segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Para falar com Deus e escutá-l'O, não são precisos telemóveis
Pede-se a cada pessoa que, durante as procissões e as vias sacras desligue MESMO o seu telemóvel porque causa da interferência com a instalação sonora, causando aquele ruído incómodo e aborrecido.
Para falar e escutar Deus, não são precisos telemóveis, felizmente. Por isso, não se esqueça. Ao entrar numa Igreja ou capela, desligue sempre o telemóvel. Pelo respeito que merece Deus, pelo respeito que as outras pessoas merecem, pelo respeito para consigo mesmo.
E já agora outra coisa. Quando estiver à mesa e o telefone tocar, querendo atender, peça licença, levante-se e venha atender cá fora. Os outros não têm que levar com as conversas telefónicas!
domingo, 28 de fevereiro de 2016
A Rapariga Dinamarquesa
Respondi à minha amiga que não vira o filme em causa e que dele nada sabia.
Depois procurei na internet onde aparece muita informação sobre este filme. Mas uma coisa é ver o trailer e ler várias comentário, outra bem diferente é visualizar o filme todo e, assim ter bases para uma análise e opinião fundamentadas.
Para uma primeira e superficial abordagem, aqui deixo uma referência, de onde pode ter acesso ao trailer.
O fim-de-semana nesta Paróquia
Foi carregado, mas belo este fim-de-semana.
No sábado, teve lugar a Festa da Catequese. Um regalo para os sentidos e o coração.
No domingo, realizou-se a celebração das Bodas de Prata e de Ouro de casais que as fazem em 2016.
À tarde, houve a Via Sacra da Misericórdia pelos povos, desta feita em Gondomar.
Pode inteirar-se de todas estas e de outras atividades pastorais, visitando o blog da Paróquia. AQUI
sábado, 27 de fevereiro de 2016
15 simples atos de caridade para a Quaresma
Para a Quaresma, o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que
mencionou como manifestações concretas de amor:
1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo)....
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que êle possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.
O MELHOR JEJUM
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.
1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo)....
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que êle possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.
O MELHOR JEJUM
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Jovens católicos exigem um pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda:
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) considera que o cartaz do Bloco de Esquerda sobre a adoção por casais do mesmo sexo “não se enquadra num respeito mútuo” e critica o “aproveitamento abusivo” da figura de Jesus Cristo.
‘Jesus também tinha dois pais’, é a frase que acompanha o cartar que o Bloco de Esquerda, divulgou esta quinta-feira, para se referir à aprovação da adoção por casais do mesmo sexo.
“Há um aproveitamento abusivo, sem sentido, da figura de Jesus Cristo. É uma analogia que não faz qualquer sentido. É abusiva e mesmo de mau gosto”, analisou o porta-voz da CEP.
À Agência ECCLESIA, o padre Manuel Barbosa destacou que a família para a Igreja “é sempre constituída por um casal, homem e mulher”.
“As convicções são diferentes não podemos dizer de outro modo”, observou.
O sacerdote defendeu o respeito pela liberdade de expressão mas observou que, neste caso, “não há o respeito mútuo” pelo outro, não só na Igreja mas “outros cristãos que seguem Jesus nas suas vidas”.
“Enquadra naturalmente no respeito pela liberdade de expressão mas não se enquadra num respeito mútuo que deveria existir porque a liberdade implica sempre uma corresponsabilidade e uma relação também com os valores essenciais da vida”, desenvolveu.
O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa assinala que está a “dar importância” a este cartaz e slogan pela utilização da figura de Jesus porque “há aspetos mais importantes, outras problemáticas” que Igreja e sociedade têm de atender.
O padre Manuel Barbosa recordou que já se lamentou que aquando da aprovação da lei da adoção por casais do mesmo sexo não tivesse existido uma “ocultação mais séria, mais demorada” das várias instituições da sociedade civil, “onde também está a Igreja”.
“Pode ser entendido também com o desviar de atenções de outros problemas mais candentes”, frisou o responsável que lamentou mais uma vez a forma “como é utilizada a figura de Jesus Cristo” e “as alusões”, sobretudo, quando a Igreja está “a viver em força” o tempo forte da Quaresma e o Ano Santo da Misericórdia.
O jornal ‘Económico’, divulga que na internet já circula uma petição pública de jovens católicos que exigem um pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda: “O cartaz tem, de forma clara e inequívoca, o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa.”
Fonte: aqui
Austeridade e saúde
Quando
o país se sentiu mergulhado na crise económica e financeira, no contexto do inevitável
alinhamento com a conjuntura internacional, e depois que os decisores políticos
enveredaram, sob a batuta europeia, pela via austeritária, os efeitos da crise,
que se fez global, sentiram-se gravemente por todo o lado. A maior parte da
população sofreu o empobrecimento enquanto uma fatia mínima dos cidadãos logrou
ver na circunstância uma privilegiante oportunidade única de autoencastelamento
num refastelado estatuto económico-social.
Alguns
grupos económicos, com o auxílio do Estado, que alguns consideravam falido,
cresceram. Veja-se o incremento dado ao ensino privado, mercê da transferência
de verbas do setor público, à luz do princípio da livre escolha, ou o
crescimento do setor privado da saúde mediante a celebração de acordos entre as
unidades de saúde privada e os subsistemas de saúde – alguns públicos como a
ADSE superavitária – a que se furtaram os hospitais públicos.
Inúmeras
empresas faliram, o desemprego aumentou em dimensão colossal; o estigma da
precariedade pairou sobre a maior parte da população ativa; centenas de
milhares de trabalhadores emigraram; aumentou abissalmente o número de
pensionistas (reformados, aposentados e jubilados) e as pensões sofreram graves
reduções; e muitos milhares ficaram na dependência das instituições de
beneficência para sobreviverem.
Desinvestiu-se
na educação, na saúde, na segurança social. As prestações sociais (no
desemprego, pensões, subsídios por doença, rendimento social de inserção) emagreceram em montantes e
tempo.
Os
efeitos da crise socioeconómica assumiram visibilidade nas escolas, nos
supermercados, nas empresas e serviços, na rua, nas coletividades, nos bancos
alimentares. Os bancos, embora sujeitos a testes de stresse e a operações de
recapitalização, deixaram de fazer chegar dinheiro à economia e alguns
tornaram-se vassalos de bancos maiores, sendo que outros pura e simplesmente se
eclipsaram ou ficaram como um peso pesado para o Estado.
***
Cedo
a Comunicação Social deu conta da existência de um número significativo de
pessoas, sobretudo as marcadas pela idade, doenças crónicas e penúria de recursos
(nomeadamente
pessoas contempladas por baixíssimas pensões de velhice de doença ou de
desemprego) que se
viam na necessidade de cortar na alimentação e/ou na medicação. É certo que os
sucessivos governos fizeram um grande esforço na disciplina do medicamento,
quer promovendo a produção e venda dos medicamentos genéricos quer determinando
a prescrição médica por substância ativa e não pela designação comercial do
produto, deixando ao doente a capacidade de escolha. No entanto, muitos viram o
acesso à consulta e à medicação dificultado; e alguns morreram isolados.
Entretanto,
surgiram dois estudos que pretenderam uma abordagem aprofundada e sistemática dos
efeitos da austeridade na saúde.
Um foi dado a conhecer hoje, dia 25 de fevereiro, na RTP: três investigadores do Porto – Andreia Filipa Novo, Rui Alves Castro e Marcelo Sá Carvalho – deram corpo a um estudo, cuja publicação se aguarda, sobre o “impacto da austeridade na saúde”, tendo concluído que a instabilidade económica provocou, entre 2000 e 2010, mais fraturas no fémur, por via da osteoporose, referindo que a fratura do colo do fémur é uma das maiores causas da mortalidade.
Mais
dizem que “a falta de acesso a medicamentos e a diminuição do poder de compra
estão diretamente relacionados com o problema”.
Embora
se trate de um estudo que ainda não abrange o tempo mais pernicioso da
austeridade – de 2011 a 2015 – o mesmo releva para a reflexão dos cidadãos e
como marco de referência para a tomada de decisão de quem democraticamente é obrigado
a dirigir o rumo do país.
Diga-se
que um estudo que abrangesse o período da aplicação da austeridade como receita
plasmada num afolha de Excel provavelmente permitiria chegar a conclusões mais
gravosas, dada a aplicação cega da receita “custe o que custar” ou ainda além
da troika. Muito embora, durante esse período, se fizessem sentir os efeitos de
algumas políticas setoriais, como a da disciplinação do medicamento ou a do
envolvimento das autarquias e da chamada sociedade civil na solução de muitas
das situações de carência, houve aspetos de notória dificuldade, como: situações
de legionella, gripe A, hepatite C,
entupimento das urgências, rarefação dos médicos no serviço nacional de saúde,
precariedade no trabalho, isolamento crescente de membros das famílias.
***
Também em
2013 a Associação Académica da Faculdade de Direito
de Lisboa publicou um trabalho sob o título “Os efeitos da austeridade na saúde da
população: evidência internacional e experiência portuguesa”, da
autoria dum grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa: Carlos Matias Dias, Rita Carvalho da Fonseca, Teresa
Contreiras e José Pereira Miguel. No seu resumo, os
autores referem:
“A evidência disponível, em parte histórica, demonstra que a
austeridade em tempos de crise económica tem efeitos predominantemente
negativos sobre a saúde dos indivíduos e das populações que incluem aumentos na
mortalidade, morbilidade e fatores de risco, assim como diminuição no acesso e
utilização de cuidados de saúde. Alguns destes efeitos não são imediatos e
podem fazer-se sentir a médio prazo. Numa perspetiva de saúde pública, a
austeridade surge, assim, como parte do sistema complexo e ainda não totalmente
conhecido que explica porque é que algumas pessoas e algumas sociedades são
mais saudáveis do que outras. A austeridade influencia de forma complexa, os fatores
de risco, protetores e promotores do estado de saúde, assim como as
consequências dos problemas de saúde e a resposta organizada das sociedades,
consubstanciada nos sistemas de saúde de cada país.”
O site do Instituto
Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge tem acessível um PowerPoint organizado pelos referidos investigadores. Este
instrumento de apresentação do estudo releva que a “austeridade surge como um
elemento fundamental a considerar no planeamento e organização das respostas da
sociedade com vista à promoção,
prevenção e melhoria do estado de saúde da população”.
Num primeiro momento, põem em evidência a dupla “austeridade
e saúde pública, tentando definir o “Estado de Saúde da População” e elencando
os “determinantes sociais da saúde”, bem como as “políticas adotadas na
generalidade dos setores”, nomeadamente no da “saúde” e no respeitante a “todas
as políticas públicas” que possam repercutir-se na saúde ou desta receber
significativa influência.
Depois, sob a asserção de que a “austeridade influencia de
forma complexa e não completamente conhecida o estado de saúde”, abordam os
“fatores de risco” e os “fatores de proteção e promoção”; as “consequências dos
problemas de saúde existentes”; e a “capacidade de resposta dos sistemas de
saúde”.
Salientam
que “estudos com análise de dados individuais reportam essencialmente efeitos
negativos”, ao passo que “estudos com análise de dados agregados apresentam
efeitos negativos a curto e médio prazo”, reportando, no entanto, “alguns efeitos positivos a curto prazo”.
Dos “efeitos negativos a curto e médio prazo”, selecionam: a
“alteração das condições de acesso a cuidados de saúde”; o aumento dos
suicídios”; o “aumento de consumo de álcool e de substâncias ilícitas”; a
“doença mental”; e os “surtos de doenças transmissíveis”.
Dos “efeitos positivos a curto prazo reportados em situações de crise anteriores”, destacam; a “redução
da mortalidade por acidentes de viação”; a “alteração nos estilos de vida dos
grandes fumadores e nos grandes obesos; e o “aumento da atividade física”. No
entanto, sabemos que a obesidade infantil parece ter vindo para ficar.
Por outro lado, a política austeritária tem como efeito
sistémico a “redução de despesa pública”, que se materializa na “redução de
serviços e recursos financeiros, humanos e materiais”, na “introdução (reintrodução ou aumento) de
taxas de acesso”, no “aumento do pagamento das despesas de saúde pelas famílias”,
na “reorganização do setor prestador de cuidados”, na “renegociação da despesa
com medicamentos e outros bens e serviços” e na “alteração do quadro normativo
do setor da saúde”.
Depois, a “investigação sobre os fatores determinantes e de
confundimento face aos efeitos das medidas de austeridade” sublinha dados como
os da morbilidade e mortalidade, em franco aumento; a “investigação sobre os
mecanismos de reposta individuais e da população (epidemiologia da resiliência)”
releva, por um lado a “capacidade de autodefesa” de uma grande franja da
população e a corrida a apoios e, por outro, a desistência de muitos; e a “monitorização
dos efeitos a curto, médio e longo prazo em setores para além da saúde (da educação, da proteção social, produtivo,…)” evidencia a visibilidade que a crise projeta na escola e
na autarquia, levando-as a um esforço suplementar, e nas empresas, que produzem
menos e pagam menos, embora os custos de produção não baixem.
Em suma, o estudo conclui que os “efeitos da austeridade na
saúde dos indivíduos e das populações parecem ser predominantemente negativos”,
pelo que há “necessidade de desenvolver sistemas de registo e recolha de
informação adequados” e de “monitorizar os efeitos das medidas de austeridade
na saúde da população para além do período de austeridade”.
Por outro lado, há que estabelecer uma “investigação mais
aprofundada sobre os mecanismos de resiliência dos indivíduos e das populações”
e definir um conjunto de “intervenções planeadas, organizadas e fundamentadas
em evidência que amenizem os efeitos negativos a curto e médio prazo em
idênticas situações futuras”.
***
Nada
que não se esperasse, mas que robora a força das vozes que protestavam contra a
aplicação da receita prescrita pela política austeritária sob a égide da
inevitabilidade, mas sem ter em conta a realidade sobre que iam recaindo
inexoravelmente as células da folha de Excel do receptivo monitor/inspetor.
Razão
tinha o atual Presidente da Comissão Europeia quando declarou que as
autoridades europeias feriram a dignidade das populações dos países sujeitos a
programas de resgate ou o seu assessor ao clamar que tinham sido impostos
tantos sacrifícios como muito mais dor que resultados.
Ademais,
os dados recentes da Comunicação Social sobre depressões, tragédias de
assassinatos e suicídios e casos de abandono bem mostram como é urgente
inverter a situação.
2016.02.25 –
Louro de Carvalho
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
DIRECTA com DEUS
Noite de 4 para 5 de Março.
Santuário de Nossa Senhora dos Remédios
Começa com a via-sacra no Escadório (ao´pé da cidade) dia 4, às 23h, e continuaríamos pela noite no Santuário: adoração, reconciliação, terminando com Eucaristia às 06h da manhã do dia 5.
Vamos nesta "DIRECTA com DEUS"?
Vamos attender ao pedido do Papa?
Afinal Lamego é tão perto...
Jovens, adultos, todos... Convite para todos.
Vamos nesta "DIRECTA com DEUS"?
Vamos attender ao pedido do Papa?
Afinal Lamego é tão perto...
Jovens, adultos, todos... Convite para todos.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Joguem à bola! Deixem os árbitros em paz!
Senhores dirigentes desportivos, se olhassem tanto - já não peço muito - para os erros de gestão que cometem como olham para o trabalho dos árbitros, aposto que os nossos clubes estavam bem melhores...
Senhores treinadores, não acham que é tempo de acabar com a "choradeira nacional" acerca do trabalho dos árbitros? Ponham os atletas a jogar bom futebol, tirem de cada um deles o melhor que podem dar, construam verdadeiras equipas, puxem pelas vossas capacidades táctico-estratégicas... Deixem-se de desculpas.
Senhores jogadores, comparem os vossos ordenados com a maioria daqueles que vos apoiam nos jogos e vejam que são uns príncipes! Joguem à bola, treinem com afinco, deem o vosso melhor! Não culpem quem arbitra pelos vossos fracassos, mas reconheçam que podem e devem fazer muito mais e com muito menos erros.
Senhores comentadores, já repararam que muitos dos programas das nossas rádios e televisões ficam-se essencialmente pela denúncia de erros dos árbitros? Falem de futebol, expliquem as jogadas, apontem as falhas e as virtudes de jogadores e treinadores... Alguns programas desportivas parecem um tribunal onde o árbitro é julgado e condenado.
Senhores dirigentes federativos, façam o vosso melhor para que a todos chegue a imagem clara da imparcialidade na nomeação dos árbitros!
Senhores das claques, aprimorem o apoio às vossas equipas, com colorido, com criatividade, com intensidade! Puxem pelos estádios! Mas não amedrontem, coajam, nem condicionem o trabalho dos árbitros. Há atitudes de algumas claques que deveriam fazer-vos corar de vergonha!
Erram os jogadores, erram os treinadores, erram - e muito - os dirigentes. Mas isso parece cair sob o manto da compreensão face ao natural erro humano.
Erram os árbitros e aí é um sarilho. Como se os árbitros fossem deuses e não seres humanos como os outros humanos. Que hipocrisia!
Senhores treinadores, não acham que é tempo de acabar com a "choradeira nacional" acerca do trabalho dos árbitros? Ponham os atletas a jogar bom futebol, tirem de cada um deles o melhor que podem dar, construam verdadeiras equipas, puxem pelas vossas capacidades táctico-estratégicas... Deixem-se de desculpas.
Senhores jogadores, comparem os vossos ordenados com a maioria daqueles que vos apoiam nos jogos e vejam que são uns príncipes! Joguem à bola, treinem com afinco, deem o vosso melhor! Não culpem quem arbitra pelos vossos fracassos, mas reconheçam que podem e devem fazer muito mais e com muito menos erros.
Senhores comentadores, já repararam que muitos dos programas das nossas rádios e televisões ficam-se essencialmente pela denúncia de erros dos árbitros? Falem de futebol, expliquem as jogadas, apontem as falhas e as virtudes de jogadores e treinadores... Alguns programas desportivas parecem um tribunal onde o árbitro é julgado e condenado.
Senhores dirigentes federativos, façam o vosso melhor para que a todos chegue a imagem clara da imparcialidade na nomeação dos árbitros!
Senhores das claques, aprimorem o apoio às vossas equipas, com colorido, com criatividade, com intensidade! Puxem pelos estádios! Mas não amedrontem, coajam, nem condicionem o trabalho dos árbitros. Há atitudes de algumas claques que deveriam fazer-vos corar de vergonha!
Erram os jogadores, erram os treinadores, erram - e muito - os dirigentes. Mas isso parece cair sob o manto da compreensão face ao natural erro humano.
Erram os árbitros e aí é um sarilho. Como se os árbitros fossem deuses e não seres humanos como os outros humanos. Que hipocrisia!
Eles fugiram da própria festa de casamento
O noivo e noiva simplesmente fugiram da festa do casamento
– e você vai gostar quando souber o motivo
Veja AQUI o texto e vídeo
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
O Opel Astra ganhou o título de Carro do Ano 2016
Contas feitas, o Opel Astra recolheu opinião favorável de 17 dos 19 jurados – que lhe outorgaram o primeiro lugar nas suas votações – sendo o primeiro modelo da casa alemã, em 32 edições do Essilor Carro do Ano troféu Volante de Cristal, a conquistar o troféu. O Astra sucede, assim, ao Volkswagen Passat, vencedor da competição em 2015.
Quanto às vitórias nas diversas classes em análise:
Fonte: aqui
Eutanásia, morte digna?
Como é possível que, num mundo cheio de mortes por ideologias fanáticas que pretendem um mundo limpo de infiéis, sem dignidade nem lugar, estejamos nós a discutir como matar para eliminar o sofrimento
Gostava de perceber o que se entende por dignidade. Para os defensores
da eutanásia, esse tem sido um argumento. Mas dá vontade de perguntar: uma
pessoa sofrida, em grande sofrimento, por uma doença ou situação “sem cura”
perde a dignidade? A mãe a fazer o luto de um filho, por exemplo, ou um
deficiente profundo, um doente “terminal” ou o Papa João Paulo II tremendo e
babando-se nos seus últimos tempos, tornaram-se indignos? Não seria melhor “ajudá-los
a morrer” ou, talvez, “matá-los piedosamente”? A resposta que me dão é que “faz
muita impressão”, que “não há direito de deixar ali a sofrer”, que “a sua vida
já só é um peso para si mesmo e para os outros” que “a sua vida acabou”, “que
sentido tem?”; e por isso mais vale acabar mesmo… e nós ajudamos; claro… se for
esse o seu desejo pedido com liberdade.
Vale a pena comentar e responder a estas questões.
1) Então, a dignidade da morte viria desta ser a pedido, consciente e
livre! Mas… todos sabemos que a liberdade é sempre condicionada e, de modo
especial, ainda mais, no grande sofrimento ou na euforia. Um mínimo de
psicologia e de entendimento da linguagem sabe que não se pode tomar à letra o
que se ouve ou se lê. Quantas vezes atendo pessoas que mais ou menos com
insistência me dizem “não aguento mais”, “não sei o que ando cá a fazer”, “isto
não faz qualquer sentido”, “quero morrer, ajude-me”, etc. Então começa a
conversa, respeitando essa dor. Conte-me a história toda, vamos ver por onde
entra essa imensa solidão ou essa revolta, essa culpabilidade ou experiência de
desamor insuportável… vamos falar dessa infelicidade, desse medo aterrador,
desse sentimento de exclusão… E, tirando alguns casos de suicidas obsessivos,
sempre se encontra algum caminho, uma janela, que ajuda a ver a luz (lá ao
fundo), a descobrir uma aceitação possível. É preciso tempo, paciência e
acolhimento para que a pessoa se comece a sentir amada ou, pelo menos, a
admitir que pode ser reconhecido o seu valor. Tomo muito a sério a pessoa que
pede a morte, mas devo perguntar-me: quer morrer ou está a dizer-nos outra
coisa? Quer que aquele sofrimento morra, certamente. Mas a morte pela
eutanásia, não mata o sofrimento, mata a pessoa! Aliás o que a minha
experiência diz é que se eu, mais do que entender o seu sofrimento, também lhe
mostro que concordo com a eutanásia, o que lhe estou a comunicar é: “realmente,
mais um que acha que eu já não sirvo para nada”.
2) A desfiguração e o sofrimento psíquico ou físico não tira
dignidade à pessoa: esta, por maior que seja a limitação, não deixa de ser
pessoa, sempre digna de ser respeitada e amada. O que é indigno na pessoa é
a mentira, a corrupção, a inveja, a prepotência e a soberba que exclui e
escraviza. A eutanásia também não resolve essas doenças morais, nem dá espaço
para que sejam repensadas e superadas, eventualmente, com o acompanhamento, com
o perdão e o paliativo necessário. Se, em vez de acompanhar a pessoa, para lhe
dar dignidade a mato, não só não a compreendi como a “coisifiquei”. Diz-se:
faço-o por pena, para que não sofra! Mas bem dizia o Prof. Daniel Serrão: “a
morte por compaixão é a morte da compaixão”. Na verdade o que acaba ali é a
relação e o cuidado com o outro; e, por um acto não médico, alivia-se a tensão:
resolve-se, sim, o problema de quem acompanha e já não sabe lidar com ele. Uma
subtil tentação, nem sempre perceptível, sob a capa de parecer que é um agir
“pro vida”.
3) A morte a pedido manifesta a autonomia da pessoa e daí a sua
dignidade? Pode parecer, mas vejo aí uma confusão entre autossuficiência e
autonomia. Autonomia significa que se tem uma “lei própria” e se tem
consciência dela e se é coerente com ela, com todos os seus condicionamentos. A
pessoa vai-se tornando cada vez mais autónoma na medida em que se vai tornando
cada vez mais moralmente livre. E a liberdade, que é uma aprendizagem
difícil, é a capacidade de gerir os seus condicionamentos e escolher o bem
maior; isto é, decidir-se pelo que é mais humano e mais nos humaniza como
seres sociais. A autossuficiência é não ter que dar contas a ninguém e fazer o
que se entende por imaginar que se pode dispor de si e dos outros “como se
quiser”. Não somos autossuficientes. A morte a pedido pode não parecer, mas é
uma tentação de autossuficiência. Escolher matar-se tal como matar, não é,
certamente, escolher o bem maior – com autonomia e liberdade. É mais um grito
de socorro. E socorrer deve ser um acto inteligente (o que se passa aqui? Qual
é a dor?) e não uma cedência a um impulso ingénuo e “piedoso”.
4) Se admitirmos que há um direito a querer morrer (e um direito a
que me matem?), isso não implica que alguém, um médico, por exemplo, tenha o
dever de o fazer. Terá o dever moral de ajudar quem faz tal pedido, na
medida das suas possibilidades, mas ninguém pode impor essa obrigação de matar
outro, mesmo que compreenda a sua dor e o seu pedido. Se se chegasse a
legalizar a eutanásia devíamos ter claras várias coisas importantes. A
primeira, que o que é legal não só não é necessariamente bom, como não é
necessariamente legítimo moralmente. A segunda, que os direitos de uns não
podem forçar os de outros; além do direito de discordar, tem-se o direito a que
se respeite, positivamente, a objeção de consciência. Por fim, cada um
deveria ter o direito de ter a lista toda dos médicos “eutanasistas”. Eu
não recorreria a um médico que pudesse olhar para mim e pensasse “este já está
a mais; não vai longe; a sua vida não é digna!” Aliás, nenhum parlamento tem
direito a avaliar e legislar sobre a vida. Isto é a determinar que há vidas que
se podem descartar ou que não são dignas; mesmo que se diga que é para
respeitar a autonomia e a liberdade.
5) A “solução” da eutanásia, no estádio actual da medicina (do
acompanhamento psicológico e espiritual, dos cuidados paliativos, das
possibilidades de enquadramento social, etc.), seria uma saída completamente
reacionária e violenta. Sim, num estádio anterior de civilização, cultural
e socialmente falando, talvez se pudesse entender os defensores da “boa morte”
ou até os “abafadores”. Mas, hoje, é difícil de aceitar o matar como um bom
caminho. É claro que é preciso compreender a dor de quem acompanha a doença
prolongada de uma pessoa querida sem ver saídas rápidas e eficazes. Mas os
cuidados paliativos também atendem e apoiam o contexto familiar da pessoa em
processo terminal, mais ou menos prolongado.
6) Há ainda um outro perigo ou tentação. A eutanásia pode dar
dinheiro! Poupar nos gastos com velhinhos ou deficientes, ter mais
facilmente espaço e camas para outros com mais possibilidades e mais ricos,
poderia ser um razoável negócio, dentro de uma cultura de morte que elimine
quem não é útil, quem não produz, ou quem é considerado um peso demasiado.
Nessa cultura, seriam os próprios infelizes, pobres e feios a pedir a
eutanásia, não encontrando lugar num “desejável mundo cosmeticamente limpinho”.
Os totalitarismos já fizeram essa experiência e não deu resultado. Como seria
“O admirável mundo novo” dos “eutanasistas”?
7) Morte assistida! Todas as mortes devem ser acompanhadas com
cuidado respeito e afeto: não assistidas como quem vê o espectáculo, mas
como quem vive solidário esse momento tão importante de cada vida humana.
Porquê trocar os nomes à realidade? Para enganar quem? Se estou a facilitar e
dar condições para que alguém se suicide, não é suicídio assistido, é
conivência e participação. Se estou a “eutanasiar” outra pessoa, ainda que com
todo o jeito e preparação, estou a matá-la. Mesmo que tenha sido a seu pedido,
não é assistência, é ser autor “responsável”. Para quê branquear o acto de
matar com o título de “morte assistida”? Se é preciso perceber o que se
quer dizer com “mata-me!”, também é preciso desmascarar o que se quer dizer com
“dou assistência à tua morte!”
Como é possível que, num mundo cheio de mortes por ideologias fanáticas
e doentes que pretendem um mundo limpo de infiéis, sem dignidade nem lugar,
estejamos, nós, a discutir como matar para eliminar o sofrimento! Que atraso
civilizacional!
Fonte: aqui
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Há quem só entre na Igreja "empurrado"!
Há quem só entre na Igreja "empurrado"!
O homem é um ser ivre. Felizmente!
Mas há quem nunca se sirva dessa liberdade para ir ao encontro de Deus e dos irmãos nos templos.
Há quem só entre num templo empurrado!
Ou porque os pais o levam no dia do baptismo.
Ou porque outros o conduzem para lá dentro de um caixão.
Perdeu-se o respeito humano em muitos aspectos. Nalguns seria bem escusado.
Mas no que toca à prática cristã, o respeito humano aumentou!
Imensas pessoas têm vergonha de praticar a sua fé.
É moda dizer-se "cristão não praticante", "agnóstico", "indiferente", etc
Que este ANO DA MISERICÓEDIA mexa connosco, nos abane e nos inquiete.
Nos ponha a caminho, à procura.
Donde vimos?
O que fazemos aqui?
Para onde vamos?
Mas há quem nunca se sirva dessa liberdade para ir ao encontro de Deus e dos irmãos nos templos.
Há quem só entre num templo empurrado!
Ou porque os pais o levam no dia do baptismo.
Ou porque outros o conduzem para lá dentro de um caixão.
Perdeu-se o respeito humano em muitos aspectos. Nalguns seria bem escusado.
Mas no que toca à prática cristã, o respeito humano aumentou!
Imensas pessoas têm vergonha de praticar a sua fé.
É moda dizer-se "cristão não praticante", "agnóstico", "indiferente", etc
Que este ANO DA MISERICÓEDIA mexa connosco, nos abane e nos inquiete.
Nos ponha a caminho, à procura.
Donde vimos?
O que fazemos aqui?
Para onde vamos?
domingo, 21 de fevereiro de 2016
ELE JÁ NÃO SE REVIA NESTE MUNDO
Muitas das pessoas que marcaram a nossa vida já não estão vivas. Pelo menos, já não estão vivas na terra.
Nesta sexta-feira, foi Umberto Eco que se apagou. Mas o seu legado não se extinguiu.
Notei que, nos últimos tempos, andava desencantado com o mundo. Não se revia no rumo deste mundo.
A acidez assomava, com espantosa frequência, aos seus lábios.
A democratização da comunicação não o entusiasmava. Pelo contrário, chegava a assustá-lo: «Quando todos têm direito à palavra, damo-la a idiotas».
Não diria tanto. Mas uma coisa é certa. Nestes tempos, há que estar preparado para tudo!
Fonte: aqui
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Deus quer que apostemos na família
Como
vem sendo hábito nas suas visitas apostólicas, também o programa da visita ao
México incluiu um encontro do Santo Padre com as famílias. Tal encontro ocorreu
no passado dia 15 de fevereiro no Estádio “Víctor Manuel Reyna”, em Tuxtla Gutiérrez.
Depois de ouvir testemunhos
de alguns circunstantes, proferiu o seu discurso em que fez, por várias vezes,
referência a tais testemunhos de vivência sofrida, mas carregada de esperança.
Aos
olhos de Francisco um estádio em terra de Chiapas adquiriu, graças à multidão
das famílias presentes, um “sabor de família, de lar” em que Deus Se faz
presente. E, quando Deus está presente, a família deixa que a alguém que venha
por bem se abram as portas da casa, da vida em família, em que se partilha o
pão que alimenta e o suor ante as dificuldades do quotidiano – “o pão das alegrias, da esperança, dos sonhos, e o suor
perante as amarguras, as deceções e as quedas”.
O encontro apresentou como nota de terna visualização
a cena de um rapaz enfermo a ler o seu testemunho por um papel seguro pelo pai
e pela mãe ajoelhados. E o Pontífice não deixou de chamar a atenção para esta
imagem: “os pais de joelhos diante do filho, que está enfermo”.
Achando natural que haja discussão em família, mas não
aceitando que o dia termine sem o necessário entendimento, o Papa insistiu no
cultivo do amor familiar. E esse amor entre os cônjuges, esse amor de pais para
filhos e de filhos para os pais, vivido na intimidade familiar sem as
perturbações do exterior, leva aos gestos mais fecundos. E Francisco reconhece
o simbolismo do gesto de quem ajoelha diante do filho enfermo e aprecia as
palavras do enfermo Manuel que ganha na família aquele “encher-se de vontade”.
É a família que induz a que os seus elementos se encham de “vontade para a
vida”, encham de vontade a família, os amigos e todos os que encontrarem na
vida.
***
Depois deste dado empírico, o Pontífice
latino-americano remeteu para a origem desta vontade e deste sonho, o Espírito
Santo, que nos dá “motivos para continuar a apostar na família, sonhar,
construir uma vida com sabor a casa e a família”.
Na perspetiva papal, a família não é uma simples
invenção humana, mas um fruto do desígnio de Deus, como explicou:
“Isto é o
que Deus Pai sempre sonhou e, por isto, Deus Pai lutou desde os tempos antigos.
Naquela tarde, quando tudo parecia perdido no jardim do Éden, Deus Pai encheu
de vontade aquele jovem casal e mostrou-lhes que nem tudo estava perdido. E,
quando o povo de Israel sentia que não podia resistir mais na travessia do
deserto, Deus Pai incitou-o a encher-se de vontade com o maná. E quando chegou
a plenitude dos tempos, Deus Pai encheu de vontade a humanidade para sempre
mandando-nos o seu Filho.”
Também hoje Deus Pai – diz o Papa – Deus Pai encheu e
enche de vontade a nossa vida, “porque não pode proceder diversamente”. Pai
Deus não desiste de nos querer bem e de nos encher de vontade, impelindo-nos
para diante, “porque o seu nome é amor, o seu nome é dom gratuito, o seu nome é
dedicação, o seu nome é misericórdia”.
Diga-se, em termos parentéticos, que muitas vezes os
construtores de opinião dão relevo apenas aos lances de denúncia política,
social e económica do Papa Francisco e esquecem que tudo isto radica na leitura
que faz do Evangelho, nos seus pressupostos e nas suas consequências
vivenciais. Ora, como sabemos, é a liberalidade misericordiosa de Deus que O
leva a desejar o nosso bem e a desenvolvê-lo uns com os outros na família, no
grupo, na comunidade. E, para tanto, exige-se a fraternidade da partilha, da
equidade no serviço, na justa distribuição, no amor. Por outro lado, quando
esta convivência regista quebras de solidariedade, tem que estar disponível o
perdão em ordem à recomposição do relacionamento.
Por isso, Deus Se revelou aos homens e lhes confiou o
seu desígnio. Diz o Bergoglio:
“Tudo isto
no-lo deu a conhecer, em toda a sua força e clareza, no seu Filho Jesus, que
gastou a sua vida até à morte para tornar possível o Reino de Deus; um Reino
que nos convida a participar naquela lógica nova que põe em movimento uma
dinâmica capaz de abrir os céus, capaz de abrir os nossos corações, as nossas
mentes, as nossas mãos, desafiando-nos para novos horizontes; um Reino que tem
sabor de família, que tem sabor de vida partilhada.”
Sobre a possibilidade da instauração e virtualidade do
Reino, explicita:
“Este Reino,
em Jesus e com Jesus, é possível; é capaz de transformar em vinho de festa as
nossas perspetivas, atitudes e sentimentos frequentemente anaguados; é capaz de
curar os nossos corações, convidando-nos repetidamente – chegando a setenta
vezes sete – a recomeçar; é capaz de fazer sempre todas as coisas novas.”
Na sequência do testemunho de Manuel, Francisco
reconhece que há “muitos adolescentes sem audácia, sem força, nem vontade”. E,
como causa, aponta o facto de se sentirem sozinhos, não terem ninguém com quem
conversar. Neste sentido, ficam interpelados os pais quanto à conversa com os
filhos ou quanto à falta de tempo para eles.
Além da solidão, muitos jovens sentem a precariedade e
o dedo condenatório dos outros. Ora, na sequência do testemunho de Beatriz,
reconhece o Pontífice, “pode-nos desesperar a precariedade, a escassez” e o “ver-se
privado muitas vezes do mínimo indispensável”. Mais: a precariedade gera
ansiedade, o não saber que fazer, sobretudo “quando há filhos para criar”.
E, se a ameaça da precariedade ao estômago já é grave,
mais grave é a sua ameaça à alma: “pode
desmotivar-nos, tirar-nos a força e tentar-nos para caminhos ou alternativas
com solução só aparente que, no fim de contas, não resolve nada” – só nos
fecha dentro de nós deixando-nos a alma deserta.
Depois, o discurso apresenta formas de combate a esta
precariedade e isolamento:
- Leis que protejam e garantam o
mínimo necessário para cada família e cada pessoa poderem crescer através do
estudo e dum trabalho digno;
- Compromisso pessoal de procurar
transmitir o amor de Deus que experimentamos no serviço aos outros;
- Oração e integração na vida da Igreja,
comungando “com o irmão frágil, o doente, o necessitado, o prisioneiro”.
***
Também o Papa denuncia as várias frentes da
fragilização da família:
- Considerá-la um modelo já ultrapassado e sem lugar
nas nossas sociedades;
- Favorecimento de sistemas ditos modernos baseados no
modelo do isolamento;
- Colonização ideológica – em nome da liberdade,
democracia e soberania – destruidora da família como célula base da sociedade
sã.
E, reconhecendo que “viver em família não é sempre
fácil e, muitas vezes, é doloroso e árduo”, Francisco diz da família o mesmo
que já disse da Igreja:
“Prefiro uma família ferida que cada dia procura harmonizar o amor, a uma
família e sociedade enfermiça pelo confinamento e/ou a comodidade
do medo de amar. Prefiro uma família que procura uma vez e outra recomeçar a
uma família e sociedade narcisista e obcecada com o luxo e o conforto.”
Critica o Papa explicitamente o caso dos casais que
não querem ter filhos na pujança da vida porque preferem o luxo ou a
comodidade, as férias, o turismo. E depois, quando querem, já é demasiado
tarde. Assim, o Pontífice insiste:
“Prefiro uma
família com o rosto cansado pelos sacrifícios à família com rostos maquilhados
que não se entendem de ternura e compaixão. Prefiro um homem e uma mulher (…) com
o rosto enrugado pelas lutas de todos os dias, que, passados mais de cinquenta
anos, continuam a amar-se.”
E, para que a família se estabeleça, progrida e se
mantenha, “é preciso ter paciência, amor, é preciso perdoar-se”. Mesmo que haja
discussão, que é natural, é importante que, diz o Papa:
“Não
terminem o dia sem fazer a paz; porque, se acabam o dia em guerra, vão acordar
já em guerra fria, e a guerra fria é muito perigosa na família, porque vai
escavando por debaixo das rugas da fidelidade conjugal”.
A propósito de rugas, deixa o exemplo duma atriz
latino-americana de cinema a quem aconselharam um arranjo “para poder continuar a trabalhar bem”, quando, já próxima
da casa dos sessenta anos, se começaram a ver as rugas na cara. Porém, ela
retorquiu determinada:
“Estas rugas
custaram-me muito trabalho, muito esforço, muita aflição e uma vida
sobrecarregada; nem por sonhos lhes quero tocar, são os vestígios da minha
história”.
No casal, acontece o mesmo, segundo as palavras de
Francisco:
“A vida matrimonial
tem que se renovar todos os dias. E, como disse antes, prefiro famílias
enrugadas, com feridas, com cicatrizes, mas continuam a caminhar para diante;
porque estas feridas, estas cicatrizes, estas rugas são fruto da fidelidade a
um amor que nem sempre foi fácil. O amor não é fácil; não é fácil, não. Mas é a
coisa mais linda que um homem e uma mulher podem trocar entre si: o verdadeiro
amor, para toda a vida.”
***
Na sequência do pedido que lhe fizeram para rezar por
aquelas famílias mexicanas, o Pontífice prometeu rezar ali mesmo e apontou,
rezando e fazendo rezar:
-A Mãe, Nossa Senhora de Guadalupe. “A
Guadalupana quis visitar estas terras, o que nos dá a certeza de que, pela sua
intercessão, este sonho de família não será derrotado pela precariedade e solidão.
Ela é mãe e está pronta a defender sempre as famílias, a defender o nosso
futuro, está sempre pronta a encher-nos
de vontade, dando-nos o seu Filho.”
- São José, “caladito, trabalhador,
mas sempre à frente da família, sempre a cuidar da família”.
***
Pela
oração, pelo amor, pelo compromisso pessoal para com os outros, pela integração
na comunidade, as famílias progredirão, hão de manter-se e concretizarão o desígnio de Deus e a vontade dos homens.
2016.02.18 –
Louro de Carvalho
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
"Portuguesas e portugueses" não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez.
Vamos lá por partes. Somos
todos portugueses. Todos nós, seja de que sexo ou de que sexualidade formos,
somos portugueses. Somos o povo português ou a população ou a nação portuguesa.
Como somos todos
portugueses quando alguém fala em "portugueses e portuguesas" está a
falar duas vezes das mulheres portuguesas. As mulheres estão obviamente
incluidas nos portugueses. Mas, ao falar singularmente das portuguesas, está-se
propositadamente a excluir os homens, como se as mulheres fossem portugueses de
primeiro (ou de segundo, tanto faz) grau.
Somos todos seres
humanos. As mulheres não são seres humanas. Quando se fala na língua portuguesa
não se está a pensar apenas na língua que falam as portuguesas. É a língua dos
portugueses e doutros povos menos idiotas.
"Portuguesas e
portugueses" não é apenas um erro e um pleonasmo: é uma estupidez, uma
piroseira e uma redundância que fede a um machismo ignorante e
desconfortavelmente satisfeitinho.
Somos todos portugueses e
basta.
Miguel Esteves Cardoso, in O Público, 12-02-2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
UMAS HORAS NA 'REFORMA AGRÁRIA'
Semeia e cria, viverás com
Quando há pouco cheguei a casa, o termómetro do veículo assinalava 3 graus....
Pois, hoje passei uma horas na 'reforma agrária' no meu campito em Arneirós. Enquanto as pessoas se entregavam à poda das arvorezinhas, ao corte da alta erva e sua destrinça e à apanha dos ramos podados, eu dediquei-me à apanha de laranjas, tangerinas e fiz outras pequenas operações, visando a limpeza e ordenamento do espaço.
Não sentia as mãos, tal o frio, mas andava satisfeito. Até os cigarros ficaram quase esquecidos...
Depois do trabalho, passei pelo meu pai, meu irmão e meus sobrinhos com os quais jantei e rezei o terço, regressando em seguida a casa.
É muito mais o que gasto do que aquilo que recolho nesta fase da vida das plantas. Mas tem outro sabor, pois já diz o povo: "semeia e cria, e viverás com alegria."
Até não sou dado a laranjas, mas hoje no campo comi 2 tangerinas e uma laranja. E souberam que nem rebuçados...
Para casa trouxe só algumas, pois reparti a maioria com outras pessoas.
O meu obrigado às pessoas que executaram o trabalho.
Ao meu campito digo com sinceridade: "Anda, moço! Porta-te bem e vê lá se deixas de ser tão propício à erva! Pelo contrário, favorece, acolhe e estimula as árvores de boa qualidade. Quero sentir sempre gosto em te visitar..."
Pois, hoje passei uma horas na 'reforma agrária' no meu campito em Arneirós. Enquanto as pessoas se entregavam à poda das arvorezinhas, ao corte da alta erva e sua destrinça e à apanha dos ramos podados, eu dediquei-me à apanha de laranjas, tangerinas e fiz outras pequenas operações, visando a limpeza e ordenamento do espaço.
Não sentia as mãos, tal o frio, mas andava satisfeito. Até os cigarros ficaram quase esquecidos...
Depois do trabalho, passei pelo meu pai, meu irmão e meus sobrinhos com os quais jantei e rezei o terço, regressando em seguida a casa.
É muito mais o que gasto do que aquilo que recolho nesta fase da vida das plantas. Mas tem outro sabor, pois já diz o povo: "semeia e cria, e viverás com alegria."
Até não sou dado a laranjas, mas hoje no campo comi 2 tangerinas e uma laranja. E souberam que nem rebuçados...
Para casa trouxe só algumas, pois reparti a maioria com outras pessoas.
O meu obrigado às pessoas que executaram o trabalho.
Ao meu campito digo com sinceridade: "Anda, moço! Porta-te bem e vê lá se deixas de ser tão propício à erva! Pelo contrário, favorece, acolhe e estimula as árvores de boa qualidade. Quero sentir sempre gosto em te visitar..."
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Ele foi, ele é o seu mensageiro
O
papa Francisco presidiu à celebração eucarística na Basílica de Guadalupe no
passado dia 13 de fevereiro no quadro da sua visita apostólica ao México.
Como
fez questão de o referir no discurso que proferiu perante as Autoridades, a
Sociedade Civil e o Corpo diplomático, o escopo da visita passava pela atitude
do “filho que quer prestar homenagem à sua mãe, a Virgem de
Guadalupe, e deixar-se olhar por Ela”.
Neste sentido, a homilia papal corresponde à
visão lúcida do cristão sobre Maria na vida de cada pessoa e no dinamismo duma
Igreja peregrina, bem como ao sentimento de ternura que Francisco nutre por
Maria, a Mãe de Misericórdia, a Senhora da Paz, que, na esteira do Pai de toda
a Consolação, se vale do mais humilde dos filhos para, na realização do
desígnio divino, zelar pelo “santuário” e apregoar as maravilhas de Deus e a
solicitude de Sua e nossa Mãe.
Comentando a perícopa evangélica do texto de
Lucas (Lc 1,39-48) proclamada na Liturgia da Palavra da Missa, referente
à visita de Maria a Isabel, o Papa acentua que “Maria foi visitar a prima Isabel” e o
fez “sem demora nem hesitação, apressadamente” para “fazer companhia à sua
parente que estava nos últimos meses de gravidez”.
Salientando que Maria não se deixou deslumbrar pelo privilégio de
que fora dotada, segundo a palavra do anjo, e que não se sentiu “no dever de se
afastar dos seus”, assegura que o encontro com o anjo “reavivou e pôs em marcha
uma solicitude pela qual Maria é e será sempre identificada como a mulher do
sim, um sim de entrega a Deus e, ao mesmo tempo, um sim de entrega aos seus
irmãos”. Pela força do “sim” inabalável, a mãe de Jesus pôs-se “em marcha para
dar o melhor de Si mesma, caminhando ao encontro dos outros”.
É o sinal indesmentível, o exemplo admirável de que o favor de
Deus não se guarda ciosamente para si, mas tem de redundar na entrega ao
serviço dos outros, a começar pelos que estão mais próximos. É a consequência
da fé pessoal expressa em obra em prol da comunidade.
***
A
escuta da mencionada perícopa do evangelho lucano no ambiente da Basílica de
Guadalupe, tendo “um sabor especial” na ótica do Pontífice latino-americano,
faz-lhe estabelecer o paralelo entre a visita que a Senhora do Sim fez a Isabel, sua parenta, e a visita que Se dignou
fazer aos “habitantes desta terra da América na pessoa do índio São Juan Diego”.
Como soube viver e agir no estilo do povo da Galileia e da Judeia e percorrer
aquelas estradas, também soube e quis mover-se “pelas estradas que a levaram a
alcançar “Tepeyac, com as suas roupas, usando a sua língua, para servir esta
grande nação”. E, “como acompanhou a gravidez de Isabel”, também “acompanhou e
acompanha a gestação desta abençoada terra mexicana”. É a incarnação de Maria
na cultura e na vida sofrida de cada lugar e de cada tempo histórico, vestindo
as cores do lugar e do tempo sem renunciar às vestes da salvação, à cor
celeste, à profundeza da mensagem e à agilidade da disponibilidade para Deus e
para as pessoas e povos.
Tal
como Deus fez grandes coisas em sua humilde serva (cf Lc 1,48.49), também Maria “Se
apresentou ao humilde Juanito” e, do mesmo modo, “continua a fazer-se presente
junto de todos nós, especialmente daqueles que sentem, como ele, que não valem nada”.
Diz
o Papa que “aquela escolha particular” ou “preferencial de Juanito” não foi uma
escolha “contra ninguém, mas a favor de todos”. Vem na lógica do sentido do
carisma enquanto dom de Deus concedido a uma pessoa para bem de toda a comunidade.
Numa
atitude de predileção amorosa e misericordiosa de quem sabe que a Deus nada é
impossível (cf
Lc 1,37), a Mulher do Sim fez do índio humilde Juan
Diego (Juanito) – que se considerava
como “mecapal, cacaxtle,
cauda, asa, necessitado ele próprio de ser conduzido” – o seu mensageiro, o “muito
digno de confiança”.
***
Com
aquele primeiro “milagre”, ocorrido “naquela madrugada de Dezembro de 1531” e
“que se tornará depois a memória viva de tudo o que guarda este Santuário”, –
explicita o Papa – “naquele encontro, Deus despertou a esperança de seu filho
Juan, a esperança dum povo”.
Deste
facto, Francisco tira consequências no alinhamento com a convicção de que Deus
está preferencialmente do lado dos mais desfavorecidos. São pertinentes a suas
palavras de implicância social e política, decorrentes do Evangelho:
“Naquele amanhecer, Deus despertou e desperta a esperança dos
mais humildes, dos atribulados, dos deslocados e marginalizados, de quantos
sentem que não têm um lugar digno nestas terras. Naquele amanhecer, Deus
aproximou-Se e aproxima-Se do coração atribulado mas resistente de tantas mães,
pais, avós que viram os seus filhos partir, viram-nos perdidos ou mesmo
arrebatados pela criminalidade.”
Por
outro lado, torna-se necessário que as pessoas que sofrem a marginalização, a
pobreza ou o descarte despertem em si mesmas a consciência crítica da
realidade, acalentem a esperança, confiem na misericórdia de Deus e se
comprometam a testemunhar e a usar de misericórdia solidária para com os
demais.
Apesar
de Juanito ter dito à Virgem que ele não era a pessoa certa, “Maria,
decididamente – com a decisão que nasce do coração misericordioso do Pai –, não
aceita”. O seu propósito é irreversível: “ele seria o seu mensageiro”. Com
efeito, “naquele amanhecer, Juanzito experimenta na sua vida o que é a
esperança, o que é a misericórdia de Deus”. Por conseguinte, “é escolhido para
vigiar, cuidar, proteger e incentivar a construção deste Santuário”. Muito
embora tenha sugerido à Virgem que, “se Ela queria levar por diante aquela
obra, deveria escolher outros – porque ele não tinha instrução, não era
formado, nem pertencia ao grupo daqueles que poderiam realizá-la” – a Mulher do Sim não desiste do filho
humilde, tal como Deus nunca desiste do homem.
Porém,
o discurso pontifical ultrapassa a fisicidade do santuário de pedra para
atingir o santuário de carne e alma:
“Deste modo consegue
manifestar algo difícil de expressar, uma verdadeira e própria imagem
transparente de amor e de justiça: na construção do outro santuário – o
santuário da vida, o das nossas comunidades, sociedades e culturas –, ninguém
pode ser deixado de fora”.
E
este é um santuário de inclusão, tanto do lado dos colaboradores como do dos
destinatários:
“Todos somos necessários,
sobretudo aqueles que normalmente não contam porque não estão à altura das
circunstâncias ou porque não “contribuem com o capital necessário” para a sua
construção. O santuário de Deus é a vida dos seus filhos, de todos e em todas
as condições, especialmente dos jovens sem futuro, expostos a uma infinidade de
situações dolorosas e arriscadas, e dos idosos sem reconhecimento, esquecidos
em tantos cantos. O santuário de Deus são as nossas famílias que precisam do
mínimo necessário para se poderem formar e sustentar. O santuário de Deus é o
rosto de tantos que encontramos no nosso caminho...”
***
Segundo
Francisco, a visita ao santuário mariano pode ser palco do diálogo íntimo do
filho com a Mãe, como aconteceu com Juan Diego, a quem nos dirigimos “a partir
das nossas dores, medos, desesperos, tristezas, e dizer-Lhe: Que posso dar eu, se não sou uma pessoa
instruída?”. Podemos ainda fixá-la com o lamento de que “há tantas
situações que nos tiram a força, que nos fazem sentir que não há espaço para a
esperança, para a mudança, para a transformação”.
Embora
não desdizendo da validade do olhar do lado das dores e lamentos o Papa prefere
a oração de silêncio da parte de quem ama e sugere a seguinte oração de amor
filial, tranquilidade e compromisso:
“Olhar-Te simplesmente –
Mãe –, deixando aberto só o olhar; olhar-Te de cima a baixo, sem Te dizer nada,
e dizer-Te tudo, mudo e reverente.
Não turbar o vento da tua
fronte; só abrigar a minha solidão violada nos teus olhos de Mãe enamorada e no
teu ninho de terra transparente.
As horas precipitam;
fustigados mordem os homens insensatos a imundície da vida e da morte, com os
seus rumores.
Olhar-Te, Mãe;
contemplar-Te apenas, o coração silencioso na tua ternura, no teu casto
silêncio de açucenas”. (Hino litúrgico).
E
Francisco pretende que “no silêncio, enquanto ficamos a contemplá-La, ouvir que
nos repete, Que tens, meu filho, o menor
de todos? O que é que entristece o teu coração?, percebamos que Ela afirma
que está aqui e que tem a honra de ser nossa mãe.
Sentir
o carinho da mãe e a afirmação de que tem a honra e a disponibilidade de ser
nossa mãe – isto “dá-nos a certeza de que as lágrimas daqueles que sofrem, não
são estéreis”, mas “são uma oração silenciosa que sobe até ao céu e que, em
Maria, encontra sempre lugar sob o seu manto”.
***
Por
fim, o Papa assegura que, através da maternidade universal de Maria (Ela é mãe de todos e de cada
um),
perceberemos melhor a paternidade de Deus em relação a todos e cada um de nós e
o seu companheirismo. E, se Maria é Mãe de todos e Deus é Pai de todos, então
fica estabelecida para sempre a fraternidade universal: nós somos irmãos porque
somos filhos de mãe comum e de pai comum. “N’Ela e com Ela, Deus faz-Se irmão e
companheiro de estrada, carrega connosco as cruzes para não deixar as nossas
dores esmagar-nos” – diz o Papa.
Por
conseguinte, se Ela é a nossa mãe, se está aqui, tem força para nos dizer: “Não
te deixes vencer pelas tuas dores, pelas tuas tristezas” e destina-nos para a
missão:
“Hoje, volta a enviar-nos
como a Juanito; hoje repete para nós: Sê o meu mensageiro, sê o meu enviado
para construir muitos santuários novos, acompanhar tantas vidas, consolar
tantas lágrimas. Basta que caminhes pelas estradas do teu bairro, da tua
comunidade, da tua paróquia como meu mensageiro, minha mensageira; levanta
santuários compartilhando a alegria de saber que não estamos sozinhos, que Ela
está connosco.”
E
como seremos seus mensageiros e administradores do seu santuário?
- Dando de comer aos famintos,
de beber aos sedentos; oferecendo um lugar aos necessitados, vestindo os nus e
visitando os doentes; e socorrendo os prisioneiros, não os deixando sozinhos;
- Perdoando a quem nos fez
mal, consolando quem está triste, tendo paciência com os outros;
- Implorando e invocando o
nosso Deus; e, no silêncio, dizendo à Mãe o que vier ao coração.
Construir
o santuário implica “ajudar a erguer” a vida dos filhos de Maria, nossos irmãos;
significa reconhecer que Deus é Pai, mas não só meu Pai ou não é Pai meu e
padrasto dos outros. Ele é nosso Pai!
2016.02.16 – Louro
de Carvalho
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
SE NÃO FOR PRATICANTE SERÁ CATÓLICO?
É sintomático quando, para se falar de um católico, é preciso acrescentar «praticante». É o que sucede, nestes dias, acerca do novo vice-presidente da República de Taiwain.
Chen Chien-Jen é um respeitado cientista apresentado como «católico praticante». Ainda bem.
Aliás, como é possível ser católico sem ser praticante? Se não for praticante, poderá ser católico?
Como imaginar um católico que não pratique a fé, que não pratique a Eucaristia, que não pratique a Confissão, que não pratique os Mandamentos, que não pratique as Bem-Aventuranças?
É certo que nem sempre se consegue.
Mas praticante não é tanto aquele que consegue. É sobretudo aquele que tenta, aquele que não desiste de tentar!
Fonte: aqui
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
«Se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo».
Há tempos alguém me disse que vivia sozinha numa aldeia, com o marido doente, pois uma outra família que lá morava não se dava com ela. Já há anos não falavam. E foi-se lamentando, pois se tivesse algum problema, não tinha quem lhe acudisse.
Perguntei-lhe se ela era capaz de ir ter com esse casal para lhes pedir para fazerem as pazes. Disse-me que não, com eles não queria nada.
– Sendo assim, só vejo uma solução para resolver o seu problema de isolamento: mudar de terra – disse-lhe.
Lembrei-me então da história que se conta acerca do famoso construtor dos carros Ford.
Um dia, ao passar, um camponês viu um carro de marca Ford, topo de gama na altura, e ao lado dele um senhor bem vestido, nada mais nada menos que o dono da Fábrica Ford, um magnate da indústria automóvel. Estava muito contrariado porque o carro avariou.
O camponês parou, saiu do seu carro e aproximou-se do automóvel de Henry Ford.
– Senhor Ford, precisa de alguma coisa?
Henry Ford um pouco surpreendido, perguntou-lhe: – O senhor conhece-me?!
– Sim, diz o camponês, eu moro com a minha mulher e os meus filhos numa casinha perto do seu palacete.
Henry Ford então disse-lhe: – Pode dar-me uma boleia até casa, para eu mandar cá o meu motorista ver se resolve o problema?
– Com todo o gosto, senhor Ford, só que vai notar a falta de conforto no meu velho calhambeque.
– Isso não conta, o que conta é o favor que me faz.
– Pois, senhor Ford, se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo!... Deixando o seu passageiro em casa, o camponês dirigiu-se para o seu casebre. Na manhã seguinte, quando ia a sair para o seu trabalho, bateu-lhe à porta o motorista do sr. Ford para lhe entregar um carro novo da marca Ford. Lá dentro, estava escrita a seguinte mensagem: «Se nós que somos vizinhos não nos ajudamos, mal vai o mundo».
Fonte: aqui
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