quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ 2009


DESEJO A TODOS
UM FELIZ ANO NOVO DE 2009.
QUE O NOVO ANO DE 2009
SEJA A SOMA DAS TUAS ALEGRIAS
A SUBTRAÇÃO DAS TUAS TRISTEZAS
A DIVISÃO DO TEU AMOR
E A MULTIPLICAÇÃO DE TODOS OS TEUS SONHOS.
MUITA PAZ
SAÚDE
ALEGRIA
E MUITO AMOR NO CORAÇÃO...
FELIZ 2009
COM MUITA ESPERANÇA...

A minha opinião...

Na minha pobre opinião, são vários os acontecimentos positivos e negativos que marcam o ano prestes a findar. Não os hierarquizo, apenas os nomeio.

POSITIVOS:
- O Sínodo realizado em Roma sobre a Palavra de Deus na vida e e na missão da Igreja.
- A Visita dos Papa a França e, sobretudo, aos Estados Unidos.
- A Jornada Mundial da Juventude na Austrália.
- A celebração das Bodas de Ouro Sacerdotais do nosso Bispo.
- A eleição de Obama para Presidente dos Estados Unidos com todo o cortejo de esperanças que desperta naquele país e no mundo.
- Os Jogos Olímpicos de Pequim como espaço de convívio e de fraternidade entre povos e raças.
- A realização de eleições em Angola, o que já não acontecia há imensos anos.
- A nível local,o início da construção das piscinas aquecidas em Tarouca, com o que tal significa para a saúde e para o desporto.
A nível pessoal, entre outras, o restauro externo da Igreja Paroquial.
...

NEGATIVOS
- A crise financeira que afecta a economia global e a nossa em particular. Esta crise veio pôr em causa o liberalismo selvagem dominante com o seu cortejo de utopias, falsificações, corrupção, desvios...
- Os conflitos regionais e a fraqueza democráticas de alguns países como Timor. Entre esses conflitos, refiro país como a Somália, o Sudão, o Zaire onde as vítimas são aos milhares, embora sem o impacto do eterno conflito do Médio Oriente que, neste final de ano, se reacendeu.
- O vespeiro em que se transformaram países como o Iraque e o Afeganistão onde o cortejo da morte prossegue quase diariamente sem se vislumbrar uma saída para a situação...
- A existência de atentados como o da Índia e de catástrofes naturais como as inundações no Brasil...
- O crescente distanciamente entre países ricos e pobres e entre pobres e ricos dentro do mesmo país.
- O aumento sempre crescente do desemprego em certos países como o nosso.
- Os graves problemas que as pseudo-reformas do governo têm provocado na Educação, na Saúde e na Economia.
- A desacreditação da Justiça graças à sua lentidão crónica e o aumento da criminalidade.
- Certo atavismo da Igreja em Portugal onde falta cumprir o apelo papal: "É preciso mudar."
- A desacreditação dos políticos que prometem e não cumprem; para quem o que hoje é verdade, amanhã já não é; o seu despesismo comparado com o trabalho que apresentam; as guerrilhas inter-partidárias e dentro do mesmo partido; a ausência de uma alternativa credível a um governo autista, arrogante, que se promove mais do que o que faz...
- A nível local, a pouca participação dos cidadãos na vida política, associativa... pouco empenho activo em prol do bem-comum.
- A nível pessoal, o falecimento de minha mãe e não ter sido possível iniciar o Centro Paroquial, graças ao "complex burocrático" das instituições governamentais.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pergunta

Que acontecimentos o (a) marcaram mais em 2008? Quer pela negativa quer pela positiva...

Alecrim e manjerona...

Certamente que é um questão importante. A dureza pouco habitual nas palavras do Presidente da República dá a entender que é um problema que o preocupa seriamente. O estatuto dos Açores ficará na memória como o ponto de maior fricção entre as mais altas entidades do Estado - Presidente da República e Assembleia da República - durante este mandato presidencial. Ou em termos mais visíveis, entre Cavaco Silva e José Sócrates.

O que o comum dos mortais não entende é esta guerrilha, que soa a guerra do alecrim e da manjerona.
Com tantos e tão graves problemas a afectar o dia-a-dia das pessoas, estas acham estranho este desentendimento, o estremar de posições por causa do poder e dos poderes presidenciais.
Num tempo cheio de incertezas e que anuncia outro tempo ainda mais carregado, como é possível os nossos líderes políticos degladiarem-se por causa deste tema? O que é exigível é convergência de atitudes e união de esforços para ultrapassar a crise.
Onde esteve a dureza da palavra presidencial quando estiveram em causa valores e convicções?
Onde esteve a dureza presidencial em relação a certas atitudes estouvadas do governo, como o caso dos professores, do encerramento de unidades de saúde, da desigualdade social crescente, do desemprego, da insegurança?

IMPORTANTE, MAS POUCO

O senhor Presidente da República tem todo o direito de estar indignado e de manifestar publicamente a sua indignação. É saudável para a democracia esta sinceridade.

Cavaco Silva promulgou o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, mas enviou vários recados à Assembleia da República. O chefe de Estado acaba assim por aprovar um documento sobre o qual discorda.

«Limitar o exercício dos poderes do Presidente da República por lei ordinária, abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República», disse.

«O que está em causa é o superior interesse do Estado. O Estatuto agora aprovado introduz um precendente: restringe o exercício das competências do Presidente da República. O Presidente passa a estar sujeito a mais exigências no que toca à dissolução da Assembleia Legislativa dos Açores, do que da própria Assembleia da República», explicou.

Era bom, entretanto, que houvesse a mesma veemência quando estão em causa não apenas poderes, mas também convicções e valores (a vida na questão do aborto ou o divórcio na hora na questão da família). Com todo o respeito.
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O ano de 2009 anuncia-se carregado de dificuldades

O primeiro-ministro tem-no repetido. 2009 será muito difícil. Outros políticos, comentadores avisados, estudiosos destas coisas, todos insistem no mesmo. DOIS MIL E NOVE SERÁ MUITO DIFÍCIL.

Agora vem o Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, avisar para “uma explosão de violência” em 2009, através do crescimento do número de casos de criminalidade violenta.

Em declarações à ‘Rádio Renascença’, Pinto Monteiro considerou que, fruto da conjugação dos dois fenómenos que mais o preocupam, o desemprego e a exclusão social, “a criminalidade violenta, que é aquela que pode atingir qualquer cidadão indistintamente, está a aumentar no mundo e também vai aumentar em Portugal”.

O PGR mostra-se ainda preocupado com outro tipo de crime, de índole económica, cujo combate é o “mais difícil de fazer”. No entanto, Pinto Monteiro mostra-se esperançado “que haja uma maior expressão do Ministério Público especialmente no combate ao crime económico e à corrupção, que é um combate extremamente difícil, que haja uma nova imagem do Ministério Público, que esteja ao serviço do cidadão” e que estes “saibam que está a contribuir para uma justiça mais actuante e mais célere”.
In Correio da Manhã

A crise é mundial? Sem dúvida. Mas não esqueçamos que, antes da crise mundial, já Portugal estava em crise há bastante tempo. Há quantos anos nos mandam apertar o cinto com a promessa que depois tudo vai melhorar???

O povo diz que um homem prevenido vale por dois. Então se todos sabemos que o ano que se aproxima vai ser difícil em todos os aspectos há que colocar os pés na terra, arregaçar as mangas e ... irmos à vidinha. A lamúria e o queixume resolvem alguma coisa? Nada. A crítica pela crítica, o "bota abaixo" resolve alguma coisa? Nada. O que resolve? Mais trabalho. Há que lançar mão a tudo que aumente a produção e a satisfação das necessidades das pessoas. Há que combater em nós e nos outros toda a forma de corrupção. Há que poupar mais e jogar menos para as aparências. Há que fazer regressar às famílias os grandes valores de que um capitalismo selvagem tem feito troça. Há que ser mais exigentes para com os políticos: mais verdade, mais trabalho, menos querelismo estéril, menos despesismo. O exemplo de poupança deveria vir deles. Há que estar atento, pois vigilantes estaremos mais seguros.
Sobretudo há que manter a esperança. Os nossos antepassados ultrapassaram o Cabo das Tormentas, transformando-o em Cabo da Boa Esperança. E nós não vamos ultrapassar o "nosso cabo das tormentas", que dá pelo nome de 2009???
Claro que podemos.

Educação das Esposas no tempo de Salazar

(Enviado por email)

Fez-me lembrar a cantiga: "O que eu andei para aqui chegar..."

domingo, 28 de dezembro de 2008

Igreja de Espanha: coragem admirável!

Missa pelos valores da família
concentra centenas de milhar de pessoas
na Plaza de Colon

Centenas de milhar de pessoas participaram hoje numa missa marcada para promover os valores tradicionais da família num país predominantemente católico, mas que legalizou o casamento de homossexuais e tornou mais fácil o divórcio.
A cerimónia religiosa, que decorreu na central Plaza de Colon, Madrid, começou com a leitura de uma mensagem do Papa Bento XVI que desafiou os católicos espanhóis a manterem as suas famílias fortes.
"Caras famílias, não deixem o amor, a abertura para a vida e os incomparáveis laços que unem as vossas casas enfraquecerem", disse o Papa, através de uma mensagem lida aos milhares de pessoas que assistiam à missa.
"O Papa está do vosso lado", acrescentava a mensagem.
Na mesma altura, o arcebispo de Madrid aproveitou para acrescentar que "o futuro da humanidade depende da família, da família cristã".
"É possível conceber, organizar e viver o matrimónio e a família de uma maneira bem diferente daquela que é agora moda em tantas áreas da nossa sociedade", sublinhou Antonio Maria Rouco Varela durante a homilia, numa missa celebrada com mais cinco arcebispos, 22 bispos e 300 padres.
Nem a polícia nem fontes oficiais da cidade quiseram avançar com uma estimativa de quantas pessoas estariam nesta missa, mas um olhar pela multidão mostra que deverão estar centenas de milhar de pessoas concentradas na central Plaza de Colon e que se foram espalhando pelas quatro ruas circundantes, mesmo com as baixas temperaturas e o céu encoberto.
Uma destas pessoas é Maria Rosa de la Cierva, líder de uma associação de católicos madrilenos que, mesmo antes da missa ter começado, previu que iria reunir mais de um milhão de pessoas.
O Governo socialista tem vindo a enfurecer a Igreja católica espanhola com a legalização dos casamentos homossexuais, com as medidas de facilitação do divórcio e com a criação de uma disciplina nas escolas públicas onde as crianças ficam a saber o que é a homossexualidade e os casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
São também acusados de quererem suavizar as leis espanholas sobre o aborto.
No entanto, para o arcebispo Rouco Varela, o aborto é um dos piores "flagelos" dos tempos modernos.
Uma missa semelhante aconteceu por esta mesma altura, na mesma praça, o ano passado e a organização falou em cerca de um milhão de participantes.
Na altura, os bispos aproveitaram para criticar o Governo espanhol pelas suas politicas sociais, matéria que este ano não mereceu qualquer apontamento.
SV.

Passagem do ano a rezar ou a divertir-se?

É preciso estar fora do tempo no tempo; também é preciso dar tempo ao tempo.

Sim, não podemos ser escravos, seguidistas das modas de cada tempo. O cristã é capaz de remar contra a maré. Isto de "Maria vai com as outras" não tem muito a ver com a nossa vocação baptismal. Lá porque muita gente quer Deus fora de moda, os crentes não são obrigados a atirar com Deus para fora do tempo. Pelo contrário.
Dois jovens desta comunidade vão passar o fim de ano em Taizé. Ninguém os obrigou. Vão porque querem. E mais. Pagam para ir. Com milhares de jovens de outras partes do mundo terminam este ano e começam o próximo em oração. Fora do tempo? Para estarem melhor no tempo. Da minha parte, digo: parabéns Laida e Cláudio!
Também entre nós, há que promova e se sinta bem a rezar no momento da passagem de ano. Fora do tempo ou com Deus no tempo? Penso que no tempo com Deus.

Respeito profundamente as opções. Um certo radicalismo pode ser questionante. E se não questionarmos a vida, nunca a vivemos. Vamos na onda. Como rolhas.

Por mim, fico na palavra bíblica: há tempo para tudo. Muitas vezes, me insurgi contra as "Quarenta Horas" no Carnaval. Há a Quaresma toda para tal. Lembro-me sempre da palavra de Cristo: "Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal". O Cristão deve estar no mundo, à maneira de sal, luz, fermento. É tempo de diversão? Então o cristão que esteja lá todo. E com a sua palavra, postura, acções e atitudes prove que as pessoas se podem divertir sem magoar, sem se degradar, sem atentados à honra e dignidade da pessoa humana. Não foi Cristo que nos disse: "Deixo-vos a minha alegria para que em vós ela seja completa"?
Para caminhar, o carro precisa de passar e estar na bomba a abastecer-se. Mas carro que nunca saia da bomba, nunca caminha.
Aliás não foi esta a experiência da Igreja ao longo dos séculos? Deus sentido cristão às grandes festas pagãs existentes. Na festa pagã do deus Sol, colocou o nascimento de Cristo; na festa pagã da primavera, colocou o nascimento de São João Baptista. Os cristãos fugiram destas festas pagãs? Não. Estiveram e transformaram-nas.

Aqui na Paróquia nada marquei para a noite da passagem de ano. Pedi aos cristãos que estivessem, vivessem esses momentos, impregnando-os de sabor cristão.
Depois, no dia um, atentos ao ritmo da vida, teremos também uma Eucaristia à tarde, tendo em conta quem vai para a cama já a madrugada vai alta. E mais, haverá um tempo de "paragem na bomba". Momento de adoração ao Santíssimo.

Hino do F.C. Porto

Hino do F.C. Poto foi composto em 1922. A letra é da autoria do escritor e dramaturgo Heitor Campos Monteiro e a música foi composta pelo maestro António Figueiredo e Melo. O hino do FC Porto foi interpretado e gravado pela cantora Maria Amélia Canossa. Oiça o Hino do F.C. Porto.

Oh meu Porto onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal

Oh campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Oh, Oh, Porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós

Oh campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto

sábado, 27 de dezembro de 2008

Família, que dizes de ti mesma?

Domingo da Sagrada Família - 28 - 12 - 08

“Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida.”- diz-nos a 1ª leitura, tirada do Livro de Ben-Sirá
Apesar da preocupação moderna com os direitos humanos e o respeito pela dignidade das pessoas, a nossa civilização cria, com frequência, situações de abandono e de marginalização, cujas vítimas são, muitas vezes, aqueles que já não têm uma vida considerada produtiva, ou aqueles a quem a idade ou a doença trouxeram limitações. Que motivos justificam o desprezo e abandono daqueles a quem devemos “honrar”?
É verdade que a vida de hoje é muito exigente a nível profissional e que nem sempre é possível a um filho estar presente ao lado de um pai que precisa de cuidados ou de acompanhamento especializado. No entanto, a situação é muito menos compreensível se o afastamento de um pai do convívio familiar resulta do egoísmo do filho, que não está para “aturar o velho”…
“Filho és, pai serás; conforme fizeres, assim acharás”. Ao desprezarmos, tantas vezes, os pais velhos ou doentes, não estaremos a preparar para nós uma velhice de abandono?
Os mais velhos são um capital único de sabedoria aprendida na universidade da vida. Ao abandoná-los, não estaremos a ficar mais pobres, menos seguros, mais frágeis?
Onde está a gratidão dos filhos, o seu amor filial, quando abandonam os pais exactamente quando estes mais precisam? Não se esqueceram tantas vezes de si próprios os pais para criarem os filhos que hoje os abandonam?
Além disso, está hoje provada cientificamente a enorme importância para os netos da convivência com seus avós…
E vós, caros avós, como viveis a vossa velhice? Sois serenos, fonte de paz e harmonia para com as famílias dos vossos filhos? Acolheis com amizade os vossos filhos e netos? Sabeis comunicar-lhes uma palavra sã, oportuna e amiga? Falais-lhes de Deus e dos valores que orientam uma pessoa de bem? Interessais-vos pela educação humana e cristã dos vossos netos? Sois pessoas queixinhas ou sabeis suportar as limitações da vida com serenidade e calma?

“Habite em vós com abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria” – diz-nos a 2ª leitura, tirada Epístola do Apóstolo São Paulo aos Colossenses
Viver como “homem novo” implica cultivar um conjunto de virtudes que resultam da união do cristão com Cristo: misericórdia, bondade, humildade, paciência, mansidão. Lugar especial ocupa o perdão das ofensas do próximo, a exemplo do que Cristo sempre fez. Estas virtudes são exigências e manifestações da caridade, que é o mais fundamental dos mandamentos cristãos.
“Maridos, amai as vossas esposas”, diz o apóstolo. Na vida conjugal, o amor é chave de uma família feliz. Por isso, o namoro há-de marcar as diferentes etapas da vida de um casal, pois é o segredo do sucesso. O matrimónio nunca poderá ser um egoísmo a dois, mas um amor partilhado, oferente, gratuito, generoso, persistente. Um amor compreensivo, estimulante e que perdoa.
Não há nada mais lindo que um casal sorrindo pela vida que tem// É o amor a dois// São os filhos depois// O melhor que a gente tem.
“Filhos, obedece em tudo a vossos pais”. É importante, caros jovens, adolescentes e crianças cultivar na vossa vida a obediência a vossos pais. Ela vos ajuda a estruturardes a vossa personalidade, a crescer por dentro, a criar referências. E lembrai-vos do provérbio que diz: “Nunca saberá mandar quem não soube obedecer.” Tende presente o 4º mandamento da Lei de Deus, que manda honrar pai e mãe e os outros legítimos superiores. Jesus também era obediente a seus pais. E Jesus é o grande modelo, o grande “ídolo” que nunca nos decepciona.
“Pais, não exaspereis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.” Educar é preciso, é urgente. Hoje mais do que nunca! Os pais não podem ser só os amigos de seus filhos, mas os pais-amigos. Amigos têm muitos na vida; pais-amigos só têm dois! Vós, caros pais, sois os grandes amigos adultos dos vossos filhos!!!
Educar para quê? Para os grandes valores que tecem a personalidade livre e responsável dos filhos. Que valores?
- A criatividade. O mundo de hoje não se compadece com o ram-ram de antigamente. Hoje já não há empregos seguros para ninguém. Os jovens de hoje e muito mais os de amanhã terão de criar o seu próprio emprego. Essa criatividade deve ser incentivada, estimulada em casa sobretudo.
- O respeito pela maneira de ser de cada um. “Ninguém é dono de ninguém” – diz a cantiga. Os filhos não terão que ser aquilo que os pais queriam que eles fossem, mas aquilo que a sua vocação lhes indicar.
- O respeito para com todos e ainda de modo mais especial para com os mais velhos: pais, avós, catequistas, professores e outros adultos. Notamos hoje que a educação familiar falha neste aspecto. Crianças e jovens não sabem ter uma postura de respeito para com os seus educadores e são muitas vezes insolente, mal-educados, irreverentes. E quantas vezes, perante este comportamento dos filhos, os pais os apoiam, lhes dão os “amens”. Estão a ser inimigos dos filhos, mesmo que pensem o contrário!
- O amor ao trabalho. Se uma criança e um jovem precisam necessariamente de tempo para brincar, para se socializarem pelo convívio e pela brincadeira, também precisam de aprender o valor indispensável do trabalho, sem o qual nunca serão nada na vida.
- A verdade, a lealdade, a franqueza, a fidelidade são valores importantíssimos que hão-de sempre nortear a educação familiar. Num mundo frágil, hipócrita, superficial e inconstante, há-de ser a célula viva da sociedade que é a família, a contribuir para a purificação do mundo!
- O Amor de Deus. Para o fim ficou o primeiro valor. Educar para a abertura a Deus. Educar para Deus no coração de pais e de filhos. Deus é o maior bem. E mais: Ele não tira nada e dá tudo.

Neste episódio do “Evangelho da Infância”, Lucas apresenta-nos uma família – a Sagrada Família – que vive atenta aos apelos de Deus e que se empenha em cumprir cuidadosamente os preceitos do Senhor. Por quatro vezes (vers. 22.23.24.27), Lucas refere, a propósito da família de Jesus, o cumprimento da Lei de Moisés, da Lei do Senhor ou da Palavra do Senhor – o que sugere a importância que a Palavra de Deus assume na vida da família de Nazaré. Trata-se, na perspectiva de Lucas, de uma família que escuta a Palavra de Deus e que constrói a sua existência ao ritmo da Palavra de Deus e dos desafios de Deus. Maria e José perceberam provavelmente que uma família que escuta a Palavra de Deus e que procura responder aos desafios postos por essa Palavra é uma família feliz, que encontra na Palavra indicações seguras acerca do caminho que deve percorrer e que se constrói sobre a rocha firme dos valores eternos. Que importância é que a Palavra de Deus assume na vida das nossas famílias? Procuramos que cada membro das nossas famílias cresça numa progressiva sensibilidade à Palavra de Deus e aos desafios de Deus? Encontramos tempo para reunir a família à volta da Palavra de Deus e para partilhar, em família, a Palavra de Deus?

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

Presença amiga

Como a gratidão é a memória do coração, quero agradecer a todas as pessoas que, na quadra natalícia, através de email, telefone, carta ou do contacto pessoal me desejaram Boas Festas.
Obrigado a todos os amigos que tiveram gestos de partilha, de oferta.

As partilhas são sempre um momento crítico

Não há pais perfeitos, mas há pais menos imperfeitos.
Pais que vivem para os filhos, cultivando a verdade e a justiça nas relações familiares.
Pais que ao longo da sua existência se doam de corpo e alma aos filhos, tantas vezes esquecidos de si próprios.
Pais que, mesmo idosos, continuam a viver para servir.

Meu pai deu tudo à partilha. Nada quis para ele. E porque nós, os seis filhos, sabemos bem do seu espírito de justiça, pedimos-lhe que fosse ele a fazer as partilhas. Desde há muito me auto-exclui da herança, contra a sua vontade e a de meus irmãos. Mas para que queria eu as terras? Não as posso granjear, não tenho tempo para cuidar delas. Além disso, o que se há-de deixar ao tarde deixa-se ao cedo. Assim os meus irmãos ficaram com mais um pouquito. Só quando percebi da sua imensa tristeza pelo facto de nada me deixar, aceitei, com o total consenso dos outros irmãos, um espaço, antiga vacaria. Pronto, tenho ali alguma coisa que meus pais me deixam...

Na sexta-feira passada, meu pai percorreu com meus irmãos todas as demarcações que havia feito. Todos viram e concordaram. À noite, foi o sorteio. Estive presente. Não vivi a ansiedade dos outros manos. Estava calmo e só preocupado em que tudo corresse bem. Por nada desejava que este acto viesse afectar a nossa grande amizade e unidade. Naturalmente que houve quem ficasse mais contente e quem ficasse um pouco desiludido. Havia sonhado com este ou aquele espaço e afinal calhou-lhe outro. Mas logo ali se realizaram algumas trocas entre eles por livre e espontânea vontade. Hoje toda a gente confirmou o que lhe tocou, realizaram entre eles alguns ajustes e... ESTÁ TUDO BEM. Todos contentes. Felizmente que a família continua unida. Obrigado, Senhor! Parabéns, manos, por terdes sabido honrar a memória querida da nossa mãe e a presença doante de nosso pai.

Pai, muito obrigado! Sempre te conheci um homem sem vícios, sem fugas. A tua grande paixão foram sempre os teus filhos para quem viveste, com intensa entrega, o melhor que soubeste e foste capaz. Hoje, ao ler o Evangelho que falava de Simeão, lembrei-me de ti. Também tu és um homem justo e temente a Deus.
Sei a sensação de vazio que experimentaste ontem. Afinal aquelas terras conquistaste-as a pulso graças ao teu trabalho e de minha mãe. A experiência de que nada é teu neste momento, faz-te sofrer. Mas sei também que o fizeste por coerência. Sempre deste tudo aos filhos e por isso, na hora das partilhas, nada reservaste para ti.

Naquela casa nunca houve dinheiro, contas bancários e quejandos. Dou graças a Deus. É que o dinheiro tudo corrói, de tudo suspeita, é intriguista, malévolo e possessivo. A sua ausência foi para a minha família fonte de paz, unidade, entreajuda.

Sei que minha mãe, a minha querida princesa, está ainda mais feliz no Céu ao ver que a família continua unida. Graças à sua intercessão junto de Deus.

Está a nevar


A meteorologia acertou. Acima dos 600 metros, queda de neve. E ela cá está.
Envoltos num céu plúmbio, carregado, vemos a neve a cair, miudinha, seca, gélida.
Pelas informações, ela continuará a cair toda a tarde.
Ao sair da Igreja, onde presidi a dois casamentos, fui apanhado num fogo cruzado de balas de neve e também fui atingido. Salutar brincadeira que os flocos brancos sempre propiciam.
O frio é siberiano e as estradas estão perigosas, pois havia gelo quando começou a nevar. Por isso, todo o cuidado é pouco.

Já lá vão 14 anos!

Há 14 anos, no Natal, era apresentado ao público o Sopé da Montanha. Desde então, como um amigo persistente, visita mensalmente todos os que aceitam dar-lhe guarida.
Por opção, nunca aceitou publicidade. Vive da carolice de quem a ele se dedica e da generosidade dos amigos. Podia trajar melhor, vestir uma roupinha de marca colorida, mas a escolha tem sido outra: a de não aceitar publicidade. Nada contra, mas tem o seu rumo. Veste como pode, assume-se como pobre que é, fiel à sua origem. Emerge da Paróquia de Tarouca a quem se destina principalmente.
Não tem profissionais ao seu serviço nem sequer amadores a tempo inteiro. O tempo que lhe é dedicado tiram-no os seus amigos ao seu legítimo descanso.
Como seu director desde a primeira hora, digo que gosto muito dele, apesar das preocupações, cansaço, dores de cabeça e dissabores que já me provocou. Muitas vezes "ralho" com ele, e até sou algo agreste, mas, salamurdo, não me responde e, como o calado é o melhor, vence sempre.

Sei perfeitamente que o Sopé da Montanha podia e devia ser melhor...
... se eu tivesse mais tempo e soubesse mais de jornalismo;
... se mais gente colaborasse, escrevesse, fizesse reportagens, em vez de estar à espera que os outros façam tudo;
... se houvesse pessoas disponíveis para representar o jornal nos vários acontecimentos;
... se houvesse mais bairrismo e cada pessoa lhe oferecesse uma assinatura;
... se...

Disto tenham a certeza. Nos nossos meios um jornal dá tanto trabalho como uma paróquia. Exactamente porque há pouca gente a fazer algo por ele. De modo que, quem o aguenta, é que "paga as favas" em esforço, em horas e mais horas de trabalho, em preocupações...

Ninguém da direcção ou dos colaboradores ganha um tostão. Ganham apenas a satisfação de algo fazer pela comunidade, quer dos que aqui vivem quer emigrantes. Sopé da Montanha gasta apenas o indispensável com a composição, impressão e correios.

Uma palavra de agrandecimento sincero e profundo às pessoas que colaboram com o jornal: direcção, distribuidores, cobradores das assinaturas, colaboradores, amigos, benfeitores.

A quem o lê, um bem-haja sentido pelo acolhimento que lhe dá.

Sopé da Montanha anda pela internet no carro do site da paróquia, onde em cada mês a nova edição substitui a anterior. http://paroquiadetarouca2.no.sapo.pt/sope.pdf

Claro que ele - o adolescente Sopé da Montanha (14 anitos!...) - fica feliz com novas assinaturas. Que tal, amigo visitante?

Agradeço ao blog Tarouca Hoje ( http://taroucahoje.blogs.sapo.pt/) a referência ao aniversário do jornal.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um frio intenso

Por aqui não há vento, o tempo está sereno, mas gelado.
Há dois dias, à meia noite, o termómetro acusava 3 graus negativos!
Durante o dia, aparece um solzinho soalheiro, meigo, mas perigoso para quem abusar. Hoje, a este respeito, ouvi uma saída que me chamou a atenção. Alguém dizia a outrem para aproveitarem o sol, que podiam conversar "cá fora". Mas o outro, respondeu-lhe: "Vai-te lucro que me dás perca. Este solzinho é a propaganda que a gripe faz para nos cativar..."

O problema é de noite. Mal o Sol se põe, parece que a Sibéria se estende até aqui. Um frio de rachar! As orelhas, as mãos, o nariz e os pés desesperam com a friagem. Só se está bem enrodilhado na fogueira ou em volta do aquecedor. Claro que quem tiver aquecimento central está mais protegido e tem um ambiente caseiro mais agradável. Não é o meu caso.

Já não falo no perigo em que as estradas se transformam devido ao gelo, exigindo sempre atenção redobrada. Nalgum locais onde o Sol não bate, a geada, branquinha, é visível durante todo o dia.

Não houve o programa "Espaço Igreja"

Ninguém me tinha avisado. À hora marcada, lá estava. Tudo fechado. Tinha preparado a intervenção como sempre e até julgo que hoje poderia ter algum interesse...
Mas pronto, não é o fim do mundo... O que é preciso é ter calma.
Certamente se deve aos tais dois dias que o governo concedeu... Tudo bem.
Voltaremos para a semana se Deus quiser.
Até lá.

“Esta casa não se pode fotografar”

Os tempos vão difíceis para toda a gente e particularmente para o Governo. Anda por aí muita gente a rogar pragas ao Governo e ao primeiro-ministro José Sócrates. Eles são os professores, os funcionários públicos, os pequeninos empresários e mesmo os médios que não chegam nem a cheirar os muitos milhões prometidos em linhas de crédito, os muitos desempregados, enfim, um rol imenso de cidadãos.
Também é verdade que o País já não é uma terra de brandos costumes. O crime violento anda à solta e nunca se sabe o que pode acontecer a qualquer momento. Talvez por isso a segurança de José Sócrates fica toda nervosa e agitada quando alguém passa na rua Braamcamp, em Lisboa, pára em frente ao Edifício Castil, olha umas tantas vezes para as janelas e, pior ainda, faz umas fotografias ao prédio.
Aí o caldo entorna-se e os polícias de serviço lá vêm tentar identificar os cidadãos e afastá-los de uma zona que, pelos vistos, é agora de segurança máxima. A cena passou-se com um repórter do CM e o diálogo com o PSP de serviço fala por si: 'Quem é o senhor? Sabe de quem é esta casa? É do senhor primeiro-ministro, e temos ordens superiores para não deixar ninguém tirar fotografias.' Yes!
In Correio da Manhã

Gosto muito de ler os comentários às notícias. Claro que aparece de tudo, até, por vezes, brincadeiras de mau gosto. Mas que há muito do sentir e do pensar do povo, isso é inegável. E como, felizmente, estamos em democracia...
Então aqui deixo o endereço para quem quiser ler os comentários.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=9130283E-1254-41D6-ACCC-A00EE62296E2&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090

O Ósculo do Natal

O ilustre sacerdote a cuja homilia natalícia prestei curiosa atenção, não se cansou de afirmar que o Natal significa a oferta da plenitude de Deus ao homem, através daquele menino do presépio. É a totalidade de Deus oferecida aos homens de hoje tornada proximidade e simplicidade.
Penso que é oportuno reflectir cada vez mais no sentido do Natal, de modo a recentrá-lo no facto que está na sua génese e que lhe garante genuinidade e consequências sustentáveis e duradouras, sobretudo porque esse facto parece estar cada vez mais votado ao esquecimento, ficando-se no serviço de mero pretexto para o consumismo comercial, prestação de efémeras relações sociais, troca de prendas, e, mais pela positiva, festa das famílias e aconchego de estômagos e corpos dos mais deserdados da sorte. Não se renuncia às vantagens que a quadra natalícia comporta, sejam elas sociais, comerciais, políticas ou de mera pausa na prossecução normal do trabalho. Até se lamenta a situação de quantos delas não podem usufruir. No entanto, uns mergulham no mais supino indiferentismo, outros embrulham-se na mescla de elementos religiosos e profanos e alguns embrenham-se no proselitismo da iconoclastia natalícia, tentando ignorar ou degradar os símbolos ou militando no antiteísmo.
Tudo serve para asteniar ou abolir a semântica profunda do Natal: o seu remoto carácter histórico (foi há muito tempo!), o seu pendor sensibilizante (interessante para criancinhas, doentinhos, velhinhos e pobrezinhos!), as exigências da modernidade, ditas incompatíveis, e a afirmação de que Jesus de Nazaré efectivamente não nascera a 25 de Dezembro.
Ora bem: nem os teólogos nem os historiadores se atravessaram alguma vez pela afirmação da natividade do Messias no dia em que ela se comemora, até porque as datas não coincidem nas igrejas do Ocidente e nas do Oriente. Nunca o catolicismo se entrincheirou na questão do calendário. A calendarização sempre foi considerada coisa de pouca monta. Empenho deve colocar-se, antes, na mensagem. O natal, como festa do Cristo Sol Nascente e Luz do Mundo, ocorre por ocasião do solstício do Inverno. Quando o Sol cósmico parece beijar a Terra Fria, o Sol das Almas, com o seu ósculo de incarnação enceta a marcha da redenção a consumar com aquele traço de união entre céu e terra, gizado no Calvário a abraçar todo o Orbe.
É daqui, deste dinamismo anunciado pelos profetas, ansiado pelo povo messiânico, consumado pelo nazareno – do presépio ao Gólgota – que jorra o dinamismo imparável do ósculo entre famílias, permuta de bens entre todos, atenção a todos os necessitados, proliferação de símbolos religiosos, simbologias (luz, calor, verdura, entusiasmo), definição de políticas públicas decentes, sumptuosidade de celebrações, afirmações solenes de paz, esperança, liberdade e fraternidade.
Não esquecer o Natal no seu fundamento augura sustentabilidade e permanência daquelas atitudes consequentes. E luz, mais luz, porque de Deus!
Menosprezar o âmago natalino cava a efemeridade ou mesmo a destruição de pessoas, famílias, povos, valores.
Não será pela prática cumulativa de Natais farisaicos que o cristianismo se tornou obsoleto, descafeinado?
Como é urgente regressar ao Natal da plenitude de deus oferecida ao Homem de cada tempo e de cada lugar, de modo que o ósculo de Deus ao Mundo ensine o homem a oscular Deus osculando o outro homem!
Louro de Carvalho

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

ELE continua a incomodar

Um Menino nos foi dado, frágil como todos os meninos. Diante d’Ele, porém, ninguém é capaz de ficar indiferente. Desde a primeira hora que Ele é tido como presença incómoda e ameaça para o poder constituído na injustiça e no despotismo. É pedra no sapato para os instalados na vida, os egoístas, os violentos, os interesseiros, os exploradores, os que se julgam donos da vida, do mundo e dos seus recursos económicos, os manipuladores da consciência dos outros, os que passam o tempo a reivindicar excepções e privilégios, os que sobem na vida à custa do “sangue e trabalho” dos pobres.
Desde a primeira hora que Ele é a concretização da esperança que sempre animou o “resto de Israel”, os pobres e humildes de coração, os injustiçados, os pecadores, os que sofrem no corpo e na alma, os explorados e todos os excluídos da sociedade, os que têm fome e sede de justiça, os que precisam de quem lhes faça companhia, os ouça e ame.
Dois mil anos depois, vivo e presente entre nós, Ele continua a atrair multidões e a muitos incomodar pela sua origem, doutrina e postura, pelos horizontes que rasga e pelos caminhos que aponta. Continua a provocar e a não deixar ninguém indiferente.
O mundo está em festa! As cidades e aldeias estão em festa. As pessoas, as crianças, as famílias estão em festa. É NATAL! Nasceu um Menino que foi, é e continua a ser o centro da história e do cosmos, o revelador da ternura e da bondade do Pai como um Deus próximo, atento e amigo.
É o Messias esperado. É o Filho de Deus! O Salvador!...O que passou pelo mundo fazendo o bem. O que deu a vida por cada um de nós.
Ali, a Seu lado em Belém, em atitude corajosa e expectante, está Maria e José. Maria, a Mãe contemplativa, pobre e humilde, mas aberta ao dom da vida e sem medo das consequências da sua generosidade maternal. E José, o homem justo, que em perfeita sintonia com a sua esposa, espera e acolhe no silêncio agradecido da sua fé, o Filho de Deus que precisa da sua presença de “pai”, solícito e dedicado. Que precisa, como todas as crianças, de um espaço de ternura familiar onde reine a paz, o respeito mútuo, o acolhimento, a delicadeza e a alegria. De um espaço aberto ao divino que se oferece como hóspede e está presente em Jesus que vem para iluminar todas as pessoas e todas as famílias, revelando-nos o verdadeiro rosto de Deus Pai, a intimidade e a plenitude do Seu amor e ternura.
Viajemos até Belém animados pela esperança, mas depois regressemos a casa “por outro caminho”. O caminho da conversão.O caminho que nos leva a escancarar as portas da alma e da família a Cristo Salvador para conviver com Ele e O ver nos outros: não só nos que convivem connosco todos os dias – a família, os colegas de trabalho e outros – mas também nos pobres, doentes e nos que sofrem as vicissitudes de uma vida que teima em não sorrir por mercê das suas circunstâncias existenciais e esperam a nossa solidariedade e bem fazer.

É NATAL!!!! Jesus nasceu

Terminou a Missa do Galo. Bastante gente. O coral ajudou muito na vivência da Eucaristia.
Sinto que não transmiti a alegria de outras "Missas do Galo". Mas esforcei-me.
A Eucaristia é uma maravilha, dá-nos outra força, outra coragem, novo fôlego.
Sinto-me agora melhor.
Ao fim desta Missa, em cada ano, havia comemoração em casa de uma família amiga. Este ano, apareceram, sem eu contar, familiares meus e tive a satisfação de os acolher por momentos nesta casa. Os meus amigos compreenderam.
Santo Natal.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Que sensação!

Já estou em casa. Cumpri o que anunciei para esta tarde. Mas confesso que não tenho memória de um dia de consoada em que me tenha sentido tão mal como hoje. Um vazio interior terrível!
Para si, continuação de Boas Festas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Santo e Feliz Natal

A si e à sua família, caro amigo visitante deste pobre blog, desejo do fundo do coração Santo e Feliz Natal.
Que o Divino Salvador lhe dê tudo o que de bom, puro e belo deseja o seu coração.

Sensação esquisita

É uma sensação esquisita. Em 56 anos de vida é a primeira vez que passo a consoada em família sem a presença da minha mãe. Ainda por cima, o 24 de Dezembro é o dia do seu aniversário natalício.
É uma mistura de vivências! Eu sei que ela está feliz na mão de Deus, completamente imersa no amor realizador do Pai, participante activa da Ressurreição de Cristo. Por isso, este Natal é o melhor da sua vida. Por outro lado, sentir o seu lugar vazio e a ausência daquele sorriso imensamente terno, não escutar aquele doce "obrigado" pelos parabéns, o beijinho e a prendita que lhe oferecíamos, deixa cá dentro um vazio que pesa como chumbo.
Irei presidir, ao princípio da tarde, à Eucaristia por ela e com ela. Ali, na Igreja onde ela e eu fomos baptizados, com toda a família e alguns amigos, unidos a Cristo que por nós e para nossa salvação nasceu da Virgem Maria, foi crucificado, morto e sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, daremos graças a Deus cuja bondade é eterna, pois "de tal maneira amou o mundo que lhe enviou o Seu próprio Filho".
Passarei depois pelo cemitério para um momento de recolhimento junto dos seus restos mortais. Eu sei que ela sempre me ouve através dos auscultadores de Deus, mas os lugares dizem-nos...
Depois com meu pai, meus irmãos, sobrinhos e cunhados partilharei uma refeição fraterna. Vou procurar estar sereno, ajudando a superar naturais nostalgias, deixando que a sua alegria de totalmente redimida nos possua e nos transforme.
Cedo voltarei à paróquia.... Há a Missa do Galo.

Mensagens de Natal

Em cada ano, costumo ler com interesse as várias mensagens de Natal que os Bispos de Portugal dirigem aos seus diocesanos.
Este ano, pensei para os meus botões: "Hum! Já lá vão mais de 12 meses após o célebre desafio papal à Igreja Portuguesa: 'É preciso mudar'. Tempo suficiente para amadurecer ideias, projectos, intervenções... Por outro lado, a grave crise económico-social que afecta os cidadãos deste país - os cristãos são cidadãos - ... Está criado o ambiente e a necessidade para mensagens episcopais novas e iluminadoras da situação!"
Engano. Perdoem-me a rudeza da franqueza, pura decepção. Exceptuando o Bispo da Guarda, o resto ficou-se por uma mediania que aflige. Apetece a perguntar: "Em que mundo vive a nossa hierarquia?"

Na comunhão do Presbitério

Na manhã de hoje teve lugar o encontro de preparação do Natal dos sacerdotes da Diocese. Com toda a simplicidade, congregámo-nos na Capela do seminário Maior de Lamego. Tivemos uma celebração penitencial e confessámo-nos uns aos outros. Celebrámos a Santa Missa e reflectimos sobre o tema Chamados (também) a ser presépio. Beijámos o Menino. Tomámos uma frugal refeição. Rezámos a Estação. Abraçámo-nos e desejámos, mutuamente, as Boas Festas que nos manda o Filho da Virgem Maria.

Tudo decorreu com muita simplicidade e espírito de fraterna comunhão. Contámos com a presença do senhor Bispo.

Felicito o senhor Reitor, Doutor João António, pela iniciativa, preparação e orientação do encontro.
Estiveram presentes cerca de 30 sacerdotes e diáconos, de todas as idades.
Penso que este tipo de encontros é importante para a vivência da comunhão presbiteral.
Talvez a repensar a data para que mais irmãos sacerdotes possam participar.

Simplesmente porque somos amigos

Um grupinho de pessoas reuniu hoje. Duas coisas em comum: a amizade e as preocupações pastorais.

Aceitei com todo o agrado o convite que me fizeram. Como sempre, foi muito agradável.

Não, hoje não partilhámos preocupações pastorais, não analisámos processos e métodos de intervenção. Simplesmente vivemos este momento de amizade na simplicidade, na abertura e na mútua confiança. Falámos de nós, partilhámo-nos, ouvimos e fomos escutados.

Como é bela a verdadeira amizade! Como nos fortalece, nos enriquece, nos torna mais pessoas!

Obrigado pela gentileza, pela frontalidade, pelo acolhimento e, sobretudo, pela AMIZADE.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Confissões...

Porque está aí o Natal, marquei um tempo de confissões para quem quisesse fazer uma preparação espiritual mais intensa para o Natal.
Gostei. Houve tempo para acolher as pessoas, para se sentirem acolhidas. Nada de pressas. Tempo para a verbalização dos pecados, para escutar, para dialogar, para reflectir. Assim pode saborear-me melhor a maravilha que é o perdão de Deus, a Sua ternura, o Seu amor misericordioso. Ali, ao centro dos corações, só a mão de Deus chega, para refazer, restaurar, reerguer a esperança. Que admira, por isso, que as pessoas tenham saído da confissão mais felizes?! É esse o sonho de Deus, que cada um seja feliz.
Não gosto de certas confissões, onde há gente em fila à espera, onde tudo tem que ser a correr, onde se sente o "cheiro" da obrigação e não o anelo profundo da salvação.
Como hoje, está bem.

O bem não faz barulho e o barulho não faz bem

É um benfeitor. Ninguém se apercebe e ele faz questão que assim seja. Já algumas vezes se apercebeu que se lhe referem como pessoa egoísta, que só pensa em si próprio. E como a injustiça magoa como faca afiada, fica a sofrer, mas não esmorece. Deus sabe. E isso bonda.
Como a crise afecta a todos, este ano, por mais que tente, não consegue ajudar tanto como noutras alturas. E isso aflige-o, sobretudo porque a crise fere mais quem é mais carenciado.

Há tempos apercebeu-me de uma família a quem a crise tinha deixado de rastos. Havia muita necessidade, mas a vergonha abafava aquela gente. É a tal pobreza envergonhada. Não descansou enquanto se não aproximou. Sem ninguém se aperceber, com total discrição, porque não se deve magoar quem precisa. Tem feito tudo o que pode para ajudar, estimular, ultrapassar a difícil situação.
Há dias recebeu um telefonema de alguém dessa família. Agradecia como sempre, mas acrescentava que neste Natal não se preocupasse com eles. Uma outra pessoa tinha-lhes oferecido um vasto cabaz de Natal. Já tinham o suficiente.
Os verdadeiros pobres são assim. Aceitam, agradecem, colaboram, não exploram.
Ele voltará a ajudar quando outras consciências acharem que podem ficar descansadas por um cabaz... É que não se come, não se veste, não se tem só necessidade no Natal...

O Bispo do Porto na linha da frente

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, dirige a sua mensagem de Natal através do Youtube.

É algo de novo no panorama da comunicação da Igreja em Portugal, mormente a nível hierárquico. E é claro, tinha que ser D. Manuel Clemente!

Excelente comunicador, o Bispo do Porto é das pessoas que melhor sabe utilizar os meios de comunicação para evangelizar. Parabéns, senhor Bispo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Estiveram bem

Integrada na campanha "Dez milhões de estrelas", os jovens desenvolveram hoje uma acção: venda das velas da paz.
O stock foi esgotada e não deu para toda a gente que pretendia. Aliás, duas das Eucaristias não tiveram os jovens à porta... Já não havia velas.
Simpáticos, acolhedores, eficientes os jovens estiveram à altura. As pessoas também colaboram lindamente. A todos os meus parabéns.

Um empresário que pensa de outra maneira

O seu pai era comerciante. Faleceu quando o filho era muito novo, uma criança. E foi este menino-homem que ficou a cuidar do negócio do pai. As dificuldades foram mais que muitas, mas nada o deteve. O pequeno comerciante estudou, fez o 12º ano.
Depois criou na sede do seu concelho a primeira livraria. Foi um sucesso. Mais tarde aventurou-se por novas iniciativas e é hoje um empresário bem sucedido.
Já casado e pai de filhos, o jovem empresário conclui com êxito a sua licenciatura. Ah! Nunca deixou de estar empenhado civicamente, desde a política ao associativismo. E se alguém tem muito que fazer, ele é um deles...
Na vida deste homem, existem dois amores: a família e o trabalho. O tempo que pode - e até o que não pode - dedica-o à associação a que actualmente preside, também esta com uma nova dinâmica.

Pois foi este empresário bem sucedido que recentemente me disse que nas suas empresas não havia "ceias de Natal". Existem momentos de confraternização, de convívio, mas fora da época natalícia. Também ele acha que estas "ceias de Natal" desfiguram e tiram brilhantismo à CEIA de Natal.
Ainda bem que não sou só eu a pensar assim...

Três sugestões para a noite de Natal

1. Cada família arme o presépio em sua casa.

2. Cada família acenda um vela e coloque-a à janela da casa.

3. Cada família, antes ou depois da ceia de Consoada, junte-se à volta do presépio para uma oração... um cântico natalício ... um Pai-Nosso de mãos dadas.

Caso queiram rezar com Maria o Magnificat, aqui fica:

Magnificat

A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.

A sua misericórdia se estende de geração em geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.

Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre

Glória ao Pai e ao Filho *
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio, *
Agora e sempre. Amen.

Obrigado

Ceias de Natal. Hoje estive com os Bombeiros e passei ainda pela Junta de Freguesia.
Gostei de estar nos dois convívios natalícios. Gente boa, ambiente sereno e de daudável disposição.
Obrigado pelo convite, pelo acolhimento, pela familiaridade.
Tem havido outros convites. Pelos meus afazeres, não me é possível estar em todos. Agradeço na mesma. E todos desejo o melhor sucesso. Por todos rezo.
Um Santo Natal.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

4º Domingo do Advento - Ano B

Uma Morada

Nesse advento, a Liturgia apresentou vários personagens que prepararam os homens para a 1ª vinda de Cristo.
MARIA vai ser hoje a grande companheira na caminhada.
Ela é modelo de fé e de esperança dos que aguardam a manifestação da Salvação.

As mães esperam com grande intensidade a vinda do próprio filho...
Maria também esperou o seu filho, sabendo que era também Filho de Deus...

As Leituras bíblicas ajudam-nos a viver essa realidade...

Na 1ª Leitura, David prepara uma MORADA para Deus. (2Sm 7,1-5.8b-12.14ª.16)

David, já idoso, mostra-se insatisfeito em morar numa casa luxuosa e a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do Povo, estar numa simples tenda, debaixo de uma lona...
Por isso, deseja construir um templo. E o Senhor lhe diz:
"Vai e faz tudo o que tens no coração, porque o Senhor está contigo..."
Deus promete-lhe um filho que garantirá a prosperidade, a paz e a justiça...
Essa promessa concretizar-se-á em Jesus.

A 2ª Leitura é um Hino de louvor a Deus, pelo plano de salvação
por Ele preparado e que se manifestou em Jesus a todos os povos. (Rm 16,25-27)

O Evangelho fala de uma MORADA para Jesus, preparada pelo próprio Deus: Maria da Nazaré. Com seu SIM, ela tornou-se o primeiro templo vivo do Salvador. (Lc1,26-38)

- Israel esperava o Messias: um grande rei, forte, rico e poderoso...
Por isso olhava para Belém, a cidade natal de David.
- Mas o olhar de Deus não se voltou para as cidades famosas da Judéia, mas para um vilarejo pobre e desconhecido da Galiléia...
com um DIÁLOGO entre Maria e o Anjo:

+ A Saudação do Anjo: "Alegra-te, ó amada de Deus, o Senhor está contigo."

A alegria de Maria não nasce por se tornar a futura mãe de Jesus, mas sobretudo porque o "Senhor está com ela...", antes mesmo de conceber...

* O Senhor está conosco?
O que podemos fazer, para que ele esteja conosco?
A alegria de Natal só pode ser plena, se o Senhor estiver conosco?

+ A Proposta de Deus: "Conceberás um Filho..".
Deus convida-a para ser a Mãe do Messias, que Israel tanto esperava.
Diante da dificuldade apresentada, de ainda não viver com um homem, o Anjo lhe garante: "O Espírito Santo descerá sobre ti...
e conceberás e darás à luz um Filho..."
E como garantia, o Anjo lhe afirma que até sua prima Isabel
concebera um filho na velhice... "porque nada é impossível para Deus..."

+ A Resposta de Maria: Diante disso, Maria dá o seu SIM:
"Eis aqui a "Serva" do Senhor,
'FAÇA-SE' (Fiat) em mim segundo a tua palavra."

* O "Faça-se" de Deus criou do nada todas as coisas...
O "Faça-se" de Maria tornou possível a Redenção...
O "Faça-se" de Maria foi a sua resposta livre e corajosa ao convite de Deus, que esperava a colaboração dela para realizar o projeto de amor e salvação.
Maria torna-se o templo da Nova Aliança, muito mais precioso que o templo desejado por David:
um templo vivo que encerra não a Arca sagrada, mas o Filho de Deus.

A História de Maria o que nos diz?

1. Deus ama os homens
e tem um projeto de vida plena para lhes oferecer, através de Jesus Cristo.

2. Maria mostra como é possível fazer Jesus nascer no mundo:
Através de um Sim incondicional aos projetos de Deus.
* Ele espera também o nosso Sim para continuar a vir ao mundo
e oferecer aos irmãos a Salvação e a Vida de Deus.

3. Maria torna-se instrumento de Deus
porque foi atenta aos projetos de Deus e disponível
em acolher e testemunhar com amor as suas propostas.

4. Qual a nossa resposta aos apelos de Deus?
Maria respondeu com um "sim" total e incondicional...
A exemplo dela, devemos dar também o nosso "Sim" generoso,
- numa entrega total nas mãos de Deus e
- num acolhimento radical dos caminhos de Deus.

5. Como é possível essa entrega total a Deus?
Através de uma vida de diálogo, de comunhão, de intimidade com Deus. Maria de Nazaré foi uma pessoa de oração e de fé, que fez a experiência do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente n’Ele.
O caminho é o mesmo ainda hoje... para todos nós...

* No meio da agitação de todos os dias, encontramos tempo e disponibilidade para ouvir Deus,
para viver em comunhão com Ele, para tentar perceber os seus sinais?
A exemplo de Maria, digamos um SIM generoso e total ao Senhor.
Preparemos para Ele uma MORADA em nosso coração e em nossa família.

Só assim o "Senhor estará também conosco..."
e a nossa alegria nesse Natal será completa...

Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 21.12.2008


10 Milhões de Estrelas em Lamego apoiam compra duma cadeira de rodas eléctrica

Maria de Fátima Pinto, de 50 anos de idade, residente na paróquia de Fornelos, arciprestado de Cinfães (Diocese de Lamego) perdeu os membros inferiores, por doença, estando desde então, condicionada a sua mobilidade e também a sua alegria. Esta senhora vive apenas com um filho de 14 anos, recebendo, ajuda da comunidade, nomeadamente, de forma gratuita, o apoio domiciliário do Centro Social da Paróquia de São Martinho de Fornelos.
Num gesto bonito de solidariedade a sua comunidade, em estreita sintonia com o pároco, juntou-se para angariar fundos para a compra duma cadeira de rodas eléctrica que muito ajudará a devolver alguma autonomia e qualidade de vida a esta senhora. O preço é elevado, por isso os recursos obtidos são, ainda, insuficientes.
Nesta medida, ao tomar conhecimento desta situação através do apelo vindo do Pe. Vítor Taveira Pinto, a Cáritas Diocesana de Lamego dispôs-se a canalizar uma parte substancial da campanha “10 Milhões de Estrelas – um Gesto pela Paz 2008” para esta causa.
O apelo chegou-nos nestes termos: “onde todos ajudam, tudo se torna um pouco mais fácil”. De facto, assim é. Com o contributo que cada um possa dar, partilhamos todos da esperança e do desejo de paz por que o coração desta senhora anseia.
Cáritas Diocesana de Lamego

Querida filha

Nestes dias, a televisão tem apresentado casos de pessoas idosos hospitalizadas cujos familiares as deixam nos hospitais durante a quadra festiva do Natal. Embora avisados por quem de direito para as irem buscar, fazem-se esquecidos e só voltam após a época natalícia.
E ficamos escandalizados com tanta insensibilidade, tamanha ingrantidão, desmesurada desumanidade.

Encontrei esta carta no jornal "O Amigo do Povo", que, com a devida vénia, aqui deixo aos meus amigos visitantes.

«Querida filha:
Nas vésperas de Natal estou um pouco mais comovida, por me lembrar de ti quando nasceste. Eras pequenina! E linda como o Menino do presépio.
Então eu era uma jovem cheia de vida e de sonhos. E tu ajudaste-me a realizá-los.
Porém, agora começo a sentir-me cansada e velha. Peço-te, pois, que tenhas paciência comigo.
Se eu durar mais uns anos, é provável que me torne para ti um peso. No dia em que eu não for mais a mesma, tem paciência e compreende-me.
Quando deixar cair comida na toalha ou na minha roupa, desculpa-me. Também tu fazias isso quando eras pequenina.
Se eu repetir as mesmas coisas que já me ouviste vezes sem conta, lembra-te das histórias que eu tive de repetir para adormeceres ou para sossegares.
Se eu alguma vez sujar a minha roupa, por não conseguir controlar as minhas necessidades fisiológicas, não te chateis nem ralhes comigo. Quantas vezes eu tive de te mudar as fraldas e a roupa para andares sempre bem cheirosa e asseada.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho. Os velhos são como as crianças. Insiste comigo que foi o que eu fiz contigo.
Quando achares que eu não sei nada do mundo de hoje, não faças pouco de mim. Compreende-me! Lembra-te que quando eras pequena também te tive de ensinar a andar, a falar, a comer ... e tantas outras coisas.
Se alguma vez eu não quiser comer, insiste comigo mas não te aborreças. Também tu me deste muito trabalho na hora de te alimentar.
Se eu começar a ter dificuldade em andar, não me deixes para aí a um canto. Não te peço que me leves ao colo, mas apoia-me e ajuda-me como eu há anos tive de fazer contigo até conseguires andar sem qualquer dificuldade.
Por último, não leves a mal se alguma vez te disser que preferia morrer. Não é para te acusar de falta de carinho ou por já não gostar de viver contigo. Tu és o que mais amo e mesmo depois de partir continuarei a agradecer a Deus a querida filha que Ele me deu. Só espero que tu sejas tão feliz com os teus filhos como eu sou contigo. Mas sabes, a vida de dependência que tenho de levar é muito difícil. E às vezes desanimo.
Que Deus me ajude!
Tua mãe que nunca te esquece. Ana»

Operação 10 Milhões de Estrelas-Um Gesto Pela Paz 2008

Criar uma cultura de paz no coração dos cidadãos, vencendo a dimensão consumista e materialista do Natal é o objectivo desta campanha, realizada em Portugal pelo sexto ano consecutivo.

No próximo fim-de-semana, os jovens vão estar a vender "velas pela paz" no fim das Eucaristias.

Estas velas serão utilizadas na Noite de Natal (24 de Dezembro), para iluminar as janelas das casas, de modo a serem vistas da rua, simbolizando a adesão das famílias portuguesas aos valores propostos por esta campanha.

Das verbas recolhidas pela Operação 10 Milhões de Estrelas - Um Gesto Pela Paz 2008, 30 % das mesmas destinam-se a apoiar um projecto de cooperação e desenvolvimento para promover a integração dos povos pigmeus de Mongoumba – população minoritária da República Centro Africana – sendo as áreas da saúde e da educação as principais prioridades. Esta escolha está intimamente ligada à celebração do Ano Europeu do Diálogo Intercultural. Os restantes 70% das verbas serão aplicados pelas Cáritas Diocesanas, em projectos portugueses da mesma área.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sorrir faz bem

Canibal

Um canibal vai ao mercado do Bolhão para comprar um cérebro para o almoço e vê um vendedor a fazer grande propaganda à qualidade dos cérebros de adeptos de futebol que tem em oferta.
O canibal então pergunta ao homem do mercado:
- Quanto é que custa o cérebro de um Boavisteiro?
- Trinta Euros o quilo.
- Humm! E tem de Portista?
- Sim. Oitenta Euros o quilo, é da melhor qualidade.
- E de Sportinguista?
- Também tenho, mas pouco. Produto raro. Cem Euros o quilo, e demora.
- E de Benfiquista?
- Também há. Quatrocentos Euros o quilo.
- O quê? Mas Benfiquistas é o que mais há por aí, diz-se que são mais de seis milhões..... Como pode ser tão caro??? - pergunta o canibal, perplexo.
- Você por acaso faz ideia da quantidade de Benfiquistas que são precisos para se conseguir um quilo de cérebro?

( Email enviado por um sportinguista)

Um ar fresco de Natal

http://www.edisal.salesianos.pt/j155/

E não havia deputados de substituição???


(Enviado por email)

É isto que o governo quer?

Quase 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa e 81 por cento admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações, segundo um inquérito a mais de mil docentes que será apresentado hoje.
In Diário Digital

Para o Natal, para todo o ano

Qual é o lugar do homem? Onde os seus irmãos precisarem dele.
(Madre Teresa de Calcutá)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Na minha escola há Natal

Verbaliza-se muita, faz-se pouco.
Na minha escola, há gestos interessantes de Natal.
O Clube da Rádio promoveu uma recolha de roupa para ser depois entregue aos carenciados. Toda a comunidade escolar aderiu belamente.
Há uma família do Norte de África que esta aqui a viver. Os pais e cinco filhos. Dois andam na escola. Chegaram há pouco tempo. Mal falam o Português e só o pai, que trabalha, vai entendendo a nossa língua. Os dois pequenos têm na escola os apoios suplementares de que precisam para terem sucesso na aprendizagem.
Ó pai trabalha fora daqui e só vem a casa ao fim de semana. A vida está ainda mais difícil para esta família. Renda de casa, alimentação, vestuário, estudo... Só um ordenado. Sete bocas... Além disso, como trabalha fora, o chefe de família tem despesas como se compreende...
Mas há mobilização solidária na escola. Gente que arranja e oferece roupas, comida, respeito. Decorre nestes dias uma campanha para a recolha de géneros alimentícios em favor deste lar africano. A assistência social está ao par da situação.
Nesta escola talvez não se verbalize muito sobre o Natal, mas lá que se vive o espírito natalício, disso não tenho dúvidas.

Natal é festa do dom da vida

Uma entrevista interessante

Acabo de ler uma entrevista interessante. Gosto de passar os olhos pela imprensa regional de inspiração cristã que tem assento na internet. . Ainda não compreendi o motivo pelo qual o jornal da minha diocese não se encontra online...
A ler o jornal A Guarda, deparo-me, na 1ª página, com o anúncio de uma entrevista ao padre mais novo daquela diocese, ordenado há dias.
Fui para dar uma vista de olhos. Acabei a ler e reler.
Parabéns, P.e Valter.
Uma entrevista bem conseguida, sem se refugiar em lugares comuns e sem ficar pela rama, antes chamando às coisas pelo pelo nome. Enfrenta as questões frontalmente, com equilíbrio, sem enveredar pelo "porreirismo" tão em moda. Ao mesmo tempo, subjaz em todo o discurso uma linha de optimismo, de confiança, de esperança. Como isto é bonito quando brota de uma alma jovem, apaixonada por Cristo! Não há anátemas, passadismos ou aventureirismos avulsos. É claro ainda um forte sentido ecclesial que baliza e enquadra a comunicação.
Penso que vale a pena lermos. Aqui deixo o endereço:
http://www.jornalaguarda.com/index.asp?idEdicao=279&id=14151&idSeccao=3535&Action=noticia

Apelo à doação de órgãos

D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, visitou esta Terça-feira o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, uma oportunidade para destacar a importância de ser dador de órgãos.
Uma das unidades visitadas foi precisamente a de transplantes, à beira da marca histórica das mil intervenções.
Esta foi uma oportunidade para o Cardeal-Patriarca de Lisboa salientar a importância de ser dador de órgãos, uma dádiva que salva vidas, admitindo que é preciso operar mudança cultural em Portugal.
Uma vez que essa é hoje uma possibilidade de vida para tanta gente que se não tiver isso morre, eu penso que nós devemos todos cultivar uma disponibilidade cultural e espiritual para que isso aconteça”, afirmou D. José Policarpo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Governo dá dois dias à Função Pública

O Governo decretou hoje tolerância de ponto aos funcionários públicos por ocasião das festas natalícias. As faltas são toleradas nos dias 24 e 26 de Dezembro ou, em alternativa, 24 de Dezembro e 2 Janeiro.Tolerância de ponto com excepções. Assim é o teor do despacho assinado por José Sócrates esta terça-feira, que vai permitir aos funcionários públicos faltarem ao serviço nos dias 24 e 26 deste mês ou, em alternativa, 24 de Dezembro e 2 de Janeiro.
O Governo fundamenta a decisão com o facto de ser"tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício tendo em vista a realização de reuniões familiares", bem como com "a prática" e "a tradição da concessão da tolerância de ponto" seguidas "ao longo dos anos" nos serviços públicos não essenciais. Exceptuam-se da tolerância de ponto "os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento".

Então é Natal


Sempre que duas pessoas se perdoam mutuamente,
É Natal.

Sempre que mostra compreensão para com seus filhos,
É Natal.

Sempre que ajuda a alguém,
É Natal.

Sempre que alguém se decide a viver honestamente,
É Natal.

Sempre que nasce uma criança,
É Natal.

Sempre que experimentar dar à sua vida um novo sentido,
É Natal.

Sempre que se olha com os olhos do "coração", com um sorriso nos lábios
É Natal,

Pois, nasceu o amor, nasceu a paz

Nasceu o menino Jesus...

Que neste Natal...

Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.

Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.

Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.

Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.

Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.

Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.

Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.

Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.

Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.

Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.

Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.

Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.
In Pensador

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Natal na Santa Casa

O Lar da Santa Casa da Misericórdia esteve hoje em festa natalícia.
Depois de uma tarde recreativa em que os idosos e as funcionárias ofereceram aos presentes uns belos momentos culturais e recreativos, teve lugar a Eucaristia, liturgicamente animada pelo coral das funcionárias. Seguiu-se o jantar de confraternização.

A Santa Casa da Misericórdia é presentemente a entidade que, a seguir à Câmara, mais gente emprega. Ora se tivermos em conta que se trata de um concelho do interior onde a oferta de trabalho é deveras escassa, depressa concluiremos pela importância desta instituição.
Por outro lado, e acima de tudo, a Santa Casa existe para apoiar aqueles que mais precisam e que, sem ela, teriam muita dificuldade - para não dizer impossibilidade - de ter um velhice decente em termos de instalações, comodidades, refeições, apoio, serviço.
Ainda há a realçar a Unidade de Saúde e o apoio dado a deficientes. Que me desculpem, mas o acolhimento aos deficientes é para mim a mais valia da Santa Casa. Já sentiram a angústia de tantos pais que tendo filhos deficientes e, olhando para o futuro, viviam a angústia de não terem a quem os deixar após a sua morte!? Felizmente que actualmente existe a Santa Casa.
Há ainda a creche, o jardim de infância, os tempos livres, e a fisioterapia. Tudo serviços que a instituição oferece aos cidadãos.
Há defeitos? Estará tudo bem? Claro que onde existem pessoas, coexistem as limitações, as imperfeições. Demais tratando-se de uma tão vasta rede de serviços e de intervenientes.

Na actual crise, que infelizmente se vai agravar, é pedido às instituições de solidariedade a "fantasia da caridade" como muito bem referiu o senhor Bispo na sua intervenção. Mais atendimento e condições mais acessíveis para os que não podem pagar o estipulado. É que, com a crise reinante, os filhos muitas vezes não podem suportar as despesas com o internamento dos pais que, em maioria, auferem reformas baixíssimas.
Pessoalmente gostava de ver as instituições de solidariedade, particularmente as ligadas à Igreja, a navegar nessa tal fantasia da caridade para que os pobres tivessem sempre prioridade.

Ceias de Natal

Ouço pessoas a dizer que daqui até ao Natal não têm praticamente noites livres. Só ceias natalícias!
É a ceia da empresa, é a ceia da associação, é a ceia do grupo de amigos, é aceia das várias entidades públicas... Ah! Depois acompanha o seu marido/esposa noutras tantas!

Depois, ao chegar a Consoada... é apenas uma de muitas ceias!

Destruímos a novidade pela repetição antecipada. Vulgarizamos momentos únicos.

Então estes convívios não são importantes? Claro que sim. Muito. Mas tinham que ser nesta altura? Penso que não. Por que não distribuí-los pelo ano todo? Todo este encharcar dezembrino de ceias, para quê? Só se for para tirar beleza, novidade, sedução àquele Ceia única...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Trocam-se os tempos...

A Sagrada Escritura tem razão quando diz que há tempo para tudo.

Muitos dias antes do Natal, já se vê o presépio montado em imensas casas e até em capela e Igrejas.
Que o comércio traga o natal meses antes do Natal, não nos admira. Sabemos os processos que o dinheiro usa. Para vender vale tudo.
Agora ver nas casas e nos templos o presépio antes do Natal, não me parece certo. Agora é Adventooooooooo! Vivamos este tempo de alegre expectativa pela vinda do Senhor. Lá virá o tempo do Natal e então façamos um presépio lindo, onde ressoe belamente a mensagem do Evangelho.
Queremos a festa sem a prepararmos!!! Claro, depois não a vivemos.
Se o tempo e preocupação que consumimos a montar o presépio fora de tempo, o fizéssemos render:
- rezando mais, meditando mais, adorando mais;
- visitando pobres, solitários, desapoiados, aflitos;
- fazendo um esforço sério para derreter tantas trevas que envolvem as nossas vidas, para escancarar o nosso coração à Luz...
Então o Natal teria sabor, novidade, encantamento, profundidade.
Assim... borloletamos.

A Paróquia ao encontro da Paróquia

Cerca de vinte colaboradores paroquiais partem, a partir de hoje, ao encontro das famílias. Vão entregar o Boletim Paroquial do Natal.
É um serviço carregado de espírito eclesial pela pessoalidade, pelo encontro.
Num mundo massificado e massificador, a Paróquia diz que cada família é importante. Tão importante que há pessoas que deixam a sua vida para ir ao seu encontro.
É sempre com muito satisfação que vejo a Igreja fora das igrejas, nos caminhos do mundo, ao encontro dos irmãos.
Já se diz: "O gesto é tudo."
O meu apoio agradecido para estes colaboradores paroquiais.
Às famílias, peço a bondade da simpatia que acolhe e a melhor atenção para a mensagem entregue.

sábado, 13 de dezembro de 2008

A coragem de não ceder

Perante a arrogância das maiorias, o Grão-Duque do Luxemburgo não vacilou.
Há dias, o Grão-Duque do Luxemburgo fez saber aos deputados do seu país que – por razões de consciência - não vai assinar qualquer lei que autorize a Eutanásia. E se ele não promulgar, o texto aprovado pelos deputados não pode entrar em vigor.
No Luxemburgo, os políticos que aprovam a Eutanásia estão furiosos, incluindo o Primeiro-ministro. A sua reacção passa, agora, pela hipótese de uma reforma da Constituição para retirar poderes ao Grão-Duque e deixar de ser precisa a sua aprovação para as leis entrarem em vigor.
A Santa Sé já elogiou a sua decisão: “Como católico convicto, o Grão-Duque não quer assinar uma lei contra a vida, por isso merece o apoio de todos os cristãos”, declarou ontem o presidente da Comissão Pontifícia Justiça e Paz.
Perante a arrogância das maiorias, o Grão-Duque do Luxemburgo não vacilou. Tal como não vacilou o rei Balduíno da Bélgica quando, em 1990, se recusou assinar a lei sobre o aborto.
Que falta nos fazem estes exemplos de coragem.
Aura Miguel, RR on-line, 20081212

IIIº Domingo do Advento - Ano B

As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”.

Na primeira leitura, um profeta pós-exílico apresenta-se aos habitantes de Jerusalém com uma “boa nova” de Deus. A missão deste “profeta”, ungido pelo Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos “pobres”.

O Evangelho apresenta-nos João Baptista, a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo. O objectivo de João não é centrar sobre si próprio o foco da atenção pública; ele está apenas interessado em levar os seus interlocutores a acolher e a “conhecer” Jesus, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena para os homens.

Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.

VAIDADE DAS VAIDADES TUDO É VAIDADE

O senhor Dr. Carlos Simão, natural desta freguesia, ~mas a viver fora há muitos anos, costuma partilhar connosco, através do Sopé da Montanha, recordações, reflexões, desafios...
Enviou esta reflexão que a quadra natalícia propicia. Aqui a deixo, com a devida vénia.

"Esta afirmação atribuída ao Rei Salomão, é bem exemplificativa das manifestações externas de superioridade desde o vestuário às casas e sobranceria diante do próximo. A propósito, lembro-me de uma pequenina cena relatada na “Vida do Arcebispo” de Frei Luís de Sousa sobre Frei Bartolomeu dos Mártires, o célebre Arcebispo de Braga, no século XVI. O bom do Arcebispo deslocou-se a Roma por alturas do Concílio de Trento. O Papa da altura, cujo nome não me recordo agora, convidou Frei Bartolomeu para a sua mesa por curiosidade, já que o Arcebispo era tido como um santo homem. Estando sentados à mesa e vendo o Papa o ar de espanto do Arcebispo diante da baixela de ouro a prata onde eram servidos, perguntou ironicamente:
- Então D. Frei Bartolomeu, lá na tua Braga também sois servido numa baixela semelhante!
O santo Arcebispo respondeu:
- Saiba Vossa Santidade que lá na minha Braga somos servidos em simples pratos e tigelas de barro.
Esta lição de humildade e pobreza evangélicas não devia ter passado despercebida ao Papa.
Desde então até hoje, parece que muitos dignitários da Igreja não aprenderam a lição e continuam a vestir-se ricamente e a frequentarem os palácios e casas dos grandes deste mundo. O nosso Mestre, Jesus Cristo, a primeira vez que entrou num palácio foi quando o conduziram a Herodes como um pobre condenado. A primeira vez que entrou em casa do representante do dono do mundo, César, foi no Pretório de Pilatos, mas para ser condenado à morte.
Então isto não dirá nada àqueles que se vestem de púrpura e usam crucifixos de ouro? E como o Padre António Vieira dou a minha opinião: “Não louvo nem condeno, admiro-me com as turbas”.
Talvez isto nada tenha a ver com a tal ganga que desfeia a Igreja, antes com a falta de coragem para, paulatinamente, serem expurgados estes excessos para não escandalizar os mais fracos.
Nesta época natalícia, a mensagem de profunda humildade do Presépio, não dirá nada aos altos dignitários da Igreja? Talvez as suas palavras tivessem outra força se fossem acompanhadas da simplicidade do Evangelho e do testemunho da pobreza. "
Boas Festas!
Carlos A.Borges Simão

Onde encontrar solução para os nossos problemas?

Podemos mudar de local, mas os problemas acompanham-nos.
Podemos fingir que está tudo bem, não é por isso que os problemas deixam de existir.
Podemos tentar a fuga para esquecer: no álcool, na droga, no sexo, na aventura... Mas os problemas não se esquecem de nós.
Podemos desistir de lutar, refugiando-nos no deixar andar, no faz de conta, arrastando-nos na vida, mas os problemas não desistem de nos apoquentar.
Podemos até entregarmo-nos à morte para acabar com os problemas, só que eles não acabaram, nós é que acabamos, humilhados, vencidos, derrotados.

Penso que não é fora que encontramos resposta cabal para as nossas angústias e desilusões, dificuldades e insatisfações. É DENTRO de NÓS.
Fala-se pouco em introspecção, em entrar dentro de nós. Tudo nos convida para a excentricidade, para a fuga. Assim torna-se mais difícil encontrar o caminho, o nosso caminho.

Podem abundar os remédios, as terapias, os psicólogos, psiquiatras e outros especialistas. Podem existir os melhores meios humanos e técnicos, mas se a pessoa não quiser livrar-se da droga, do cigarro ou do álcool curar-se-á?

Os médicos dizem que os doentes que mais facilmente recuperam são aqueles que tem grande vontade de viver, que lutam, que colaboram.

Há tempos, um homem testemunhava que tivera uma vida sentimental atribulada. Havia casado 3 vezes e três vezes se divorciara. Pensava sempre que "não dava certo", porque não havia encontrado a companheira ideal. A culpa era das mulheres que passaram pela sua vida...
Acredito que o problema estava essencialmente nele, dentro dele, e que nunca fora capaz de encontrar a solução onde ela se encontrava...

Precisamos de gostar de nós. Tanto que queiramos ser mais, melhorar, aperfeiçoarmo-nos. Se não nos aceitarmos como somos, poderemos superarmo-nos? A construção parte de uma base: o que somos. Ninguém se constrói no ar.
Os ingleses têm razão: "A caridade começa em casa", na casa do nosso coração.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Parece que o país esta a perder o juízo...

1. O filho mais novo do primeiro-ministro, José Sócrates, foi assaltado na passada sexta-feira, perto de casa em Telheiras, por quatro indivíduos que o ameaçaram com facas.

2. A PSP "interceptou" hoje cerca de 30 indivíduos na sequência dos actos de violência que levaram à morte de um jovem de 19 anos esfaqueado no tórax no Colégio Pina Manique, da Casa Pia de Lisboa.

3. A Amnistia Internacional (AI) felicitou Portugal por se ter disponibilizado a acolher os prisioneiros de Guantanamo que não podem regressar aos países de origem, sugerindo aos restantes países da União Europeia (UE) que lhe sigam o exemplo.

Em primeiro lugar, a minha solidariedade às vítimas. A vítima não tem cor, continente, posição social. É vítima e pronto. A dignidade da pessoa humana está antes de tudo e acima de tudo.

Depois destas e de muitas mais que nunca chegam às páginas dos jornais nem aos ecrãs das TVs, devemos perguntar se este país não perdeu de vez o juízo...
Depois vem o governo gozar com a nossa cara e garantir que Portugal é um país seguro... Respeito é o mínimo que os governantes devem aos cidadãos em democracia!

Parece que não são só telenovelas que Portugal importa do Brasil. Também a violência. E pelos factos, nesta matéria, somos óptimos alunos...

As leis são benévolas para os criminosos e inflexíveis para com as vítimas.
A desculpabilização está hoje na moda. Os meninos são violentos, malcriados, insolentes, agressores? Ah! A culpa é das famílias, da sociedade, do desemprego... Onde está a responsabilização pessoal? Então os marginais são robots? Não são pessoas? Não hão-de responder pelos seus actos?

Tudo se faz para "deitar abaixo" a família, para a desresponsabilizar da sua missão educativa, esquecendo que aquilo que "o berço dá, a tumba o leva"...

Então as famílias de hoje já não têm pulso para "endireitar" os filhos? Que pais temos? Merecem o nome de pais? Para quando a obrigatoriedade de formação a sério para se ser pai/mãe? Para quando a responsabilização dos pais pelos comportamentos dos filhos?

Ninguém fala de "educação para os valores". Não se educa para nada. Nem sequer para o respeito pela vida. E onde reina o vazio...

Deus é corrido da vida das pessoas, das famílias e da sociedade ( o episódio da retirada dos crucifixos das escolas é muito significativo). Seca-se a fonte e depois queremos ter a água?

Para quando um movimento cívico, aberto a todos, independentemente de simpatias partidárias, religiosas ou rácicas, que exija:
- segurança de pessoas e bens,
- maior justiça social;
- transparência que ultrapasse definitivamente as malhas da corrupção, do suborno, da manipulação;
- protecção da família, exigindo que desempenhe cabalmente o seu papel educativo;
- uma educação para os valores.