sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Alunos protestam contra regime de faltas

De manhã, quando me dirigia à escola para dar as minhas aulas, apercebi-me que havia um movimento fora do comum à entrada da escola. Disseram-me que os alunos estavam em greve. Gentilmente, deixaram-me passar e fui à minha vida. Tinha um terço dos alunos na sala de aula. Há que arranjar rapidamente estratégias para esta nova situação. Conseguiu-se e no final os presentes disseram-me que a "aula foi gira". Trabalhou-se o reforça das aprendizagens.

Mas eles protestam. Porquê? Alunos de várias escolas básicas e secundárias de todo o País estão esta sexta-feira a boicotar as aulas como forma de protesto contra as políticas educativas do Governo. Em causa estão o regime de faltas e o diploma de gestão escolar que prevê a figura do director.
Os protestos foram organizados pelas associações de estudantes das várias escolas e convocados através de SMS e da colocação de cartazes nos estabelecimentos de ensino.
O novo regime de faltas criado pelo estatuto do aluno prevê que os estudantes que excedam o limite de faltas realizem uma prova, independentemente do motivo ou natureza das ausências.
O diploma de gestão escolar prevê a substituição dos actuais conselhos executivos da escola pela figura do director.

Entretanto, os sindicatos de professores lamentaram hoje as insinuações de que os alunos estão a ser instrumentalizados por alguns docentes para a realização de manifestações de protesto contra as políticas educativas do Governo.

O secretário-geral da FENPROF lamentou que o porta-voz do PS considere que os alunos, que cometeram desacatos contra membros do Governo, estejam a ser instrumentalizados por «alguns radicais e alguns professores». E acrescentou: «A difamação é crime e que normalmente acaba por ser julgado na barra do tribunal».

«Os alunos não participam na luta dos professores. As suas formas de reivindicação só os comprometem a eles», afirmou.

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