segunda-feira, 31 de março de 2014

Ser discípulo para fazer discípulos

SER DISCÍPULO ...
- Recordemos os imensos tempos que Jesus usava para a oração…

- “Sem Mim, nada podeis fazer”, disse Jesus...

- “ Maria ficou a ouvir Jesus enquanto Marta se afadigava com trabalho. A Marta que Lhe pede que Maria a fosse ajudar, Jesus responde: “Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.”

- Ninguém dá aquilo que não tem. Para anunciar Jesus, precisamos de o ter no coração e na mente.

- ‘Antes de falares aos homens de Deus, fala a Deus dos homens.’

...PARA FAZER DISCÍPULOS

- "Assim como Pai Me enviou, eu também vos envio a vós", Jesus Cristo

- "Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova a todas as criaturas", Jesus Cristo

- O Bem é difusivo de si mesmo. Quem tem Cristo gosta de O anunciar.

- "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo", Jesus Cristo.

- "Ai de mim se não evangelizar", S. Paulo

- Não temos o direito de ter vergonha, de calar Jesus Cristo, num mundo que precisa d'Ele como de pão para a boca.

- Todo batizado é um enviado. Na tua família, no teu ambiente de trabalho, no teu bairro, no teu povo... quantas gente com necessidade do teu anúncio alegre do Evangelho!?

domingo, 30 de março de 2014

Boa Semana... Com Cristo


sábado, 29 de março de 2014

A propósito do 4º Domingo da Quaresma...

• Pode ler aqui as leituras do 4º Domingo da Quaresma.

• Oferecemos algumas pistas de reflexão e ação.

• Nós, os crentes, não podemos fechar-nos num pessimismo estéril, decidir que o mundo “está perdido” e que à nossa volta só há escuridão… No entanto, também não podemos esconder a cabeça na areia e dizer que tudo está bem. Há, objectivamente, situações, instituições, valores e esquemas que mantêm o homem encerrado no seu egoísmo, fechado a Deus e aos outros, incapaz de se realizar plenamente. O que é que, no nosso mundo, gera escuridão, trevas, alienação, cegueira e morte? O que é que impede o homem de ser livre e de se realizar plenamente, conforme previa o projecto de Deus?

• A catequese que João nos propõe hoje garante-nos: a realização plena do homem continua a ser a prioridade de Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz libertadora: convidou-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram “trevas”, sofrimento, escravidão e a fazerem da vida um dom, por amor. Aderir a esta proposta é viver na “luz”. Como é que eu me situo face ao desafio que, em Jesus, Deus me faz?

• O Evangelho deste domingo descreve várias formas de responder negativamente à “luz” libertadora que Jesus oferece. Há aqueles que se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a “luz” de Jesus só os incomoda; há aqueles que têm medo de enfrentar as “bocas”, as críticas, que se deixam manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da “luz”, deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos… Eu identifico-me com algum destes grupos?

• O cego que escolhe a “luz” e que adere incondicionalmente a Jesus e à sua proposta libertadora é o modelo que nos é proposto. A Palavra de Deus convida-nos, neste tempo de Quaresma, a um processo de renovação que nos leve a deixar tudo o que nos escraviza, nos aliena, nos oprime – no fundo, tudo o que impede que brilhe em nós a “luz” de Deus e que impede a nossa plena realização. Para que a celebração da ressurreição – na manhã de Páscoa – signifique algo, é preciso realizarmos esta caminhada quaresmal e renascermos, feitos Homens Novos, que vivem na “luz” e que dão testemunho da “luz”. O que é que eu posso fazer para que isso aconteça?

• Receber a “luz” que Cristo oferece é, também, acender a “luz” da esperança no mundo. O que é que eu faço para eliminar as “trevas” que geram sofrimento, injustiça, mentira e alienação? A “luz” de Cristo do dia em que fui baptizado brilha em mim e ilumina o mundo?
Fonte: aqui

sexta-feira, 28 de março de 2014

Partiu para o Pai o P.e Seixeira

Na madrugada do dia 28 de Março, Deus chamou a Si o Rev. Pe. António José Ferreira Seixeira, até ao presente Pároco de Salzedas, no Arciprestado de Armamar-Tarouca. 
Natural de Ferreirim, concelho de Sernancelhe, nasceu a 18 de Novembro de 1967, recebeu a Ordenação Presbiteral na Igreja Catedral a 6 de Agosto de 1994.  Nessa ocasião, já estava a colaborar na Paróquia de Salzedas onde, com nomeação de 28 de Agosto de 1996, continuou a exercer o seu ministério sacerdotal até ao dia de hoje como Pároco. 
As exéquias solenes, presididas pelo Sr. D. António Couto, Bispo da Diocese, terão lugar amanhã, 29 de Março, pelas 15h00, na Igreja Paroquial de Ferreirim, sua terra natal, onde os seus restos mortais já se encontram em câmara ardente e vigilante oração por parte de familiares, amigos e conhecidos.

Como colega e amigo, muitas vezes partilhámos trabalhos, alegrias e sofrimentos, esperanças e desilusões. Pessoa simples e multifacetada em dons, mesmo limitado pela sua saúde precária, o P.e Seixeira, na medida das suas possibilidades, dava o seu apoio e presença nas mais diversos serviços para que era solicitado. Obrigado por tudo.
Elevo a Deus a minha súplica pelo seu eterno descanso.

Amanhã não poderei estar presente nas exéquias solenes como gostaria. É sábado e as múltiplas tarefas pastorais e, sobretudo, as Eucaristias vespertinas ( 15h, no Lar; 16.15h, Missa com crianças ; 19h, em Gondomar) não me permitem a minha presença. Se Deus quiser, hoje, a seguir à Escola da Fé, irei deslocar-me a Ferreirim para um momento de oração junto dos seus restos mortais.


O P.e Seixeira e o seu amor pelo Mosteiro de Salzedas
Veja o vídeo aqui

quinta-feira, 27 de março de 2014

Papa recebeu Barack Obama no Vaticano


O Papa Francisco recebeu em audiência hoje no Vaticano o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Tratou-se do primeiro encontro entre os dois. Em julho de 2009, Obama foi recebido no Vaticano por Bento XVI.
Um forte esquema de segurança marcou a visita do Presidente dos Estados Unidos. Barack Obama chegou escoltado por um cortejo de mais de 50 carros, com a bordo dezenas de agentes das forças especiais. No pátio de S. Damaso, ele foi acolhido pelo Prefeito da Casa Pontifícia, Dom Georg Ganswein, com um piquete da Guarda Suíça.
"Sou um grande admirador", disse Obama ao Papa no início do encontro.
O Papa acolheu seu hóspede com um “welcome” (bem-vindo), ao qual Obama respondeu que era uma grande honra encontrá-lo. A seguir, foi a vez do colóquio privado a portas fechadas, com dois intérpretes, que durou cerca de 50 minutos.
Sobre o conteúdo do colóquio, aguarda-se o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Depois das fotos oficiais, houve a troca de presentes. Francisco presenteou seu hóspede com uma cópia da sua Exortação “Evangelii Gaudium” – que Obama disse que “provavelmente” lerá no Salão Oval, quando se sentirá frustrado, encontrando no texto força e calma.
Já o Papa ganhou uma caixa com sementes de frutas e verduras provenientes da horta da Casa Branca. “Uma parte das sementes é para o senhor. A outra parte será doada como obra de caridade em homenagem a Sua Santidade. Se tiver a oportunidade de vir à Casa Branca, poderá visitar o jardim”, disse Obama a Francisco, que respondeu: “Por que não?".
Fonte: aqui

quarta-feira, 26 de março de 2014

Os católicos na luta contra a ditadura

Foi “uma homenagem a todos os que souberam dizer ‘não’ ao regime da ditadura que vigorou entre 28 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974” – sobre cuja data passam este ano 40 anos –, nas palavras de José Dias, que animou o encontro. Iniciativa com características de história oral, realizou-se a 22 de Fevereiro último, no Convento de São Domingos, em Lisboa, um encontro sobre Os Católicos na luta contra a ditadura, que reuniu cerca de 180 pessoas durante uma tarde inteira.
Organizada pelo Instituto São Tomás de Aquino, dos padres dominicanos, e pelo Movimento Não Apaguem a Memória, a iniciativa contou com testemunhos, alguns deles com histórias inéditas, depoimentos escritos e música.
A música, interpretada ao vivo por Francisco Fanhais, marcou o momento inicial. É desse momento que aqui fica o registo de um excerto de Porque, poema de Sophia de Mello Breyner:
Fonte: aqui

terça-feira, 25 de março de 2014

CRISTO ... CRISTÃO


Cristão é o que:
- Acredita em Jesus Cristo
- Aceita e acolhe Jesus Cristo
- Segue Jesus Cristo
- Anuncia Jesus Cristo
E "quem nos pode separar do amor de Cristo?"
Nada. Ninguém:
- Nem a morte, nem a vida;
- Nem a altura nem a profundidade;
- Nem o pecado, nem o escândalo dos outros;
- Nem a ciência, nem a ignorância;
- Nem os defeitos, nem as virtudes dos outros;
- Nem a cor, nem a condição social;
- Nada, nem ninguém.

A nossa fé é em Cristo. E Cristo não desilude, não afasta, não engana, não falha, não Se cansa, não desiste, não abandona.
Não adores nunca mais Ninguém! Só a ELE!

Se a nossa fé está fundada no alicerce super-sólido que é Cristo, então:
- Exigimos mais a nós mesmos do que aos outros;
- Compreendemos as limitações e falhas dos outros;
- Não fugimos dos outros;
- Não vemos no pecador um muro que nos afasta, mas um irmão a pedir a nossa ajuda;
- Não ficamos no mensageiro mas caminhamos Aquele que o mensageiro anuncia;
- Não endeusamos pessoas nem as coisas;
- Sentimos cada vez mais necessidade da comunidade, apesar das falhas, defeitos e incoerências, nossas ou dos outros;
- Sabemos perdoar assim como Ele nos perdoa;
- Não vemos o outro como um inimigo, mas como irmão.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Eu amei-vos o suficiente...



Um dia, quando os meus filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva um pai, hei-de dizer-lhes:

- amei-vos o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão, e a que horas regressam a casa?

- amei-vos o suficiente para ter insistido em que juntassem o vosso dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que eu tivesse possibilidade de a comprar.

- amei-vos o suficiente para ter ficado em silêncio, para vos deixar descobrir que o vosso novo amigo não era boa companhia.

- amei-vos o suficiente para vos obrigar a pagar a pastilha que “tiraram” da mercearia e dizerem ao dono: “Eu roubei isto ontem e queria pagar”.

- amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vós, durante 2 horas, enquanto limpavam o vosso quarto (tarefa que eu teria realizado em 15 minutos).

- amei-vos o suficiente para vos deixar ver fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.

- amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalizações eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO quando sabia que me iríeis odiar por isso.

Estou contente, venci. Porque, no final, vocês venceram também. E, qualquer dia, quando os vossos filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva os pais, vocês hão-de dizer-lhes, quando eles vos perguntarem se os vossos pais eram maus …que sim, que éramos maus, que éramos os pais piores do mundo:

- «Os outros miúdos comiam doces ao pequeno almoço; nós tínhamos de comer cereais, ovos, tostas.

- Os outros miúdos bebiam Pepsi ao almoço e comiam batatas fritas; nós tínhamos de comer sopa, o prato e fruta. E – não vão acreditar – os nossos pais obrigavam-nos a jantar à mesa, ao contrário dos outros pais.

- Os nossos pais insistiam em saber onde nós estávamos a todas as horas. Era quase uma prisão.

- Eles tinham de saber quem eram os nossos amigos, e o que fazíamos com eles.

- Eles insistiam em que lhes disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

- Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles violaram as leis de trabalho infantil: tínhamos de lavar a loiça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Acho que eles nem dormiam a pensar em coisas para nos mandarem fazer.

- Eles insistiam sempre connosco para lhes dizermos a verdade, apenas a verdade e toda a verdade.

- Na altura em que éramos adolescentes, eles conseguiam ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.

- Os pais não deixavam os nossos amigos buzinarem para nós descermos. Tinham de subir, bater à porta, para eles os conhecerem.

- Enquanto toda a gente podia sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.

- Por causa dos nossos pais, perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós, alguma vez, esteve envolvido em roubos, actos de vandalismo, violação de propriedade, nem foi preso por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.

Agora que já saímos de casa, somos adultos, honestos e educados; estamos a fazer o nosso melhor para sermos “maus pais”, tal como os nossos pais foram».
Fonte: aqui

sábado, 22 de março de 2014

Samaritana, plebeia de Sicar

«Vir à fonte. Ir em frente».
Mergulhados, no coração da Quaresma, meditamos nesta cena maravilhosa, do encontro de Jesus, cara a cara, com a samaritana. Ela é, na verdade, a «musa inspiradora» deste nosso caminhar sobre as águas do Batismo.
 (Veja AQUI o diálogo entre Cristo e a Samaritana)
 
1. Vir à fonte!
Vede: uma mulher da Samaria, essa terra negra de perdição, vai à fonte, em busca de água para beber, mesmo se o cântaro, à cabeça ou na mão, é apenas um pretexto, para mais um encontro, quem sabe, pouco edificante. Mas lá vai… um dia e outro dia. E tantas vezes, na sua sede, vai o cântaro à fonte, que um dia lá deixa a asa… Eis que lá está, junto ao poço de Jacob, Quem ela, no fundo de si mesma mais procura, mas que, por agora, desconhece e não esperaria, com certeza, ver por ali. Nesta mulher, insatisfeita, está o retrato da nossa sede, pois “não há homem, nem mulher que, na sua vida, não se encontre, como ela, ao lado de um poço, com uma ânfora vazia, na esperança de encontrar, que seja satisfeito o desejo mais profundo do coração, o único que pode dar significado pleno à existência. Hoje são muitos os poços que se oferecem à sede do homem, mas é preciso discernir para evitar águas poluídas. É urgente orientar bem a busca, para não ser vítima de desilusões, que podem arruinar”(SÍNODO DOS BISPOS 2012, Mensagem ao Povo de Deus, n.1). E, por isso, “nos desertos desta vida, há sobretudo a necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra prometida, mantendo viva a esperança” (Bento XVI, Homilia, 11.10.2012; cit. por Papa Francisco, E.G. 86).
2. Encontrar Cristo, água viva
E ali está Jesus, com sede da sede daquela mulher! E nós havemos de O contemplar, uma e outra vez, “para conseguirmos um diálogo parecido com aquele que o Senhor teve com a Samaritana, junto do poço onde ela procurava saciar a sua sede” (E.G.72). “Como Jesus no poço de Sicar, também a Igreja deve sentar-se ao lado dos homens e mulheres deste tempo, para tornar presente o Senhor na sua vida, para que O possam encontrar, porque só o seu espírito é a água que dá a vida verdadeira e eterna. Só Jesus é capaz de ler no fundo do nosso coração e de nos revelar a nossa verdade: «Disse-me tudo o que fiz», confessa a mulher aos seus concidadãos” (SÍNODO DOS BISPOS 2012, Mensagem ao Povo de Deus, n.1).
3. E daí, toca a “Ir em frente”.
Quem recebeu a vida nova do encontro com Jesus, não pode deixar de se tornar anunciador de verdade e de esperança, para os outros. A pecadora convertida torna-se mensageira de salvação e conduz a Jesus toda a cidade. Na verdade,a Samaritana, logo que terminou o seu diálogo com Jesus, tornou-se missionária, e muitos samaritanos acreditaram em Jesus «devido às palavras da mulher»” (E.G. 120). Também nisto, ela nos inspira, a ser «pessoas-cântaropara dar de beber aos outros» (E.G.86). E o Papa Francisco não deixa de insistir: “Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário” E explica:se uma pessoa experimentou verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas instruções! Por isso, não digamos mais que somos discípulos e missionários, mas sempre que somos «discípulos missionários»” (cf. EG 120).
Irmãos caríssimos: lembrai-vos disto: «Quem não tem fé não mata a sede! Mas quem tem a graça de a ter, está ligado a uma tarefa enorme: dar desta água bebida um testemunho ao longo de toda a sua vida» (Erri di Luca, Caroço de azeitona.,66). “Por que esperamos nós(E.G.120)?
 Fonte: aqui

sexta-feira, 21 de março de 2014

TANTOS DIAS NUM SÓ DIA

Assinala-se, hoje:
- o Dia Mundial da Floresta,
- o Dia Mundial da Poesia,
- o Dia Mundial do Sono,
- o Dia Mundial da Eliminação da Discriminação Racial
- o Dia Europeu da Música Antiga.







Asiáticos e europeus,
Americanos e africanos,
Antárticos e oceânicos,
Uma só família humana
Que as florestas acariciam.

Deixemos as árvores cuidar de nós,
Não as impeçamos  de viver;
Elas trabalham continuamente
Para um bom sono podermos ter.

Ser poeta não é só escrever versos,
É ver o mundo com outros olhos;
Grandes poetas são as árvores,
Que libertam oxigénio aos molhos.

Velha melodia cantam as árvores
Quando o vento atrevido e insano,
Num movimento variado e disperso,
As faz dançar um ritmo  bachiano.

quinta-feira, 20 de março de 2014

HORA DE VERÃO

Foto: MUDANÇA DA HORA

A 30 de Março, muda hora e os relógios avançam 60 minutos quando for 1h da manhã.
MUDANÇA DA HORA
A 30 de Março, muda hora e os relógios avançam 60 minutos quando for 1h da manhã.

A PRIMAVERA CHEGA ESTA TARDE ÀS 16:57 HORAS

Foto: Primavera chega esta tarde, quando forem 16:57 horas

A primavera chega nesta quinta-feira à tarde, quando o dia é exatamente do tamanho da noite em todo o planeta e o sol atravessa o equador, com previsões de um dia com sol, mas também com chuva.

 Diz o Instituto Português do Mar e da Atmosfera que estão previstas nuvens até ao final da manhã no litoral oeste e que de tarde as nuvens e talvez a chuva regressam ao interior norte e centro. Vai também ficar mais frio.

 É num dia assim, à tardinha, que chega a primavera, quando forem 16:57. Suzana Ferreira, astrónoma do Observatório Astronómico de Lisboa, explica que todos os anos o início da estação difere (por vezes é no dia 21), devido ao alinhamento da terra em relação ao sol e também porque a terra não é um círculo perfeito nem o seu movimento é igual.
(http://www.iol.pt/push)
A primavera chega nesta quinta-feira à tarde, quando o dia é exatamente do tamanho da noite em todo o planeta e o sol atravessa o equador, com previsões de um dia com sol, mas também com chuva.

Diz o Instituto Português do Mar e da Atmosfera que estão previstas nuvens até ao final da manhã no litoral oeste e que de tarde as nuvens e talvez a chuva regressam ao interior norte e centro. Vai também ficar mais frio.

É num dia assim, à tardinha, que chega a primavera, quando forem 16:57. Suzana Ferreira, astrónoma do Observatório Astronómico de Lisboa, explica que todos os anos o início da estação difere (por vezes é no dia 21), devido ao alinhamento da terra em relação ao sol e também porque a terra não é um círculo perfeito nem o seu movimento é igual.

Previsões metereológicas A hora do início do equinócio da primavera depende portanto desses ajustamentos devido ao eixo de rotação do planeta e o mesmo acontece nas outras três estações. Os dias vão agora começar a ficar cada vez maiores até ao Equinócio do outono, quando voltam a ser iguais às noites.

São os únicos momentos em que tal acontece. No hemisfério sul, na cidade de Ushuaia, Argentina, uma das mais a sul do planeta, o sol vai nascer às 10:30 e pôr-se às 22:46. E no ponto mais setentrional (a norte), numa pequena localidade da ilha de Spitsbergen chamada Longyerbyen, o sol nasce às 04:52 e põe-se às 17:21. Doze horas em ambos os casos.

Mas lembra Suzana Ferreira que, excetuando quem vive na linha do equador, tudo muda a seguir. Se em Portugal os dias vão ficando maiores à razão de um minuto em cada 24 horas, naqueles locais a diferença é de 15 minutos diários. Quando chegar o verão de Portugal, Longyerbyen terá dias intermináveis e Ushuaia a noite mais longa.

«Nos dias a seguir e nos anteriores (à primavera) as diferenças são mínimas em Portugal», diz a responsável, citada pela Lusa, palavras que indicam uma chegada discreta de uma estação que simbolizava o início do verão (que chega oficialmente a 21 de junho).

A palavra deriva da expressão em latim «primo ver», ou primeiro verão.

É na verdade associada aos dias de sol, ao renascer da natureza e ao calor. Mas também às alergias provocadas pelos pólenes, cada vez mais agressivos devido à poluição, de acordo com especialistas.

E é ainda ela que determina a Páscoa, que é marcada para o domingo que se seguir à primeira noite de lua cheia após o equinócio.

Tirando as alergias, é por norma uma estação do agrado dos portugueses e antecede também outro momento normalmente apreciado, a mudança da hora, no último domingo do mês, quando o sol se põe, de um dia para o outro, uma hora mais tarde.

Cuidado com os pólenes das árvores

De acordo com o boletim polínico da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, o alerta vai particularmente para os pólenes de árvores.

Entre eles, o cipreste, o plátano pinheiro, a azinheira e outros carvalhos.

Destaque ainda para a erva parietária, sobretudo, na região da Estremadura.

Para os arquipélagos dos Açores e da Madeira preveem-se baixas concentrações de pólen.

Para evitar graves crise alérgicas, os especialistas defendem a prevenção ainda durante o inverno.


Fonte: aqui

quarta-feira, 19 de março de 2014

As consequências dos referendos

Ao olhar para as consequências em perspetiva do recente referendo na Crimeia, ocorre-me uma pequena reflexão sobre referendo e suas consequências. Antes de mais, importa assentar na noção de referendo e distinguir este de outros instrumentos próprios das democracias.

A palavra referendo é um nome que provém do verbo latino refero (derivado de re+fero), excessivamente polissémico para assumirmos inequivocamente uma das suas aceções. Uma coisa é certa: a morfologia da palavra portuguesa remete para a noção de futuro e de obrigação ou necessidade inerente ao gerundivo do verbo latino. E aí parece que se tratará de ato de “trazer de novo”, “referir”, “trazer e levar” ou vice-versa, “entregar”. E, sim, o legislador, leva ao povo uma questão em concreto, o qual, ao pronunciar-se, lha devolve num determinado direcionamento.

 É óbvio que a ciência política, tendo-se inspirado na etimologia, tal como a generalidade das ciências, não fica presa nas brumas das etimologias e facilmente obtém meios de formulação dos seus conceitos.  Não se deve, entretanto, confundir o referendo com a “referenda ministerial”, prevista na Constituição para algumas matérias, sob pena da inexistência jurídica do ato, e que consiste na aposição da assinatura do Primeiro-Ministro, ou de quem legalmente o substitua, e do ministro da tutela num diploma promulgado pelo Presidente da República (cf artigo 140.º da CRP).

No caso em questão, referendo é um instrumento que a democracia representativa encontra para episodicamente se comportar como se democracia direta fosse – o que permite afirmar que as democracias que frequentemente o utilizem são democracias semidiretas. Enquanto as diversas matérias são votadas pelos representantes que o povo elegeu (a eleição, do verbo latino “eligo”, implica escolha e não somente uma resposta de “sim” ou de “não”) com base em programas supostamente ideológicos e pragmáticos, para alguns assuntos de relevante e excecional interesse, os cidadãos eleitores são chamados a pronunciar-se por sufrágio direto e secreto. E, nos países, que o levam a sério, as suas consequências serão análogas às dos demais atos eleitorais. Não me parece politicamente honesta a definição de consequências de vinculação ou não consoante o nível de participação eleitoral, quando a mesma definição se não faz relativamente a outros atos eleitorais.

Há quem distinga claramente entre referendo e plebiscito (do latim plebs+scito, saiba ou saberá o povo). Tal distinção tem sentido no direito latino em que o plebiscito é convocado antes da criação da norma (ato legislativo ou administrativo), e é o povo que, através do voto, aprova ou não a questão que lhe é submetida. Por regra, o plebiscito nacional visa a formulação de uma lei, ao passo que o plebiscito local visa a formulação de uma disposição administrativa. Por seu turno, o referendo é convocado após a edição da norma, devendo o povo ratificá-la ou não. Porém, no direito anglo-saxónico, os referidos termos “plebiscito" e "referendo” são usados quase como sinónimos, tornando-se a sua distinção obnubilada.

A experiência portuguesa parece seguir a obnubilação anglo-saxónica, como se verá a seguir.

A CRP (Constituição da República Portuguesa)  dispõe, no artigo 115.º, que, sob proposta da Assembleia da República, do Governo – na esfera das respetivas competências – ou por iniciativa de um grupo de cidadãos dirigida à Assembleia da República, pode o Presidente da República convocar o referendo no qual serão chamados a votar todos os cidadãos recenseados no território nacional, o que exclui deste tipo de sufrágio os emigrantes. E os artigos 232.º e 240.º preveem a possibilidade de referendo, respetivamente, a nível regional e local.

Como em Portugal um referendo só é juridicamente vinculativo no caso de a participação ser igual ou superior a 50%, até à data nenhum o foi. No sufrágio sobre a regionalização e nos dois sobre a interrupção voluntária da gravidez (eufemismo para designar o aborto praticado nas condições previstas legalmente), a abstenção foi sempre superior a 50%.

Todavia, antes da realização do segundo escrutínio sobre o aborto, uma questão profundamente fraturante na sociedade portuguesa, o Governo comprometeu-se a legislar, independentemente do número de votantes, em consonância com a vontade da maioria dos que fossem às urnas; isto é, caso o resultado não fosse vinculativo (como não foi), o governo acataria a recomendação popular, atribuindo previamente um caráter vinculativo a ato que, per se, dele carecia. Por conseguinte, o Parlamento português aprovou, por ampla maioria, a Lei n.º 16/2007, de 17 de abril de 2007, que incorporou à legislação portuguesa o que fora recomendado pela população no referendo sobre o aborto realizado pouco antes.

Porém, sempre que o referendo foi convocado, já estava em franco avanço o estudo da norma, embora sem votação global final – o que dá a entender que o ato referendário nem configura em termos de pureza de ato o referendo nem o plebiscito. Quanto ao ato plebiscitário, a única matéria levada a plebiscito, de que me recorde, foi a Constituição Política, de 1933. E esta norma fundamental já estava mesmo elaborada, só não tinha entrado formalmente em vigor. Mas deixou sequelas na memória política coletiva:

Esse “plebiscito nacional”, como foi designado, ou referendo, como parece dever tecnicamente chamar-se, tornou-se um exemplo deplorável do uso perverso de uma verdadeira consulta popular. Não só as abstenções foram somadas à contagem das respostas de “sim” – ludibriando a vontade da maioria – como esse ato referendário tinha um caráter nitidamente “delegatório”, que serviu de cheque em branco para a institucionalização da Ditadura Nacional, doravante o regime do Estado Novo, sob a égide de Oliveira Salazar.

O uso delegatório do referendo não é permitido pelas modernas constituições democráticas, que instituem salvaguardas para evitar essas distorções. A CRP, entre nós, incorpora múltiplas salvaguardas para evitar o uso distorcido do referendo. Além da referida condição exigida para o caráter vinculativo, ficam excluídas da consulta popular várias matérias: as alterações à Constituição; as questões e os atos de conteúdo orçamental, tributário e financeiro; as matérias previstas nos artigos 161.º (exceto a matéria referente a tratados internacionais que não se refiram à paz e à retificação de fronteiras) e 164.º (exceto as bases do sistema de ensino). Por outro lado, estabelece-se que o referendo deve incidir sobre uma única matéria, a pergunta deve ser clara e submetida à apreciação prévia do Tribunal Constitucional.

Todavia, não podemos deixar de referir que, além de o nosso ordenamento constitucional acautelar com demasiados espartilhos os possíveis abusos do referendo, há um certo receio do referendo. Não se operou uma revisão constitucional que previsse o referendo ao tratado que estabeleceu a União Europeia, em 1992, apesar de o Presidente da República, ao tempo, ter pressagiado o “hão de arrepender-se”. Procedeu-se a uma revisão constitucional para possibilitar o referendo sobre matéria europeia, mas os poderes, apesar de os partidos o haverem prometido em campanha eleitoral, não levaram a referendo o Tratado de Lisboa, obviamente depois de terem olhado para a experiência europeia. Houve um país em que a mesma matéria europeia foi duas vezes consecutivas a referendo.

Outro entendimento há que, por vezes, divide a opinião pública e política portuguesa. Uns defendem que os temas fraturantes devem ser sempre sujeitos a referendo; outros, alegando que as matérias habitualmente catalogadas como fraturantes configuram direitos fundamentais, não aceitam facilmente essa exigência, argumentando que um direito fundamental não é referendável. Depois, sempre que há referendo, lá vêm as vozes daqueles que acusam o poder legislativo de que a discussão em sede própria já começou e outras a dizer que ainda o processo não chegou a seu termo, pelo que ainda há tempo de referendo. E ainda se regista, por vezes, a ginástica política de mau conselho a driblar o tempo político e degradar a imagem da seriedade do Parlamento, como foi o caso da coadoção.

Em minha opinião, penso que matérias que constem expressa e claramente de programa eleitoral de um partido que, por si só, ganhe eleições com maioria absoluta, não devem ser submetidas a referendo, uma vez que quem vota deve assumir a responsabilidade do voto. Havendo necessidade de decidir sobre matérias que não reúnam as condições anteriormente definidas, devem ser submetidas a referendo porque maioria relativa ou maioria absoluta resultante de forças partidárias coligadas após o conhecimento do ato eleitoral, embora garantam a representatividade aritmética do eleitorado, não correspondem à vontade maioritária cidadã e sociológica. Levado a cabo o referendo, ele deverá ter consequências de acordo com o sentido maioritário do voto validamente expresso. Outra forma de atuar significa que não se leva o povo a sério, que se brinca com coisas sérias e que não se ousa responsabilizar o abstencionismo. Por outro lado, sendo a regra da democracia o seguimento da vontade popular maioritária, embora com o escrupuloso respeito pelos direitos das minorias, não pode a vontade das minorias impor-se como norma ou conduta modelar.

Olhando para outros países, verificámos que alguns levam a sério o referendo como as eleições. A título de exemplo, recordo a Dinamarca, que, por via do referendo, ficou fora da Zona Euro, e a Suíça, que vai recolocar por via legislativa a problemática da imigração, em consequência de recente ato referendário.  

Quanto ao referendo na Crimeia, quero dizer que: os ucranianos o tentaram torpedear, os russos o resguardaram de forma intimidatória, colocando tropas à sua guarda, e os cidadãos da Crimeia não o levaram a sério. Vão a referendo sobre o “sim” ou “não” à independência em relação à Ucrânia. Ganha o “sim” pela esmagadora maioria de 96% e, a seguir, o Parlamento da Crimeia declara formalmente a independência da Crimeia e, ato contínuo, solicita a anexação formal à Federação Russa. Russos tudo aceitam, Estado Ucraniano reage mal, União Europeia e EUA ameaçam a Rússia com sanções. Já agora a sublevação ucraniana depôs governo eleito.

Afinal, referendo deve ou não ter “consequências consequentes”? E eleição, também ou não?!
Louro de Carvalho

terça-feira, 18 de março de 2014

19 de março, São José e Dia do Pai


Sobre São José, veja aqui


DIA DO PAI
poema com a definição de pai


Muitos parabéns a todos os pais.
Longa vida, saúde e paz.
Uma vez pai, pai para sempre!  Que o exemplo e a fé de pai acende labaredas de esperança no coração de seus filhos.
Ao meu pai, um sentido e enorme abraço de gratidão.

AFINAL, OS CREDORES TAMBÉM DEVEM

1. Vemos os problemas, mas, muitas vezes, nem coragem temos para os enfrentar. Contudo, se não os enfrentamos, como poderemos resolvê-los?
O panorama é claro e a conclusão irrefutável. Vivemos num labirinto e, de há uns tempos para cá, sentimo-nos no limiar do absurdo.
 
2. Há muita gente sem casa e há muita casa sem gente.
Há muitos bens no mundo e há muita gente a morrer de fome no mundo.
 
3. Como entender tudo isto? Não há justificação possível, mas há uma explicação palpável.
Chama-se dinheiro. Ou, para ser mais preciso, trata-se da relação que se estabelece com o dinheiro.
 
4. Como aceitar que quem nada tem acabe por ter uma única coisa: dívidas?
Quem não tem dinheiro não tem bens. Se os quiser ter, terá de se endividar. E de se endividar duplamente. Terá de se endividar perante o fornecedor dos bens e perante o fornecedor de dinheiro.
 
5. E se à escassez de bens e de dinheiro somarmos a escassez de trabalho, deparamos com uma equação insolúvel.
Como realizar dinheiro para ressarcir quem empresta dinheiro e quem vende os bens essenciais?
 
6. Por conseguinte, tudo encalha no dinheiro. Ou, retomando o que atrás se assinalou, tudo encalha na relação que estabelecemos com o dinheiro.
Os direitos estão do lado da posse. Os deveres estão em cima dos carenciados.
 
7. Quem precisa é obrigado a pedir. Porque é que quem possui não se há-de sentir obrigado a repartir?
Porque é que a pressão é dirigida sobre os devedores e não sobre os credores?
 
8. Porque é que o poder tem de estar em quem tem dinheiro e não em quem tem necessidade? A necessidade não deveria prevalecer sobre o dinheiro?
Os credores também não serão devedores? Uns deverão dinheiro. Mas outros não deverão ajuda a quem deve dinheiro? Quem tem também não estará em dívida para com quem não tem?
 
9. É claro que esta é mais uma questão moral do que uma questão jurídica. Mas os imperativos da moral não deveriam iluminar os ditames do direito?
Há vida para lá do dinheiro. O nosso mal é só olharmos para o dinheiro. Quando perceberemos que só somos donos daquilo que partilhamos?
 
10. Muitas vezes, não possuímos, somos possuídos. Tornámo-nos escravos do que temos e não damos conta.
Se alguns tiverem menos, muitos terão mais. E, no final, todos se sentirão melhor!
Fonte: aqui

segunda-feira, 17 de março de 2014

Bruno de Carvalho exuberante após o apito final

Ontem. Sporting - Porto, com os leões a vencerem por 1 - 0.
Após o apito final de Pedro Proença, Bruno de Carvalho saltou do banco e fez algo que não é habitual: festejou efusivamente voltado para a bancada central, a mesma onde Pinto da Costa assistiu ao clássico.



Não, não é a vitória do Sporting que aqui trago à colação. É o comportamento do presidente sportinguista.
Bruno de Carvalho não cessa de aparecer na comunicação social, sempre a disparar em todas as direções em prol da verdade desportiva.
Então nesta última semana, após o jogo no Bonfim onde o Sporting foi realmente penalizado pela arbitragem, Bruno de Carvalho e a sua direção andaram numa roda viva. Tudo foi meio, quase sem ligar a meios,  para guerrear a arbitragem.
Ora ontem os leões venceram o Porto e a arbitragem favoreceu claramente o clube de Alvalade, com incidência evidente no resultado.
Que fez Bruno de Carvalho? Veio à comunicação social reconhecer que o seu clube foi beneficiado? Nada. Festejou exuberantemente uma vitória obtida à margem das leis.
Para um presidente tão novo e que se propõe trazer a verdade desportiva para o mundo do futebol, os modos de proceder são velhos e gastos. Afinal que verdade desportiva quer Bruno de Carvalho!?
Quando se é prejudicado, grita-se, barafusta-se, insurge-se, recorre-se a tudo mais alguma coisa. Quando se ganha sendo beneficiado, cala-se, festeja-se, acomoda-se.
Assim não vamos lá. De gente tão nova era de esperar muito, muito mais.


Se fosse o Porto a ganhar como ganhou o Sporting, as capas dos jornais sublinhariam em parangonas os erros da arbitragem. Assim como foram outros a ser beneficiados, esses mesmos jornais apenas apresentaram nas capas a vitória leonina. Bom, mas de certos jornais, infelizmente, é o que há a esperar.


Não justifico com os claros e evidentes erros de arbitragem a derrota do meu Porto. O meu clube apresenta, este ano, fraquezas inéditas que estou certo resultarão em sucessos na próxima época. É que o meu clube costuma aprender com os erros...


Repor a verdade
Em nome da honestidade, devo fazer uma correção ao texto que publiquei.
Já depois de ter escrito este post, acabo de verificar que, numa conferência de imprensa realizada esta tarde em Alvalade, o presidente do Sporting passou em revista os casos do jogo com os dragões onde afirmou: "A verdade é que o Sporting fez um bom jogo, provou o seu valor e não tem medo de dizer que admite que os cartões não sejam cartões e que o lance foi fora-de-jogo. Não dizemos é que se trata de um erro grosseiro". (aqui)


Fica bem ao presidente leonino reconhecer os erros do árbitro em favor do seu clube. Agora os erros não podem ser grosseiros quando nos atingem e não grosseiros quando atingem os adversários.

domingo, 16 de março de 2014

Nesta Quaresma, como vai de renúncias?

Renúncia!
Sim! Eu renuncio...
Eis o plano e a palavra da Quaresma.
Eis o caminho para a minha Quaresma.

Jesus dá o mote, desde o princípio,
No deserto, ante a tentação
Diante do tentador...
Dá-nos o exemplo
Para fazer de Deus, em todo o tempo,
A prioridade maior,
Primazia à Palavra do Senhor!

Sim! Renunciar!
Porque unidos no amor,
Juntos contra a fome.
Há uma só família humana, 
alimento é para todos.

Sim! Esta Quaresma é tempo de renunciar!
Não é fugir ou evadir-se,
Escapar ou deixar...
É em tudo confiar no Deus que é Amor.

Renunciar à riqueza material,
Ao poder vazio de sentido...
Renunciar ao espectacular atractivo,
À razão só racional.
Ser rico de sentimento
E à Palavra dar todo o assentimento.

Renunciar é mais que palavra de ordem,
É a inteireza da mensagem.
Arrisca renunciar
E conseguirás ao Amor chegar.

Na Igreja há uma caixa,
A caixa da renúncia,
Não saiba a tua mão esquerda 
O que faz a direita.
As tuas renúncias
Ali vais colocar
Para o teu irmão pobre amar.

Nesta Quaresma,
Amar é renunciar...
 A que renuncias na tua Quaresma?

sábado, 15 de março de 2014

Festa da Catequese 2014

“Ser discípulo para fazer discípulos”

Veja aqui

Um nabo e que nabo!




A “Chave D’ouro” (Tarouca) tem em exposição um nabo com dimensões invulgares. Um autêntico pedregulho com cerca de 5,300 gramas!
Motivos de admiração e de conversas várias, o tubérculo tornou-se numa dos 'famosos' da terra, capaz de competir com o Jet Set nacional...

sexta-feira, 14 de março de 2014

SEMANA NACIONAL DA CARITAS (17 a 23 de março)



“A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança.”...
(in Mensagem da Quaresma, PP. Francisco, 2014)

“Deus “comove-se” com os pobres, os aflitos, os que choram, os que sofrem. A ponto de os declarar “bem-aventurados porque deles é o Reino dos Céus.” (Mt5,3”
( Mensagem Semana Nacional da Cáritas, D. Manuel Linda, 2014)

“Qualquer comunidade da Igreja, na medida em que pretender subsistir tranquila sem se ocupar criativamente nem cooperar de forma eficaz para que os pobres vivam com dignidade e haja a inclusão de todos, correrá o risco da sua dissolução (...) Facilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritual, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecundas ou discursos vazios.”
(Exortação Apostólica “ A alegria do Evangelho”, n.° 207, PP. Francisco)

quinta-feira, 13 de março de 2014

Os gestos mais belos do Papa Francisco

Momentos marcantes do primeiro ano de pontificado do Papa Francisco 

Para comemorar o primeiro ano de pontificado do Papa Francisco, a Aleteia preparou com carinho um breve vídeo, no qual você poderá recordar alguns dos gestos mais marcantes do Santo Padre desde sua eleição como Pontífice.

E para você, qual foi o gesto mais marcante do Papa Francisco neste primeiro ano do seu pontificado?  



 Uma seleção de 15 frases de Francisco 
que mostram o seu pensamento como pontífice e pastor


“O nosso Deus não é um Deus spray, é concreto; não é abstrato, mas tem um nome: Deus é amor.” (Ângelus, 26 de maio de 2013)

“Há a espremedura de laranja, há a espremedura de maçã, há a espremedura de banana, mas, por favor, não bebam “espremedura” de fé. A fé é integral, não se espreme. É a fé em Jesus.” (Encontro com os jovens argentinos, 25 de julho de 2013)

“Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa ser guardas uns dos outros!” (Vigília de oração pela paz, 7 de setembro de 2013)

“Cuidado com a tentação da inveja! Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto! Peçamos a graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de todos.” (Exortação apostólica Evangelii Gaudium)

“Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!” (Discurso, 16 de março de 2013)

“A fé não é um refúgio para gente sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele.” (Lumen Fidei)

“Nunca sejais homens e mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo!” (Homilia, XXVII Jornada Mundial da Juventude, 24 de março de 2013)

“Deus escolhe sempre 'os pequeninos', chama-os pelo nome e estabelece com eles uma relação pessoal: é por isso que, para dialogar com Ele, é preciso antes tornar-se 'pequenino'.” (Homilia, Santa Marta, 24 de janeiro de 2014)

“Um coração no qual há muitas coisas que vão e voltam parece um mercado de bairro, onde se encontra de tudo. Exatamente por esta razão é necessária uma obra constante de discernimento; para compreender o que é verdadeiramente do Senhor.”(Santa Marta, 9 de janeiro de 2014)

“A esperança é a mais humilde das três virtudes teologais, porque se esconde na vida. Contudo, ela nos transforma em profundidade.” (Santa Marta, 31 de outubro de 2013)

“Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação, é caminhar para a realização feliz de si mesmo.” (Encontro com os Voluntários da XXVIII JMJ, 28 de julho de 2013)

“Não tenhais medo do compromisso, do sacrifício, e não olheis para o futuro com temor; mantende viva a esperança: há sempre uma luz no horizonte.” (Audiência geral, 1º de maio de 2013)

“Esta é a beleza da Igreja: a presença de Jesus no meio de nós!” (Audiência geral, 16 de outubro de 2013)

“O homem precisa de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém de pé, não caminha. Sem verdade, a fé não salva, não torna seguros os nossos passos.” (Lumen Fidei)

"Rezai por mim." (Twitter, 13 de março de 2014)



(Vídeo e texto têm a fonte  aqui)
 

Morreu D. José Policarpo




Patriarca emérito tinha 78 anos. Faleceu às 19h50 no Hospital do SAMS, em Lisboa, vítima de um aneurisma na aorta. O funeral realiza-se sexta-feira, às 16 horas na Sé Catedral.
Pensador e académico com vasta obra publicada, D. José Policarpo morreu esta quarta-feira aos 78 anos. Foi Cardeal Patriarca de Lisboa durante 15 anos.

O Patriarca D. Manuel Clemente diz que “mantém-se viva a feliz memória do seu trabalho e do muito que a Igreja de Lisboa e a Igreja em Portugal deve à sua generosidade e à sua lucidez, à sua grande bondade com que exerceu o seu Ministério.

As exéquias serão na próxima sexta-feira pelas 16 horas na Sé de Lisboa, seguindo depois para São Vicente de Fora, o panteão dos Patriarcas.


O sonho de ser o Padre da aldeia
D. José Policarpo cresceu no seio de uma família numerosa, com oito irmãos, e descobriu a vocação no dia em que foi crismado.
“A recordação mais antiga que tenho do desejo de ir para o seminário é o do dia do meu Crisma”, recordava D. José Policarpo numa entrevista concedida ao jornal “Voz da Verdade”, em Outubro de 2011.
Tinha como sonho ser o Padre da aldeia, mas a Igreja chamou-o sempre para outras funções.
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa a 26 de Maio de 1978, recebeu a Ordenação Episcopal a 29 de Junho do mesmo ano e, em Março de 1997, tornou-se arcebispo coadjutor do Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, a quem sucedeu como Patriarca a 24 de Março de 1998.
Natural da pequena aldeia do Pego, na freguesia de Alvorninha, concelho das Caldas da Rainha, Policarpo cresceu no seio de “uma família cristã muito piedosa”, como o próprio refere, e acabaria por entrar para o seminário de Santarém.
Passou, depois, pelo seminário de Almada, um tempo que recorda com saudade e boa disposição: “Tive dois cargos no seminário de Almada. Um deles era ser o encarregado da loja onde a rapaziada comprava as coisas. Depois, fui encarregado do laboratório. Tinha a chave e ia para o laboratório sempre que quisesse! Uma vez, ia lá ficando, porque me pus a fazer uma experiência por minha conta e risco e apanhei um choque enorme”.
Formou-se em Filosofia e Teologia, no seminário maior do Cristo-Rei, dos Olivais, e passou por Roma e pela Pontifícia Universidade Gregoriana, antes de regressar a Portugal, para ocupar vários cargos na Universidade Católica, desde docente a director da Faculdade de Teologia e, até, a reitor da Universidade, tendo deixado o cargo em 1996.


"Temos de corrigir a rota" Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo nunca deixou de ter um olhar crítico para com o país e a sociedade que o rodeava.
“Estamos num tempo em que isto já não vai lá com lutas sectoriais e soluções parciais”, afirmou em Dezembro de 2009. “Estamos num tempo em que o grande desafio é de correcção de rota em termos de civilização”, acrescentou.
A preocupação com as famílias e a justiça social também foi sempre uma constante. Na abertura de uma conferência episcopal em Fátima, em 2011, afirmou: “A solidariedade exige a equidade dos sacrifícios que se pedem, dos contributos que se esperam de cada pessoa ou de cada grupo social”.
Os problemas que a própria Igreja atravessou nos últimos anos, como os casos de pedofilia, também não foram indiferentes ao seu discurso e foram abordados com frontalidade.
Durante o seu mandato, a sociedade portuguesa passou por profundas transformações e, por várias ocasiões, Igreja e Patriarca opuseram-se às decisões políticas. São exemplos a liberalização do aborto e aprovação do casamento homossexual.


Momentos polémicos Foram vários os momentos polémicos de D. José Policarpo. Uma das suas declarações irritou, em particular, a comunidade muçulmana.
“Cautela com os amores. Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmano. Pensem muito seriamente. É meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou em Janeiro de 2009, num debate ocorrido na Figueira da Foz.
Em Outubro de 2012, em pleno clima de contestação social no país, criticou os protestos, afirmando que não se resolve nada protestando nas ruas. “Estes problemas foram criados ao longo e muito tempo, por nós e por quem nos governou”, defendeu.

Dois Papas em 15 anos Enquanto Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo recebeu duas visitas papais. João Paulo II veio a Portugal no ano 2000 e, dez anos depois, foi a vez de Bento XVI.
Enquanto cardeal participou no conclave que elegeu Bento XVI, em 2005, e, em 2013, na eleição do Papa Francisco, que tinha sido feito cardeal por João Paulo II no mesmo consistório que D. José Policarpo (a 21 de Janeiro de 2001).
Durante o seu mandato, Lisboa acolheu também, em 2005, o Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que levou milhares de pessoas às ruas da cidade. Uma oportunidade para debater os novos desafios lançados à Igreja, mas também o que é necessário mudar para que se adapte aos tempos actuais.
A vontade de estar perto das pessoas levou o Patriarcado de Lisboa a abrir-se às novas tecnologias e, em 2011, foi lançado um novo portal na Internet.
No mesmo ano, D. José Policarpo assinalou 50 anos de sacerdócio. Uma das várias iniciativas que marcou a data foi a publicação de um livro sobre os seus pensamentos. “Atraídos pelo infinito” conta com textos de D. Manuel Clemente, que agora lhe sucede como Patriarca de Lisboa.

Pedido de resignação Por essa altura, já o Cardeal Patriarca tinha apresentado a resignação ao Papa, por ter atingido o limite de idade de 75 anos. Fê-lo oficialmente numa carta dirigida a Bento XVI a 17 de Fevereiro, mas Bento XVI pediu-lhe que prolongasse o seu ministério “por mais dois anos”.
D. José Policarpo acabaria assim por ficar até à resignação do próprio Bento XVI – notícia que, confessou na altura aos microfones da Renascença, também o apanhou de surpresa.
Foi já depois da eleição do Papa Francisco que a sua resignação foi aceite, a 18 de Maio de 2013. O Papa nomeou para o cargo de patriarca D. Manuel Clemente, até à data bispo do Porto.
Terminada a missão como Patriarca de Lisboa, fica a memória de um dos vários convites à acção que fez durante o mandato. “Convido-vos a todos, a partir do nosso bairro, a sermos verdadeiramente cidadãos activos deste mundo novo que queremos construir”, afirmou na conferência “Portugal, o país que queremos ser”, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Fonte: aqui

quarta-feira, 12 de março de 2014

Carta a uma Geração Errada

Caros João Cravinho, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Ferro Rodrigues, Sevinate Pinto, Vitor Martins e demais subscritores do manifesto pela reestruturação da divida publica: Que tal deixarem para a geração seguinte a tarefa de resolver os problemas gravíssimos que vocês lhes deixaram? É que as vossas propostas já não resolvem, só agravam os problemas. Que tal darem lugar aos mais novos?
Vi, ouvi, li, e não queria acreditar. 70 das mais importantes personalidades do país, parte substancial da nossa elite, veio propor que se diga aos credores internacionais o seguinte:
– Desculpem lá qualquer coisinha mas nós não conseguimos pagar tudo o que vos devemos, não conseguimos sequer cumprir as condições que nós próprios assinámos, tanto em juros como em prazos de amortizações!
Permitam-me uma pergunta simples e direta: Vocês pensaram bem no momento e nas consequências da vossa proposta, feita a menos de dois meses do anúncio do modo de saída do programa de assistência internacional?
Imaginaram que, se os investidores internacionais levarem mesmo a sério a vossa proposta, poderão começar a duvidar da capacidade e da vontade de Portugal em honrar os seus compromissos e poderão voltar a exigir já nos próximos dias um prémio de risco muito mais elevado pela compra de nova dívida e pela posse das obrigações que já detêm?
Conseguem perceber que, na hipótese absurda de o Governo pedir agora uma reestruturação da nossa dívida, os juros no mercado secundário iriam aumentar imediatamente e deitar a perder mais de três anos de austeridade necessária e incontornável para recuperar a confiança dos investidores, obrigando, isso sim, a um novo programa de resgate e ainda a mais austeridade, precisamente aquilo que vocês dizem querer evitar?
Conseguem perceber que, mesmo na hipótese absurda de os credores oficiais internacionais FMI, BCE e Comissão Europeia aceitarem a proposta, só o fariam contra a aceitação de uma ainda mais dura condicionalidade, ainda mais austeridade?
Conseguem perceber que os credores externos, nomeadamente os alemães, iriam imediatamente responder – Porque é que não começam por vocês próprios?
Os vossos bancos não têm mais de 25 por cento da vossa dívida pública nos seus balanços, mais de 40 mil milhões de euros, e o vosso Fundo de Capitalização da Segurança Social não tem mais de 8 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro? Peçam-lhes um perdão parcial de capital e de juros.
Conseguem perceber que, neste caso, os bancos portugueses ficariam à beira da falência e a Segurança Social ficaria descapitalizada?
Nenhum de vós, subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública, faria tal proposta se fosse Ministro das Finanças. E sobretudo não a faria neste delicadíssimo momento da vida financeira do país. Mesmo sendo uma proposta feita por cidadãos livres e independentes, pela sua projeção social poderá ter impacto externo e levar a uma degradação da perceção dos investidores, pela qual vos devemos responsabilizar desde já. Se isso acontecer, digo-vos que como cidadão contribuinte vou exigir publicamente que reparem o dano causado ao Estado.
Conseguem perceber porque é que o partido que pode ser Governo em breve, liderado por António José Seguro, reagiu dizendo apenas que se deve garantir uma gestão responsável da dívida pública e nunca falando de reestruturação?
Pergunto-vos também se não sabem que uma reestruturação de dívida pública não se pede, nunca se anuncia publicamente. Se é preciso fazer-se, faz-se. Discretamente, nos sóbrios gabinetes da alta finança internacional.
Aliás, vocês não sabem que Portugal já fez e continua a fazer uma reestruturação discreta da nossa dívida pública? Vitor Gaspar como ministro das Finanças e Maria Luis Albuquerque como Secretária de Estado do Tesouro negociaram com o BCE e a Comissão Europeia uma baixa das taxas de juro do dinheiro da assistência, de cerca de 5 por cento para 3,5 por cento. Negociaram a redistribuição das maturidades de 52 mil milhões de euros dos respetivos créditos para o período entre 2022 e 2035, quando os pagamentos estavam previstos para os anos entre 2015 e 2022, esse sim um calendário que era insustentável.
Ao mesmo tempo, juntamente com o IGCP dirigido por João Moreira Rato, negociaram com os credores privados Ofertas Públicas de Troca que consistem basicamente em convencê-los a receber o dinheiro mais tarde.
A isto chama-se um “light restructuring”, uma reestruturação suave e discreta da nossa dívida, que continua a ser feita mas nunca pode ser anunciada ao mundo como uma declaração de incapacidade de pagarmos as nossas responsabilidades.
Sabem que em consequência destas iniciativas, e sobretudo da correção dos défices do Estado, dos cortes de despesa pública, da correção das contas externas do país que já vai em quase 3 por cento do PIB, quase cinco mil milhões de euros de saldo positivo, os credores internacionais voltaram a acreditar em nós. De tal forma que os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos no mercado secundário já estão abaixo dos 4,5 por cento.
Para os mais distraídos, este é o valor médio dos juros a pagar pela República desde que aderimos ao Euro em 1999. O valor factual já está abaixo. Basta consultar a série longa das Estatísticas do Banco de Portugal.
E sim, Eng. João Cravinho, é bom lembrar-lhe que a 1 de janeiro de 1999, a taxa das obrigações a 10 anos estava nos 3,9 por cento mas quando o seu Governo saiu, em Outubro desse ano, já estava nos 5,5 por cento, bem acima do valor atual.
É bom lembra-lhe que fazia parte de um Governo que decidiu a candidatura ao Euro 2004 com 10 estádios novos, quando a UEFA exigia só seis. E que decidiu lançar os ruinosos projetos de SCUT, sem custos para o utilizador, afinal tão caros para os contribuintes. O resultado aí está, a pesar na nossa dívida pública.
É bom lembrar aos subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida pública que muitos de vós participaram nos Conselhos de Ministros que aumentaram objetivamente a dívida pública direta e indireta.
Foram corresponsáveis pela passagem dos cheques da nossa desgraça atual. Negócios de Estado ruinosos, negócios com privados que afinal eram da responsabilidade do contribuinte. O resultado aí está, a pesar direta e indiretamente nos nossos bolsos.
Sim, todos sabemos que quem pôs o acelerador da dívida pública no máximo foi José Sócrates, Teixeira dos Santos, Costa Pina, Mário Lino, Paulo Campos, Maria de Lurdes Rodrigues com as suas escolas de luxo que foram uma festa para a arquitetura e agora queimam as nossas finanças.
Mas em geral, todos foram responsáveis pela maneira errada de fazer política, de fazer negócios sem mercado, de misturar política com negócios, de garantir rendas para alguns em prejuízo de todos.
Sabem perfeitamente que em todas as crises de finanças públicas a única saída foi o Estado parar de fazer nova dívida e começar a pagar a que tinha sido acumulada. A única saída foi a austeridade.
Com o vosso manifesto, o que pretendem? Voltar a fazer negócios de Estado como até aqui? Voltar a um modelo de gastos públicos ruinosos com o dinheiro dos outros?
Porque é que em vez de dizerem que a dívida é impagável, agravando ainda mais a vida financeira das gerações seguintes, não ajudam a resolver os gravíssimos problemas que a economia e o Estado enfrentam e que o Governo não tem coragem nem vontade de resolver ao contrário do que diz aos portugueses?
Porque é que não contribuem para que se faça uma reforma profunda do Estado, no qual se continuam a gastar recursos que não temos para produzir bens e serviços inúteis, ou para muitos departamentos públicos não produzirem nada e ainda por cima impedirem os empresários de investir com burocracias economicamente criminosas?
Porque não canalizam as vossas energias para ajudar a uma mudança profunda de uma economia que protege setores inteiros da verdadeira concorrência prejudicando as famílias, as PME, as empresas exportadoras e todos os que querem produzir para substituir importações em condições de igualdade com outros empresários europeus?
Porque não combatem as práticas de uma banca que cobra os spreads e as comissões mais caros da Europa?
Um setor elétrico que recebe demais para não produzir eletricidade na produção clássica e para produzir em regime especial altamente subsidiado à custa de todos nós?
Um setor das telecomunicações que, apesar de parcialmente concorrencial, ainda cobra 20, 30 e até 40 por cento acima da média europeia em certos pacotes de serviços?
Porque não ajudam a cortar a sério nas rendas das PPP e da Energia? Nos autênticos passadouros de dinheiros públicos que são as listas de subvenções do Estado e de isenções fiscais a tudo o que é Fundações e Associações, algumas bem duvidosas?
Acham que tudo está bem nestes setores? Ou será que alguns de vós beneficiam direta ou indiretamente com a velha maneira de fazer negócios em Portugal e não querem mudar de atitude?
Estará a vossa iniciativa relacionada com alguns cortes nas vossas generosas pensões?
Pois no meu caso eu já estou a pagar IRS a 45 por cento, mais uma sobretaxa de 3,5 por cento, mais 11 por cento de Segurança Social, o que eleva o meu contributo para 59,5 por cento nominais e não me estou a queixar.
Sabem, a minha reforma já foi mais cortada que a vossa. Quando comecei a trabalhar, tinha uma expectativa de receber a primeira pensão no valor de mais de 90 por cento do último salário. Agora tenho uma certeza: a minha primeira pensão vai ser de 55 por cento do último salário.
E não me estou a queixar, todos temos de contribuir.
Caros subscritores do Manifesto para a reestruturação da dívida pública, desculpem a franqueza: a vossa geração está errada. Não agravem ainda mais os problemas que deixaram para a geração seguinte. Façam um favor ao país – não criem mais problemas. Deixem os mais novos trabalhar.

terça-feira, 11 de março de 2014

Cerca de 34 mil idosos vivem sozinhos em todo o país

A GNR identificou cerca de 34 mil idosos a viverem sozinhos ou isolados em todo o país. Um aumento de quase 5800, relativamente ao ano anterior. Viseu continua a ser o distrito no topo desta lista.



Dois momentos estão a marcar a vida desta comunidade cristã durante estes dias: a adoração do Santíssimo Sacramento em cada povo da Paróquia e a visita aos doentes. Adoramos a Jesus Sacramentado e servimo-l'O na pessoa do irmão doente.


O sacerdote, acompanhado de pessoas do GASPTA, visita os doentes, que são mais de 40, sem contar os do Lar e da Unidade de Saúde. Levamos a presença amiga, uma prendinha do GASPTA, o gosto de estar com eles, de os ouvir e animar. Os que pretendem - e são quase todos - recebem o Sacramento da Reconciliação.


Digo com convicção que a cama de um doente é uma universidade. O que se ali se aprende! Não, não são só histórias de um passado que é o deles e o nosso. É muito mais. O sentido da vida. O que somos, donde viemos, para onde vamos...
Da cama ou da cadeira de um doente pende um espelho que reflete a sociedade no que tem de melhor e de pior. Tanta dedicação, carinho, desprendimento, altruísmo! Mas também tanto abandono, isolamento, indiferença, desprezo!
Em muitos doentes, sentimos a serenidade de uma cruz com a qual se aprende a viver e à qual se junta o perfume da fé que lhe dá outro sentido; noutros, a lamúria  ou grito sentido da vibração da alma perante a cruz que a indiferença, o desleixo e a ingratidão tornam asfixiante.
Um comum desabafo: a solidão. Um comum pedido: venham sempre.
Há um desabafo que um ou outro transmite que me provoca revolta. Quando falam da ingratidão e do desprezo dos filhos ou de alguns destes. Perante a aspereza dura e bruta do desprezo filial, o desabafo do velhinho aparece embrulhado em tufos de linho. Pois, é o coração paternal e maternal...

segunda-feira, 10 de março de 2014

A falta de médicos especialistas no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro


A falta de médicos especialistas no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, instalações desadequadas e equipas reduzidas nas unidades de saúde familiares foram lacunas apontadas pelos deputados que visitaram esta segunda-feira o distrito de Vila Real.
Os deputados da Comissão Parlamentar de Saúde visitaram os hospitais de Chaves e Vila Real, que integram o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) , bem como o centro de saúde n.º1 de Vila Real, onde estão instaladas duas unidades de saúde familiares (USF).
O objetivo, de acordo com o vice-presidente da comissão, o deputado social-democrata Couto dos Santos, era "verificar no terreno o que é a realidade".
O parlamentar fez questão de destacar o "excelente trabalho" prestado pelos profissionais de saúde. No entanto, reconheceu a existência de algumas lacunas a nível dos médicos especialistas neste centro hospitalar. "Uma coisa que notamos é que há necessidade de médicos especialistas nestas zonas do interior, está tudo localizado junto ao litoral". Esta é, segundo o responsável, a lacuna "que é mais notada junto dos cidadãos".
Por sua vez, o deputado do PCP Jorge Machado realçou a "excessiva concentração de serviços e valências em Vila Real" e a "grande dispersão territorial" dos quatro hospitais que integram o CHTMAD, desde Chaves, Vila Real, Peso da Régua a Lamego.
Cidades que, segundo o parlamentar, "não estão ligadas por uma rede de transportes públicos" e onde se introduziram portagens na principal via de ligação, a Autoestrada 24 (A24). "O Governo está meramente preocupado em poupar recursos e dinheiro e com isto não olha a meios", frisou.
Jorge Machado destacou facto de se tratar de um distrito envelhecido, de idosos com baixas reformas e onde as pessoas não possuem meios para se deslocarem entre as unidades de saúde. "Está-se a afastar as pessoas do serviço nacional de saúde", afirmou o deputado.
Em representação do PS, Luísa Salgueiro defendeu a necessidade de se conhecer os "problemas numa lógica de proximidade". Nesse sentido, após a visita, realçou o problema de pessoal e de instalações desadequadas ao nível do funcionamento das USF no centro de saúde n.º 1 de Vila Real.
"Mais uma vez o problema é de pessoal, de equipas que foram constituídas e que neste momento já estão desfalcadas. Os médicos estão a aposentar-se e não há renovação e há uma maior dificuldade em responder às necessidades das populações", salientou.
Quanto às instalações, prevê-se que uma das USF vá ocupar um edifício inacabado, que vai ser cedido pelo município à Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte).
A deputada disse ainda que outra dificuldade relatada no decorrer da visita foi a "falta de articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares".
"Não há uma referenciação correta e o que se verifica é que, por exemplo no hospital de Chaves, existem muitas situações de doentes que se deslocam ao hospitalar porque os centros de saúde ou unidades de saúde familiares não dão a resposta devida e há, por isso, um acréscimo de serviço desnecessário", explicou.
Os deputados da Comissão de Saúde prosseguem na terça-feira esta viagem a Trás-os-Montes, com visitas a unidades de saúde do distrito de Vila Real.
Fonte: aqui

domingo, 9 de março de 2014

Sagrado Lausperene e visita aos doentes preenchem estes dias




Desde a última quinta-feira até ao próximo sábado, a Paróquia de S. Pedro de Tarouca está em Lausperene. Depois de Cravaz, Valverde, Tarouca e Castanheiro, Teixelo, seguem-se Senhora das Necessidades, Arguedeira, Esporões, Gondomar e Lar da Santa Casa.
Ao mesmo tempo, na semana que hoje se inicia, tem lugar a visita aos doentes da Paróquia. São cerca de 40 os doentes a visitar, sem contar os do Lar!
E para a semana ser mais completa, terá lugar no sábado, no Auditório Municipal, a festa da catequese.
No domingo, na Missa das 11 horas, será a celebração das Bodas de Ouro e de Prata dos casais que as comemoram durante 2014.
É uma semana tensa e intensa.
Se é sempre uma experiência indescritível poder estar junto de Jesus Sacramentado e com Ele experimentar uma vivência individual e comunitária da fé, também é muito enriquecedor estar com os irmãos doentes. A cama de um doente é uma universidade onde se pode sempre aprender.
Senhor, que este tempo quaresmal ajude a comunidade a caminhar para ti, único libertador do homem, e que nos aproxime uns dos outros, pois à fé cristã é essencial a dinâmica da caridade.