sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Na reunião da Assembleia Municipal

 
   
 
A convite do Presidente da Assembleia Municipal, Dr Domingos Nascimento, participei hoje na reunião daquele órgão autárquico, coração da democracia concelhia.
Usando da palavra no período "antes da ordem do dia", pude falar de alguns dos assuntos que envolvem ou preocupam a comunidade cristã tarouquense.
1- Centro Paroquial Santa Helena da Cruz:
- O que está feito e que o que está em fase de conclusão.
- O apoio à obra do anterior executivo e da atual
- O interesse e dedicação do Presidente da Câmara, do Engenheiro e dos trabalhadores
- A situação económica da Paróquia, que esta exangue, dadas as despesas do empreendimento.

2. A Igreja Paroquial, edifício com 800 anos de História, Monumento de interesse nacional:
- O que já foi feito (recuperação externa)
- O que falta fazer: recuperação interna, dado o seu estado de degradação. Talhas, tetos... A Câmara já mandou fazer o levantamento das necessidades e das intervenções a fazer. O projeto foi candidatado e espera-se agora a aprovação.

3. Capela do Castanheiro do Ouro:
- O maior povo da paróquia e o mais jovem é o único que não tem um local de culto.
- Junto com a capela, pretende-se um salão para que pessoas e associações do Castanheiro  possam conviver, trabalhar, divertir-se, fazer cultura.
- Dificuldades em arranjar espaço consensual para a construção.

4. Cristo Rei:
- Um local privilegiado da Natureza que interessa desenvolver.
- Falta eletricidade.
- Ligação Cristo Rei - Santa Helena que possibilite e amplie o turismo e atividades desportivas e lúdicas.

5. Santa Helena:
- A "Catedral natural" do Concelho. Elevação, contemplação, admiração, maravilha, desporto, convivência...
- Necessidade de criar condições tendo em vista atrair  pessoas para aquele espaço sem o desfigurar
- Existência de planos para dotar Santa Helena de infraestruturas condignas. Oxalá possam ser aprovados!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

São Miguel - Feriado municipal







29 de setembro, Dia de São Miguel Arcanjo. Feriado municipal em Tarouca.
A data era conhecida como a "Feira de São Miguel". De muitos lados aqui vinham pessoas atraídas pela grande feira e pela marrã.
A feira já não é o que era e as multidões de outros tempos foram-se...
A feira do gado, noutros tempos marcante, é hoje quase um simulacro. As grandes superfícies centralizaram o comércio. A baixa natalidade e a emigração repercutem-se. As colheitas agrícolas levam muita gente.
Permanece a marrã que, sem o impacto de tempos idos, é ainda um tradição a atrair gentes para as tasquitas das feiras e para as casas de pasto da terra.
Que de novo se teria que fazer para atrair mais e mais gente a Tarouca pela Feira de São Miguel? A corrida de cavalos? Algum certame especial com repercussões regionais? Outra?
Logicamente que quem vê a feira de hoje e a viu há 25 anos tem saudades. Falta gente e mais gente...

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

PEREGRINAÇÃO ARCIPRESTAL A NOSSA SENHORA DA LAPA

2 de outubro/2016
 
Pelas 16 horas, começa a concentração na Lapa, junto ao Cruzeiro. Segue-se a procissão e a passagem pela Porta Santa, seguidas das restantes cerimónias.
Certamente que muita gente irá usar o seu automóvel para se deslocar. ...
Quem quiser levar a sua merenda pode depois ficar a lanchar.

O abandono das zonas antigas das povoações

Pelo que se ouve, em cidades como Lisboa e Porto tem sido feito ultimamente um esforço em ordem à recuperação das zonas históricas.
E no resto do país?
Por muitas  aldeias, vilas e cidades do interior, as zonas históricas vão sendo abandonadas ao seu destino e não se vislumbram um esforço sério,  planeamento eficaz, estratégias adequadas à recuperação de tão importantes zonas.
As pessoas vão abandonando estes espaços em fuga para as periferias onde é mais barato, cómodo e aprazível comprar/construir/arrendar casa.
Comprar e recuperar um edifício em zona histórica não sai barato. Além das mil chatices com a burocracia em que este país é pródigo.
Há que arrepiar caminho antes que as zonas históricas se transformem num montão de ruínas. Há que estancar a desertificação de tais espaços. Há que ser ousado e meter mãos à obra. De lamúrias está o inferno cheio.
Não poderiam o governo e as autarquias oferecer incentivos à reabilitação de tais espaços? Por exemplo, oferecer a planta de reabilitação, minimizar burocracias, possibilitar comodidades modernas sem denegrir o valor histórico dos imóveis?
Não terão alguns desses imóveis potencialidades para turismo rural? Se sim, onde está a iniciativa privada? Não seria esta uma forma de gerar trabalho, fomentar riqueza e dar vida às zonas históricas? Penso que não estarei enganado, pois acho que tais empreendimentos poderão ser subsidiados por fundos estatais.
Estado e privados não podem continuar no jogo do empurra. O estado a criticar a falta de iniciativa dos privados; privados a atirar-se ao estado e a culpá-lo pela situação das zonas históricas.
Só um projeto que envolva e empenhe ambos pode levar à requalificação de tais espaços, carregados de história e de alma portuguesa.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Rota do Espumante

Entre Lamego, Tarouca e Moimenta da Beira, são produzidas algumas das principais marcas dos espumantes nacionais. Os repórteres da SIC estiveram nas caves da região do Távora-Varosa e apresentam agora a rota do espumante.


Ver aqui

domingo, 25 de setembro de 2016

Desfile "Associações Com Vida"

Festas de S. Miguel 2016
25 de setembro
A Câmara Municipal de Tarouca organizou a realização do Desfile "Associações Com Vida". A partir das 14h00, associações do concelho percorreram as principais ruas da cidade. 
Com este desfile visou-se a divulgação do movimento associativo tarouquense.
Veja aqui  e aqui

sábado, 24 de setembro de 2016

Lei natural

Quando a lei natural e a responsabilidade que ela implica são negadas, abre-se dramaticamente o caminho ao relativismo no plano individual e ao totalitarismo de Estado a nível político.
Joseph Ratzinger

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A vaidade é a osteoporose da alma

Custa-me que as pessoas andem desligadas para o que as rodeia.
Magoa-me que muita gente atue como se fosse permanecer para sempre neste Mundo. Causa-me uma enorme tristeza saber que muitos nós somos apenas um número.
A verdade é que tudo isto é "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.".
Não restará nada neste Mundo.
As luxuosas casas desaparecerão.
O grandioso trabalho que temos extinguir-se-á.
O poder que achamos ter acabará num dia.
"Todo o nosso PIB, toda a nossa história, toda a nossa cultura e arte, todo o nosso conhecimento, tecnologia, criatividade e legados que deixamos. Tudo se irá extinguir num certo momento."
É bom que nesta nossa passagem tenhamos consciência que tudo voltará ao pó. Precisamos de ter bem presente que demasiadas complicações e preocupações nos impossibilitarão de ver o essencial.
Não nos deixará ver a alegria de um convívio à volta de uma mesa.
Não nos deixará ver o amor que é transmitido numa troca de olhares.
Não nos deixará sentir a vida que acontece em cada um de nós quando abraçamos alguém.
Não saberemos o que é estar vivos se nunca tivermos amparado alguém.
As preocupações deste Mundo nunca nos deixarão ver a quantidade de palavras que são soltas nas lágrimas.
Enquanto permanecermos assim estaremos apenas a enganar-nos.
Estaremos a fugir à verdadeira realidade do Homem.
Temos de aceitar esta fragilidade.
Temos de perceber o nosso espaço no meio da vida.
Assim conseguiremos perceber a importância de todos os momentos.
Conseguiremos aproveitar ao máximo cada segundo, cada minuto e cada hora...
Tudo será uma bênção.
Tudo será uma dádiva.
Por isso, tu que estás a ler este texto para...e pensa: com o que te preocupas? Valerá realmente todo esse stress?
Não desperdices momentos neste pequeno lugar.
E lembra-te destas palavras: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.".
Afinal... o que te preocupa mesmo?
Não deprimas por tudo ter um fim.
Alegra-te por essa finitude conseguir dar tamanha importância à tua vida.
E caminha...
Caminha em direção a tudo o que é essencial.
Não caminhes para as coisas do Mundo. Caminha para o que realmente dá sentido à vida. Não te esqueças que só há uma ficha em jogo...

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

1,2 milhões de vacinas contra a gripe gratuitas a partir de outubro

 
Avacinação contra a gripe é ainda "fortemente recomendada" a doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
Cerca de 1,2 milhões de doses de vacina contra a gripe serão este ano distribuídas gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde, a juntar às que podem ser compradas nas farmácias.
Segundo um comunicado da Direção-geral da Saúde (DGS), a vacinação contra a gripe arranca no próximo mês e vai continuar a ser gratuita para pessoas a partir dos 65 anos e para internados em instituições.
As vacinas gratuitas para aqueles grupos não requerem receita médica nem pagamento de taxa moderadora.
A vacinação contra a gripe é ainda "fortemente recomendada" a doentes crónicos e imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
As vacinas dadas pelo Serviço Nacional de Saúde foram selecionadas em concurso e são de marcas comerciais que também estarão disponíveis em farmácias, refere a DGS.
Quanto às receitas médicas das vacinas contra a gripe, têm uma validade até 31 de dezembro, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores.
Fonte: aqui

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Um país onde cerca de 50% dos agregados familiares não paga IRS por ter rendimentos demasiado baixos. Ou, em alternativa, mente descaradamente.

Veja aqui

22 de Setembro, às 14h21. Ocorre o Equinócio dando-se assim início ao Outono.


Provérbios de Outono 
* "Setembro é o Maio do Outono"
* “Setembro molhado, figo estragado.”
* “S. Miguel soalheiro enche o celeiro.”...
* “Outono quente traz o diabo no ventre.”
* “Quem planta no outono, tem um ano de abono.”
* “No outono o sol tem sono.”
* “Logo que o Outono venha, procura a lenha.”

terça-feira, 20 de setembro de 2016

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

"Nem se ensina nas escolas..."

É uma cultura de facilidade. Temos medo de traumatizar os meninos com a Ilíada, ou com a História... O objetivo principal passou a ser não haver insucesso escolar, e nivela-se tudo muito por baixo. Os sistemas de educação no mundo ocidental, hoje, são feitos para normalizar e desprezam os mais inteligentes. Não se valorizam nada as elites, a própria ideia de elite está mal vista, tem muito má imprensa... Veja-se a mediocridade na política espanhola, ou europeia, ou portuguesa. Onde está um Churchill, um Adenauer, um Kennedy? Logo na escola olha-se de lado para um indivíduo singular, brilhante, destacado. Torna-se suspeito e parece que é preciso igualizar todos. Mas nós não somos todos iguais!
Arturo Pérez-Reverte, o escritor espanhol mais lido no mundo
aqui

sábado, 17 de setembro de 2016

INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).

Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa <
http://isboa/> .
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.

A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.
Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.
No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:

Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta inversão de valores que assola Portugal e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos"

Recebido por email



quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Novo ano lectivo: ano novo, vida nova


     O mês de setembro chegou e, com ele, o início de um novo ano letivo!

     No horizonte, novos desafios se perfilam. É tempo de renovar a esperança…

     A esperança que leva as escolas a traçar novos planos, a conceber novas/outras estratégias que lhes permitirão atingir um objetivo comum: a formação dos jovens, como cidadãos de pleno direito, autónomos, solidários, competentes e responsáveis.

     A esperança que  leva os estabelecimentos de ensino a fazer cada vez mais e, sobretudo, melhor, para“serem referência” na vida de cada um…

     Para tal, a escola precisa de todos!

    De professores dedicados, empenhados e competentes.

    De funcionários cumpridores, atentos e disponíveis.

     De pais/encarregados de educação presentes e cooperantes.

     Da comunidade em geral, na ajuda à concretização dos objetivos escolares.

      De Direções de Agrupamento empenhadas em promover o trabalho colaborativo, assente em critérios de transparência, rigor e exigência. 

     De crianças e jovens com vontade de aprender, dotados de espírito de superação, respeitadores e colaborantes, disponíveis para crescerem como cidadãos, que sabem distinguir claramente os tempos da vida, pois há tempo para brincar e tempo para estudar. O estudo não é exploração da mão-de-obra infantil!

 

     Também começarão por estas alturas as catequeses paroquiais. Aqui vale em larga medida o que foi dito sobre a vida escolar.

     Todos juntos, remando em sintonia, somos necessários para ajudar o crescimento na fé dos catequizandos. Cristo é a origem, o caminho e a meta da catequese.

 

      A todos um bom ano letivo e um bom ano catequético de 2016/2017!

Dedicado ao Pai que partiu

ENCONTRO


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Exaltação da Santa Cruz


Tu és rei, Senhor, e o Teu trono é a Cruz.

Tu és rei, Senhor, e Teu reino é o coração de cada Homem.

Tu és rei, Senhor, e estás presente no mais pequeno.

Tu és rei, Senhor, e estás à nossa espera no pobre.

Tu és rei, Senhor, e queres mais o amor que o poder.

Tu és rei, Senhor, e moras em tantos corações.

Tu és rei, Senhor, e primas pela mansidão e pela humildade.

Tu és rei, Senhor, e não tens exército nem armas.

Tu és rei, Senhor, e não agrides nem oprimes.

Tu és rei, Senhor, e não ostentas vaidade nem orgulho.

Tu és rei, Senhor, e a tua política é a humildade, a esperança e a paz.

Tu és rei, Senhor, e continuas a ser ignorado e esquecido.

Tu és rei, Senhor, e continuas a ser silenciado.

Tu és rei, Senhor, e vejo-Te na rua, em tanto sorriso e em tanta lágrima.

Tu és rei, Senhor, e vais ao encontro de todo o ser humano.

Tu és rei, Senhor, e és Tu que vens ter connosco.

Hoje, Senhor, vou procurar-Te especialmente nos simples, nos humildes, nos que parecem estar longe.

Hoje, Senhor, vou procurar estar atento às Tuas incontáveis surpresas.

Obrigado, Senhor, por seres tão diferente.

Obrigado por seres Tu:
JESUS!
João António, facebook

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Se se faz, é porque se faz; se se não faz, deveria fazer-se...



"As pessoas nunca estão contentes", ouve-se.
A insatisfação, por si mesmo, é boa, desde que seja saudável. Mas quando se torna doentia é um problema.
Estar uma pessoa insatisfeita consigo mesma, porque deveria ser melhor, mais criativa, mais participante e colaborante, é ótimo. Cada um de nós dever-se-ia sempre sentir desinstalado, nunca acomodado. Há tanto que cada um poderia melhorar em si mesmo!
Estar alguém insatisfeito com a injustiça, o compadrio, a preguiça, o ram-ram, é ótimo. Quem se acomoda com o mal é cúmplice do mal.
Há os profissionais da contestação. Para estes nada está bem, os outros é que erram. Se se faz, é porque se faz; se não se faz, é porque deveria fazer-se. Tais contestatários fazem da contestação o seu modo de vida. São uns alienados. Incapazes de qualquer compromisso com a vida e a sociedade. Vivem sob os efeitos da contestação dopante.
Há quem passe à margem de tudo. São os que afirmam: "Na minha terra não há nada".  Mesmo que haja muitas e muitas propostas. Nunca aparecem, nunca estão disponíveis, nunca nada lhes agrada.
Há os "cansadiços". Aderem a uma iniciativa para ver como é. Até são capazes de apreciar. Mas cansam-se depressa. Quando se repete a mesma ação, já não aparecem. Parecem libelinhas a saltar de flor em flor. Persistência não é com eles. Mesmo quando não têm que fazer grande esforço nem gastar dinheiro. Instáveis, estão sempre à espera da novidade desde que isso não lhes acarrete compromisso.
Há os enclausurados. Os que vivem em círculo fechado. Os que vivem como a água presa dentro do tanque. Incapazes de se abrirem à fonte e aos campos. Só querem saber da sua vidinha, das suas coisas, da sua família. São associais e, neste campo, anti-humanos, porque o homem é sociável por natureza.
Há os "artistas". Os que só aparecem para o aplauso. Têm que se sentir sempre os melhores, casa contrário ficam de "monca caída". Exigem sempre a ribalta do palco e indignam-se se não aparecem manifestações de louvor e gratidão. Para estes, o mundo tem a dimensão do seu umbigo.
Há os rogados. Para alinharem nalguma coisa, precisam se ser muito rogados, de se sentirem muito importantes. Uma espécie de extraterrestres que vêm fazer o favor de se associar aos humanos.
Há os teóricos. Têm ideias para tudo e mais alguma coisa, mas é para os outros fazerem... Pôr mãos à obra, tocar nas coisas, ser efetivo, não é com eles. Mas de boas intenções está o inferno cheio.
gente de ação. Pessoas que mesmo com consciência dos seus limites, nunca deixam de aparecer, dar o seu contributo, felizes por poder colaborar. Estes NUNCA são demais.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE TAROUCA: ALUNOS COLOCADOS NO ENSINO SUPERIOR

Veja aqui

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Pala Câmara Municipal

MUNICÍPIO DE TAROUCA ISENTA PAGAMENTO DAS REFEIÇÕES ESCOLARES PARA PRÉ ESCOLAR E 1º CICLO E SUBSIDIA A AQUISIÇÃO DE LIVROS E MATERIAL ESCOLAR AOS ALUNOS DO 1ºCICLO

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domingo, 11 de setembro de 2016

Passei pela festa de Bodas de Ouro de um casal amigo

Depois de um sábado e domingo absolutamente esgotantes, passei pela festa de Bodas de Ouro de um casal amigo.
Muita gente, boa música, alegria, mesa farta. Sobretudo vi e senti o casal aniversariante muito feliz.
Quando regressei a casa, a festa ainda estava para continuar....
No bacadinho que por lá passei, reparei em expressões de admiração de muitos pela longevidade do matrimónio. É que hoje, "o politicamente correcto" não é um amor sem prazos de duração... O "casa, descasa e volta a casar" é que parece que está a dar. Basta reparar nas manifestações de admiração - quase escândola - de alguns jornalistas quando confrontados com casamentos de longa duração.
No fundo, no fundo, penso que as pessoas admiram, apreciam e louvam os casais que continuam felizes ao fim de 50 anos de matrimónio. Só que isso exige renúncia, espírito de sacrifício, humildade, capacidade de recomençar muitas vezes, perdão, aprendizagem, determinação, namoro... e Deus. E quantos estão para isso?
Parabéns, amigos Dimas e Céu! Longa vida e votos de que continueis a crescer no vosso amor!

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

8 de setembro - NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA


Parabéns a Maria
Nesta data querida; ...
Obrigado, Mãezinha,
Por tanta ajuda sentida!



Hoje é dia de festa,
Cantam as nossas almas,
Para Nossa Senhora
Uma salva de palmas!


É com muita alegria no coração que comemoramos o aniversário do nascimento de Nossa Senhora. Uma data muito especial para todos nós que amamos a Nossa Querida Mãe.

Jovens obcecados e dependentes dos telemóveis




Telemóveis  (foto LUSA)
Um estudo feito junto de 207 alunos dos 6.º e 10.º anos de escolaridade, do Porto, e divulgado pelo JN, revela que existe uma ligação afectiva muito forte entre os adolescentes e os telemóveis. Enviam uma média de 236 sms por semana, têm mais de 125 registos na lista contactos e já tiveram, aos 16 anos, em média, mais de três telemóveis. Ao JN, os investigadores falam de «obsessão» e «dependência».


Uma equipa de investigadores da Universidade do Porto, liderados por Pedro Quelhas Brito, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, decidiu, em Junho do ano passado, conhecer o grau de dependência que amarra os adolescente às novas tecnologias.

Para isso, estudaram alunos de quatros escolas do Porto (duas delas de ensino privado), frequentadas por adolescentes das classes média e alta, e utilizadores regulares do «messenger» (msn). Quelhas Brito explicou ao JN que o msn dá uma ideia do grau de envolvimento «digital» dos miúdos, já que ele implica a utilização de um computador, acesso à Internet, assim como uma rede de amizades para interagir.

Questionados sobre a posse de telemóveis, escreve o JN, a grande maioria dos pré-adolescentes (93,3%) afirmou ter um, enquanto no grupo dos mais velhos todos possuíam telemóvel. Nos dois grupos os aparelhos tinham, na sua maioria, câmara (78% nos pré-adolescentes e 87,4% nos adolescentes). Por outro lado, a maioria dos alunos de ambos os grupos já possuía telemóvel há muito tempo: 69% dos pré-adolescentes tinha começado a usar antes do ano de 2006, enquanto os adolescentes já os usavam antes de 2002.

Quanto ao número de telemóveis, o estudo revelou que 36,5% dos alunos do 6.º ano de escolaridade já tinham tido mais de três telemóveis. O mesmo acontecia a 77% dos adolescentes.

Em relação ao envio de sms, os investigadores chegram à conclusão que os pré-adolescentes enviavam uma média de 84,2 por semana. Já os colegas mais velhos chegavam às 235 sms por semana.

Uma diferença que é justificada pelo número de contactos presentes na lista dos mais novos, uma média de 87,2 contactos, enquanto os mais velhos tinham 125.     

Fonte: aqui 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Cabeça que não tem juízo, o corpo é que as paga...

AS DIABRURAS DO TOI
Toi. Só está bem a pregá-las. Claro que às vezes saem-lhe caras, se saem!...
Naquela manhã soalheira de Inverno, D. Pureza, com a bacia da roupa debaixo do braço, dirigiu-se ao estendal. Esticou os lençóis, toalhas e demais roupa. Entretanto Toi, sentado no chão, observava atentamente a dona. O cordel vazio por cima do estendedoiro, moilha-lhe a cabeça. Era cá um impulso para trepar pelo pau acima e fazer acrobacias no fio!
D. Pureza debanda e o bicho, matreiro e sabidão, acompanhou-a, ronceiro. Mal a patroa desapareceu porta dentro, ó pernas para que te quero!... Corrida doida para o estendal. Subiu ao cordel e, qual artista de circo, fez, durante largo tempo, todo o tipo de acrobacias. Até que um descuido o fez espanejar-se estrondosamente num lençol que ficou encotinhado, sujo e com as marcas indisfarçáveis do seu pelo castanho e branco. Aflito, deu às de vila diogo e foi especar-se no telhado.
A meio da manhã, D. Pureza pegou no regadorzito e foi borrifar a roupa. Toi saltou do telhado e acompanhou-a, caminhando à frente, rabo no ar, como se nada tivesse a ver com o que se passara no estendal.
Ao deparar-se com o estado em que se encontrava o seu melhor lençol, D. Pureza passou-se dos carretos. As marcas do mafarrico do gato eram claríssimas. Vira-se, vem cá trás com a mão e explodem dois valentes estoiros no cerro cilíndrico do Toi, daqueles cujo eco se prolonga até Coimbra. Atordoado, meteu a sexta velocidade e foi curar os ardumes para cima da rede do poleiro.
Não demorou muito tempo a pensar noutra. Mal passaram as ardências, começou a provocar a galinha pedrês que se esganiçava toda, correndo para aqui e para ali como dubadoira em volta dos filhotes. Tanto saltou, tanto cambalhotou que a rede da cobertura cedeu e caiu com estrondo no galinheiro. A pedrês pegou num cacarejar histérico, continuado, aflitivo. Parecia que lhe estavam a arrancar os fígados!
D. Pureza, que varria a casa, apareceu desassossegada à porta com a vassoura na mão. Passou-se de vez. Abriu o portilhol do galinheiro e, logo que o Toi se ia a esgueirar, caíram-lhe na lombada três vassouradas daquelas que fazer miar um hipopótamo.
Com o cerro em labaredas, fugiu para a cardenha onde se aninhou no meio do feno. Que pontadas! Até se lhe secava a boca e nem um miau conseguia soltar. Cansado de estar encotinhado, tentou erguer-se. Mas mal esticou as patas para se espreguiçar, parecia-lhe que os ossos rangiam. Uma dores! Então voltou a enovelar-se e mandou a fome às malvas. Jurou a si mesmo que iria ter juízo, pois o corpo não aguentava mais pagar as palermices da cabeça.
Três dias depois, aparece. Esgalgo, faminto, de vista turva. A dona viu-o, chamou-o e deu-lhe uma sardinha lombuda toda para ele. Consolou-se.
O cão Termudes não sentia qualquer afeição por ele. Mal o via, entrava numa ladradeira medonha, esticando-se todo a ver se lhe conseguia chegar. Valia o forte cadeado e a robustez do tronco da mimosa a que estava preso.
Naquela tarde, Termudes dormia a solto solto na casota e Toi aproveitou para se empoleirar no cima do atarracado tronco da mimosa, de onde se pôs a miar desafiantemente.
O quê!? Podia lá ser! Aquele mini-cilindro ali, no coração do seu território!? Era uma fúria viva, todo eriçado, com a dentola à mostra. Embora mastodonte, por mais que se esticasse, não conseguia chegar ao local onde estava o gato. E, quando se esticou mais, recebeu um par de arrebunhadelas, daquelas de fazer gritar uma pedra.
Completamente perdido, sem consciência do perigo, Bermudes esticou-se ainda mais e, numa das arremetidas, consegue agarrar o bichano por um quadril. Foi o lindo! Arrastou-o para o chão, pôs-lhe as patolas em cima, prendeu-lhe o rabo entre os dentes e há que o fazer girar no ar a uma velocidade superior à de uma nave espacial. Toi pensou que era o fim.
Caiu com estrondo na borda do tanque, deslizando a seguir para dentro da água. Saiu a custo, encharcado, dorido, esfarrapado. Ainda conseguiu olhar para trás e ficou mais sossegado ao ver que o rabo escapara ileso aos dentes do Termudes. Arrastou-se para o quentinho da boca da mina, onde se recuperou durante uns longos e sofridos oito dias.
Qual será a próxima, Toi?

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Santa Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá foi proclamada santa pelo Papa Francisco. A canonização de Madre Teresa é uma das marcas do Ano da Misericórdia e indica ao mundo inteiro o valor de uma vida plena ao serviço dos mais pobres    O Papa Francisco canonizou hoje Madre Teresa de Calcutá, a “santa das sarjetas”. Na homilia (que pode ser lida em português, na íntegra, aqui), destacou, sobre o sentido do trabalho da fundadora das Missionárias da Caridade: “A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres.

A acção de Madre Teresa de Calcutá tem sido posta em causa por vários textos, já desde antes da sua morte. Um exemplo mais recente disso mesmo é este texto de Krithika Varagur no Huffington Post, onde se recordam argumentos para criticar métodos, posições e ideias da fundadora das Missionárias da Caridade.

Alguns desses argumentos poderão ser discutidos – a forma como Madre Teresa falava sobre o aborto, por exemplo –, mas não se pode dizer, como se faz no final do texto, que ela deixava morrer pessoas doentes. Antes era alguém que pegava em moribundos que agonizavam nas ruas e no lixo, socorrendo-os e  permitia que tivessem uma morte digna, longe da miséria em que vegetavam. Também se diz que ela será a padroeira de pessoas brancas, mas não de indianos, esquecendo a popularidade de que ela goza(va) na Índia, apesar de ser uma freira católica num país maioritariamente hindu.
Noutra perspectiva, escreveu John Allen Jr., no Crux, que a principal razão para Madre Teresa ser declarada santa é a sua santidade, mas que a sua vida “também tem algo a dizer a outros níveis: a misericórdia tornada prática, a defesa da fé face aos críticos e o papel da mulher na Igreja católica”. (O texto pode ser lido aqui na íntegra, numa tradução portuguesa; aqui pode ser lido outro texto, em inglês, sobre a importância da santidade de Teresa de Calcutá)
Uma das notas da vida de Madre Teresa foi a sua continuada dedicação a uma missão de serviço, apesar de ela própria ter atravessado uma “noite espiritual” e muitas dúvidas de fé.
Fonte: aqui

Senhor do Monte: Festa-convívio da Freguesia

11 de setembro de 2016
A capela do Senhor do Monte é propriedade da Junta da União de Freguesias Tarouca/Dalvares....
Há anos a esta parte, a Junta promove a Festa do Senhor do Monte como um espaço de convívio destinado a todos os cidadãos desta União de Freguesias.
Este ano terá lugar no próximo dia 11 de setembro.
Pelas 14.30h, sai a procissão do Bairro de S. Pedro a que se segue a Eucaristia.
Depois a tarde é de convívio, jogos, música, merenda.
Alinhe neste convívio da sua freguesia.

sábado, 3 de setembro de 2016

Respeitar a Criação - Papa aponta caminhos aos cidadãos, governos, empresas e opinião pública

1. Algumas coisas práticas que cada um de nós pode fazer para respeitar a criação:
“- Utilizar com critérios o plástico e o papel,
- não desperdiçar água, comida e eletricidade, ...
- diferenciar o lixo,
- tratar com zelo os outros seres vivos,
- usar os transportes públicos e partilhar o mesmo veículo com várias pessoas”.



2. “Os governos têm o dever de respeitar os compromissos que assumiram, enquanto as empresas devem responsavelmente cumprir a sua parte, e cabe aos cidadãos exigir que isto aconteça e também se aponte para objetivos cada vez mais ambiciosos”, exorta o Papa.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Meus livros de Verão

Autor sensação do romance histórico. O domínio da Igreja na Europa medieval.A luta pelo conhecimento e a defesa dos dogmas de fé.Uma história de religião, batalhas e alianças. Agosto de 1346. França e Inglaterra estão em guerra. No final da batalha de Grécy, o rei da Boémia, já moribundo, entrega a um cavaleiro francês, Maynard de Rocheblanche, um pergaminho com um misterioso enigma. Este obscuro texto faz referência a uma relíquia preciosa, o Lapis exilii. São muitos os que procuram apoderar-se dele, nomeadamente o ambicioso cardeal de Avinhão e o príncipe Karel do Luxemburgo, ansioso por se fazer imperador. Este é o primeiro livro da trilogia da Abadia.
Celebraram-se, a 30 de abril de 2015, os setenta anos sobre o suicídio de Hitler. No entanto, terá Hitler realmente morrido no seu bunker? Os seus restos mortais nunca foram encontrados… Eric Frattini teve acesso a numerosos testemunhos e documentação da época que demonstram a incerteza que rodeia a sua morte e as pistas sobre a suposta fuga de Hitler e da sua esposa, Eva Braun, colocando-as agora, pela primeira vez, ao dispor dos leitores. O autor consultou mais de duas mil páginas de documentos que falam da fuga de Hitler nos arquivos do FBI, CIA, MI6, OSS, KGB, FSB e CEANA (Comissão de Esclarecimento das Atividades Nazis na Argentina). Ficará nas mãos do leitor decidir se o homem mais odiado do mundo acabou os seus dias com um disparo na cabeça fechado num bunker obscuro ou numa confortável casa nalgum local perdido na Patagónia.
Nascida em Inglaterra, em 1865, Maria Amélia de Orleães, princesa de França, desposa em 1886 o herdeiro do trono português, D. Carlos de Bragança. Aos quarenta e três anos é abalada pelo duplo assassínio do marido e do filho mais velho. Incapaz de evitar a revolução de 1910, é obrigada a exilar-se em Inglaterra e, mais tarde, em Versalhes, onde conhecerá a morte em 1951, aos oitenta e seis anos. Do exílio da sua família ao fracasso do seu próprio casamento, da morte do marido e dos dois filhos aos caminhos da errância, da revolução e da guerra, esta mulher terá conhecido todas as vicissitudes de uma existência romanesca.
A partir da correspondência e do diário da rainha D. Amélia, documentos inéditos pertencentes aos arquivos da Casa de França, Stéphane Bern imaginou as suas memórias, reflexo fiel de uma figura desconhecida da História contemporânea. Assina, desta forma, o seu primeiro romance no cruzamento de duas paixões, Portugal e a história das monarquias europeias, e partilha a excecional lição de vida da rainha D. Amélia.
***
Além destes três livros, outros li, embora de menor fôlego.
Fazem ainda parte da minha mesa de cabeceira outras obras, entre as quais as últimas publicações do P.e Doutor João António Teixeira.
Por necessidade e por curiosidade, vou lendo na internet artigos e informação variada. Mas nada substitui um bom livro.
Com um bom livro só se ganha tempo. Vale a pena ler. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Futebol Clube do Porto: Fechou o mercado e o sentimento é de revolta perante tanta incompetência

Veja aqui

QUANDO OS FILHOS VOAM


Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.
Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa.
RUBEM ALVES, aqui