segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Desolação! Fogo queima a nossa Serra!
Começou pelas 14 horas. E neste momento ainda perdura. O fogo, apoiado por forte vento e pelo calor que se faz sentir, consumiu rapidamente uma boa parte da Serra de Santa Helena. O perigo rondou algumas povoações - Cravaz e a parte alta de Arguedeira, sobretudo.
Fui informado que em Cravaz algumas pessoas foram evacuadas, passando a tarde no Quartel dos Bombeiros. Uma intensa nuvem de fumo abateu-se sobre alguns povos, tornando o ar quase irrespirável.
Os prejuízos são muitos, mormente em pinhais. Mas algumas culturas, mais chegadas à Serra, não foram poupadas.
No combate às chamas estiveram durante a tarde 189 homens apoiados por 47 veículos e 4 meios aéreos. O vento e a extensão do fogo foram inimigos dos "soldados da paz"que tudo fizeram e fazem para evitar o pior.
Revolta. É o que mais se sente na população que não acredita que o incêndio tenha tido uma origem natural. E as perguntas ficam no ar ao ritmo das inquietações. Quem fez isto à Serra? Quem será a mão bárbara que provoca tais calamidades? Que interesses ocultos estarão por trás de tudo isto? Porque razão não actuam exemplarmente a investigação e a justiça?
Enquanto uns tentam, pela reflorestação, sarar a Serra do magno incêndio que há anos a reduziu a cinzas, fogos vários, embora de muito menor dimensão, esforçam-se, ao longo dos anos, para neutralizar o esforço da Natureza e do homem para ressurgir. E agora este enorme incêndio!
A freguesia de Tarouca volta a estar de luto. A sua amada Serra ardeu. O negro envolve-nos.
Fui informado que em Cravaz algumas pessoas foram evacuadas, passando a tarde no Quartel dos Bombeiros. Uma intensa nuvem de fumo abateu-se sobre alguns povos, tornando o ar quase irrespirável.
Os prejuízos são muitos, mormente em pinhais. Mas algumas culturas, mais chegadas à Serra, não foram poupadas.
No combate às chamas estiveram durante a tarde 189 homens apoiados por 47 veículos e 4 meios aéreos. O vento e a extensão do fogo foram inimigos dos "soldados da paz"que tudo fizeram e fazem para evitar o pior.
Revolta. É o que mais se sente na população que não acredita que o incêndio tenha tido uma origem natural. E as perguntas ficam no ar ao ritmo das inquietações. Quem fez isto à Serra? Quem será a mão bárbara que provoca tais calamidades? Que interesses ocultos estarão por trás de tudo isto? Porque razão não actuam exemplarmente a investigação e a justiça?
Enquanto uns tentam, pela reflorestação, sarar a Serra do magno incêndio que há anos a reduziu a cinzas, fogos vários, embora de muito menor dimensão, esforçam-se, ao longo dos anos, para neutralizar o esforço da Natureza e do homem para ressurgir. E agora este enorme incêndio!
A freguesia de Tarouca volta a estar de luto. A sua amada Serra ardeu. O negro envolve-nos.
Fonte das fotos: http://taroucahoje.blogs.sapo.pt/
Uns governam-se com pouco, a outros não lhes chega o muito
Uma família. Os pais e dois filhos. Só o pai trabalha numa fábrica. O ordenado não é nada por aí além...
Entretanto, construíram a sua casa, sem fidalguias, mas com dignidade. O filho mais velho está a concluir o curso universitário e a mais nova entra agora na faculdade. Naquele lar, apenas um carrito velho para toda a família.
Nunca aqueles jovens se queixam. Habituaram-se a viver com contenção e gerem muito bem os parcos dinheiros que possuem. São jovens serenos e gostam da vida. Não os preocupam as roupas da moda, as férias estravagantes ou outros "coelhos" que a sociedade de consumo põe a correr. Não têm vícios e ninguém se apercebe dos seus parcos recursos. Não são pedinchões nem queixinhas. E doam parte do seu tempo livre ao voluntariado.
Uma família. Quatro filhos. Pais e filhos trabalham, embora os ordenados não sejam elevados.
Vivem num andar de renda social. Só um dos filhos ainda estuda, mas como trabalhador/estudante. Naquela família há quatro carros!!!
Aqui falta claramente uma educação para o uso do dinheiro, para a poupança, para a economia. No vestir, na alimentação, nas extravagâncias, nos vícios, nos carros, nas roupas de marca, vai o dinheiro ganho que nunca chega.
Por isso, aqueles filhos e filhas são pessoas insatisfeitas, acham que a vida é injusta, invejam quem tem alguma coisa, sonham com um mundo onde lhe corram rios de dinheiro. Embora os rapazes e as raparigas participem de actividades sociais, não são pessoas serenas, manifestando alguma revolta, sobretudo com a vida.
De uma forma ou de outra, sempre camuflada, estão à espera que venha uma ajuda que mal sabem agradecer. Mesmo que essa ajuda venha de quem ganha menos que eles juntos!!!
Sem uma educação para o uso do dinheiro, não vamos longe. Criamos pessoas despesistas, egoístas, insatisfeitas, ingratas.
Educando para o uso do dinheiro, estamos a contribuir para que as pessoas sejam serenas, poupadas, humanas, solidárias, ambiciosas sem atropelamentos.
Nada nos liberta tanto como saber usar o dinheiro; nada nos escraviza tanto como quando o dinheiro nos usa.
Entretanto, construíram a sua casa, sem fidalguias, mas com dignidade. O filho mais velho está a concluir o curso universitário e a mais nova entra agora na faculdade. Naquele lar, apenas um carrito velho para toda a família.
Nunca aqueles jovens se queixam. Habituaram-se a viver com contenção e gerem muito bem os parcos dinheiros que possuem. São jovens serenos e gostam da vida. Não os preocupam as roupas da moda, as férias estravagantes ou outros "coelhos" que a sociedade de consumo põe a correr. Não têm vícios e ninguém se apercebe dos seus parcos recursos. Não são pedinchões nem queixinhas. E doam parte do seu tempo livre ao voluntariado.
Uma família. Quatro filhos. Pais e filhos trabalham, embora os ordenados não sejam elevados.
Vivem num andar de renda social. Só um dos filhos ainda estuda, mas como trabalhador/estudante. Naquela família há quatro carros!!!
Aqui falta claramente uma educação para o uso do dinheiro, para a poupança, para a economia. No vestir, na alimentação, nas extravagâncias, nos vícios, nos carros, nas roupas de marca, vai o dinheiro ganho que nunca chega.
Por isso, aqueles filhos e filhas são pessoas insatisfeitas, acham que a vida é injusta, invejam quem tem alguma coisa, sonham com um mundo onde lhe corram rios de dinheiro. Embora os rapazes e as raparigas participem de actividades sociais, não são pessoas serenas, manifestando alguma revolta, sobretudo com a vida.
De uma forma ou de outra, sempre camuflada, estão à espera que venha uma ajuda que mal sabem agradecer. Mesmo que essa ajuda venha de quem ganha menos que eles juntos!!!
Sem uma educação para o uso do dinheiro, não vamos longe. Criamos pessoas despesistas, egoístas, insatisfeitas, ingratas.
Educando para o uso do dinheiro, estamos a contribuir para que as pessoas sejam serenas, poupadas, humanas, solidárias, ambiciosas sem atropelamentos.
Nada nos liberta tanto como saber usar o dinheiro; nada nos escraviza tanto como quando o dinheiro nos usa.
domingo, 30 de agosto de 2009
"Alombar" por não servir a refeição a horas
- E olhe que ainda há disto! Se elas não tiverem o comer pronto e a horas, eles ensardinham-nas. Parece impossível neste tempo, mas acontece. Há ainda mulheres que alombam dos maridos por um simples atraso na refeição - falava-me assim, convicta, mas de modo algum conformada. E continuava:
- Há mulheres que não vão à Missa, porque têm medo de apanhar dos maridos, caso estes não tenham a refeição pronta a horas...
Pois, e reparem que estamos no século vinte e um!!! E fala-se de mudanças rápidas! As mentalidades não mudam assim tão rapidamente, sobretudo quando se pensa que ser marido é ser dona da esposa.
Estive 12 anos a viver numa equipa sacerdotal. A senhora que cuidava da casa - no Céu esteja ela! - tinha já alguma idade. Mas nunca deixou de participar na Missa das 11 horas. Contudo, não deixava de dar a refeição a horas compatíveis. É uma questão de organização e de respeito pelos outros. Se o almoço atrasasse um pouco, alguém morria? Por isso, nunca houve qualquer problema por causa da hora da comida.
- Há mulheres que não vão à Missa, porque têm medo de apanhar dos maridos, caso estes não tenham a refeição pronta a horas...
Pois, e reparem que estamos no século vinte e um!!! E fala-se de mudanças rápidas! As mentalidades não mudam assim tão rapidamente, sobretudo quando se pensa que ser marido é ser dona da esposa.
Estive 12 anos a viver numa equipa sacerdotal. A senhora que cuidava da casa - no Céu esteja ela! - tinha já alguma idade. Mas nunca deixou de participar na Missa das 11 horas. Contudo, não deixava de dar a refeição a horas compatíveis. É uma questão de organização e de respeito pelos outros. Se o almoço atrasasse um pouco, alguém morria? Por isso, nunca houve qualquer problema por causa da hora da comida.
sábado, 29 de agosto de 2009
Minha sobrinha mais velha
Minha sobrinha mais velha casou hoje. Presidi ao seu Matrimónio com o Carlos na Sé de Lamego. Naturalmente feliz.
Minha sobrinha Susy era e é uma "menina de ouro". Merece ser feliz. Dotada de enorme serenidade, traz sempre no rosto um sorriso encantador. Ao contrário do tio, possui uma rica voz e canta deliciosamente.
Desde sempre ligada à Igreja, foi catequista, membros do Grupo de Jovens da sua paróquia, fez parte da equipa dirigente dos Convívios Fraternos, entre outros.
Está a terminar a segunda licenciatura, apesar da profissão que exerce exemplarmente.
Como é apanágio da família, os laços familiares não se ficam pela família restrita, mas alargam-se. Avô, tios, primos, todos gostam da Susana e ela é incansável com todos.
Sei bem quanto se preocupa com todos os que, aflitos, recorrem ao hospital. Torna-se incansável e, com sua infinda simpatia, revolve montanhas.
O Carlos, militar de carreira, é um óptimo rapaz.
Estou convencido que lutarão juntos para se fazerem felizes um ao outro. Com Deus no seu lar e no seu coração.
Um beijinho de parabéns à minha mana Maria e seu marido Rica pela filha que educaram com tanto esmero.
Que Deus a todos abençoe.
Minha sobrinha Susy era e é uma "menina de ouro". Merece ser feliz. Dotada de enorme serenidade, traz sempre no rosto um sorriso encantador. Ao contrário do tio, possui uma rica voz e canta deliciosamente.
Desde sempre ligada à Igreja, foi catequista, membros do Grupo de Jovens da sua paróquia, fez parte da equipa dirigente dos Convívios Fraternos, entre outros.
Está a terminar a segunda licenciatura, apesar da profissão que exerce exemplarmente.
Como é apanágio da família, os laços familiares não se ficam pela família restrita, mas alargam-se. Avô, tios, primos, todos gostam da Susana e ela é incansável com todos.
Sei bem quanto se preocupa com todos os que, aflitos, recorrem ao hospital. Torna-se incansável e, com sua infinda simpatia, revolve montanhas.
O Carlos, militar de carreira, é um óptimo rapaz.
Estou convencido que lutarão juntos para se fazerem felizes um ao outro. Com Deus no seu lar e no seu coração.
Um beijinho de parabéns à minha mana Maria e seu marido Rica pela filha que educaram com tanto esmero.
Que Deus a todos abençoe.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
22º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B
Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém.Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. – Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem terem lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre –.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?»
Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens».
Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidãoe começou a dizer-lhe: «Ouvi-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior dos homens é que saem os maus pensamentos: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem lá de dentro e tornam o homem impuro».
Mc 7,1-8.14-15.21-23
Que nos diz esta Palavra?
- As “leis” têm o seu lugar numa experiência religiosa, enquanto sinais indicadores de um caminho a percorrer. No entanto, é preciso que o crente tenha o discernimento suficiente para dar à “lei” um valor justo, vendo-a apenas como um meio para chegar mais além no compromisso com Deus e com os irmãos. A finalidade da nossa experiência religiosa não é cumprir leis, mas aprofundar a nossa comunhão com Deus e com os outros homens sendo, eventualmente, ajudados nesse processo por “leis” que nos indicam o caminho a seguir.
- Jesus convida os seus discípulos a não se preocuparem com as leis e os ritos externos, mas a preocuparem-se com o que lhes sai do coração. É no interior do homem que se definem os sentimentos, os desejos, os pensamentos, as opções, os valores, as acções do homem. É daí que nascem os nossos gestos injustos, as discórdias e violências que destroem a relação, as tentativas de humilhar os irmãos, os rancores que nos impedem de perdoar e de aceitar os outros, as opções que nos fazem escolher caminhos errados e que nos escravizam a nós e àqueles que caminham ao nosso lado… A verdadeira religião passa por um processo de contínua conversão, no sentido de nos parecermos cada vez mais com Jesus e de acolhermos a proposta de Homem Novo que Ele nos veio fazer.
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?»
Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens».
Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidãoe começou a dizer-lhe: «Ouvi-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior dos homens é que saem os maus pensamentos: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem lá de dentro e tornam o homem impuro».
Mc 7,1-8.14-15.21-23
Que nos diz esta Palavra?
- As “leis” têm o seu lugar numa experiência religiosa, enquanto sinais indicadores de um caminho a percorrer. No entanto, é preciso que o crente tenha o discernimento suficiente para dar à “lei” um valor justo, vendo-a apenas como um meio para chegar mais além no compromisso com Deus e com os irmãos. A finalidade da nossa experiência religiosa não é cumprir leis, mas aprofundar a nossa comunhão com Deus e com os outros homens sendo, eventualmente, ajudados nesse processo por “leis” que nos indicam o caminho a seguir.
- Jesus convida os seus discípulos a não se preocuparem com as leis e os ritos externos, mas a preocuparem-se com o que lhes sai do coração. É no interior do homem que se definem os sentimentos, os desejos, os pensamentos, as opções, os valores, as acções do homem. É daí que nascem os nossos gestos injustos, as discórdias e violências que destroem a relação, as tentativas de humilhar os irmãos, os rancores que nos impedem de perdoar e de aceitar os outros, as opções que nos fazem escolher caminhos errados e que nos escravizam a nós e àqueles que caminham ao nosso lado… A verdadeira religião passa por um processo de contínua conversão, no sentido de nos parecermos cada vez mais com Jesus e de acolhermos a proposta de Homem Novo que Ele nos veio fazer.
As Irmãs passaram por aqui
Foi com muita alegria que recebi há momentos a visita da Irmãs Emília e Teresa.
Foram uns instantes. Tinham imensa pressa, pois chegaram ontem e partem amanhã de manhã. E logicamente querem estar com muita gente.
Encontrei-as bem, felizmente. Trocámos umas breves impressões sobre o trabalho de cada um de nós. Senti-lhes no rosto nostalgia pelo facto de terem saído daqui. Mas a vida é assim. "Quem tem senhor, não é senhor!"
Na despedida, o testemunho de cada uma delas: "Rezo por si e pela comunidade paroquial". Ficou a mesma garantia da minha parte.
Venham sempre, Irmãs!
Total realização no serviço a que a Igreja as chama.
Que Deus as acompanhe!
Foram uns instantes. Tinham imensa pressa, pois chegaram ontem e partem amanhã de manhã. E logicamente querem estar com muita gente.
Encontrei-as bem, felizmente. Trocámos umas breves impressões sobre o trabalho de cada um de nós. Senti-lhes no rosto nostalgia pelo facto de terem saído daqui. Mas a vida é assim. "Quem tem senhor, não é senhor!"
Na despedida, o testemunho de cada uma delas: "Rezo por si e pela comunidade paroquial". Ficou a mesma garantia da minha parte.
Venham sempre, Irmãs!
Total realização no serviço a que a Igreja as chama.
Que Deus as acompanhe!
Fruta sem pés nem cabeça
Pode parecer um comentário primário e indigno do jornal "Sol". Para julgar uma pessoa, basta saber como costuma comer fruta?
Mas o comentário baseia-se em declarações próprias cuja apreciação permite concluir por alguma futilidade idiossincrática. Afinal a "cultura" light, tão em voga nos nossos dias.
A superficialidade e a ausência de estofo interior marcam o hodierno comportamento de muita gente, mormente nos grandes centros.
aqui fica o comentário:
" apresentadora Carolina Patrocínio contou, em entrevista à SIC, que não prescinde dos serviços da sua empregada para comer fruta. «Odeio os caroços nas frutas. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. Não como fruta se a tiver de descascar, nem como uvas com grainhas».
Enfim, de cabecinhas como esta está o mundo cheio, infelizmente. Registe-se que a menina, com 22 anos, é a mandatária da juventude do PS. Também, para os políticos que temos não se pode exigir mais."
http://sol.sapo.pt/blogs/jmoroso/archive/2009/08/27/Fruta-sem-p_E900_s-nem-cabe_E700_a.aspx#comments
Mas o comentário baseia-se em declarações próprias cuja apreciação permite concluir por alguma futilidade idiossincrática. Afinal a "cultura" light, tão em voga nos nossos dias.
A superficialidade e a ausência de estofo interior marcam o hodierno comportamento de muita gente, mormente nos grandes centros.
aqui fica o comentário:
" apresentadora Carolina Patrocínio contou, em entrevista à SIC, que não prescinde dos serviços da sua empregada para comer fruta. «Odeio os caroços nas frutas. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim. Não como fruta se a tiver de descascar, nem como uvas com grainhas».
Enfim, de cabecinhas como esta está o mundo cheio, infelizmente. Registe-se que a menina, com 22 anos, é a mandatária da juventude do PS. Também, para os políticos que temos não se pode exigir mais."
http://sol.sapo.pt/blogs/jmoroso/archive/2009/08/27/Fruta-sem-p_E900_s-nem-cabe_E700_a.aspx#comments
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Alertar as autoridades?
Muitas vezes batem à porta para pedir. Contam as mais variadas histórias - às vezes parecem filmes...
"Gato escaldado de água fria tem medo", diz o povo. Pois, também já me aconteceu. De tal maneira que fico sempre na retranca. E normalmente não ajudo. Até porque, por opção minha, não tenho dinheiro em casa.
Hoje apenas um rosto. Sem identificação, sem pormenores, apenas a vitimização e mil peripécias que tecem um história. Real? Muitas dúvidas. A pessoa apercebeu-se da minha desconfiança e fiz questão de lha demonstrar claramente. Nem assim apareceram documentos ou informações concretas. Apenas insistia que devemos confiar, ela confiava. Ainda tentei sugerir alternativas para a sua situação. Não quis. Queria apenas que eu a ajudasse, argumentando que não queria expor a sua vida, que era muito penoso. Foi embora.
Fico sempre com alguns problemas de consciência. Será que devo alertar as autoridades competentes? Será mesmo verdade tudo o que me disse? Precisará mesmo? Tentativa de extorquir dinheiro? Passará por dificuldades?
Já uma vez ou outra alertei as autoridades. E penso que é o caminho mais seguro. Até porque se for real a necessidade, então a ajuda aparece.
"Gato escaldado de água fria tem medo", diz o povo. Pois, também já me aconteceu. De tal maneira que fico sempre na retranca. E normalmente não ajudo. Até porque, por opção minha, não tenho dinheiro em casa.
Hoje apenas um rosto. Sem identificação, sem pormenores, apenas a vitimização e mil peripécias que tecem um história. Real? Muitas dúvidas. A pessoa apercebeu-se da minha desconfiança e fiz questão de lha demonstrar claramente. Nem assim apareceram documentos ou informações concretas. Apenas insistia que devemos confiar, ela confiava. Ainda tentei sugerir alternativas para a sua situação. Não quis. Queria apenas que eu a ajudasse, argumentando que não queria expor a sua vida, que era muito penoso. Foi embora.
Fico sempre com alguns problemas de consciência. Será que devo alertar as autoridades competentes? Será mesmo verdade tudo o que me disse? Precisará mesmo? Tentativa de extorquir dinheiro? Passará por dificuldades?
Já uma vez ou outra alertei as autoridades. E penso que é o caminho mais seguro. Até porque se for real a necessidade, então a ajuda aparece.
Ladrões violentos com ajuda do Estado
A viagem sozinho a Fátima corria bem até que, de noite, ‘António’ decidiu parar só para tentar comer qualquer coisa. Voltou com um hamburguer ao carro e, sentado ao volante, mal se distraiu já tinha uma pistola e facas apontadas à cabeça. Acabou sequestrado hora e meia pelos quatro homens que, enquanto roubaram o que puderam do seu multibanco, ainda o espancaram e fecharam-no dentro da mala do carro. A Polícia Judiciária já apanhou três, mas uma juíza libertou-os. E continuam a viver do Rendimento Social de Inserção. De resto, há muito que conciliam os enormes rendimentos no mundo do crime com uma vida recheada de subsídios à custa do Estado – que vai pagando sempre, apesar dos longos registos criminais por roubo, furto e tráfico de droga. Um deles até já cumpriu duas penas de prisão por vários crimes violentos.
In Correio da Manhã, hoje
E José Sócrates, que diz disto???
Nada, silêncio. Enquanto tenta distrair os portugueses com as façanhas (tantas e tantas de arrepiar!) da sua governação e lhes promete obras megalómanos que hipotecarão futuro das gerações futuras, não há nada que se veja estar a ser feito para garantir a segurança dos cidadãos. E sem segurança, os povos não progridem.
In Correio da Manhã, hoje
E José Sócrates, que diz disto???
Nada, silêncio. Enquanto tenta distrair os portugueses com as façanhas (tantas e tantas de arrepiar!) da sua governação e lhes promete obras megalómanos que hipotecarão futuro das gerações futuras, não há nada que se veja estar a ser feito para garantir a segurança dos cidadãos. E sem segurança, os povos não progridem.
D. Hélder da Câmara morreu há 10 anos
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Fui ao Hospital
Uma das minhas grandes lacunas. A dificuldade que tenho em entrar nos hospitais para visitar doentes. Aquele ambiente, aqueles cheiros e toda aquela envolvência fazem-me sentir mal. Não consigo estar lá muito tempo, parece que me falta o ar, tenho necessidade de sair frequentemente cá para fora... É um constrangimento. Os próprios doentes me perguntam algumas vezes:
- O senhor está bem? Tão branco!...
Mas hoje fui. Mentalizei-me, enchi-me de coragem e fui. Fui ver a "mãezota". É assim que a vejo, é assim que ela me trata.
D. Alzira, senhora de uma força interior fantástica, estava hoje muito prostrada. E logo que me viu, lançou o pedido:
- Leve-me consigo, senhor padre! Em minha casa, eu curo-me mais depressa.
Estava sentada numa cadeira, ligada ao soro, seu companheiro destes últimos 8 dias. Depois, ajudei-a a levantar-se, dei-lhe a mão e caminhámos devagarinho para o seu quarto. A meio do corredor, encostou-se e disse-me que não aguentava com tanta dor, que nada lhe tirava as dores. A auxiliar apareceu e deu uma ajudinha.
Não quis ir para a cama, sentou-se no sofá. Fui-lhe buscar a almofada para ter a cabeça mais confortável. Abanquei ao lado dela e conversámos. De quando em vez o mesmo desabafo:
- Ai tanta dor! Não estou bem em lado nenhum.
Chegaram o filho e a nora. Volta o pedido:
- Levai-me convosco! Em casa eu melhoro mais rapidamente...
Queixa-se da agulha do soro. Um enfermeira aparece para lha mudar. Nós saímos. Foi o que me valeu, pois sentia-me a desfalecer. Vim cá fora, fumei um cigarro, passeei e senti-me mais animado.
Voltei para dentro. Acordou nesse instante a doente da cama vizinha. Já sabia que era de Gondomar, por isso fui vê-la e falar um bocadinha com ela.
Chegou o jantar. Duas enfermeiras dão a comida à boca às duas doentes vizinhas. A D. Alzira serve-a sua nora. Diz que não quer comer, que não tem fome, que está enjoada. A refeição apresenta um óptimo aspecto e cheira deliciosamente. Lá a convencemos a comer alguma coisa. A mim pareceu-me que foi pouco, mas a nora, que a tem zelosamente acompanhado nestes dias de doença, respondeu-me:
- Nada mau. Para aquilo que tem comido...
Procurei animá-la, fazendo das tripas coração. Mas ela precisava mesmo. Mais, ela é que interessava. Lá fui puxando umas tretas para a animar. Que os santos do seu altar estavam tristes e que não se alegrariam enquanto ela não voltasse a tratar dele... Que estava cheio de ver vazio o seu lugar na Eucaristia... Que tinha que arribar, caso contrário o Zequinha arranjava outra, que bem sabia como ele era pardalório... Que o gato, as trutas e as flores da quinta pediam a quem passava na estrada que lhes trouxessem a dona. Pelo menos, com estas pachouchadas, consegui ver-lhe um sorriso e senti-la mais descontraída.
Disse-lhe que me esqueci de lhe levar o terço. De pronto, respondeu-me:
- Tenho lá muitos, o que não tenho é apetite de rezar.
A doença é uma tal coisa! D. Alzira, senhora de uma fé simples, mas arreigada, profunda, que nunca deixa a oração, agora não tem apetite! Falei um bocadinho com ela, animando-a, também neste aspecto.
Apareceu um médico amigo. As enfermeiras continuavam a servir a refeição às doentes. Ao doutor, a senhora disse o mesmo:
- Quero ir para minha casa.
E acrescentou:
- Não tenho razão de queixa de ninguém aqui. Funcionárias, enfermeiras e médicos são impecáveis para comigo. Eu é que não me sinto cá bem.
Tinha mesmo que sair. Após abandonar o edifício, dirigi-me para o carro, sem me sentir bem. Encostei-me ao veículo, tentando recompor-me. Quando achei que estava em condições de conduzir, abalei.
Meu Deus, por que razão lido tão mal com hospitais?
- O senhor está bem? Tão branco!...
Mas hoje fui. Mentalizei-me, enchi-me de coragem e fui. Fui ver a "mãezota". É assim que a vejo, é assim que ela me trata.
D. Alzira, senhora de uma força interior fantástica, estava hoje muito prostrada. E logo que me viu, lançou o pedido:
- Leve-me consigo, senhor padre! Em minha casa, eu curo-me mais depressa.
Estava sentada numa cadeira, ligada ao soro, seu companheiro destes últimos 8 dias. Depois, ajudei-a a levantar-se, dei-lhe a mão e caminhámos devagarinho para o seu quarto. A meio do corredor, encostou-se e disse-me que não aguentava com tanta dor, que nada lhe tirava as dores. A auxiliar apareceu e deu uma ajudinha.
Não quis ir para a cama, sentou-se no sofá. Fui-lhe buscar a almofada para ter a cabeça mais confortável. Abanquei ao lado dela e conversámos. De quando em vez o mesmo desabafo:
- Ai tanta dor! Não estou bem em lado nenhum.
Chegaram o filho e a nora. Volta o pedido:
- Levai-me convosco! Em casa eu melhoro mais rapidamente...
Queixa-se da agulha do soro. Um enfermeira aparece para lha mudar. Nós saímos. Foi o que me valeu, pois sentia-me a desfalecer. Vim cá fora, fumei um cigarro, passeei e senti-me mais animado.
Voltei para dentro. Acordou nesse instante a doente da cama vizinha. Já sabia que era de Gondomar, por isso fui vê-la e falar um bocadinha com ela.
Chegou o jantar. Duas enfermeiras dão a comida à boca às duas doentes vizinhas. A D. Alzira serve-a sua nora. Diz que não quer comer, que não tem fome, que está enjoada. A refeição apresenta um óptimo aspecto e cheira deliciosamente. Lá a convencemos a comer alguma coisa. A mim pareceu-me que foi pouco, mas a nora, que a tem zelosamente acompanhado nestes dias de doença, respondeu-me:
- Nada mau. Para aquilo que tem comido...
Procurei animá-la, fazendo das tripas coração. Mas ela precisava mesmo. Mais, ela é que interessava. Lá fui puxando umas tretas para a animar. Que os santos do seu altar estavam tristes e que não se alegrariam enquanto ela não voltasse a tratar dele... Que estava cheio de ver vazio o seu lugar na Eucaristia... Que tinha que arribar, caso contrário o Zequinha arranjava outra, que bem sabia como ele era pardalório... Que o gato, as trutas e as flores da quinta pediam a quem passava na estrada que lhes trouxessem a dona. Pelo menos, com estas pachouchadas, consegui ver-lhe um sorriso e senti-la mais descontraída.
Disse-lhe que me esqueci de lhe levar o terço. De pronto, respondeu-me:
- Tenho lá muitos, o que não tenho é apetite de rezar.
A doença é uma tal coisa! D. Alzira, senhora de uma fé simples, mas arreigada, profunda, que nunca deixa a oração, agora não tem apetite! Falei um bocadinho com ela, animando-a, também neste aspecto.
Apareceu um médico amigo. As enfermeiras continuavam a servir a refeição às doentes. Ao doutor, a senhora disse o mesmo:
- Quero ir para minha casa.
E acrescentou:
- Não tenho razão de queixa de ninguém aqui. Funcionárias, enfermeiras e médicos são impecáveis para comigo. Eu é que não me sinto cá bem.
Tinha mesmo que sair. Após abandonar o edifício, dirigi-me para o carro, sem me sentir bem. Encostei-me ao veículo, tentando recompor-me. Quando achei que estava em condições de conduzir, abalei.
Meu Deus, por que razão lido tão mal com hospitais?
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Bom amigo
Está a ser experimentado pelo sofrimento “como ouro no crisol” para “completar em si o que falta à Paixão de Cristo”.
Coragem, amigo!
A força das convicções, o arrojo de nadar contra a maré e a coragem da serenidade podem deixá-lo sozinho, mas não solitário.
Há quem ouse voar por cima do "política, social e religiosamente correcto". A factura a pagar pode ser cara. Já o foi para Jesus de Nazaré.
Há derrotas que duram de sexta a domingo. Há vitórias que duram de sexta a domingo.
Coragem, amigo!
A força das convicções, o arrojo de nadar contra a maré e a coragem da serenidade podem deixá-lo sozinho, mas não solitário.
Há quem ouse voar por cima do "política, social e religiosamente correcto". A factura a pagar pode ser cara. Já o foi para Jesus de Nazaré.
Há derrotas que duram de sexta a domingo. Há vitórias que duram de sexta a domingo.
A visita da família
Alguns familiares meus deram-me a alegria da sua presença. Agradeço-lhes.
Após uma refeição simples e fraterna, partimos para Santa Helena onde podemos admirar a magnificência da paisagem, dar uma voltinha pelo recinto e visitar a gruta onde jazem os restos de Carolina. Uma vez aqui, os meus 5 sobrinhos mais novos encharcaram-me de perguntas. Queriam saber tudo mais alguma coisa. Ainda bem quando as crianças gostam de perguntar. A curiosidade sadia estimula a aprendizagem.
Entrámos na capela para um momento de oração, após o qual dei uma breve aulita de catequese aos miúdos, aproveitando as imagens presentes no templo.
A alegria da moçarada era patente. O que eles saltaram naqueles calhaus! Pareciam alpinistas...
Não puderam ficar muito tempo, por motivos pessoais. Mas soube-me bem este bocadinho em que meu pai, três dos meus irmãos, cunhadas e sobrinhos aqui estiveram.
Ah! Outro motivo de interesse para os mais novos foi o papagaio. O "Chico" encantou-os. E não é que o sisudo do pássaro hoje não parava de rir! Pois, habituado a conviver só com "cotas", hoje delirou com a presença dos pequenos. Se eles cá viessem mais vezes, aposto que papagueava muito mais...
Após uma refeição simples e fraterna, partimos para Santa Helena onde podemos admirar a magnificência da paisagem, dar uma voltinha pelo recinto e visitar a gruta onde jazem os restos de Carolina. Uma vez aqui, os meus 5 sobrinhos mais novos encharcaram-me de perguntas. Queriam saber tudo mais alguma coisa. Ainda bem quando as crianças gostam de perguntar. A curiosidade sadia estimula a aprendizagem.
Entrámos na capela para um momento de oração, após o qual dei uma breve aulita de catequese aos miúdos, aproveitando as imagens presentes no templo.
A alegria da moçarada era patente. O que eles saltaram naqueles calhaus! Pareciam alpinistas...
Não puderam ficar muito tempo, por motivos pessoais. Mas soube-me bem este bocadinho em que meu pai, três dos meus irmãos, cunhadas e sobrinhos aqui estiveram.
Ah! Outro motivo de interesse para os mais novos foi o papagaio. O "Chico" encantou-os. E não é que o sisudo do pássaro hoje não parava de rir! Pois, habituado a conviver só com "cotas", hoje delirou com a presença dos pequenos. Se eles cá viessem mais vezes, aposto que papagueava muito mais...
Santa Sé não fará mudanças na liturgia
O Vaticano não está a preparar nenhuma reforma para as celebrações litúrgicas, disse hoje o vice-director da sala de imprensa da Santa Sé, Ciro Benedettini.
"De momento não existem propostas institucionais para uma modificação dos livros litúrgicos actualmente em uso", disse este responsável, citando informações recebidas da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
A informação desmente alegadas modificações nas celebrações avançadas por alguma imprensa italiana.
In ecclesia
"De momento não existem propostas institucionais para uma modificação dos livros litúrgicos actualmente em uso", disse este responsável, citando informações recebidas da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
A informação desmente alegadas modificações nas celebrações avançadas por alguma imprensa italiana.
In ecclesia
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Conservadores e progressistas - todos chamados à adesão ao Cristo total
Na linguagem dos jovens de hoje, muitos dirão que Jesus Cristo é "porreiro", é "fixe".
- Gostava de conviver com as pessoas, ia a casa de muita gente e ali tomava a refeição.
- Também gostava de acontecimentos festivos. Esteve no almoço de casamento em Caná da Galileia.
- Era um amigo das crianças. "Deixai vir a mim as criancinhas..."
- Aproximava-se de pecadores que tratava pelo próprio nome. Zaquei é um caso.
- Falava de amor, de alegria e de esperança.
- Não tinha manias. Quando soube que o queriam fazer rei, afastou-se.
- Era claro e incisivo para com os legalistas, os escravos da lei, sem outros horizontes que não fosse a lei. "Guias de cegos, sepulcros caiados, raça de víboras" foram alguns dos "mimos que dirigiu aos fariseus.
- Era um homem livre, nada nem ninguém o afastou do seu caminho. A verdade norteou a sua conduta.
- A sua palavra transmitia paz, serenidade, misericórdia e perdão.
- Era tão humano que chorava a morte dos seus amigos. Lázaro é um caso.
- Gostava do silêncio. Afastava-se da multidão para um lugar ermo e orava.
- Sabia conduzir o seu grupo como verdadeiro líder. Acolhia sem lisonja; exortava e corrigia sem escorraçar.
Mas às vezes - e usando ainda a linguagem jovem actual - era um bocado "cota" e "chato".
- Ia todos os sábados à sinagoga, não abandonava o seu lugar na assembleia reunida.
- Falou incisivamente da unidade e a indissolubilidade do matrimônio . "Não separe o homem o que Deus uniu".
- Muito do seu tempo era usado em longos, longos momentos de oração.
- Estragava a borga e a "vidinha" das pessoas. Pegou no chicote e expulsou os vendilhões do templo...
- Mandou aos seus seguidores do todos os tempos "pegar na cruz de cada dia e segui-l'O" e a seu exemplo, ordenou-nos que servíssemos os irmãos.
- Nunca foi de meias tintas. "Que a vossas palavras sejam sim, sim; não, não". Ora isto num tempo em que se confunde tudo e se mete tudo mesmo saco, em que se vive um relativismo moral e vital... concluam!
- Mandou-nos ser simples como pombos e espertos como serpentes. Isto de ser simples com a cabeça cheia de tantos ídolos e de tanto jet-sett...
- Foi capaz de dar a vida por aquilo em que acreditou. A coerência marcou a sua estada entre nós.
- Gostava de conviver com as pessoas, ia a casa de muita gente e ali tomava a refeição.
- Também gostava de acontecimentos festivos. Esteve no almoço de casamento em Caná da Galileia.
- Era um amigo das crianças. "Deixai vir a mim as criancinhas..."
- Aproximava-se de pecadores que tratava pelo próprio nome. Zaquei é um caso.
- Falava de amor, de alegria e de esperança.
- Não tinha manias. Quando soube que o queriam fazer rei, afastou-se.
- Era claro e incisivo para com os legalistas, os escravos da lei, sem outros horizontes que não fosse a lei. "Guias de cegos, sepulcros caiados, raça de víboras" foram alguns dos "mimos que dirigiu aos fariseus.
- Era um homem livre, nada nem ninguém o afastou do seu caminho. A verdade norteou a sua conduta.
- A sua palavra transmitia paz, serenidade, misericórdia e perdão.
- Era tão humano que chorava a morte dos seus amigos. Lázaro é um caso.
- Gostava do silêncio. Afastava-se da multidão para um lugar ermo e orava.
- Sabia conduzir o seu grupo como verdadeiro líder. Acolhia sem lisonja; exortava e corrigia sem escorraçar.
Mas às vezes - e usando ainda a linguagem jovem actual - era um bocado "cota" e "chato".
- Ia todos os sábados à sinagoga, não abandonava o seu lugar na assembleia reunida.
- Falou incisivamente da unidade e a indissolubilidade do matrimônio . "Não separe o homem o que Deus uniu".
- Muito do seu tempo era usado em longos, longos momentos de oração.
- Estragava a borga e a "vidinha" das pessoas. Pegou no chicote e expulsou os vendilhões do templo...
- Mandou aos seus seguidores do todos os tempos "pegar na cruz de cada dia e segui-l'O" e a seu exemplo, ordenou-nos que servíssemos os irmãos.
- Nunca foi de meias tintas. "Que a vossas palavras sejam sim, sim; não, não". Ora isto num tempo em que se confunde tudo e se mete tudo mesmo saco, em que se vive um relativismo moral e vital... concluam!
- Mandou-nos ser simples como pombos e espertos como serpentes. Isto de ser simples com a cabeça cheia de tantos ídolos e de tanto jet-sett...
- Foi capaz de dar a vida por aquilo em que acreditou. A coerência marcou a sua estada entre nós.
Presidente da República vetou nova lei das uniões de facto
Cavaco Silva alerta para o risco de transformar a união de facto num «para-casamento», num «proto-casamento» ou num «casamento de segunda ordem»
O Presidente da República não promulgar o Decreto nº 349/X da Assembleia da República, que procedeu à primeira alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de Maio (Uniões de facto), tendo devolvido hoje aquele diploma à Assembleia da República.
Aníbal Cavaco Silva alerta para o “o risco de uma tendencial equiparação entre duas realidades distintas”, o casamento e as uniões de facto, “se converter, no fim de contas, na criação de dois tipos de casamento ou, melhor dizendo, de transformar a união de facto num «para-casamento», num «proto-casamento» ou num «casamento de segunda ordem»”.
Na mensagem que envia aos deputados, Cavaco Silva admite que “na sociedade portuguesa, a opção pela vida em comum em união de facto tem vindo a assumir uma dimensão crescente, como o revelam as estatísticas que evidenciam um aumento do número daqueles que procedem àquela opção”.
Para o Presidente da República, “a dimensão que este fenómeno adquiriu, até em termos puramente quantitativos, tem suscitado múltiplas questões aos mais diversos níveis, quer em termos pessoais, quer em termos patrimoniais.
Cavaco Silva defende que “a ausência de um debate aprofundado sobre uma matéria que é naturalmente geradora de controvérsia revela, além disso, a inoportunidade de se proceder a uma alteração de fundo deste alcance no actual momento de final da legislatura, em que a atenção dos agentes políticos e dos cidadãos se encontra concentrada noutras prioridades”.
In ecclesia
O Presidente da República não promulgar o Decreto nº 349/X da Assembleia da República, que procedeu à primeira alteração à Lei n.º 7/2001, de 11 de Maio (Uniões de facto), tendo devolvido hoje aquele diploma à Assembleia da República.
Aníbal Cavaco Silva alerta para o “o risco de uma tendencial equiparação entre duas realidades distintas”, o casamento e as uniões de facto, “se converter, no fim de contas, na criação de dois tipos de casamento ou, melhor dizendo, de transformar a união de facto num «para-casamento», num «proto-casamento» ou num «casamento de segunda ordem»”.
Na mensagem que envia aos deputados, Cavaco Silva admite que “na sociedade portuguesa, a opção pela vida em comum em união de facto tem vindo a assumir uma dimensão crescente, como o revelam as estatísticas que evidenciam um aumento do número daqueles que procedem àquela opção”.
Para o Presidente da República, “a dimensão que este fenómeno adquiriu, até em termos puramente quantitativos, tem suscitado múltiplas questões aos mais diversos níveis, quer em termos pessoais, quer em termos patrimoniais.
Cavaco Silva defende que “a ausência de um debate aprofundado sobre uma matéria que é naturalmente geradora de controvérsia revela, além disso, a inoportunidade de se proceder a uma alteração de fundo deste alcance no actual momento de final da legislatura, em que a atenção dos agentes políticos e dos cidadãos se encontra concentrada noutras prioridades”.
In ecclesia
Será verdade? Se for, é gravíssimo!
Com direito a identidade falsa
Espiões alastram nos Serviços Públicos
Espiões alastram nos Serviços Públicos
Os serviços secretos estão a celebrar protocolos com os organismos públicos com vista à colocação de agentes do Serviço de Informações da República (SIS) e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) com identidade codificada em instituições do Estado. A iniciativa está mesmo a ser acompanhada pelo Conselho de Fiscalização do SIRP (CFSIRP), como consta do parecer daquele órgão onde são apresentados os objectivos a que “dará especial atenção” em 2009.
In Correio da Manhã (hoje)
Se se confirmar a informação dado pelo jornal, mais uma razão para estarmos alerta nas próximas eleições legislativas. Temos que ver com lenha nos querem assar!!!
A ser verdade, é pura e simplesmente uma iniciativa pidesca do governo Sócrates para controlar os cidadãos, para espiolhar a sua vida. Parece que nem Salazar foi tão longe. Que bela democracia! Não será uma tentativa de sovietizar a nossa sociedade?
Mas quem estranhará mais uma "à Socrates"???
domingo, 23 de agosto de 2009
De volta ao berço
Ontem presidi em Cambres ao Matrimónio de meu primo Nuno com a Maria Augusta. Por afazeres paroquiais, não pude passar pelo almoço do casamento.
Hoje na companhia de familiares e com a presença de pessoas amigas do novo casal, participei no almoço em casa da mãe do Nuno (meu tio já está nos braços do Pai há muitos anos). Além de um almoço de homenagem aos recém-casados, foi também uma forma de assinar a festa da terra - Juvandes.
Assinalo e agradeço profundamente a maneira como minha tia Maria e meus primos Nuno e Carlos me receberam. A alegria manifestada, a simpatia e delicadeza sempre presentes, o acolhimento afectivo dispensado não só à minha pobre pessoas como a todos os convidados.
Deixo-lhes também aqui o meu profundo reconhecimento. Obrigado.
Não entrava naquela casa há 30 anos! E foi ali que nasci e passei os meus primeiros 7 anos de vida. Embora remodelada por fora e profundamente modificada por dentro, não deixei de percorrer todo o edifício, explicando aos meus irmãos mais novos, cunhados e sobrinhos como ele era no tempo em que ali vivi. Meus Deus, como o filme se desenrolou no meu coração! Que mundo de recordações, de pequenas/grandes referências! Quantos pormenores, quantas vivências me ocorreram em torvilhão naqueles momentos!
Na mesma casa, viviam então duas famílias. A minha e os meus avós com os meus tios. Só uma estrutura de madeira separava então os dois lares. Quantas vezes de noite meu pai não teve de pegar na escada para subir ao alto da divisão de madeira para me entregar aos meus avós! Já então era reguila e quando entendesse que queria ir dormir com meus avós, nem a bem nem a mal me calava. O que valiam uns acoites quando comparados com a satisfação de ficar a dormir com meus avós!!!
A auto-estrada A24 passa mesmo à beirinha da casa. Só hoje consegui sentir quanto esta via modificou a envolvência do edifício. Pelo movimento de terras que causou, pelo encurtamento dos espaços e pela modificação dos mesmos.
Lembrei-me algumas vezes do pensamento que diz: "O homem é a medida de todas as coisas." De facto aquela casa e aqueles campos que outra me pareciam muito grandes - e era essa a ideia que conservava - hoje senti-os bem mais pequenos. A avaliação dos espaços também ter a ver com a ideia de espaço que vamos aperfeiçoando...
Depois de chegar a casa de meu pai, e a convite de alguns dos meus familiares, foi a um terrenito que possuo em Arneirós, num lugar chamado "A Pia". Objectivo: apanhar uns figos pretos muito saborosos que lá existem .
Primeiro obstáculo: as silvas. Foi o cabo dos trabalhos para lá entrar, tal era a altura e a arrogância das ditas cujas. Só com muito esforça e persistência, ajudados por uma navalhita, conseguimos empurrar o portãozito e abrir caminho, livrando-nos das atrevidas e agressivas silvas.
Segundo problema: os figos. Pareciam já muito pretinhos, mas ainda estavam imaturos e impróprios para consumo.
A desolação cobre o pequeno e simpático terreno. As silvas abraçam por todo lado pereiras, macieiras, cerejeiras, marmeleiros e diospireiro. A charca está rodeada por um silvado mais alto do que a Torre dos Clérigos. Por todo os lados, fetos e ervas daninhas que o Sol vai torrando. A bela ramada de outros tempos está agora prostrada e muitas videiras, desiludidas com o abandono, deixaram de querer viver.
Ainda apanhámos, graças à teimosia em triunfar das silvas, algumas maçãs e pêras, logicamente biológicas por ausência de qualquer tratamento.
Uma vizinha que presenciou as nossas dificuldades em lidar com o silvado, apareceu com uma foice para nos ajudar e não resistiu a comentar:
- Quem viu isto e o vê agora! Era um campinho pequeno mas muito bem situado, viradinho ao Sol, quase uma estufa! Aqui havia de tudo.
Quando me afastei em direcção ao lugar da charca, sempre lançou este desafio aos meus familiares:
- Se o sr. Padre não trata disto, por que razão não o vende?
Pois, o coração tem razões que a razão desconhece...
Ainda me restou tempo para acompanhar familiares meus até a uma leira, propriedade de um deles. Que caminho, Santo Deus! Esmagadoramente em terra batida, com valetas fundas. Só mesmo em carrinha de caixa aberta foi possível lá subir. A ideia deles é boa, as dificuldades são muitas. Captar aí água para depois a canalizar e fazer cair na quinta. É que são mais de 2Km de distância, existindo um rio pelo meio.
Depois do jantar em família, em fraterno convívio e saudável brincadeira (não faltaram umas "alfinetadas" às vitórias do Porto e Benfica...), regressei a casa.
Um dia bonito. De manhã com a comunidade nas Eucaristias. De tarde com familiares e amigos.
Graças a Deus por tudo!
Hoje na companhia de familiares e com a presença de pessoas amigas do novo casal, participei no almoço em casa da mãe do Nuno (meu tio já está nos braços do Pai há muitos anos). Além de um almoço de homenagem aos recém-casados, foi também uma forma de assinar a festa da terra - Juvandes.
Assinalo e agradeço profundamente a maneira como minha tia Maria e meus primos Nuno e Carlos me receberam. A alegria manifestada, a simpatia e delicadeza sempre presentes, o acolhimento afectivo dispensado não só à minha pobre pessoas como a todos os convidados.
Deixo-lhes também aqui o meu profundo reconhecimento. Obrigado.
Não entrava naquela casa há 30 anos! E foi ali que nasci e passei os meus primeiros 7 anos de vida. Embora remodelada por fora e profundamente modificada por dentro, não deixei de percorrer todo o edifício, explicando aos meus irmãos mais novos, cunhados e sobrinhos como ele era no tempo em que ali vivi. Meus Deus, como o filme se desenrolou no meu coração! Que mundo de recordações, de pequenas/grandes referências! Quantos pormenores, quantas vivências me ocorreram em torvilhão naqueles momentos!
Na mesma casa, viviam então duas famílias. A minha e os meus avós com os meus tios. Só uma estrutura de madeira separava então os dois lares. Quantas vezes de noite meu pai não teve de pegar na escada para subir ao alto da divisão de madeira para me entregar aos meus avós! Já então era reguila e quando entendesse que queria ir dormir com meus avós, nem a bem nem a mal me calava. O que valiam uns acoites quando comparados com a satisfação de ficar a dormir com meus avós!!!
A auto-estrada A24 passa mesmo à beirinha da casa. Só hoje consegui sentir quanto esta via modificou a envolvência do edifício. Pelo movimento de terras que causou, pelo encurtamento dos espaços e pela modificação dos mesmos.
Lembrei-me algumas vezes do pensamento que diz: "O homem é a medida de todas as coisas." De facto aquela casa e aqueles campos que outra me pareciam muito grandes - e era essa a ideia que conservava - hoje senti-os bem mais pequenos. A avaliação dos espaços também ter a ver com a ideia de espaço que vamos aperfeiçoando...
Depois de chegar a casa de meu pai, e a convite de alguns dos meus familiares, foi a um terrenito que possuo em Arneirós, num lugar chamado "A Pia". Objectivo: apanhar uns figos pretos muito saborosos que lá existem .
Primeiro obstáculo: as silvas. Foi o cabo dos trabalhos para lá entrar, tal era a altura e a arrogância das ditas cujas. Só com muito esforça e persistência, ajudados por uma navalhita, conseguimos empurrar o portãozito e abrir caminho, livrando-nos das atrevidas e agressivas silvas.
Segundo problema: os figos. Pareciam já muito pretinhos, mas ainda estavam imaturos e impróprios para consumo.
A desolação cobre o pequeno e simpático terreno. As silvas abraçam por todo lado pereiras, macieiras, cerejeiras, marmeleiros e diospireiro. A charca está rodeada por um silvado mais alto do que a Torre dos Clérigos. Por todo os lados, fetos e ervas daninhas que o Sol vai torrando. A bela ramada de outros tempos está agora prostrada e muitas videiras, desiludidas com o abandono, deixaram de querer viver.
Ainda apanhámos, graças à teimosia em triunfar das silvas, algumas maçãs e pêras, logicamente biológicas por ausência de qualquer tratamento.
Uma vizinha que presenciou as nossas dificuldades em lidar com o silvado, apareceu com uma foice para nos ajudar e não resistiu a comentar:
- Quem viu isto e o vê agora! Era um campinho pequeno mas muito bem situado, viradinho ao Sol, quase uma estufa! Aqui havia de tudo.
Quando me afastei em direcção ao lugar da charca, sempre lançou este desafio aos meus familiares:
- Se o sr. Padre não trata disto, por que razão não o vende?
Pois, o coração tem razões que a razão desconhece...
Ainda me restou tempo para acompanhar familiares meus até a uma leira, propriedade de um deles. Que caminho, Santo Deus! Esmagadoramente em terra batida, com valetas fundas. Só mesmo em carrinha de caixa aberta foi possível lá subir. A ideia deles é boa, as dificuldades são muitas. Captar aí água para depois a canalizar e fazer cair na quinta. É que são mais de 2Km de distância, existindo um rio pelo meio.
Depois do jantar em família, em fraterno convívio e saudável brincadeira (não faltaram umas "alfinetadas" às vitórias do Porto e Benfica...), regressei a casa.
Um dia bonito. De manhã com a comunidade nas Eucaristias. De tarde com familiares e amigos.
Graças a Deus por tudo!
Forças poderosas
Forças poderosas, ultra-conservadoras e conservadoras, movem-se no interior da Igreja. Perigosamente.
A liturgia é da Igreja. Quem celebra não é dono da liturgia, mas seu administrador.
Mas para onde conduzirão a liturgia da Igreja essas poderosas forças conservadoras??? Acentuarão ainda mais o "cisma" da debandada e da indiferença?
Estejamos todos atentos. O perigo é real.
A liturgia é da Igreja. Quem celebra não é dono da liturgia, mas seu administrador.
Mas para onde conduzirão a liturgia da Igreja essas poderosas forças conservadoras??? Acentuarão ainda mais o "cisma" da debandada e da indiferença?
Estejamos todos atentos. O perigo é real.
Nossos vizinhos
Família que faleceu na praia Maria Luísa, em Albufeira, é de Britiande, concelho de Lamego.
Paz às suas almas!
Paz às suas almas!
sábado, 22 de agosto de 2009
A ingratidão magoa mesmo!
Todas as pessoas, de uma forma ou de outra, experimentam o espinho da ingratidão.
"É uma das dores mais difíceis de suportar", dizia-me há dias uma senhora na qual o sofrimento escorria do rosto.
Realmente há pessoas que relevam uma insensibilidade total diante do bem (seja que bem for) que lhes é feito. Não há um gesto, uma palavra, uma atitude, uma presença. Mais, parece que só se lembram de quem lhe fez bem quando voltam a precisar.
Bom, já não falo daqueles que respondem ao bem que receberam com a indiferença ou com o mal que praticam para com quem lhes fez bem. Estes rejeitam ser gente, animalizam-se.
Não serão os ingratos uma das maiores escavadoras do mundo egoísta e egocêntrico em que vivemos?
É preciso que a família eduque para a gratidão desde o berço. Sempre. Persistententemente. Quando não, serão os próprios pais vítimas da ingratidão dos filhos.
"É uma das dores mais difíceis de suportar", dizia-me há dias uma senhora na qual o sofrimento escorria do rosto.
Realmente há pessoas que relevam uma insensibilidade total diante do bem (seja que bem for) que lhes é feito. Não há um gesto, uma palavra, uma atitude, uma presença. Mais, parece que só se lembram de quem lhe fez bem quando voltam a precisar.
Bom, já não falo daqueles que respondem ao bem que receberam com a indiferença ou com o mal que praticam para com quem lhes fez bem. Estes rejeitam ser gente, animalizam-se.
Não serão os ingratos uma das maiores escavadoras do mundo egoísta e egocêntrico em que vivemos?
É preciso que a família eduque para a gratidão desde o berço. Sempre. Persistententemente. Quando não, serão os próprios pais vítimas da ingratidão dos filhos.
Sejamos agradecidos e haverá menos agressividade, menos sofrimento, menos rancor. Mais paz, mais compreensão, mais gosto de ser solidário, mais serenidade.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
21º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram:
- Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?
Jesus, conhecendo interiormenteque os discípulos murmuravam por causa disso,perguntou-lhes:
- Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam».
Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou:
- Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze:
- Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-Lhe Simão Pedro:
- Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Jo 6,60-69
- Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?
Jesus, conhecendo interiormenteque os discípulos murmuravam por causa disso,perguntou-lhes:
- Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam».
Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou:
- Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai».
A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze:
- Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-Lhe Simão Pedro:
- Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Jo 6,60-69
Que nos diz esta Palavra?
1. ¨ Os “muitos discípulos” de que fala o texto que nos é proposto não tiveram a coragem para aceitar a proposta de Jesus. Amarrados aos seus sonhos de riqueza fácil, de ambição, de poder e de glória, não estavam dispostos a trilhar um caminho de doação total de si mesmos em benefício dos irmãos. Este grupo representa esses “discípulos” de Jesus demasiado comprometidos com os valores do mundo, que até podem frequentar a comunidade cristã, mas que no dia a dia vivem obcecados com a ampliação da sua conta bancária, com o êxito profissional a todo o custo, com a pertença à elite que frequenta as festas sociais, com o aplauso da opinião pública… Para estes, as palavras de Jesus “são palavras duras” e a sua proposta de radicalidade é uma proposta inadmissível. Esta categoria de “discípulos” não é tão rara como parece… Em diversos graus, todos nós sentimos, por vezes, a tentação de atenuar a radicalidade da proposta de Jesus e de construir a nossa vida com valores mais condizentes com uma visão “light” da existência. É preciso estarmos continuamente numa atitude de vigilância sobre os valores que nos norteiam, para não corrermos o risco de “virar as costas” à proposta de Jesus.
2. ¨ Os “Doze” ficaram com Jesus, pois estavam convictos de que só Ele tem “palavras que comunicam a vida definitiva”. Eles representam aqueles que não se conformam com a banalidade de uma vida construída sobre valores efémeros e que querem ir mais além; representam aqueles que não estão dispostos a gastar a sua vida em caminhos que só conduzem à insatisfação e à frustração; representam aqueles que não estão dispostos a conduzir a sua vida ao sabor da preguiça, do comodismo, da instalação; representam aqueles que aderem sinceramente a Jesus, se comprometem com o seu projecto, acolhem no coração a vida que Jesus lhes oferece e se esforçam por viver em coerência com a opção por Jesus que fizeram no dia do seu Baptismo. Atenção: esta opção pelo seguimento de Jesus precisa de ser constantemente renovada e constantemente vigiada, a fim de que o nível da coerência e da exigência se mantenha.
3. ¨ Na cena que o Evangelho de hoje nos traz, Jesus não parece estar tão preocupado com o número de discípulos que continuarão a segui-l’O, quanto com o manter a verdade e a coerência do seu projecto. Ele não faz cedências fáceis para ter êxito e para captar a benevolência e os aplausos das multidões, pois o Reino de Deus não é um concurso de popularidade… Não adianta escamotear a verdade: o Evangelho que Jesus veio propor conduz à vida plena, mas por um caminho que é de radicalidade e de exigência. Muitas vezes tentamos “suavizar” as exigências do Evangelho, a fim de que ele seja mais facilmente aceite pelos homens do nosso tempo… Temos de ter cuidado para não desvirtuarmos a proposta de Jesus e para não despojarmos o Evangelho daquilo que ele tem de verdadeiramente transformador.
4. ¨ Um dos elementos que aparece nitidamente no nosso texto é a serenidade com que Jesus encara o “não” de alguns discípulos ao projecto que Ele veio propor. Diante desse “não”, Jesus não força as coisas, não protesta, não ameaça, mas respeita absolutamente a liberdade de escolha dos seus discípulos.
Quem não cumpre prejudica os outros
Viu o stop, mas não ligou. Seguiu em frente. Bateu violentamente contra o carro de quem ia no seu lugar, cumprindo as normas. O dono do carro acidentado ficou paraplégico.
Quem não cumpre prejudica os outros.
Tem o seu cãozinho. Mas quem o atura são os outros. Anda na rua sem açaime, já mordeu pessoas, faz da via pública o seu wc, espanta as crianças que o temem.
Quem não cumpre prejudica os outros.
É tido como pessoa importante. Mas por tralhas e por malhas, diante do Estado não tem nada ou quase nada em nome dele. Não paga imposto ou paga uma coisa insignificante, tem os filhos na faculdade com bolsa de estudo, embora vão de altos carrões para as aulas. Este "ricaço" Vê os seus filhos serem subsidiados pelos impostos de quem tem muito menos do que ele. Não pagando o que deve, rouba o Estado, isto é, cada um de nós.
Quem não cumpre prejudica os outros.
Um carro com cinco gandulos circulava a grande velocidade, com a música no máximo. Pelo estrada, iam deitando garrafas vazias fora, maços de cigarros vazios e outros restos... A paisagem fica poluída. A sujidade vai ser limpa por trabalhadores pagos com os nossos impostos.
Quem não cumpre prejudica os outros.
Duas câmaras, Numa observa-se escrupulosamente o plano urbanístico. Noutra são feitos "uns favores". O presidente da primeira é um patife, um tirano, sem coração, ditador. O segundo é um "tipo porreiro".
Quem não cumpre prejudica os outros.
O "porreirismo" é uma chaga hoje em dia.
Também na Igreja, infelizmente!
Quem não cumpre prejudica os outros.
Tem o seu cãozinho. Mas quem o atura são os outros. Anda na rua sem açaime, já mordeu pessoas, faz da via pública o seu wc, espanta as crianças que o temem.
Quem não cumpre prejudica os outros.
É tido como pessoa importante. Mas por tralhas e por malhas, diante do Estado não tem nada ou quase nada em nome dele. Não paga imposto ou paga uma coisa insignificante, tem os filhos na faculdade com bolsa de estudo, embora vão de altos carrões para as aulas. Este "ricaço" Vê os seus filhos serem subsidiados pelos impostos de quem tem muito menos do que ele. Não pagando o que deve, rouba o Estado, isto é, cada um de nós.
Quem não cumpre prejudica os outros.
Um carro com cinco gandulos circulava a grande velocidade, com a música no máximo. Pelo estrada, iam deitando garrafas vazias fora, maços de cigarros vazios e outros restos... A paisagem fica poluída. A sujidade vai ser limpa por trabalhadores pagos com os nossos impostos.
Quem não cumpre prejudica os outros.
Duas câmaras, Numa observa-se escrupulosamente o plano urbanístico. Noutra são feitos "uns favores". O presidente da primeira é um patife, um tirano, sem coração, ditador. O segundo é um "tipo porreiro".
Quem não cumpre prejudica os outros.
O "porreirismo" é uma chaga hoje em dia.
Também na Igreja, infelizmente!
Parte de uma falésia caiu na praia Maria Luísa
Parte de uma falésia caiu na praia Maria Luísa, em Albufeira, provocando um morto e dois feridos, um dos quais com gravidade, segundo fonte do INEM, que admite ainda que possam estar soterradas mais duas pessoas.
Praia Maria Luísa. Algumas vezes por aqui andei nas férias. Não que apreciasse por aí além, pois não gosto de praias pequenas. Fazem-me lembrar prisões, quando cercadas daquelas enormes falésias. Mas se aqueles com quem estava gostavam, tinha que ceder e lá ia. Quando a vontade de um é ditadura sobre os demais, não há grupo.
Nunca o manifestei para não causar pânico nos mais pequenos e para não ser gozado pelos mais velhos. Mas muitas vezes me senti constrangido ao olhar para as falésias. "E se isto cai?"
Os meus receios íntimos tornaram-se tragicamente realidade, com a perda de, pelo menos, uma vida.
E depois penso ainda: " Esta semana de Agosto, em ano 'normal', devia estar no Algarve. E Albufeira era a zona normalmente escolhida. Podia muito bem acontecer que neste dia estivéssemos nessa praia... E como gosto de passear no areal, poderia ser eu a andar também por ali.
E vem-me a memória o pensamento popular, saído da universidade da vida: "Deus escreve direito por linhas tortas"!
A minha prece por quem faleceu e por quem sofreu na dor os efeitos da derrocada.
Mais atenção dos veraneantes e das autoridades para as zonas perigosas. E lá vem a faculdade do povo: "Vale mais prevenir do que remediar."
Praia Maria Luísa. Algumas vezes por aqui andei nas férias. Não que apreciasse por aí além, pois não gosto de praias pequenas. Fazem-me lembrar prisões, quando cercadas daquelas enormes falésias. Mas se aqueles com quem estava gostavam, tinha que ceder e lá ia. Quando a vontade de um é ditadura sobre os demais, não há grupo.
Nunca o manifestei para não causar pânico nos mais pequenos e para não ser gozado pelos mais velhos. Mas muitas vezes me senti constrangido ao olhar para as falésias. "E se isto cai?"
Os meus receios íntimos tornaram-se tragicamente realidade, com a perda de, pelo menos, uma vida.
E depois penso ainda: " Esta semana de Agosto, em ano 'normal', devia estar no Algarve. E Albufeira era a zona normalmente escolhida. Podia muito bem acontecer que neste dia estivéssemos nessa praia... E como gosto de passear no areal, poderia ser eu a andar também por ali.
E vem-me a memória o pensamento popular, saído da universidade da vida: "Deus escreve direito por linhas tortas"!
A minha prece por quem faleceu e por quem sofreu na dor os efeitos da derrocada.
Mais atenção dos veraneantes e das autoridades para as zonas perigosas. E lá vem a faculdade do povo: "Vale mais prevenir do que remediar."
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Hilariante
A bolsa é igual ao… dobro, quer dizer, é duas vezes mais… não? 5 vezes mais o abono de família… Não? Quer dizer… façam as contas…
Até quando, José Sócrates, abusarás da paciência do povo português?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
"Que me falta ainda?"
Um jovem aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe:
- "Mestre, o que devo fazer de bom para ter a vida eterna?"
Jesus respondeu:
- " (...) Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos".
O jovem perguntou:
- "Quais mandamentos?"
Jesus respondeu:
- "Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo".
O jovem disse a Jesus:
- "Tenho observado todas essas coisas. Que me falta ainda?"
Jesus respondeu:
- "Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me."
Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.
(Mt 19, 16-22)
- "Mestre, o que devo fazer de bom para ter a vida eterna?"
Jesus respondeu:
- " (...) Se tu queres entrar na vida, observa os mandamentos".
O jovem perguntou:
- "Quais mandamentos?"
Jesus respondeu:
- "Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo".
O jovem disse a Jesus:
- "Tenho observado todas essas coisas. Que me falta ainda?"
Jesus respondeu:
- "Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me."
Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.
(Mt 19, 16-22)
QUE NOS FALTA AINDA?
Contentamo-nos muitas vezes com o que somos. Revelamos dificuldades em melhorar.
Exigimos tudo aos outros. Exigimos pouco ou nada a nós mesmos.
E quanto mais exigentes formos connosco próprios, mas tolerantes e compreensivos seremos para com os outros.
Os pais dizem ao filho:
- Filho, nunca reprovaste e isso é bom. Mas se estudasses mais, poderias ter melhores resultados.
O rapaz, quando isto ouviu, encolheu os ombros e debandou, porque estudar exige esforço.
Um amigo disse ao seu amigo:
- Tu és um homem trabalhador, honesto, solidário, um bom marido e pai, tens fé... Falta-te uma coisa. Participar na Eucaristia dominical.
O homem, quando isto ouviu, escolheu os ombros, despediu-se e foi-se embora, porque tinha muita vergonha de praticar a sua fé.
A amiga diz à sua amiga:
- Tu és um pessoa fantástica. Tens um coração de oiro. És capaz de tirar a camisa para a dar a quem precisa. És uma mulher empenhada na vida da comunidade e vives a tua fé. Falta-te uma coisa. Devias ter mais cuidado com a língua para não magoares ninguém e te sentires melhor com a tua consciência.
A mulher, quando isto ouviu, foi-se embora com alguma tristeza no olhar, porque adorava falar dos outros.
Enfim, o desafio de Cristo ao jovem rico do Evangelho, é o mesmo que ELE faz a cada um de nós. Mas estamos todos tão amarrados às "nossas riquezas" que debandamos ...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Sorrir faz-nos bem
Uma anedota não de loiras. mas de loiros!
Dois loiros estavam a trabalhar para Departamento de Urbanismo da Câmara. Um escavava um buraco e o outro vinha atrás e voltava a encher o buraco. Trabalharam num lado e depois no outro lado da rua. No fim, passaram à rua seguinte, sem nunca descansar. Um escavava um buraco e outro enchia o buraco outra vez.
Um espectador, divertido com a situação, mas não entendendo porque eles faziam isto, foi perguntar ao cavador:
- Estou impressionado com o esforço que os dois põem no trabalho, mas não compreendo porque é que um escava um buraco e, mal acaba, o parceiro vem atrás e volta a enchê-lo.
O cavador, limpando a testa, suspira:
- Bem, isto pode parecer estranho porque, normalmente, somos três homens na equipa; mas hoje o camarada que planta as árvores telefonou a dizer que está doente ...
Jesus Cristo no Hospital de S. Francisco Xavier
Jesus Cristo, certo dia, resolveu voltar a terra para fazer o bem. Procurou o melhor lugar para descer e optou pelo Hospital de São Francvisco Xavier onde viu um médico a trabalhar há muitas horas e a morrer de cansaço.Para não atrair as atenções , decidiu ir vestido de médico. Jesus Cristo entrou de bata, passando pela fila de pacientes no corredor, até atingir o gabinete do médico.
Os pacientes viram e comentaram:
- Olha, vai mudar o turno...
Jesus Cristo entrou na sala e disse ao médico que podia sair, dado que ele mesmo iria assegurar o serviço.
E, decidido, gritou:
- O PRÓXIMO !
Entrou no gabinete um homem paraplégico que se deslocava numa cadeira de rodas.
Jesus Cristo levantou-se, olhou bem para o homem, e com a palma da mão direita sobre a sua cabeça disse:
- LEVANTA-TE E ANDA!
O homem levantou-se, andou e saiu do gabinete empurrando a cadeira de rodas.
Quando chegou ao corredor, o próximo da fila perguntou:
- Que tal é o medico novo?
Ele respondeu:
- Igualzinho aos outros... nem exames, nem análises, nem medicamentos... Nada! Só querem é despachar...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Também na religião há oportunistas e chantagistas
Já lá vão uns anos. Mas, infelizmente, continuam hoje por todo o lado situações semelhantes.
Aquele sacerdote, pároco de quatro paróquias, tinha há muito esclarecido as suas comunidades de que não poderia presidir ao casamento com Missa aos domingos. Se aparecesse algum casamento para esse dia, só na na Eucaristia normal do domingo.
Apareceu-lhe um casalinho para marcar o seu casamento. Ela foi clara e directa:
- Quero no domingo tal e na capela tal, às tantas horas. E claro, com Missa!
O padre, pacientemente, procurou explicar-lhe aquilo que tantas vezes havia feito à comunidade. Que não podia ser, só se fosse na Missa da paróquia, que tinha quatro comunidades a servir e algumas delas com povoações distantes.
Bom, mas quando se não quer compreender, não há paciência e argumentes que colem. Se os limites do mundo são os do nosso umbigo, nada há a fazer.
Passados uns dias, aparece o pai da rapariga. Que tinha que ser, que mudasse as missas, que o casamento tinha que ser como a filha desejava, que casamento há só um e que missas nas paróquias há muitas. Volta o sacerdote a explicar, apresentando as soluções possíveis. Que presidiria ao casamento na desejada capela, mas noutro dia que não o domingo, que autorizava que pedisse a outro sacerdote... Era realmente alguém a quem custava imenso dizer um não.
Encolerizado, o homem dispara:
- Então quem trabalha na Igreja não tem direito a uma atenção especial? Não se lembra que a minha mulher é catequista e que eu mesmo já fiz parte de uma comissão da Igreja?
- Sei disso tudo- responde o pároco. - Só não sabia era do seu oportunismo e pensava que um cristão já mais chantagearia com base na colaboração dada à comunidade...
- Bom, se o não faz, a gente recorre aos "jeovás"!- conclui o homem, debandando.
Nunca esquecerei a mágoa profunda que bailava no rosto do bondoso sacerdote quando partilhava com os colegas esta situação.
Este caso é uma vergonha. Mas aconteceu.
E hoje continua a acontecer sob muitas formas. Que cristãos temos nós? Como reage a opinião pública católica perante atitudes de tão baixo nível como a referida?
Aquele sacerdote, pároco de quatro paróquias, tinha há muito esclarecido as suas comunidades de que não poderia presidir ao casamento com Missa aos domingos. Se aparecesse algum casamento para esse dia, só na na Eucaristia normal do domingo.
Apareceu-lhe um casalinho para marcar o seu casamento. Ela foi clara e directa:
- Quero no domingo tal e na capela tal, às tantas horas. E claro, com Missa!
O padre, pacientemente, procurou explicar-lhe aquilo que tantas vezes havia feito à comunidade. Que não podia ser, só se fosse na Missa da paróquia, que tinha quatro comunidades a servir e algumas delas com povoações distantes.
Bom, mas quando se não quer compreender, não há paciência e argumentes que colem. Se os limites do mundo são os do nosso umbigo, nada há a fazer.
Passados uns dias, aparece o pai da rapariga. Que tinha que ser, que mudasse as missas, que o casamento tinha que ser como a filha desejava, que casamento há só um e que missas nas paróquias há muitas. Volta o sacerdote a explicar, apresentando as soluções possíveis. Que presidiria ao casamento na desejada capela, mas noutro dia que não o domingo, que autorizava que pedisse a outro sacerdote... Era realmente alguém a quem custava imenso dizer um não.
Encolerizado, o homem dispara:
- Então quem trabalha na Igreja não tem direito a uma atenção especial? Não se lembra que a minha mulher é catequista e que eu mesmo já fiz parte de uma comissão da Igreja?
- Sei disso tudo- responde o pároco. - Só não sabia era do seu oportunismo e pensava que um cristão já mais chantagearia com base na colaboração dada à comunidade...
- Bom, se o não faz, a gente recorre aos "jeovás"!- conclui o homem, debandando.
Nunca esquecerei a mágoa profunda que bailava no rosto do bondoso sacerdote quando partilhava com os colegas esta situação.
Este caso é uma vergonha. Mas aconteceu.
E hoje continua a acontecer sob muitas formas. Que cristãos temos nós? Como reage a opinião pública católica perante atitudes de tão baixo nível como a referida?
Família realiza o seu encontro anual em Santa Helena
Telefonara-me em fins de Julho. Mons Bouça Pires, Pároco de Cambres, mas natural de Alhais (Vila Nova de Paiva) pretendia realizar o encontro familiar anual em Santa Helena e convidava-me para a Eucaristia e a refeição subsequente.
Mais de cem pessoas. Quando cheguei, Mons Bouça Pires ensaiava os cânticos para a Eucaristia. Por deferência sua, quis que fosse eu a presidir à mesma. Ele fez a homilia e, no fim, apresentei uma breve exposição sobre o templo, Santa Helena, a Serra e o panorama paisagístico.
Depois dirigimo-nos para o parque de merendas onde teve lugar a refeição fraterna que decorreu em ambiente de sã alegria e marcante partilha.
Após o cafezinho, a família Bouça continuou o seu convívio no parque, seguindo depois para São João de Tarouca.
Apesar do calor intenso que se sentia no vale, lá em cima corria aquela brisazinha agradável que tornava ainda mais sublime a nossa Serra.
Pessoas que nunca ali tinham ido, revelaram a sua admiração. Elogiaram não só a limpeza e estruturação do espaço, mas sobretudo a beleza panorâmica que dali se desfruta.
Na pessoa do sr. Beto Roque, que tudo preparou e sempre nos acompanhou, agradeço ao Conselho Económico.
Fico sempre contente quando grupos pretendem passar por Santa Helena, ali querem rezar, partilhar e sentir a beleza única daquele espaço-maravilha. Gosto de sentir esta comunidade tarouquense aberta e hospaleira. A todos os que vêm por bem.
Hoje o egoísmo e a dispersão atingem fortemente a família. Para muitos, esta reduz-se ao pai, à mãe, aos filhos. Os avós já não têm lugar em alguns lares. Primos, teus, sobrinhos... são meros conhecidos quando o são...
Por isso, são louváveis iniciativas como a de esta família. Destina um dia no ano para estarem todos juntos, partilhando, confraternizando, rezando, saboreando o encantamento de se sentirem família.
Confesso que já pensei muitas vezes numa iniciativa destas, mas ainda não a pude colocar em prática. Mas não desistirei.
E você? Já pensou em reunir toda a sua família, pelo menos uma vez no ano? É que se lhe toma gosto, depois não desistirá.
Não é problema que o preocupe...
Há muito que se dá conta que o país está de costas para os políticos, porque os políticos se puseram de contas para o país.
Então o senhor Sócrates é mestre em publicidade! Tivesse ele tanta mestria para resolver os problemas do país como tem para publicitar o que faz (e não faz) e Portugal teria melhorado muito!
Hoje, o lançamento da 1ª pedra para a construção de um novo hospital, deu-lhe oportunidade para apregoar a obra feita no campo da saúde... Claro que não disse que uma parte dos portugueses já não tem direito a nascer numa maternidade. Resta-lhes a estrada ou ... Espanha!
Mas em relação à segurança, não se lhe ouve uma palavra, uma decisão! Nos últimos dias, não cessam as notícias de polícias maltratados em vários locais do país. E é a autoridade do Estado que está em causa! Claro, todos o sabem, para ele não é problema que o atormente! Cercado de seguranças por todos os lados... E o país? E os cidadãos???
Sem uma autoridade defendida e prestigiada, são os cidadãos que ficam mais expostos, mais vulneráveis, ainda mais à mercê de arruaceiros e criminosos.
Mas tirando a propaganda, que obra boa ou completa fica deste governo?
Então o senhor Sócrates é mestre em publicidade! Tivesse ele tanta mestria para resolver os problemas do país como tem para publicitar o que faz (e não faz) e Portugal teria melhorado muito!
Hoje, o lançamento da 1ª pedra para a construção de um novo hospital, deu-lhe oportunidade para apregoar a obra feita no campo da saúde... Claro que não disse que uma parte dos portugueses já não tem direito a nascer numa maternidade. Resta-lhes a estrada ou ... Espanha!
Mas em relação à segurança, não se lhe ouve uma palavra, uma decisão! Nos últimos dias, não cessam as notícias de polícias maltratados em vários locais do país. E é a autoridade do Estado que está em causa! Claro, todos o sabem, para ele não é problema que o atormente! Cercado de seguranças por todos os lados... E o país? E os cidadãos???
Sem uma autoridade defendida e prestigiada, são os cidadãos que ficam mais expostos, mais vulneráveis, ainda mais à mercê de arruaceiros e criminosos.
Mas tirando a propaganda, que obra boa ou completa fica deste governo?
domingo, 16 de agosto de 2009
Férias apesar da crise
Meados de Agosto. Muito movimento. Os dois feriados seguidos (sábado e domingo) também ajudaram.
- Festas por todo o lado e de vários tipos.
- Gente que chega para gozar as férias e gente que chega de férias.
- Pessoas que terminaram as férias e debandam e pessoas que partem agora para férias.
- Gente que aproveita os fins-de-semana para ir até à beira-mar para se refrescar deste calor abafado que se tem feito sentir por estas bandas.
- Gente que vai em excursão a Fátima.
- Pessoas que vão em excursão à praia.
- Famílias e amigos juntam-se neste ou naquele local mais convidativo para picniques...
Agosto é isto: uma roda viva. Cada um, conforme as posses e os gostos, lá vai arranjando uma maneira de se distrair e descansar.
Podemos não ser um povo alegre, mas somos um povo festeiro.
Há até quem contraia empréstimos para ir de férias. E há também quem as não faça porque não tem posses, é um pobre agricultor, está doente, é velho, está desempregado...
A crise? Claro que de uma forma ou de outra todos a sentem. Mas ela faz-se sentir mais agudamente nos grandes centro onde o desemprego cresce como cogumelos, deixando tanta gente em situação de agonia. Aqui, porque infelizmente não temos indústrias nem o grande comércio, o desemprego faz-se sentir muito menos. As pessoas não podem perder aquilo que nunca tiveram, facto que as levou a procurar outros destinos.
Mas como no poupar é que vai o ganho, seria de esperar que este ano os portugueses gastassem bastante menos em férias. Há formas de descansar sem gastar tanto, mormente com as estadas no estrangeiro. Enfim, ideias de "kota"...
- Festas por todo o lado e de vários tipos.
- Gente que chega para gozar as férias e gente que chega de férias.
- Pessoas que terminaram as férias e debandam e pessoas que partem agora para férias.
- Gente que aproveita os fins-de-semana para ir até à beira-mar para se refrescar deste calor abafado que se tem feito sentir por estas bandas.
- Gente que vai em excursão a Fátima.
- Pessoas que vão em excursão à praia.
- Famílias e amigos juntam-se neste ou naquele local mais convidativo para picniques...
Agosto é isto: uma roda viva. Cada um, conforme as posses e os gostos, lá vai arranjando uma maneira de se distrair e descansar.
Podemos não ser um povo alegre, mas somos um povo festeiro.
Há até quem contraia empréstimos para ir de férias. E há também quem as não faça porque não tem posses, é um pobre agricultor, está doente, é velho, está desempregado...
A crise? Claro que de uma forma ou de outra todos a sentem. Mas ela faz-se sentir mais agudamente nos grandes centro onde o desemprego cresce como cogumelos, deixando tanta gente em situação de agonia. Aqui, porque infelizmente não temos indústrias nem o grande comércio, o desemprego faz-se sentir muito menos. As pessoas não podem perder aquilo que nunca tiveram, facto que as levou a procurar outros destinos.
Mas como no poupar é que vai o ganho, seria de esperar que este ano os portugueses gastassem bastante menos em férias. Há formas de descansar sem gastar tanto, mormente com as estadas no estrangeiro. Enfim, ideias de "kota"...
sábado, 15 de agosto de 2009
Nós até na alegria somos tristes.
O Dr. Carlos Simão, natural de Tarouca, há muitos anos vive e trabalha longe daqui. Mas não esquece a sua terra que visita sempre que lhe é possível. Todos os meses delicia os leitores do "Sopé da Montanha" com as suas reflexões.
Acaba de enviar um interessante texto para publicação naquele mensário. Pela sua importância, achei por bem trazê-lo à consideração dos amigos visitantes deste blog, até porque para tal tenho autorização do autor.
ALEGRIA E CRENÇA
A nossa maneira de ser portuguesa nunca foi para grandes demonstrações de alegria. Ao contrário dos nossos irmãos brasileiros, que até na desgraça são alegres, nós até na alegria somos tristes.
Lembra-me que o compositor António Vitorino d’Almeida afirmou que a maioria das nossas canções populares são em tom menor. Parece portanto que já nos está na massa do sangue uma tristeza e um pessimismo seculares.
Vem isto a propósito das festas e romarias que, sobretudo durante o Verão, se realizam por todo o lado. (...)
Lembra-me que o compositor António Vitorino d’Almeida afirmou que a maioria das nossas canções populares são em tom menor. Parece portanto que já nos está na massa do sangue uma tristeza e um pessimismo seculares.
Vem isto a propósito das festas e romarias que, sobretudo durante o Verão, se realizam por todo o lado. (...)
Uma coisa se pode verificar: essas manifestações, que em princípio deviam ser de alegria, estão intimamente ligadas ou relacionadas com os santos da Igreja Católica. A pergunta que se coloca é: porquê então a alegria, a boa disposição, o optimismo jubiloso não são companheiros fiéis destas festas? Parece exteriormente que a música, o barulho, o riso são sinais duma alegria íntima, mas não. As festas cristãs, infelizmente, estão ainda muito impregnadas duma tristeza e duma sisudez que contraria a esperança cristã fundada na alegria da Ressurreição de Cristo. Só agora as Missas começam a dar algum sinal dessa alegria porque realmente a celebração da Eucaristia é ou deve ser uma festa.
Dá a impressão que os cristãos portugueses sempre estiveram mais voltados para Sexta-Feira Santa que para o Domingo de Páscoa. E é precisamente o Domingo de Páscoa que celebramos todos os Domingos.
Daí que as nossas festas populares sejam manifestações pagãs de sentimentos onde falta a tal alegria íntima. Daí as queixas de tantos porque outros não respeitam as celebrações litúrgicas seja a Missa seja a procissão.
Quando a alegria não vem do íntimo, só há arremedos de boa disposição e de riso fácil. A culpa não é só das pessoas que durante os actos litúrgicos se mostram indiferentes ou desrespeitosos. A culpa é também dos próprios cristãos que parece não acreditarem profundamente na esperança que Cristo nos trouxe e que Deus é felicidade. A culpa é também do modo como se organizam as celebrações religiosas. Às vezes parecem mais um funeral que uma manifestação de esperançosa alegria que Crista nos trouxe. Se não tomarmos consciência disto, continuamos a ter pessoas indiferentes às nossas manifestações de fé.
Carlos A. Borges Simão
Dá a impressão que os cristãos portugueses sempre estiveram mais voltados para Sexta-Feira Santa que para o Domingo de Páscoa. E é precisamente o Domingo de Páscoa que celebramos todos os Domingos.
Daí que as nossas festas populares sejam manifestações pagãs de sentimentos onde falta a tal alegria íntima. Daí as queixas de tantos porque outros não respeitam as celebrações litúrgicas seja a Missa seja a procissão.
Quando a alegria não vem do íntimo, só há arremedos de boa disposição e de riso fácil. A culpa não é só das pessoas que durante os actos litúrgicos se mostram indiferentes ou desrespeitosos. A culpa é também dos próprios cristãos que parece não acreditarem profundamente na esperança que Cristo nos trouxe e que Deus é felicidade. A culpa é também do modo como se organizam as celebrações religiosas. Às vezes parecem mais um funeral que uma manifestação de esperançosa alegria que Crista nos trouxe. Se não tomarmos consciência disto, continuamos a ter pessoas indiferentes às nossas manifestações de fé.
Carlos A. Borges Simão
Aí está o campeonato!
Está a começar o campeonato. Quem será o futuro campeão?
No ano passado, apostei no Sporting e, felizmente para mim, enganei-me. O meu FCP ganhou o tetra. Nem Paulo Bento foi tão bom como eu pensava, nem Jesualdo Ferreira foi tão mau como julgava.
Este ano, não arrisco.
Pelo dinheiro gasto na aquisição de jogadores, pelos nomes sonantes que integram o plantel, pelo entusiasmo demonstrado pelos adeptos e pela comunicação social, especialmente aquela de pena com "bico vermelho", o Benfica está a jogar bem e fez uma boa pré-época. Vamos ver como se comporta quando os jogos forem a doer... Será certamente um forte candidato ao título.
Dos três "grandes", o Sporting foi quem menos se reforçou, mas também não perdeu nenhum dos seus principais jogadores e o técnico é o mesmo. "Quem não tem dinheiro, não tem vícios". E os de Alvalade, porque não fizeram nenhuma transferência sonante, também não fizeram grandes aquisições. Aqui penso que deram um belo exemplo. Interrogo-me de onde veio tanto dinheiro para o Benfica gastar em aquisições de passes de jogadores...
O Sporting não fez uma grande pré-época, bem pelo contrário. Mas recordo que há uns anos, no tempo do Artur Jorge, houve uma pré-época em que o Porto perdeu uma grande parte dos jogos de preparação e depois foi campeão. Portanto, nada de menosprezar o Sporting.
Finalmente o FCPorto. Fez uma fortuna com a cedência dos passes de alguns dos seus melhores atletas. Lembro Lucho, Lisandro, Cissoko. Adquiriu os passes de novos atletas (mais uma fornada de argentinos...), mantém o treinador e, diz-se, tem a melhor estrutura e organização.
Há anos a esta parte, o Porto não aposta em nomes sonantes. Traz jogadores desconhecidos, com um determinado perfil e tenta valorizá-los. Se já enfiou uma série de barretes, também já ganhou carradas de euros com tal processo.
Como se portará este ano a equipa portista? Bem gostava que ganhasse o penta. Mas depende muito da forma como o clube conseguir integrar e valorizar os novos jogadores, mantendo a ambição e a coesão interna.
Bom, que seja uma boa época desportiva, sem suspeitas e com respeito por todos os adversários, tanto no relvado como nas bancadas. No fim, que ganhe quem o tiver merecido no campo.
Que o futebol funcione como válvula de escape para as frustrações pessoais e colectivas, compreende-se. Que o futebol seja uma guerra, metendo ao barulho dirigentes, atletas, simpatizantes e imprensa, já é detestável.
Que cada um puxe pela sua equipa, mas sempre respeitando os restantes competidores.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Há trinta anos!
Faz hoje 30 anos que fui ordenado sacerdote na Sé Catedral por D. António Xavier Monteiro, então Arcebispo-Bispo de Lamego a cuja memória presto homenagem de gratidão e admiração. 30 anos! Parece que foi ontem. Como o tempo corre!
Obrigado, Senhor, pela vocação, fruto do teu imenso amor. Desculpa-me, Senhor, as minhas faltas, lacunas, pobrezas e pecados. A Ti, Deus Santo, entrego o meu presente e o meu futuro. Quero ser um humilde e pobre altifalante do teu amor sem limites pelo homem, pelo homem de hoje.
Continuo a gostar muito de ser padre. Só não gostava de ter tantos limites para que a Palavra de Deus ecoasse mais cintilante na mente e no coração das pessoas.
Senhora minha e minha Mãe, eu me entrego todo a Vós!
Renova em mim sempre a generosidade do primeiro momento!
Defende-me do perigo e guarda-me no Teu carinho!
Seduz-me para Jesus em Quem ponho a minha confiança!
Ensina-me, Senhora, a descobrir o rosto de Teu filho
em cada irmão com que me cruzo.
Quero ser humilde e descobrir com alegria
a beleza de cada escuta e a grandeza de cada serviço.
Livra-me, Mãe, do terrível mal do egoísmo!
Obrigado, Senhor, pela vocação, fruto do teu imenso amor. Desculpa-me, Senhor, as minhas faltas, lacunas, pobrezas e pecados. A Ti, Deus Santo, entrego o meu presente e o meu futuro. Quero ser um humilde e pobre altifalante do teu amor sem limites pelo homem, pelo homem de hoje.
Continuo a gostar muito de ser padre. Só não gostava de ter tantos limites para que a Palavra de Deus ecoasse mais cintilante na mente e no coração das pessoas.
Senhora minha e minha Mãe, eu me entrego todo a Vós!
Renova em mim sempre a generosidade do primeiro momento!
Defende-me do perigo e guarda-me no Teu carinho!
Seduz-me para Jesus em Quem ponho a minha confiança!
Ensina-me, Senhora, a descobrir o rosto de Teu filho
em cada irmão com que me cruzo.
Quero ser humilde e descobrir com alegria
a beleza de cada escuta e a grandeza de cada serviço.
Livra-me, Mãe, do terrível mal do egoísmo!
15 de Agosto: Festa da Assunção de Nossa Senhora
Mesmo no centro do mês de Agosto, celebra a Igreja, todos os anos, a solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, numa das festas mais queridas do povo cristão.
Desde os primeiros séculos que a Igreja professou a fé na Assunção da Virgem Santíssima em corpo e alma ao Céu. A atestar esta fé aparecem-nos os escritos mais variados tanto de cariz litúrgico como muitos e belíssimos textos dos Padres e Doutores da Igreja. Mas só no século passado, mais concretamente, no pontificado do Papa Pio XII, foi declarado Dogma de Fé este mistério tão enraizado na vivência do povo cristão.
Os fundamentos deste privilégio, bem como de todos os outros da Virgem Santíssima derivam, sem dúvida, da Maternidade divina de Nossa Senhora. De facto, tendo Maria aceite, consciente e generosamente, o convite feito por Deus por meio do Arcanjo Gabriel, para ser Mãe do Redentor, tornou-se deste modo, ligada intimamente à nossa Redenção. Nessa gestação sublime em que o Verbo eterno de Deus assume a nossa carne e se desenvolve no seio puríssimo da Virgem Santíssima, Ela vai acompanhar passo a passo toda a história de Jesus no tempo.
A sua presença será constante desde o nascimento à morte cruenta no Calvário. Após a Ressurreição e a Ascensão de Jesus ao Céu, Maria acompanhou, assistiu e fortaleceu o Colégio Apostólico e, muito provavelmente, na companhia de S. João Evangelista terá terminado a sua peregrinação na terra, adormecendo suavemente e sendo acolhida num filial abraço por Jesus, seu divino Filho.
É que a Mãe do Verbo de Deus, feito homem, não podia sofrer a corrupção do túmulo, por isso, tendo adormecido, foi levada à glória em corpo e alma juntando-se a seu Filho, o nosso Redentor, Jesus Cristo… Este mistério, aliás, como tantos outros em que acreditamos, não pode entender-se pelo simples luz da razão, mas é aceite pelo nosso coração em júbilo filial. Tanto mais que o mistério da Assunção abre-nos novos horizontes de vida.
A glória de Maria é ou deve ser um apelo a realizar, na vida quotidiana, o plano que Deus nos vai mostrando… O nosso acesso à glória, a nossa participação na glória com Maria, passa pelo trabalho da promoção e dignificação da nossa vida e da dos nossos irmãos, sobretudo dos mais necessitados. Passa pelo combate contra a fome, a miséria, a infelicidade…
Deste modo subiremos, subiremos para Deus com Maria que sempre viveu em subida, fazendo e realizando a vontade do Pai. Não esqueçamos que tudo quanto se refere à nossa glória futura e nos foi prometido, tudo se realizou já em Maria. Ela é, pois, o grande sinal de esperança que se ergue à nossa frente.
Fonte: Joaquim Mendes Marques
Desde os primeiros séculos que a Igreja professou a fé na Assunção da Virgem Santíssima em corpo e alma ao Céu. A atestar esta fé aparecem-nos os escritos mais variados tanto de cariz litúrgico como muitos e belíssimos textos dos Padres e Doutores da Igreja. Mas só no século passado, mais concretamente, no pontificado do Papa Pio XII, foi declarado Dogma de Fé este mistério tão enraizado na vivência do povo cristão.
Os fundamentos deste privilégio, bem como de todos os outros da Virgem Santíssima derivam, sem dúvida, da Maternidade divina de Nossa Senhora. De facto, tendo Maria aceite, consciente e generosamente, o convite feito por Deus por meio do Arcanjo Gabriel, para ser Mãe do Redentor, tornou-se deste modo, ligada intimamente à nossa Redenção. Nessa gestação sublime em que o Verbo eterno de Deus assume a nossa carne e se desenvolve no seio puríssimo da Virgem Santíssima, Ela vai acompanhar passo a passo toda a história de Jesus no tempo.
A sua presença será constante desde o nascimento à morte cruenta no Calvário. Após a Ressurreição e a Ascensão de Jesus ao Céu, Maria acompanhou, assistiu e fortaleceu o Colégio Apostólico e, muito provavelmente, na companhia de S. João Evangelista terá terminado a sua peregrinação na terra, adormecendo suavemente e sendo acolhida num filial abraço por Jesus, seu divino Filho.
É que a Mãe do Verbo de Deus, feito homem, não podia sofrer a corrupção do túmulo, por isso, tendo adormecido, foi levada à glória em corpo e alma juntando-se a seu Filho, o nosso Redentor, Jesus Cristo… Este mistério, aliás, como tantos outros em que acreditamos, não pode entender-se pelo simples luz da razão, mas é aceite pelo nosso coração em júbilo filial. Tanto mais que o mistério da Assunção abre-nos novos horizontes de vida.
A glória de Maria é ou deve ser um apelo a realizar, na vida quotidiana, o plano que Deus nos vai mostrando… O nosso acesso à glória, a nossa participação na glória com Maria, passa pelo trabalho da promoção e dignificação da nossa vida e da dos nossos irmãos, sobretudo dos mais necessitados. Passa pelo combate contra a fome, a miséria, a infelicidade…
Deste modo subiremos, subiremos para Deus com Maria que sempre viveu em subida, fazendo e realizando a vontade do Pai. Não esqueçamos que tudo quanto se refere à nossa glória futura e nos foi prometido, tudo se realizou já em Maria. Ela é, pois, o grande sinal de esperança que se ergue à nossa frente.
Fonte: Joaquim Mendes Marques
A Mónica e o André
Dois dos meus encantadores sobrinhos festejam o seu aniversário natalício nas vizinhanças do meu. A Mónica e o André.
No dia 11 foi a Mónica, já crescidinha, a leccionar em Lisboa. Hoje é o André. 1o anitos!
O André é uma criança muito viva, embora serena. Como os miúdos da sua idade, é brincalhão,tem imensa piada, gosta de estar sempre em movimento. Só há duas coisas que não aprecia: andar de bicicleta e os computadores que só consulta quando precisa mesmo. O seu "Magalhães" é mais para ver do que para usar.
Muito vivo, sabe bem distinguir os modos e os tempos. Brinca imenso, mas guerras, querelas, violência não são com ele. Quanto aos tempos, aplica a máxima" trabalho é trabalho, conhaque é conhaque". Sabe quando é tempo de brincar e tempo de tralhar. Quando é tempo de rir e tempo de falar a sério.
Todos os dias reza com os pais e nas férias, quando fica com o avô, reza o terço com ele. E se o avô lhe diz, ao fim do 2º ou 3º mistério, que já pode dormir, ele responde: "Não, não, é para ir até ao fim".
Um dia o avô perguntou-lhe o que queria ser quando for crescido. Ele lá foi dizendo. Até que lhe lança o desafio: "Não queres ser padre?"
"Até que era capaz de ser fixe", respondeu. Mas logo a seguir pensou e disse: "Avô, e ser padre é assim viver sozinho como o tio numa casa? É que se é, já não quero, viver sozinho não dá."
Agora está noutra. À mesma pergunta, responde: "É uma possibilidade. Até pode ser bué de fixe". Sim diz isto, não para se escapulir, mas com convicção.
Que se fala nele a vontade de Deus e que ele se abra à vontade de Deus.
Sê feliz, miúdo! Nunca desistas de procurar ser feliz!
E porque hoje é o teu aniversário, aqui vai a "cantiguinha", esperando que a tua mãe não leia. Caso contrário, não escaparei a mais uma zurzidela de orelha. Ahahahah
André Pereira de Tagarelo
Oh! Que rico rapaz solteiro!
Sua mãe pranta-lhe um defeito:
Não pode ver rabo de saia...
Etc, etc, etc
Parabéns, amigos sobrinhos! Deus vos abençoe!
No dia 11 foi a Mónica, já crescidinha, a leccionar em Lisboa. Hoje é o André. 1o anitos!
O André é uma criança muito viva, embora serena. Como os miúdos da sua idade, é brincalhão,tem imensa piada, gosta de estar sempre em movimento. Só há duas coisas que não aprecia: andar de bicicleta e os computadores que só consulta quando precisa mesmo. O seu "Magalhães" é mais para ver do que para usar.
Muito vivo, sabe bem distinguir os modos e os tempos. Brinca imenso, mas guerras, querelas, violência não são com ele. Quanto aos tempos, aplica a máxima" trabalho é trabalho, conhaque é conhaque". Sabe quando é tempo de brincar e tempo de tralhar. Quando é tempo de rir e tempo de falar a sério.
Todos os dias reza com os pais e nas férias, quando fica com o avô, reza o terço com ele. E se o avô lhe diz, ao fim do 2º ou 3º mistério, que já pode dormir, ele responde: "Não, não, é para ir até ao fim".
Um dia o avô perguntou-lhe o que queria ser quando for crescido. Ele lá foi dizendo. Até que lhe lança o desafio: "Não queres ser padre?"
"Até que era capaz de ser fixe", respondeu. Mas logo a seguir pensou e disse: "Avô, e ser padre é assim viver sozinho como o tio numa casa? É que se é, já não quero, viver sozinho não dá."
Agora está noutra. À mesma pergunta, responde: "É uma possibilidade. Até pode ser bué de fixe". Sim diz isto, não para se escapulir, mas com convicção.
Que se fala nele a vontade de Deus e que ele se abra à vontade de Deus.
Sê feliz, miúdo! Nunca desistas de procurar ser feliz!
E porque hoje é o teu aniversário, aqui vai a "cantiguinha", esperando que a tua mãe não leia. Caso contrário, não escaparei a mais uma zurzidela de orelha. Ahahahah
André Pereira de Tagarelo
Oh! Que rico rapaz solteiro!
Sua mãe pranta-lhe um defeito:
Não pode ver rabo de saia...
Etc, etc, etc
Parabéns, amigos sobrinhos! Deus vos abençoe!
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Saber dizer não e saber dizer sim
Diz o povo: "onde está o sim, está o não"
Diz Jesus: "Que as vossas palavras sejam sim-sim, não-não."
Não tem nada a ver com extremismos.
Aqueles que jogam com um pé numa ponte e outro pé noutra ponte estarão correctos?
Aqueles que deitam tudo no mesmo saco, pensando/dizendo: "Deus é bom, mas o diabo também não é mau", estarão certos?
Concorda com as pessoas tipo "bota-de-elástico"?
Um não convicto, assumido, sincero não será mais honesto do que um sim de ocasião para agradar ao chefe, por interesses inconfessados (às vezes bem demonstrados...) ou por pretença humildade? É que destes "sim" está cheia a sociedade, com as consequências que são de todos conhecidas.
Também na Igreja, infelizmente.
Diz Jesus: "Que as vossas palavras sejam sim-sim, não-não."
Não tem nada a ver com extremismos.
Aqueles que jogam com um pé numa ponte e outro pé noutra ponte estarão correctos?
Aqueles que deitam tudo no mesmo saco, pensando/dizendo: "Deus é bom, mas o diabo também não é mau", estarão certos?
Concorda com as pessoas tipo "bota-de-elástico"?
Um não convicto, assumido, sincero não será mais honesto do que um sim de ocasião para agradar ao chefe, por interesses inconfessados (às vezes bem demonstrados...) ou por pretença humildade? É que destes "sim" está cheia a sociedade, com as consequências que são de todos conhecidas.
Também na Igreja, infelizmente.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Obrigado, Senhor, pela vida que é dom do Teu Amor!
Obrigado, Senhor, por me teres chamado à vida.
Obrigado pelo dom maravilhoso da Fé.
Obrigado pelos infindo carinho com que me envolves.
Obrigado, Senhor! Mil vezes te agradeço.
______________________
Obrigado, pais (sim, mãe! Eu sei que me ouves agora melhor do que nunca, porque em Deus), pela vida que me destes e que acolhestes com amor, com dedicação ilimitada, com doação total.
Obrigado, irmãos e cunhados, pela vossa amizade, pela vossa deferência, pela empatia que temos sabido contriur entre nós.
Obrigado, sobrinhos, pela vossa alegria e carinho.
Obrigado, familiares, pela vossa amizade.
Obrigado à Igreja, minha mãe e minha Casa, por tanto que me deu e dá nos Bispos, nos Seminários, nos mestres, nos irmãos.
Obrigado aos meus irmãos sacerdotes, a começar pelos do meu arciprestado.
Obrigado a todas as paróquias por onde passei, com todas aprendi e amadureci.
Obrigado aos meus alunos e a todos os colegas professores.
Obrigado à querida paróquia de São Pedro de Tarouca. Amo-te!
E porque te amo, quero-te mais comunidade de fé, esperança e caridade.
Mais centrada em Cristo.
Mais dinâmica e empenhda apostolicamente.
Mais solidária e fraterna.
Mais!
Obrigado a todas as amigas e amigos.
Sois o perfume da minha existência.
Bem-hajam por existirem.
É assim que me quero sentir.
Agradecido. Sempre.
Mas particularmente neste dia.
"Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal?"
Veja aqui a espantosa resposta de ALBERT EINSTEIN.
http://voluntariodasaude.blogspot.com/
Talvez até já conheça, mas nunca é demais rever, pensar, meditar, crescer por dentro.
http://voluntariodasaude.blogspot.com/
Talvez até já conheça, mas nunca é demais rever, pensar, meditar, crescer por dentro.
O rasto dos passos de Deus
Pedaços de uma vida
Pais pobres. Trabalharam à brava e pouparam o que puderam para que as suas duas filhas pudessem estudar. Se a mais velha ficou pelo caminho, a mais nova concluiu o seu curso universitário.O pai mal se podia movimentar, pois os ossos pagavam agora pelo esforço medonho de uma vida de trabalho árduo. À mãe fora-lhe diagnosticada uma doença grave. Pelas voltas que o império da vida e das vidas dá, a filha mãe velha andava de candeias às avessas com os pais e a irmã com quais mal falava. Restava a filha mais nova que leccionava numa escola perto de casa e dedicava o ordenado e todo o tempo disponível aos pais precisados.
Por lapso no preenchimento do boletim de concurso, acabou colocada bem lá no fundo do Alentejo. Já lá vão uns bons pares de anos...
E agora, o que fazer? Que seria daqueles pais? Rezou, chorou, voltou-se para o Senhor com todas as forças da sua alma para que a ajudasse a resolver a situação. Bateu a todas as portas para tentar o destacamento para uma escola mais próxima dos pais. Nada. Deixar de trabalhar? Pois, e de que viveria ela e os pais? Além da penalização que não lhe permitiria voltar a concorrer nos dois anos subsequentes.
Lá foi. Desfeita por dentro, chateada com Deus que não a atendeu.
Algum tempo depois, soube que a irmã já ia a casa dos pais, os ajudava e até lhe começou a telefonar para dar conta como decorriam as coisas por casa. Ela continuava a mandar o dinheiro que podia. Entretanto a mãe melhorava a olhos vistos, contrariando todas as previsões.
Na escola alentejana, descobre um professor ao qual se foi afeiçoando, resultando num grande amor que lhe iluminou a vida e lhe fez esquecer os fracassos amorosos anteriores. Vieram a casar, eram um lar feliz com os dois filhotes, fruto desse amor. Referiria mais tarde que a sua vida familiar ultrapassou de longe tudo o que havia sonhado.
Depois os pais, primeiro os dois e, após o falecimento do pai, a mãe sozinha, iam estando às temporadas em casa de uma e de outra filha. As relações familiares eram agora estreitas e fortes.
O testemunho da gratidão
Esta professora crente diz que tudo isto lhe aconteceu graças à Providência divina que jamais nos abandona e que cuida constantemente de nós. Deus sabe muito mais do que cada um de nós o que é bom para cada um, porque Ele nos ama infinitamente e tem toda a largura de horizontes.
No momento em que Lhe pediu para não ir para o Alentejo e não foi atendida, não deixou de sentir uma revoltazinha contra Ele. Agora reconhece que Deus sabia o que estava a fazer e que a sua vida actual tem a mão carinhosa do Deus que lhe disse não quando esperava um sim. Então o não daquele momento foi um SIM fantástico ao seu futuro. Uma família constituída que a enche de encanto, a reconciliação com a irmã e desta com os pais, as melhoras da mãe... Como Deus sabe o que faz! E como o faz maravilhosamente! A dor de parto do momento da partida gerou-lhe um futuro para além do sonho...
Já sentiu esta especial presença de Deus?
Caro visitante, Já sentiu na sua vida o rasto dos passos de Deus?Num pedido não atendido, que na altura até o deixou chateado, mas que depois gerou expectativas muito superiores? Na luz que apareceu no coração e lhe derrotou as trevas? Na palavra surgida, na atitude tomada, no comportamento vivenciado que lhe fez depois pensar "como fui capaz de falar desta maneira, proceder deste modo, sentir assim"? Na paz de alma que arrebata e transporta?
E quantas vezes nem nos apercebemos que Deus nos leva ao colo para não nos magoarmos! Quantas vezes esconde as nossas falhas e pecados para não nos expor diante dos outros? Quantas vezes a sua mão nos susteve para que não caíssemos nos vários abismos que nos foram aparecendo? Quantas vezes uniu o que parecia irremediavelmente desunido, nos surpreendeu com o inexplicável, aproximou pessoas, iluminou inteligências, fortaleceu vontades, estancou em nós a tentação? Quantas vezes foi ao volante do seu filho pelas estradas da vida?
Deus é fantástico! Tão fantástico que a Sua actuação até pode passar despercebida se não estivermos atentos.
Ver o rasto dos passos de Deus nesta vida. Ver o rasto dos passos de Deus na interacção desta vida com aquela que há-de vir.
Te louvarei, Senhor!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
"Não me toques que me desafinas"!
"VIDRINHOS DE CHEIRO"
Pais que vivem sob o fantasma do "traumatismo". Ai do professor que levante a voz na escola. Está a traumatizar o menino (a). Logo o paizinho/mãezinha aparece para barafustar. Em casa, também não se corrige, não se chama a atenção, não se aplica um justo castigo. Ai, credo! O pequeno (a) pode ficar revoltado (a) e depois ... Sabe-se lá o que poder fazer!...
Na associação, ai do dirigente que seja mais frontal, mais directo, que ouse chamar a atenção! É logo uma partida a grande velocidade para o "corte e costura", concomitante com a costumada ameaça: "Vou-me embora, não estou para aturar isto."
Na empresa, se o patrão é correctamente exigente, é um "ai Jesus"! Despótico, pensa que se está no ante-25 de Abril, não respeita os direitos dos trabalhadores...
Na sociedade, se o guarda, o funcionário, o comerciante ... não são "falinhas mansas", estão "tramados". Chovem acusações e denúncias, abandona-se o estabelecimento, fazem-se acusações...
Na Igreja, então, nem se fala! Ficamos num Cristo que não é o do Evangelho: um Cristo fofinho, tudo meiguras, que faz as vontadinhas a todos, que diz amém a tudo... É uma grande tentação do nosso tempo. Qualquer atitude mais determinada, mais frontal, é logo lida como antipatia, vinagrismo, espanta-cristãos! Para muitos, o conta é uma pseudo-caridade. A verdade não interessa. Só que caridade sem verdade não existe. "Sou muito amigo do meu amigo, mas sou mais amigo da verdade", por "só a verdade vos tornará livres", como disse o Mestre.
Parece que estamos numa sociedade de "vidrinhos de cheiro", cheia de "não-me toques..."
Uma sociedade sem estofo interior, com a sensibilidade à flor da pele, orgulhosa e sem liberdade que é também capacidade de encaixe.
Claro que ser cortês, correcto, educado é fundamental. Claro que o autoritarismo e o vinagrismo não são métodos nem modos. Claro que a delicadeza e a serenidade são formas ricas de humanizar a sociedade. Mas não confundamos as coisas. Quem vive só para agradar, acaba por desagradar a si mesmo e aos outros. O porreirismo é como um belo embrulho que esconde uma bomba.
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