contra as pressões ocidentais.
“A idade do matrimónio nos homens é agora de 26 anos e nas mulheres 24. Não existe qualquer razão para que isto aconteça” – sentenciou o líder iraniano, acrescentando: “A idade ideal [para o casamento] deve ser por volta dos 16 ou 17 anos no caso das mulheres e 20 nos homens”.
De acordo com números do último censo, um terço da população iraniana tem entre 15 a 30 anos.
In Correio da Manhã
Enfim, vindo de quem vem, já nada é de estranhar. Como diz uma amiga, "ainda bem que não sou iraniana!"
sábado, 20 de novembro de 2010
Papa admite uso do preservativo em casos «isolados»
Bento XVI admitiu o uso do preservativo nalguns casos específicos, mas voltou a defender que este não é o “caminho”, mesmo quando se trata da erradicação da SIDA.
A declaração papal é pubilicada na edição dominical do jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", o qual avança com excertos de um livro-entrevista a Bento XVI, a ser apresentado no dia 23 de Novembro.
Falando com o jornalista alemão Peter Seewald, Bento XVI diz a respeito da polémica questão que “pode haver casos isolados justificados, como quando uma prostituta utiliza um preservativo”.
“Isto pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro acto de responsabilidade para desenvolver a tomada de consciência de que nem tudo é permitido e que não podemos fazer tudo o que queremos”, assinala.
Para o Papa, contudo, “esta não é a maneira correcta e verdadeira de vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade".
D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, diz que esta não é uma posição nova na Igreja. No entanto, referiu à RR que "talvez as pessoas estranhem" por ser o Papa a dizê-lo.
O também bispo auxiliar de Lisboa lembra que a Igreja defende a "moral do mal menor", ou seja, aceita a utilização do preservativo apenas para reduzir os risco da contaminação de inocentes.
Bento XVI afirma, na entrevista, que “concentrar-se no profilático quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa, precisamente, a perigosa razão pelas quais tantas e tantas pessoas não vêem na sexualidade a expressão do seu amor, mas apenas uma espécie de droga”.
“Por isso, tamtbém a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano na sua totalidade”, acrescenta.
O livro “Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos” resulta de uma conversa entre Bento XVI e Seewald, que já por duas vezes tinha entrevistado Joseph Ratzinger, ainda cardeal.
Ao longo de 18 capítulos, o Papa aborda várias das questões mais inquietantes para a Igreja e a humanidade de hoje.
ecclesia“A defesa da vida é direito fundamental”
D. Januário Torgal, Bispo das Forças Armadas aplaude posição favorável de Bento XVI sobre o preservativo.
Correio da Manhã – Pela primeira vez o Papa Bento XVI admite o uso do preservativo. Aplaude esta mudança de opinião?
D. Januário Torgal – Fico muito satisfeito por o Santo Padre pensar desta forma. Aprova uma doutrina que já é corrente na Igreja por pessoas que, pela sua experiência pastoral, consideram legítimo o uso do preservativo em determinadas situações.
– Bento XVI dá o exemplo positivo do uso do preservativo na prostituição para combater o vírus da sida. Penso que considera também legítima a sua utilização por casais em que um dos cônjuges esteja infectado.
– Não só legítima como obrigatória porque trata-se de um gesto cuja responsabilidade incide sobre a própria vida. Não se pode fazer, mesmo no matrimónio, dos métodos naturais um dogma.
– Qual a explicação da Igreja para o uso do preservativo?
– Do ponto de vista ético e moral, a explicação surge por a defesa da vida ser um direito fundamental. O Homem tem a obrigação de defender a sua vida do ataque dos outros. Uma situação que acontece caso o preservativo esteja ausente numa relação em que um dos parceiros é portador do vírus da sida.
– Esta mudança de posição do Vaticano irá produzir alterações profundas no modo
de agir da Igreja em relação à sida?
– Entendo que não. Na prática existia já um grande número de pessoas, nomeadamente em Portugal, que, pela sua inteligência, adoptavam a recomendação das ideias agora apresentadas por Bento XVI.
– A questão do preservativo levou ao corte de relações no seio da Igreja?
– No mínimo, ao rever a sua posição, o Santo Padre deveria pedir desculpa àqueles que não partilhavam da sua opinião anterior e, por isso, foram marginalizados.
– No seu caso, foi marginalizado?
– Não. Sempre tive a graça de ser ouvido.
In Correio da Manhã
In Correio da Manhã
Pobreza Infantil
Integrado no Ciclo de Debates "Pobreza e Exclusão", teve hoje lugar, no Salão Nobre da Câmara, o debate sobre POBREZA INFANTIL.
Como compreenderão, não posso estar em todas as acções que são promovidas, embora para muitas seja convidado ou como pároco ou como director do Sopé da Montanha.
A muitas delas gostava de assistir, mas os meus afazeres muitas e muitas vezes não o permitem.
Pergunto-e amiudadamente qual a razão pela qual as pessoas, tendo um meio de comunicação ao serviço da comunidade (Sopé da Montanha), não o usam atempadamente para divulgar estes eventos e/ou para apresentarem reportagem sobre os mesmos. É que escrever é também uma forma de sermos solidários. O jornal NÃO é do director, é da comunidade e para o bem da comunidade. O director perde horas intermináveis mensalmente para que ele exista. Gratuitamente. Por que motivo não hão-de as outras pessoas dar também a sua colaboração? Onde fica a cidadania?
Quando hoje pude chegar, já há muito os trabalhos se haviam iniciado. Não assisti nem à apresentação, nem ao filme, nem ao debate na sua integridade.
São sempre importantes estes momentos de formação, informação e partilha de experiências e ideias com vista a uma intervenção sempre mais abrangente e eficiente.
Mas o que presenciei não me marcou especialmente. Pareceu-me que o debate seguia mais pela ideologia do que pelo fundo das questões.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
2010 - Ano Europeu da Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social
Promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Tarouca, realizou-se no dia 15 de Outubro, no Auditório Municipal Adácio Pestana, um COLÓQUIO subordinado ao tema — "LUTA CONTRAA POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL — uma realidade para todos, uma responsabilidade de cada um".
"Pobreza, efectivamente, é ficar indiferente" - foi aí dito.
Também a CÂMARA MUNICIPAL DE TAROUCA está a organizar um Ciclo de Debates "Pobreza e Exclusão"
A VIDA AGITADA DE AMBROSINA
A Ambrosina tem uma vida agitada:
- à segunda-feira, vai a uma sessão espírita;
- à terça-feira, vai ao bruxo de longe de manhã e de tarde vai à bruxa de perto;
- à quarta-feira vai a uma sessão de satanismo;
- à quinta-feira, vai a uma sessão de regresso ao passado;
- à sexta-feira vai ao tarólogo;
- ao sábado consulta a cartomante;
- Ao domingo, vai à Missa e comunga.
Miltríades, a vizinha do lado, comenta lá do alto pedestal da sua modernice balofa:
-Faz ela muito bem. Se se sente bem assim, que mal pode haver? Isso de certezas aboslutas era antigamente, hoje a gente é que sabe!... Ninguém tem a verdade toda... Não há como a gente experimentar!...
A Natureza tem horror ao vazio. Quando as pessoas não têm nada lá dentro, então no seu coração medram como silvas crendice, adivinhação, bruxaria, ocultismo, esoterismo, filosofias orientais e quejandos...
Se juntarmos ao vazio o relativismo reinante, temos o caldo perfeito. É bom o que me agrada, o que me apetece, o que me interessa... Valores universais? Que ideia tão antiquada! Os valores fazemo-los nós!!!
"Não podeis servir a dois senhores", disse Jesus.
Na caixa de email do coração da Ambrosina, já não há lugar para esta e outras palavras de Jesus. Tudo cheiinho, de domingo a sábado...
- à segunda-feira, vai a uma sessão espírita;
- à terça-feira, vai ao bruxo de longe de manhã e de tarde vai à bruxa de perto;
- à quarta-feira vai a uma sessão de satanismo;
- à quinta-feira, vai a uma sessão de regresso ao passado;
- à sexta-feira vai ao tarólogo;
- ao sábado consulta a cartomante;
- Ao domingo, vai à Missa e comunga.
Miltríades, a vizinha do lado, comenta lá do alto pedestal da sua modernice balofa:
-Faz ela muito bem. Se se sente bem assim, que mal pode haver? Isso de certezas aboslutas era antigamente, hoje a gente é que sabe!... Ninguém tem a verdade toda... Não há como a gente experimentar!...
A Natureza tem horror ao vazio. Quando as pessoas não têm nada lá dentro, então no seu coração medram como silvas crendice, adivinhação, bruxaria, ocultismo, esoterismo, filosofias orientais e quejandos...
Se juntarmos ao vazio o relativismo reinante, temos o caldo perfeito. É bom o que me agrada, o que me apetece, o que me interessa... Valores universais? Que ideia tão antiquada! Os valores fazemo-los nós!!!
"Não podeis servir a dois senhores", disse Jesus.
Na caixa de email do coração da Ambrosina, já não há lugar para esta e outras palavras de Jesus. Tudo cheiinho, de domingo a sábado...
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Só o lucro de dez das maiores empresas dava para pagar o TGV
Os `lucros' de dez das maiores empresas do PSI 20 vieram nas páginas dos jornais. Só nos primeiros nove meses do ano em curso arrecadaram 7,7 mil milhões de euros, mais 24% do que em igual período do ano passado. O montante total dava para construir a rede de TGV. As empresas foram aleatoriamente escolhidas.
`Numa altura em que o país atravessa situação económico-financeira pouco favorável, as grandes empresas nacionais não só registaram lucros como aumentaram os seus resultados, face ao período homólogo;
Só a Telecom registou lucros de 5.618 milhões de euros, o que compara com os 373 milhões em igual período de 2009, a reflectir, principalmente, o aumento dos resultados das operações descontinuadas, na sequência do ganho obtido com a alienação da Vivo no terceiro trimestre.
A EDP vem a seguir (774 milhões de euros, face aos 748 milhões registados no mesmo período de 2009). Logo atrás surge a Galp. Destaque também para a Sonaecom, que obteve lucros de 29,7 milhões de euros, quase 11 vezes mais do que no período homólogo de 2009, apoiada numa política de redução de custos e em ganhos de eficiência operacional na actividade.
Também no sector bancário, os lucros são visíveis. As três instituições financeiras cotadas em bolsa totalizaram 767,5 milhões de euros. A maior subida foi registada pelo BCE, que viu os seus lucros crescerem 22%. EDP Renováveis e REN foram as únicas empresas a registar quebras nos resultados de Janeiro a Setembro.
In Jornal da Beira
Redução salarial é para sempre
"Sim. É para sempre. É um corte para sempre." A declaração é do ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, ontem, no Parlamento, sobre os cortes salariais na Função Pública a vigorar em Janeiro de 2011.
Fonte: aqui
Fonte: aqui
Nunca mais servirei quem morra
Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
(Sophia de Mello Breyner)
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
(Sophia de Mello Breyner)
Fonte: aqui ou aqui
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Ressurreição ou reencarnação ?
Esta pergunta foi-me feita por uma pessoa, há uns tempos. Na altura pensei que esta dúvida era um caso isolado. Com o tempo verifiquei que hoje goza de alguma popularidade e aceitação no ocidente a crença na reencarnação. Tive ocasião de o sentir mais vivamente na questão que me foi posta, há dias, por um universitário. Esta nova fé chega até nós através de livros, filmes e grupos religiosos não cristãos.
O que impressionou este meu interlocutor foi a convicção de um seu colega de que os animais são reencarnações de pessoas que se portaram mal noutras vidas. E contou-me que este seu companheiro pensa que temos de tratar bem os animais porque eles podem ser os nossos familiares e amigos que já morreram.Por meu lado expliquei-lhe a ressurreição com o exemplo de Cristo. Jesus foi morto e sepultado e, após 3 dias, o seu corpo desapareceu do sepulcro e tornou-se glorioso, podendo ser tocado. E também atravessava portas e paredes sem a necessidade de serem abertas ou derrubadas. O corpo de Jesus ressuscitado é um corpo semelhante ao que receberemos no final dos tempos.
A doutrina da reencarnação afirma que o espírito do falecido assumirá um novo corpo para fins de purificação, ou seja, as sucessivas reencarnações de um espírito o fazem alcançar a perfeição no final deste longo processo, purificando-se assim das culpas e pecados cometidos nas reencarnações anteriores. Porém, a reencarnação é um absurdo para o cristão por vários motivos. Destes destacamos os seguintes:
– Na Bíblia, em Hb 9,27 lemos que "para os homens está estabelecido morrerem uma só vez e em seguida vem o juízo". Isso significa que após a nossa morte receberemos o veredicto final de Deus: ou estamos salvos ou seremos condenados. E se formos condenados, não haverá outra chance (reencarnação) para chegarmos à perfeição.
– Se as pessoas fossem salvas por sucessivas reencarnações, não era preciso Jesus vir ao mundo salvar. Cada um se salvava na encarnação em que fosse bom. O próprio Jesus disse ao chamado bom ladrão: «Hoje estarás comigo no paraíso». Sinal que Cristo veio salvar mesmo os pecadores arrependidos.In O Amigo do Povo
Os Vampiros, Zeca Afonso
No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Abrigos agrícolas em pedra...
Já lá vão uns anos. Decorria uma visita de estudo e acompanhei os alunos. Os trabalhos exigiam que se andasse um bocado a pé pela serra. Às tantas, um aluno perguntou:
- Sr Professor, para que serviam aquelas casinhas pequeninas de pedra espalhadas pelos campos? Será que são vestígios dos Iberos ou dos Celtas?
Esclareci que não. Apenas humildes edificações em pedra destinadas a apoiar o trabalho agrícola e/ou o pastoreio.
A agricultura e a pastorícia desenvolviam-se ao ar livre - como hoje, embora actualmente haja também as estufas. Ora "quem anda à chuva molha.se." Então os agricultores e os pastores, porque sabiam por experiência da imprevisibilidade do tempo, foram semeando pelos campos estes abrigos para se defenderem dos temporais.
Tais abrigos serviam ainda para arrumar alfaias agrícolas, mormente quando o trabalho no campo se prolongava por mais de um dia...
- E por que razão não fugiam para casa quando vinha a chover' - insistiu o aluno.
Tirando as quintas, as pessoas viviam nos povoados e possuíam terras dispersas por bem longe. Não havia estradas nem caminhos em condições e, muito menos, transportes como hoje. Daí a necessidade de edificarem estes abrigos para se protegerem...
- E não roubavam as ferramentas agrícolas? - pergunta uma pequena.
Rarissimamente. Até nas casas as pessoas dormiam com as chaves na porta. Eram outros tempos. Havia muito mais respeito pelos pertences de cada um.
- Pois, quem dera que hoje fosse assim - comentou a aluna.
E poderá vir a ser se todos quisermos. Basta que todos nos convençamos que aquilo que é dos outros aos outros pertence.
Veja aqui a reportagem fotográfica sobre abrigos agrícolas da nossa zona.
- Sr Professor, para que serviam aquelas casinhas pequeninas de pedra espalhadas pelos campos? Será que são vestígios dos Iberos ou dos Celtas?
Esclareci que não. Apenas humildes edificações em pedra destinadas a apoiar o trabalho agrícola e/ou o pastoreio.
A agricultura e a pastorícia desenvolviam-se ao ar livre - como hoje, embora actualmente haja também as estufas. Ora "quem anda à chuva molha.se." Então os agricultores e os pastores, porque sabiam por experiência da imprevisibilidade do tempo, foram semeando pelos campos estes abrigos para se defenderem dos temporais.
Tais abrigos serviam ainda para arrumar alfaias agrícolas, mormente quando o trabalho no campo se prolongava por mais de um dia...
- E por que razão não fugiam para casa quando vinha a chover' - insistiu o aluno.
Tirando as quintas, as pessoas viviam nos povoados e possuíam terras dispersas por bem longe. Não havia estradas nem caminhos em condições e, muito menos, transportes como hoje. Daí a necessidade de edificarem estes abrigos para se protegerem...
- E não roubavam as ferramentas agrícolas? - pergunta uma pequena.
Rarissimamente. Até nas casas as pessoas dormiam com as chaves na porta. Eram outros tempos. Havia muito mais respeito pelos pertences de cada um.
- Pois, quem dera que hoje fosse assim - comentou a aluna.
E poderá vir a ser se todos quisermos. Basta que todos nos convençamos que aquilo que é dos outros aos outros pertence.
Veja aqui a reportagem fotográfica sobre abrigos agrícolas da nossa zona.
O filme "Dos homens e dos deuses"
A beleza do humano
Aura Miguel
RR on-line 12-11-2010 09:21
Estreou ontem, nas salas de cinema, um filme extraordinário de Xavier Beauvois, sobre os monges cistercenses de Thibirine que, em 1996, foram mortos por fundamentalistas argelinos.
O filme começa por mostrar a vida do mosteiro, perdido naquela longínqua aldeia do Atlas, e a profunda ligação que aqueles monges tinham com a população, que se manifestava em fortes laços de amizade.
Os monges levavam uma vida simples, com estudo, trabalho manual para garantir a sua sobrevivência, e muita oração. Quando estala a violência, contra cristãos estrangeiros, surge a questão: partir ou ficar.
O mais fascinante deste filme é ver como os monges franceses eram homens normais, frágeis como nós: claro que tinham medo e, numa primeira fase, queriam sair dali. Mas o superior da comunidade pediu-lhes tempo para reflectir e o resultado é um fascinante percurso de crescimento interior e humano que cada um desses homens cumpre, reforçado com a oração e o canto litúrgico. Humanamente, têm medo, mas tomam uma opção de amor e cada um decide ficar, sabendo que vai morrer.
O que fascina é que, apesar da debilidade que tinham, tomaram a sua vida a sério e arriscaram amar até ao fim.
O filme não exalta o martírio nem cai na mística publicitária da morte bela. Nada disso. O que brota deste magnífico filme é a beleza do humano, sempre que a vida é vivida como dom.
Os monges levavam uma vida simples, com estudo, trabalho manual para garantir a sua sobrevivência, e muita oração. Quando estala a violência, contra cristãos estrangeiros, surge a questão: partir ou ficar.
O mais fascinante deste filme é ver como os monges franceses eram homens normais, frágeis como nós: claro que tinham medo e, numa primeira fase, queriam sair dali. Mas o superior da comunidade pediu-lhes tempo para reflectir e o resultado é um fascinante percurso de crescimento interior e humano que cada um desses homens cumpre, reforçado com a oração e o canto litúrgico. Humanamente, têm medo, mas tomam uma opção de amor e cada um decide ficar, sabendo que vai morrer.
O que fascina é que, apesar da debilidade que tinham, tomaram a sua vida a sério e arriscaram amar até ao fim.
O filme não exalta o martírio nem cai na mística publicitária da morte bela. Nada disso. O que brota deste magnífico filme é a beleza do humano, sempre que a vida é vivida como dom.
Ver o trailer aqui.
Ambiente de 'fim de ciclo'
O ambiente nos gabinetes governamentais está cada vez mais «parecido com o de um fim de ciclo», garante ao SOL o adjunto de um ministro.
A falta de dinheiro e o clima pessimista sobre o futuro político do Governo estão a provocar um verdadeiro baixar de braços no interior das equipas ministeriais. A isto juntam-se, diz a mesma fonte, as querelas internas que opõem ministros a ministros e ministros a secretários de Estado, e que o Executivo já não consegue esconder da opinião pública.
Veja aqui.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
CONHECE ESTE PAÍS?
Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.
Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os de toda a EU.
Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.
Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhores vinhos espanhóis.
Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.
Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade pelo Mundo.
Nicolau Santos
Fonte: aqui
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