DIÁLOGO ENTRE GERAÇÕES, EDUCAÇÃO E TRABALHO: INSTRUMENTOS PARA CONSTRUIR UMA PAZ DURADOURA
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
domingo, 19 de dezembro de 2021
TRISTE RECORD!
Gostávamos de ver o Concelho de Tarouca como aquele com maior taxa de:
- Iniciativa individual
- Empreendedorismo
- desenvolvimento económico
- Empregabilidade
- Rendimento familiar
- Desenvolvimento cultural
- Solidariedade
- Participação na Eucaristia Dominical
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
O 1º encontro do novo pároco com os paroquianos
Aquele pároco tinha acabado de chegar à nova paróquia. Decide convidar para um encontro as pessoas que integram grupos, irmandades, comissões, serviços e TODA a comunidade.
O velho salão paroquial ficou completamente cheio. Certamente pela curiosidade de conhecer, ouvir, falar e contactar com o novo pároco.
Depois da saudação e de um momento de oração, o padre pede que as pessoas se manifestem livre e francamente, solicitando que o façam, falando um de cada vez e de pé para que se faça ouvir melhor. Pede ainda que as pessoas se pudessem ouvir claramente sem ruídos.
“Como deve ser a vida da comunidade paroquial?”, propõe o sacerdote como tema de debate.
O sacerdote sentou-se, virada para o povo, munido de caneta e papel para registar as intervenções.
“Que o sr. Padre mantenha as nossas tradições. As procissões, novenas e festas, etc”. Muitas pessoas abanaran a cabeça em sinal de concordância.
Senhora, na casa dos 30:
“ Que se possa batizar quando a gente quer, onde quer e com os padrinhos que quer. Ah! E que acabem aquelas reuniões de preparação para o batismo que só servem para tirar tempo…”
Homem, na casa dos 40:
“Que o Conselho Económico seja eleito pelo povo.”
Senhora, na casa dos 70:
“Que possamos colocar as flores que quisermos nos altares e que o sr. Padre organize concursos para que as pessoas escolham qual a zeladora que tem o altar mais bonito.”
Jovem, 19 anos:
“Que o sr. Padre chame os jovens para a Igreja, lhes dê protagonismo e traga para a Igreja as novas tecnologias.”
Senhora, casa dos 50:
“Devia separar-se o folar da visita pascal. A cruz vai a nossas casas para a gente a beijar, não para recolher o dinheiro. Quem quisesse deixar o folar que o fizesse na Igreja.”
Adolescente, 14 anos:
“Acabar com tantos anos de catequese. São uma seca.”
Homem, na casa dos 40:
“Queremos que o padre acompanhe o farrancho. Vá ao café, apareça nas tainadas, nos arraiais, no desporto. O padre só é padre na Igreja; cá fora é um homem como os outros.”
Senhora, na casa dos 50:
“Sr. Padre, visite os doentes, vá a casa de quem o convidar, atenda os grupos. Mas cuidado! Não se exponha! Olhe que quem o avisa seu amigo é…”
Senhora, casa dos 80:
“O sr. Padre tem que vir muitas vezes rezar o terço e dar a Bênção do Santíssimo. O terço rezado pelo padre é outra coisa!...”
Presidente da Junta, casa dos 30:
Benvindo à nossa terra, caro padre! Espero que colabore connosco no esclarecimento do povo e que esteja de acordo connosco.”
Senhora, casa dos 60:
“Sr. Padre, há muitos associados do Apostolado da Oração que não pagam as quotas. O senhor tem que resolver o problema.”
Homem, casa dos 60 anos:
“A Irmandade das Almas precisa de umas opas novas, as que temos estão muito velhas. O senhor tem que tratar deste assunto.”
Jovem, na casa dos 20:
“Há que dar uma reviravolta nos casamentos. Acabar com as reuniões de preparação que não interessam, e podermos organizar a cerimónia de maneira moderna, com aquelas músicas de que gostamos…”
Senhora, casa dos 40:
“ Há que dar a comunhão a toda a gente. Que tem a Igreja a ver se a pessoa é casada, é solteira, divorciada ou recasada? Cada um é que sabe…”
Homem, 50 anos:
“Sou do conselho económico. As obras que temos que fazer são mais do muitas. A igreja precisa de uma mova bancada. A capela de Santo Agostinho deixa entrar água pelo telhado. Como vê, este salão necessita de uma pintura nova. A capela de Santa Engrácia tem o soalho todo podre. Já para não falar dos santos que precisam de restauro… O sr. Padre tem que mover influências para realizarmos as obras, precisamos que nos ajudem.”
Senhora, casa dos 60:
“Sou catequista. Os miúdos estão insuportáveis e os pais não querem saber. O sr. Padre tem que meter a catequese na ordem!”
Catequista, casa dos 30:
“Sou catequista. Estou cheia de pedir dinheiro ao conselho económico para modernizarmos a catequese. Sem resultado. O sr. Padre tem que resolver este assunto.”
Criança, 9 anos:
- A minha catequista é uma chata. Queremos um catequista novo que brinque connosco e jogue connosco, que seja bué de fixe.”
Senhora, casa dos 40 anos:
“Trabalho no Centro de Dia. Precisamos que o Padre apareça para entreter os idosos.”
Homem, casa dos 50:
“O padre não pode demorar muito na Igreja, temos a nossa vida. Vale mais falar pouco e bem. Depois é preciso que o coral não demore tanto nas músicas…”
Senhora, casa dos 50:
“Nos funerais, casamentos e batismos, tem que elogiar muito as pessoas, encher-lhes o coração, e não estar lá com aquelas coisas da Bíblia…”
Jovem, 28 anos:
“Eu acho que o senhor deve falar-nos da Palavra de Deus. As cerimónias religiosas não são nenhum laudatório de pessoas.
Terminada a intervenção das pessoas, o novo pároco levanta-se e faz a sua intervenção.
“ Parabéns pelas vossas intervenções. Manifestaram-se e isso é bom. Mas quero comunicar-vos o que me vai na alma:
- Um homem, que é casado, só é casado quando está com a sua esposa? Um homem, que é pai, deixa de ser pai quando não está com os seus filhos? Assim o padre, é sempre padre, esteja onde estiver.
- Vim para vos servir. Mas não chego para ser escravo de ninguém, nem dos caprichos, manias, preconceitos de alguém.
- Não venho para ser um funcionário da religião. Venho como padre. Somos todos Igreja pelo batismo, onde, na igualdade de filhos de Deus, cada um exerce o seu serviço a favor de todos.
- Falaram de conservar as tradições. Eu ando aqui a tentar não acabar com uma Tradição que já vem de há muito mais tempo do que aquelas que vós enumerastes, e com a qual, pelos vistos, as pessoas se preocupam cada vez menos, a Eucaristia. Sem Eucaristia não há comunidade. Desejo que a partir de hoje a Eucaristia esteja no centro das nossas preocupações. De todos!
- Não vi grandes referências à Pessoa e à Mensagem de Jesus Cristo. Ora sem Cristo a Igreja não passa de uma ONG, sem importância, Precisamos de recentrar toda a vida da nossa comunidade em Cristo. É que a Igreja existe por causa de Cristo.
- Indicastes várias áreas onde julgais importante a minha intervenção. Mas ninguém solicitou acções de formação cristã sobre a Palavra de Deus, a doutrina da Igreja… Ora precisamos de cristãos formadas, com razões de acreditar…
- Ninguém referiu a importância do Sacramento da Confissão. Nunca melhoraremos sem não tivermos consciência dos nossos pecados e não recorrermos à misericórdia de Deus.
- Somos diferentes uns dos outros e ainda bem. Nem sempre estaremos de acordo. Mas as nossas diferenças terão que enriquecer a comunidade e não afastarmo-nos uns dos outros. Cristo, que nos une, é muito mais do que as pequenas coisas que nos possam separar.”
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021
o padre e o casado
Faz-me confusão pensar que, quando um padre está em ambiente descontraído de convívio, as pessoas possam ter a sensação de que naquele momento o padre não está a ser padre. Como se o mundo do padre, como padre, fosse um mundo à parte. O mundo aparte das pessoas comuns. Que o padre não é comum. Não é bem homem como os homens que não são padres.
Mas este colega respondeu-lhe à letra. Olhe uma coisa, o senhor, que é casado, só é casado quando está com a sua esposa? O senhor, que é pai, deixa de ser pai quando não está com os seus filhos?
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
Isto é o cúmulo da ignorância: Não distinguir Missa de Celebração da Palavra!
E ela falava abertamente como se fosse a mais culta no assunto. Pois, sim
senhor, eu casei-me numa missa sem missa. Que a diferença é ser muito mais
curta e não fazer os convidados aguentar tanto tempo na missa. Só não tem a
parte da comunhão e do ofertório. Txaraaaaaaaaaan! Disse, como se tivesse
destapado a mais curiosa verdade que a Igreja permite. Quer dizer, pelo menos
nalguns lados, dizia. Assim como a possibilidade de casar sem estar baptizado.
Que isso dependia de padre para padre. Pois ela casou com um não baptizado. Bem
vistas as coisas, a Igreja até está mais moderna do que alguns pensam, dizia. E
dizia e dizia, e dizia mais coisas como se tivesse tirado um curso de
sacramentologia. O que ela não sabia é que a missa sem missa, a que ela se
referia, não era uma missa. Era uma celebração da Palavra. E que a grande
diferença entre a primeira e a segunda, é que esta última não tem o momento da
consagração. Na verdade até pode ter distribuição da comunhão. E também não
sabia que já há muitos, mas muitos anos, a Igreja prevê a possibilidade de
casamentos mistos ou com disparidade de culto. Ela casou como se a Igreja fosse
uma boutique ou um híper-mercado, isso é que foi.
Fonte: aqui
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Precisam-se bispos que amem as periferias
As duas dioceses mais periféricas do país estão sem bispo: Angra, a mais ocidental; e Bragança-Miranda, a mais oriental. Ambas ficaram sem bispo para prover as dioceses minhotas de Viana do Castelo e a metropolita Braga.
Ser enviado às periferias, ou aos contextos eclesiásticos menos relevantes é por vezes assumido - contrariamente aos critérios evangélicos e do Papa Francisco - como uma provação à espera de uma melhor colocação ou trampolim para uma diocese dita de "primeira".Ora, Jesus Cristo incarnou para demonstrar a proximidade de um Deus que se preocupa particularmente com os marginalizados, os mais pobres e os mais pequenos. Aquilo que viria a ser definido como "a opção preferencial pelos mais pobres", em linha com a reflexão eclesiológica do Concílio Vaticano II.
O Papa tem traduzido essa dinâmica que se pretende característica da Igreja, com o conceito da atenção às "periferias geográficas e existenciais". Por isso, os mais distantes e irrelevantes devem merecer uma maior atenção.
Em relação aos bispos, o Papa tem-se até insurgido contra os que estão sempre a olhar para a diocese vizinha e a aspirar a uma diocese melhor, em vez de se dedicarem à que lhes foi confiada. Em 2013, no seu primeiro encontro com os bispos recém-ordenados, o Papa sublinhou a importância da estabilidade e pedia-lhes para permanecerem nas suas dioceses, "sem procurar mudanças ou promoções".
No ano seguinte recomendou que não fossem "bispos a prazo, que têm necessidade de mudar sempre de direção, como remédios que perdem a capacidade de curar, ou como aqueles alimentos insípidos que devem ser deitados fora porque já se tornaram inúteis".
Aquilo que se espera dos bispos que venham a ser nomeados, tanto para Angra como para Bragança-Miranda, é que não as considerem como dioceses de "passagem", sempre à espreita de uma melhor, mas procurem antes amá-las nas suas especificidades e, até, nas dificuldades resultantes da sua situação periférica. Como Jesus amou os que eram considerados os mais desprezíveis e irrelevantes. E sintam alegria em ir às periferias anunciar um Deus próximo dos mais afastados.
Fernando Calado Rodrigues, aqui
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
VERDADE E TESTEMUNHO
(A)FAZERES PELOS DEFUNTOS…