A Liliana fora acólita nesta comunidade. Casou neste sábado com o André, natural de Dalvares. Fizeram questão que fosse eu a presidir ao seu casamento que teve lugar na capela de Mondim de Cima. Estive presente com todo o gosto.
Gostei. Eles haviam preparado o seu matrimónio comigo e a cerimónia decorreu muito bem, com serenidade alegre.
À noite, após as vespertinas, estive com eles um bocadinho. Senti-me muito bem. Em família. D. Agostinha e seu marido António foram de inexcedível delicadeza. Agradeço-lhes. Aliás já estou habituado à amizade e carinho desta família.
Gostei imenso de falar com pessoas que me dizem muito e fizeram o favor de me dedicarem um pouco do seu tempo.Tive com elas um palavra de apreço, de amizade e de entusiasmo. São fantásticas!
Fico feliz quando vejo pessoas felizes. Foi o caso destes noivos. Só peço ao Senhor que a felicidade se mantenha pela vida fora. Acredito que sim.
Gostei muito da Festinha do Pai Nosso das crianças do 1º ano. Eram muitos e portaram-se muito bem. Parabéns aos pais e às catequistas. Os pequenitos valem todo o empenho.
sábado, 30 de abril de 2011
1º de Maio – Dia Mundial do Trabalho
“A dignidade e o trabalho
na Doutrina Social da Igreja”
Vivemos um momento da história em que são muitas as realidades concretas que põem em causa a dignidade da pessoa: as situações de subemprego, o pluriemprego, ou desemprego mexem connosco…, e vão fomentando o medo, particularmente entre os que vivem na pele os salários em atraso, a precariedade, os recibos verdes. Perante estas e outras dificuldades, às vezes desanimamos! Apesar de tudo, como cristãos devemos estar conscientes que “a dignidade pessoal de cada ser humano exige o respeito, a defesa e a promoção dos direitos da pessoa humana” (Christifideles Laici, 38).
No que toca ao trabalho existem duas concepções: a da sociedade, do empregador, que em certos casos pressupõe apenas a maximização do lucro e pouco tem em conta a dignidade do trabalhador e faz do trabalho um meio de opressão da pessoa. A outra concepção do trabalho é a da Igreja e dos cristãos para quem o trabalho dignifica e é um meio para continuar a colaborar na obra da Criação. Neste sentido o trabalho, apesar da fadiga e cansaço a ele associado, permite a realização do homem, enquanto homem e eleva a dignidade da pessoa. O trabalho tem que ser um direito fundamental da pessoa e não um previlégio de alguns, como parece começar a ser com o aumento dos níveis de desemprego. Na concepção eclesial do trabalho, o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho (Laborem Exercens nº 6). Nesta lógica não faz sentido excluir os que não são suficientemente produtivos (como os deficientes), ou os que se tornaram desnecessários (como os desempregados). As pessoas têm que ser os factores mais importantes. O direito ao emprego, a um salário justo e a um conjunto de regalias sociais, como o descanso semanal, ou anual, … devem ser critérios de sociedade justa.
Neste contexto, de que forma nós cristãos vamos conseguindo fazer o anúncio de esperança numa sociedade diferente? Somos grupos de pressão, de denúncia de situações injustas? Como Igreja, como cristãos temos o dever de denunciar tudo aquilo que ponha em causa a dignidade humana. Apesar das dificuldades, é preciso continuar a acreditar num futuro melhor para todos: como diz a canção: “Porque os outros se calam, mas tu não!…”
1 de Maio: DIA DA MÃE
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga, in 'Diário IV'
sexta-feira, 29 de abril de 2011
William e Kate
CASAMENTO REAL?
Real porque tem que ver com a realeza. Não tanto com a realidade.
O cenário que as televisões nos mostram, a partir de Londres, parece demasiado irreal.
Convidados são quase dois mil. A segurança é apertada. A despesa é enorme.
Mesmo assim, há sorrisos para as câmaras. Que haja felicidades nos corações.
Longa vida aos príncipes. Que sejam felizes. Na realidade de cada instante. E não apenas na irrealidade aparatosa deste dia.
Fonte: aqui
Cenas de um dia
Precisei de fazer umas compritas e passei uma uma grande superfície comercial.
Sou dos que pensam que o hábito não faz o monge. Por isso não é preciso andar de cabeção ou de batina para nos identificarmo como padres.
A propósito de uma peça de roupa, disse à funcionária que era padre. Ui! Senti um olhar de admiração e de contentamento no olhar da rapariga. "Precisava mesmo de encontrar um padre, o senhor nem imagina"- disse-me ela. - Eu sou católica, não vou muito à Igreja, mas tenho a minha fé.
Falámos muito mais de questões relacionadas com o cristianismo do que de roupas. Havia ali um vulcão de dúvidas, imensas inquietações e muitos receios. O tempo de que ela dispunha era pouco (estava em trabalho), por isso procurou sugá-lo em perguntas com receio de que lhe escapasse alguma. Procurei escutá-la o melhor que me foi possível. Mais do que de respostas, as pessoas precisam de quem as ouça.
A maneira como falava e colocava as questões era de alguem que procurava respostas. Não havia ali qualquer provocação.
Disse-lhe que Deus a amava profundamente, como se fosse a sua filha única.Que Deus nunca desistia dela e que a aceitava como era. Que Deus sonhava diariamente com a felicidade dela e que Ele fazia sempre a sua parte. Que nunca perdesse a esperança e que procurasse sempre.
Uma colega chamou-a e teve que desandar, mas antes ofereceu-me um sorriso bonito por entre um "obrigado" que se sentia vir cá do fundo.
É. Urge cada vez mais levar a Igreja para fora das igrejas. Ir ao mundo e aí ser o coração de Cristo que ama cada pessoa. E isto não é só missão de padres, mas de todos os baptizados. TODOS! Aliás é próprios dos leigos a secularidade = ser Cristo no meio do mundo.
Estava num restaurante onde outas pessoas também almoçavam. A TV estava ligada e decorria o telejornal. De repente, fez-se um silêncio que, como onda, se estendeu a todo o espaço. Procurei entender o motivo. Todos fitavam a televisão. O que era? Noticiavam-se os preparativos para a beatificação de João Paulo II.
A informação acabou e na mesa ao lado, onde estavam 4 homens e duas senhoras, a conversa era agora o falecido Papa. Os elogias brotavam rasgados e convictos. Um deles afirmou em voz decidida: "Nem era preciso que a Igreja o declarasse santo. Para mim ele já o era." Os outros acenaram em sinal de concordância.
Só era desnecessária a forma menos abonatória com que se referiram a BentoXVI ao compará-lo com João Paulo II. No Céu, o Papa polaco não terá certamente apreciado estas críticas ao seu sucessor, até porque infundadas.
Sou dos que pensam que o hábito não faz o monge. Por isso não é preciso andar de cabeção ou de batina para nos identificarmo como padres.
A propósito de uma peça de roupa, disse à funcionária que era padre. Ui! Senti um olhar de admiração e de contentamento no olhar da rapariga. "Precisava mesmo de encontrar um padre, o senhor nem imagina"- disse-me ela. - Eu sou católica, não vou muito à Igreja, mas tenho a minha fé.
Falámos muito mais de questões relacionadas com o cristianismo do que de roupas. Havia ali um vulcão de dúvidas, imensas inquietações e muitos receios. O tempo de que ela dispunha era pouco (estava em trabalho), por isso procurou sugá-lo em perguntas com receio de que lhe escapasse alguma. Procurei escutá-la o melhor que me foi possível. Mais do que de respostas, as pessoas precisam de quem as ouça.
A maneira como falava e colocava as questões era de alguem que procurava respostas. Não havia ali qualquer provocação.
Disse-lhe que Deus a amava profundamente, como se fosse a sua filha única.Que Deus nunca desistia dela e que a aceitava como era. Que Deus sonhava diariamente com a felicidade dela e que Ele fazia sempre a sua parte. Que nunca perdesse a esperança e que procurasse sempre.
Uma colega chamou-a e teve que desandar, mas antes ofereceu-me um sorriso bonito por entre um "obrigado" que se sentia vir cá do fundo.
É. Urge cada vez mais levar a Igreja para fora das igrejas. Ir ao mundo e aí ser o coração de Cristo que ama cada pessoa. E isto não é só missão de padres, mas de todos os baptizados. TODOS! Aliás é próprios dos leigos a secularidade = ser Cristo no meio do mundo.
Estava num restaurante onde outas pessoas também almoçavam. A TV estava ligada e decorria o telejornal. De repente, fez-se um silêncio que, como onda, se estendeu a todo o espaço. Procurei entender o motivo. Todos fitavam a televisão. O que era? Noticiavam-se os preparativos para a beatificação de João Paulo II.
A informação acabou e na mesa ao lado, onde estavam 4 homens e duas senhoras, a conversa era agora o falecido Papa. Os elogias brotavam rasgados e convictos. Um deles afirmou em voz decidida: "Nem era preciso que a Igreja o declarasse santo. Para mim ele já o era." Os outros acenaram em sinal de concordância.
Só era desnecessária a forma menos abonatória com que se referiram a BentoXVI ao compará-lo com João Paulo II. No Céu, o Papa polaco não terá certamente apreciado estas críticas ao seu sucessor, até porque infundadas.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Aos Migrantes
Nas últimas décadas, muito do progresso verificado por este país fora tem a marca dos emigrantes. Nas casas novas, geralmente de bom gosto, na compra de propriedades, no comércio e no empreendedorismo, há muito do trabalho e poupança dos migrados portugueses. Sem falar, claro, na importância que as suas economias representam para a gestão financeira de Portugal.
Em muitos e muitos lados é patente a mão solidária dos migrantes no desenvolvimento sócio-cultural das suas terras de origem, seja no desporto, na cultura, na solidariedade ou na vida da Igreja. Muitas localidades sairam da “pasmaceira” em que se encontravam através da ajuda solidária dos seus migrantes.
É assim que, nesta hora, também a Paróquia de Tarouca se volta para os seus migrantes, sejam originários de qualquer das suas 11 povoações, sejam migrantes onde quer que estejam, cá no país ou noutro local do mundo.
Em nome do torrão natal, terra de vossos pais, vossa e de muitos dos vossos descendentes, não esqueçam o Centro Paroquial Santa Helena da Cruz. A vossa ajuda fraterna, amiga, generosa e desinteressada é-nos indispensável. O Centro Paroquial é também vosso.
Contamos convosco e com a vossa acção junto de outros migrantes e amigos desta Paróquia.
Sozinhos seremos uns pingos, mas todos juntos faremos um rio que atinge o mar, isto é, a conclusão das obras.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Três casos
1. É uma mulher nova. Embora com ascendência nesta zona, nasceu, viveu e trabalhou numa grande cidade até há pouco.
O desemprego bateu-lhe à porta e ficou aflita. Por falta de perspectivas, veio para a terra de seus pais. E agora? Que fazer? Notou que faltavam pessoas para trabalhar no campo e viu aí uma saída. Nem sabia o que era uma enxada... Mas como a necessidade aguça o engenho, depressa aprendeu. É hoje uma pessoa muito solicitada para o trabalho agrícola de onde colhe os meios para viver.
Diz que gosta do que faz e mostra-se contente com a nova ocupação, frisando o contacto coma natureza e a liberdade que a nova actividade lhe possibilita.
Quando lhe dizem que o trabalho exige mais esforço físico, é menos limpo do que a anterior ocupação na cidade, responde que a limpeza está na dignidade e que o esforço físico lhe poupa o ginásio... Quanto ao ordenado, embora menor do que aquele que outrora auferia, acaba por ser superior, uma vez que na província a vida é mais barata do que na cidade e sem as solicitações consumistas de uma grande urbe.
2. Era Sábado Santo. Uma zeladora acabara de enfeitar o seu altar e preparava-se para fechar a porta da Igreja. Nisto aparece um casalinho de namorados que lhe pergunta se não seria possível entrar. Embora com pressa, a zeladora não quis deixar de atender ao pedido que tão educadamente lhe havia feito o casalinho. Pensava ela que seriam turistas que queriam ver o monumento.
Ficou surpreendida quando viu aquele rapaz e aquela rapariga ajoelharem e recolherem-se em oração por mais de 10 minutos.
Por fim, e revelando sempre imenso respeito pelo espaço sagrado, deram uma visita ao templo, pedindo algumas explicações à zeladora. Pararam ao fundo da Igreja e deram uma vista de olhos ao placard onde depararam com o cartaz do Centro Paroquial, solicitando mais alguns informações. Afirmaram então que, embora jovens e desadinheirados, queriam deixar também o seu contributo, perguntando à zeladora onde o poderiam deixar.
Muita da juventude actual anda a leste de Deus, porque criou ou deixou que lhe criassem outros deuses que servem caninamente. Os resultados estão à vista. O vazio de Deus é ocupado por coisas, situações e acções escravizantes.
Jovens, ainda não estais cansados da ausência de Deus em vossas vidas???
3. O pai havia fechado o negócio para a compra de um carro novo, procurando compatibilizar o preço e os gostos familiares com o dinheiro disponível para o efeito.
Aquele modelo agradava a todos, só que a versão não contemplava de série alguns extras da modernidade como GPS e outras tecnologias supérfluas, mas que tanto entusiasmam a gente nova. Adquiri-las fazia disparar o preço do carros em centenas de euros.
Bem tentou o pai explicar ao filho mais velho que não seria compatível com o orçamento familiar a aquisição de tais extras. Que não senhor, tinha que ser, ripostava o rapaz. Como o que não tem remédio remediado está, o pai acabou por levar o carro sem os tais extras. Resultado: durante uma série de dias o jovem nem sequer falou para o pai...
Há excepções, mas uma parte significativa das crianças, adolescentes e jovens nem sequer caiu na real, comporta-se como se vivêssemos em tempo de "vacas gordas". Poupar? Trabalhar mais? Saber domesticar a propaganda consumista em vez de ser domesticado por ela? O que importa é ter o telemóvel da moda, o computador da moda, a playstation da moda, a roupa da moda, os adereços da moda. Comer as comidas da moda, frequentar a night da moda, gastar o dinheiro mesmo fora de moda... Entretanto, segundo se ouve, cada vez menos se interessam pelas actividades escolares, cada vez se mostram mais insolentes e indisciplinados, sem mínima preocupação com o amanhã. Interessa beber hoje o copo todo, sem se preocupar que depois o podem encontrar sempre vazio...
E os pais? Que dão aos filhos? Regras? Transmitem valores? Explicam as situações? Oferecem tempo, carinho, espaço e interesse? Ou procuram abafar a ausência disto tudo enchendo-os de coisas que estão fartos de saber que não lhes poderão dar?
Já não falo na desgraça dos políticos que temos para quem os jovens só interessam porque lhes podem dar votos. Dizer-lhes a verdade? Tá quieto!!!
O desemprego bateu-lhe à porta e ficou aflita. Por falta de perspectivas, veio para a terra de seus pais. E agora? Que fazer? Notou que faltavam pessoas para trabalhar no campo e viu aí uma saída. Nem sabia o que era uma enxada... Mas como a necessidade aguça o engenho, depressa aprendeu. É hoje uma pessoa muito solicitada para o trabalho agrícola de onde colhe os meios para viver.
Diz que gosta do que faz e mostra-se contente com a nova ocupação, frisando o contacto coma natureza e a liberdade que a nova actividade lhe possibilita.
Quando lhe dizem que o trabalho exige mais esforço físico, é menos limpo do que a anterior ocupação na cidade, responde que a limpeza está na dignidade e que o esforço físico lhe poupa o ginásio... Quanto ao ordenado, embora menor do que aquele que outrora auferia, acaba por ser superior, uma vez que na província a vida é mais barata do que na cidade e sem as solicitações consumistas de uma grande urbe.
2. Era Sábado Santo. Uma zeladora acabara de enfeitar o seu altar e preparava-se para fechar a porta da Igreja. Nisto aparece um casalinho de namorados que lhe pergunta se não seria possível entrar. Embora com pressa, a zeladora não quis deixar de atender ao pedido que tão educadamente lhe havia feito o casalinho. Pensava ela que seriam turistas que queriam ver o monumento.
Ficou surpreendida quando viu aquele rapaz e aquela rapariga ajoelharem e recolherem-se em oração por mais de 10 minutos.
Por fim, e revelando sempre imenso respeito pelo espaço sagrado, deram uma visita ao templo, pedindo algumas explicações à zeladora. Pararam ao fundo da Igreja e deram uma vista de olhos ao placard onde depararam com o cartaz do Centro Paroquial, solicitando mais alguns informações. Afirmaram então que, embora jovens e desadinheirados, queriam deixar também o seu contributo, perguntando à zeladora onde o poderiam deixar.
Muita da juventude actual anda a leste de Deus, porque criou ou deixou que lhe criassem outros deuses que servem caninamente. Os resultados estão à vista. O vazio de Deus é ocupado por coisas, situações e acções escravizantes.
Jovens, ainda não estais cansados da ausência de Deus em vossas vidas???
3. O pai havia fechado o negócio para a compra de um carro novo, procurando compatibilizar o preço e os gostos familiares com o dinheiro disponível para o efeito.
Aquele modelo agradava a todos, só que a versão não contemplava de série alguns extras da modernidade como GPS e outras tecnologias supérfluas, mas que tanto entusiasmam a gente nova. Adquiri-las fazia disparar o preço do carros em centenas de euros.
Bem tentou o pai explicar ao filho mais velho que não seria compatível com o orçamento familiar a aquisição de tais extras. Que não senhor, tinha que ser, ripostava o rapaz. Como o que não tem remédio remediado está, o pai acabou por levar o carro sem os tais extras. Resultado: durante uma série de dias o jovem nem sequer falou para o pai...
Há excepções, mas uma parte significativa das crianças, adolescentes e jovens nem sequer caiu na real, comporta-se como se vivêssemos em tempo de "vacas gordas". Poupar? Trabalhar mais? Saber domesticar a propaganda consumista em vez de ser domesticado por ela? O que importa é ter o telemóvel da moda, o computador da moda, a playstation da moda, a roupa da moda, os adereços da moda. Comer as comidas da moda, frequentar a night da moda, gastar o dinheiro mesmo fora de moda... Entretanto, segundo se ouve, cada vez menos se interessam pelas actividades escolares, cada vez se mostram mais insolentes e indisciplinados, sem mínima preocupação com o amanhã. Interessa beber hoje o copo todo, sem se preocupar que depois o podem encontrar sempre vazio...
E os pais? Que dão aos filhos? Regras? Transmitem valores? Explicam as situações? Oferecem tempo, carinho, espaço e interesse? Ou procuram abafar a ausência disto tudo enchendo-os de coisas que estão fartos de saber que não lhes poderão dar?
Já não falo na desgraça dos políticos que temos para quem os jovens só interessam porque lhes podem dar votos. Dizer-lhes a verdade? Tá quieto!!!
25 de Abril
Também este ano a Câmara Municipal de Tarouca festejou o 25 de Abril, com o prograna que pode ver aqui.
O capitão de Abril Vasco Lourenço lamentou hoje que o país esteja «longe dos ideais» da revolução de 1974, embora reconheça que se encontra «muito melhor» do que nos tempos da ditadura.
«O país está longe dos ideais que ambicionávamos, embora esteja muito melhor do que estava, mesmo com esta crise», disse à agência Lusa, nas comemorações dos 37 anos do 25 de Abril na Avenida da Liberdade.
Embora o país não esteja como sonhava, Vasco Lourenço garantiu que voltaria a participar na revolução. Mas adianta que há muito para mudar, nomeadamente a «classe política» que tem governado o país. (in Sol)
Nas comemorações do 37.º aniversário do 25 de Abril, o Chefe de Estado fez um discurso a pedir não só que a próxima campanha eleitoral decorra de forma “que não inviabilize o diálogo e os compromissos de governabilidade de que Portugal tanto necessita”, como também pediu aos partidos que não façam promessas que não possam cumprir. “Vender ilusões ou esconder o inadiável é atrasar a resolução dos problemas que nos afligem”, afirmou Cavaco Silva.
O Chefe de Estado pediu ainda a todos os agentes políticos que actuem com transparência e verdade e sem subterfúgios e crispações artificiais ou querelas inúteis.
Cavaco Silva encerrou um conjunto de discursos dos quatro Chefes de Estado democraticamente eleitos no pós-25 de Abril, numa cerimónia inédita no Palácio de Belém. Todos os antigos Presidentes da República pediram entendimentos e falaram da situação difícil do país.
Na sequência da dissolução da Assembleia da República, não se realizou este ano a tradicional cerimónia no Plenário. (in Correio da Manhã)
É preciso inovar nas celebrações de Abril, não só a nível nacional como local. As pessoas mostram cansaço, alheamento e desinteresse. Então no tocante aos discursos de ocasião, ouve-se que pura e simplesmente "já não há pachorra". Fala-se demais em 25 Abril e celebra-se menos.
Sou dos que pensam que os ideais de Abril mantêm plena actualidade face à confrangedora situação a que os portugueses se deixaram conduzir pelos medíocres políticos que nos têm governado a nível nacional. Olhando para os políticos que temos frente dos partidos, não parece que nada de bom poderemos aguaradar, mas olhando para o povo que somos, então tenho esperança. Penso que terá que ser o povo a governar os políticos e não os políticos a governar o povo. As eleições vêm aí, antecedidas da campanha. Que os portugueses apareçam nas manifestações, não para abanar bandeiras, bater palmas e ouvir discursos de ocasião, mas para EXIGIR!
Levemos aos políticos a voz de PORTUGAL!
O capitão de Abril Vasco Lourenço lamentou hoje que o país esteja «longe dos ideais» da revolução de 1974, embora reconheça que se encontra «muito melhor» do que nos tempos da ditadura.
«O país está longe dos ideais que ambicionávamos, embora esteja muito melhor do que estava, mesmo com esta crise», disse à agência Lusa, nas comemorações dos 37 anos do 25 de Abril na Avenida da Liberdade.
Embora o país não esteja como sonhava, Vasco Lourenço garantiu que voltaria a participar na revolução. Mas adianta que há muito para mudar, nomeadamente a «classe política» que tem governado o país. (in Sol)
Nas comemorações do 37.º aniversário do 25 de Abril, o Chefe de Estado fez um discurso a pedir não só que a próxima campanha eleitoral decorra de forma “que não inviabilize o diálogo e os compromissos de governabilidade de que Portugal tanto necessita”, como também pediu aos partidos que não façam promessas que não possam cumprir. “Vender ilusões ou esconder o inadiável é atrasar a resolução dos problemas que nos afligem”, afirmou Cavaco Silva.
O Chefe de Estado pediu ainda a todos os agentes políticos que actuem com transparência e verdade e sem subterfúgios e crispações artificiais ou querelas inúteis.
Cavaco Silva encerrou um conjunto de discursos dos quatro Chefes de Estado democraticamente eleitos no pós-25 de Abril, numa cerimónia inédita no Palácio de Belém. Todos os antigos Presidentes da República pediram entendimentos e falaram da situação difícil do país.
Na sequência da dissolução da Assembleia da República, não se realizou este ano a tradicional cerimónia no Plenário. (in Correio da Manhã)
É preciso inovar nas celebrações de Abril, não só a nível nacional como local. As pessoas mostram cansaço, alheamento e desinteresse. Então no tocante aos discursos de ocasião, ouve-se que pura e simplesmente "já não há pachorra". Fala-se demais em 25 Abril e celebra-se menos.
Sou dos que pensam que os ideais de Abril mantêm plena actualidade face à confrangedora situação a que os portugueses se deixaram conduzir pelos medíocres políticos que nos têm governado a nível nacional. Olhando para os políticos que temos frente dos partidos, não parece que nada de bom poderemos aguaradar, mas olhando para o povo que somos, então tenho esperança. Penso que terá que ser o povo a governar os políticos e não os políticos a governar o povo. As eleições vêm aí, antecedidas da campanha. Que os portugueses apareçam nas manifestações, não para abanar bandeiras, bater palmas e ouvir discursos de ocasião, mas para EXIGIR!
Levemos aos políticos a voz de PORTUGAL!
domingo, 24 de abril de 2011
Santa Páscoa, especialmente para si!
"Faça desta Páscoa, a sua páscoa.
Faça desta Ressurreição,a sua ressurreição.
Nunca se entregue, pois é somente em cada adversidade
que poderemos vislumbrar uma nova oportunidade." ( Ivan Teorilang)
Viva, semeie e comunique a PAZ como um dom ressuscitado.
sábado, 23 de abril de 2011
TUDO EM SILÊNCIO
No Sábado Santo não há nenhuma liturgia oficial. As igrejas estão vazias. Os altares desnudados. Os tabernáculos abertos e vazios. As velas apagadas. O silêncio pervade todos os ambientes. É uma experiência de recolhimento e atitude de espera.
Tudo para lembrar que Cristo desce à mansão dos mortos e assume o destino e a limitação do ser humano. Ele é solidário até o fim e faz a descida da morte, entra no seu mistério, para sair vitorioso e abrir para todos um caminho de luz e esperança.
Tudo para lembrar que Cristo desce à mansão dos mortos e assume o destino e a limitação do ser humano. Ele é solidário até o fim e faz a descida da morte, entra no seu mistério, para sair vitorioso e abrir para todos um caminho de luz e esperança.
Não é, por isso, sábado de aleluia: o aleluia é só a partir de Domingo.
A Vigília Pascal, cronologicamente, começa no sábado. Mas, kairologicamente, decorre já no Domingo.
Isto porque o povo a que Jesus pertenceu considera que o dia começa quando o sol se põe.
Portanto, o sábado é um dia de reflexão, meditação e expectativa.
O Senhor ressuscitará.
In NA PAZ, A VERDADE
sexta-feira, 22 de abril de 2011
FUTEBOL CLUBE DA VIDA VENCE O SPORT CLUBE DA MORTE
O Futebol Clube da Vida defrontou o Sport Clube da Morte no Estádio Esperança, completamente à pinha.
Era o jogo mais aguardado de sempre. Televisões de todo o mundo levaram o espectáculo a muitos milhões de pessoas.
As equipas alinharam:
O jogo foi frenético e o resultado parecia incerto.
O Sport Clube da Morte apresentou-se num esquema ofensivo, com quatro avançados, enquanto o Futebol Clube da Vida alinhou num esquema mais equilibrado, com três médios e três avançados.
A equipa da Vida desenvolveu um futebol harmónico, onde a solidariedade entre os seus membros, o espírito de sacrifício, a garra e a entreajuda foram uma constante. O desportivismo foi evidente e não se vislumbrou qualquer violência. Foi uma equipa alegre, entusiasta, serena.
A equipa da Morte, embora aparentando unidade, deixava escapar a cada passo um individualismo feroz, onde cada membro procurava evidenciar-se mais do que o outro. Chegaram a atropelar-se gravemente para não deixar que o outro brilhasse. Em cada jogada ficava a marca de uma violência gratuita e atentatória da dignidade dos atletas oponentes.
Um famoso jornal desportivo, A Gazeta da Verdade, numa classificação de 0 a 10, atribuiu 10 pontos a cada atleta do Futebol Clube da Vida, enquanto aos do Sport Clube da Morte atribuiu um ponto aos defesas e zero aos médios e avançados, escusando-se a fazer uma apreciação individual, porque achava que a palavra “monstros” dizia tudo. Em relação aos desportista do Clube da Vida, escreveu:
- Teresa de Ávila: uma guardiã serena, decidida e valente. Impecável.
- Raul Follereau: após um início em que revelou alguma contenção, desprendeu-se e fez todo o seu corredor com imensa classe. Seguro a defender e precioso a atacar.
- Pedro: o esteio da defesa. Mesmo massacrado pela forma suês como os avançados contrários encaravam as jogadas e o atingiram loucamente, nunca se deixou abater. Foi um autêntico capitão.
- Paulo: um verdadeiro estratega. O público chamou-lhe – e com razão – o Beckenbauer da equipa. Sempre no sítio certo, os seus passes, curtos ou longos, pareciam teleguiados. Fez desmarcações de levantar o estádio.
- Óscar Romero: de início algo circunspecto, mas contagiado pelo clima da equipa, desinibiu-se e realizou uma exibição tremenda a ponto de ser um dos mais massacrados pelas entradas brutais dos oponenntes. Educada mas frontalmente, muitas vezes chamou a atenção do árbitro para as entradas maldosas da equipa da morte.
- João Paulo II: um médio com um fôlego fantástico, sempre em todo o lado, ocorrendo cirurgicamente a todas as situação, com arte, com engenho.
- Teresa de Calcutá: atleta que, pela sua simplicidade, imaginação e arte, levantava a multidão mal pegava na bola. Muleta constante da defesa e do ataque, nunca virou a cara à luta e a todos socorreu nos momentos de adversidade.
- Gandhi: fantástico! Embora muito provocado pelos oponentes, nunca respondeu na mesma moeda. Um autêntico corredor de fundo.
Hélder Câmara: a princípio, muito certinho, mas sem grandes rasgos. A partir de certa altura, soltou-se e encheu o campo de magia. Cada jogada parecia um poema!
Luther King: massacrado pela rudeza dos oponentes, nunca virou a cara à luta. Os seus centros deixavam estonteados os defesas e muito contribuiu para o êxito da sua equipa.
João XXIII: o ponta-de-lança da equipa. O público, recordando o antigo avançado da selecção nacional, José Torres, chamava-lhe carinhosamente o “Bom Gigante”. Apesar da brutalidade da defesa adversária, nunca se intimidou. Cada remate! E como ele segurava a bola para que os companheiros a recebessem e pudessem rematar! Marcou, espectacularmente, o golo da vitória. Muitas foram as vezes que o seu treinador, Jesus de Nazaré, habitualmente muito sereno no banco, veio até à linha lateral bater palmas ao seu ponta-de-lança.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Sexta-feira Santa
"E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio de Maria Virgem e Se fez Homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado."
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado."
Quinta-Feira Santa: Mandamento Novo e Instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem
A Igreja Católica começa hoje a celebrar os dias mais importantes do seu calendário litúrgico, que assinalam os momentos da morte e ressurreição de Jesus, culminando na Páscoa.
Quinta-feira Santa: Altar é mesa de sacrifício, intimidade, palavra e alimento
Sacramento da Eucaristia une dimensão sacrificial ao banquete, indica frei José Nunes
Antes de pronunciar as primeiras palavras da missa, os padres e bispos que a celebram beijam o altar, gesto raro na liturgia católica para venerar uma mesa que ocupa o lugar central no interior das igrejas. O altar, que evoca a entrega que Cristo fez da sua vida ao morrer na cruz, é uma mesa com a “dupla simbólica do alimento espiritual e material”, explica hoje o padre José Nunes. É a partir do altar que nasce o sacramento da Eucaristia, sobre o qual há “duas grandes perspetivas” de abordagem”: a “sacrificial” e a do “banquete”. Na dimensão sacrificial é lembrada a “vida de serviço e entrega de Jesus, resumida na última ceia, onde dá um sentido ao pão e vinho, o seu corpo e sangue”, indica o sacerdote. “Jesus viveu toda a vida a gastar-se ao serviço dos outros, até morrer. E à morte também lhe deu esse sentido de oblação”, refere o professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica a propósito do elemento nuclear do sacramento da Eucaristia, cuja instituição os católicos recordam na missa da tarde de Quinta-feira Santa. A leitura bíblica mais importante desta celebração é extraída de um texto atribuído a São João – representado iconograficamente por uma águia, simbolizando a sua apurada visão teológica – que dedica “cinco capítulos” à última refeição de Jesus, enquanto que os restantes três evangelistas lhe reservam “três ou quatro versículos”. De acordo com a narrativa do evangelho joanino, Jesus anunciou nesta ceia que iria enviar o Espírito Santo sobre os discípulos, proferiu o chamado “mandamento novo do amor” («amai-vos como eu vos amei»), lavou os pés aos 12 apóstolos, simbolizando a humildade e o serviço, e pediu-lhes que permanecessem unidos. Passando para a vertente do banquete associada à Eucaristia, José Nunes recorda que a refeição é ocasião de “conversa, diálogo, intimidade, amizade, reflexão sobre a vida e alegria”, constituindo também oportunidade para “recordar momentos vividos e perspetivar outros”. O mesmo aconteceu na última ceia de Jesus, que foi “alimento, encontro fraterno de intimidade, mas sobretudo uma refeição entre amigos, sempre com o pano de fundo sacrificial porque se tratava de uma despedida”. O paralelismo entre alimento espiritual e material evocado pelo altar aplica-se igualmente aos textos bíblicos, como salienta o religioso: «Toma o rolo e come-o» é uma expressão da Bíblia atribuída a Deus para realçar que a palavra também nutre espiritualmente os crentes. José Nunes considera que cada missa coloca aos fiéis “o desafio de construir e viver fraternidade à volta de uma mesa”, além de incluir a “dimensão missionária”, isto é, implica “querer levar para fora a dimensão da solidariedade, amizade e partilha”. “O que se vive na eucaristia é para ser vivido no mundo. E a Igreja tem que ir para fora das suas portas anunciar isso”, sublinha o superior da província portuguesa da Ordem dos Pregadores. In ecclesia |
quarta-feira, 20 de abril de 2011
QUARTA-FEIRA DE TREVAS
Em tempos, esta era a Quarta-Feira de Trevas.
E, de facto, o ambiente está a condizer.
As negociações com a troika prosseguem e os sinais são pouco encorajadores.
A austeridade vai atingir toda a gente, mas irá doer mais a quem já tem menos.
Fala-se na redução do subsídio do desemprego, em alterações ao mercado laboral. Será inevitável. Mas é também o mais fácil.
Difícil seria moralizar os gastos públicos, rever algumas parcerias público-privadas, retirar o Estado da televisão e da rádio, etc.
Só que isto não vai apenas com medidas. E temos de convir que quem nos vem ajudar terá difículdade em lidar com certas situações.
Num momento tão aflitivo e em que vamos ter dois feriados seguidos (sexta e segunda), como entender mais meio feriado na tarde de amanhã?
Se temos de produzir mais, como perceber que, nos próximos dias, produzamos ainda menos?
O povo precisa de descomprimir, mas o trabalho não deixa de ser uma prioridade.
E nem sequer está em causa a participação nas celebrações destes dias. Elas, na maior parte dos sítios, já estão agendadas para o fim do dia.
Nesta altura, este não é o sinal mais positivo que podemos dar.
Precisamos de esperança. Mas esta só germina no colo da responsabilidade.
Já agora, outro dado que os nossos parceiros não compreenderão é que como é que estamos a contratar médicos quando muitos dos nossos estudantes de medicina têm de ir lá para fora?
Como produzir se nem conseguimos planificar?
Fonte:
Em tempos, esta era a Quarta-Feira de Trevas.
E, de facto, o ambiente está a condizer.
As negociações com a troika prosseguem e os sinais são pouco encorajadores.
A austeridade vai atingir toda a gente, mas irá doer mais a quem já tem menos.
Fala-se na redução do subsídio do desemprego, em alterações ao mercado laboral. Será inevitável. Mas é também o mais fácil.
Difícil seria moralizar os gastos públicos, rever algumas parcerias público-privadas, retirar o Estado da televisão e da rádio, etc.
Só que isto não vai apenas com medidas. E temos de convir que quem nos vem ajudar terá difículdade em lidar com certas situações.
Num momento tão aflitivo e em que vamos ter dois feriados seguidos (sexta e segunda), como entender mais meio feriado na tarde de amanhã?
Se temos de produzir mais, como perceber que, nos próximos dias, produzamos ainda menos?
O povo precisa de descomprimir, mas o trabalho não deixa de ser uma prioridade.
E nem sequer está em causa a participação nas celebrações destes dias. Elas, na maior parte dos sítios, já estão agendadas para o fim do dia.
Nesta altura, este não é o sinal mais positivo que podemos dar.
Precisamos de esperança. Mas esta só germina no colo da responsabilidade.
Já agora, outro dado que os nossos parceiros não compreenderão é que como é que estamos a contratar médicos quando muitos dos nossos estudantes de medicina têm de ir lá para fora?
Como produzir se nem conseguimos planificar?
Fonte:aqui
Portugal tem um «povo deprimido e envergonhado» pelos «maus governantes que escolheu», diz bispo de Beja
D. António Vitalino espera que «portugueses sábios» e «com amor a Portugal e ao seu povo» se apresentem como candidatos nas eleições de 5 de junho
O bispo de Beja afirmou ontem que os cristãos “podem e devem” contribuir para animar “um povo deprimido e envergonhado pelas falsas espectativas que alimentou e os maus governantes que escolheu”.
Na mensagem semanal transmitida pela Rádio Pax, D. António Vitalino manifesta o desejo de que a “alegria” da Páscoa contagie a população no “discernimento” da escolha do novo Governo, aquando da eleição da Assembleia da República, marcada para 5 de junho.
“Espero também que os portugueses sábios, competentes e com amor a Portugal e ao seu povo se apresentem como candidatos nas próximas eleições, para que rapidamente se comece a inverter a situação do decréscimo económico e do desemprego galopante”, acrescentou.
Referindo-se à “dívida económica”, o prelado salientou que o seu pagamento “vai exigir muitos sacrifícios” e expressou a esperança de que “todos os portugueses” contribuam para essa liquidação, “repartindo com justiça o mal pelas aldeias”.
António Vitalino distinguiu o significado da palavra “resgate”, usada frequentemente para designar a correção do débito de Portugal, mas que também tem raízes na Bíblia, recordadas pelos cristãos especialmente na Quaresma e na Páscoa.
“O resgate mais maravilhoso da história foi operado pelo dom da vida de Jesus Cristo na cruz, oferecendo-se por todos nós, libertando-nos do pecado e operando a reconciliação universal da humanidade, com plena gratuidade”, assinalou.
A ressurreição é uma “certeza da fé” que “opera o grande resgate de que todos precisamos, para não sucumbirmos pela depressão e pessimismo”, precisou o bispo de Beja, que acrescentou: “As raizes cristãs do nosso povo serão um remédio salutar na presente situação”.
Dirigindo-se aos aos cristãos que durante a Páscoa partem para “miniférias”, António Vitalino pediu-lhes para não se esquecerem de “participar nas celebrações da fé, as mais importantes de todo o ano litúrgico”.
In ecclesia
O bispo de Beja afirmou ontem que os cristãos “podem e devem” contribuir para animar “um povo deprimido e envergonhado pelas falsas espectativas que alimentou e os maus governantes que escolheu”.
Na mensagem semanal transmitida pela Rádio Pax, D. António Vitalino manifesta o desejo de que a “alegria” da Páscoa contagie a população no “discernimento” da escolha do novo Governo, aquando da eleição da Assembleia da República, marcada para 5 de junho.
“Espero também que os portugueses sábios, competentes e com amor a Portugal e ao seu povo se apresentem como candidatos nas próximas eleições, para que rapidamente se comece a inverter a situação do decréscimo económico e do desemprego galopante”, acrescentou.
Referindo-se à “dívida económica”, o prelado salientou que o seu pagamento “vai exigir muitos sacrifícios” e expressou a esperança de que “todos os portugueses” contribuam para essa liquidação, “repartindo com justiça o mal pelas aldeias”.
António Vitalino distinguiu o significado da palavra “resgate”, usada frequentemente para designar a correção do débito de Portugal, mas que também tem raízes na Bíblia, recordadas pelos cristãos especialmente na Quaresma e na Páscoa.
“O resgate mais maravilhoso da história foi operado pelo dom da vida de Jesus Cristo na cruz, oferecendo-se por todos nós, libertando-nos do pecado e operando a reconciliação universal da humanidade, com plena gratuidade”, assinalou.
A ressurreição é uma “certeza da fé” que “opera o grande resgate de que todos precisamos, para não sucumbirmos pela depressão e pessimismo”, precisou o bispo de Beja, que acrescentou: “As raizes cristãs do nosso povo serão um remédio salutar na presente situação”.
Dirigindo-se aos aos cristãos que durante a Páscoa partem para “miniférias”, António Vitalino pediu-lhes para não se esquecerem de “participar nas celebrações da fé, as mais importantes de todo o ano litúrgico”.
In ecclesia
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
O farisaísmo foi sempre o que mais espoletou sentimentos de revolta no Mestre dos mestres.
"A Igreja não é formada pelos melhores, mas por pessoas que se dispõem a dar o seu melhor."- http://theosfera.blogs.sapo.pt/
domingo, 17 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Em relação à sua mãe, em que idade está?
Aos 3 anos «mãe, amo-te» ;
aos 10 anos «mãe, não percebes nada»;
aos 16 anos «oh meu Deus , tu enervas-me, mãe»;
aos 18 anos «quero sair desta casa»;
aos 25 anos «mãe , tinhas razão»;
aos 30 anos «quero voltar a casa da minha mãe»;
aos 50 anos «eu não quero perder a minha mãe» (...);
aos 70 anos «eu dava tudo para que a minha mãe estivesse aqui».
Transcrito por Inês Lopes, in Facebook.
aos 10 anos «mãe, não percebes nada»;
aos 16 anos «oh meu Deus , tu enervas-me, mãe»;
aos 18 anos «quero sair desta casa»;
aos 25 anos «mãe , tinhas razão»;
aos 30 anos «quero voltar a casa da minha mãe»;
aos 50 anos «eu não quero perder a minha mãe» (...);
aos 70 anos «eu dava tudo para que a minha mãe estivesse aqui».
Transcrito por Inês Lopes, in Facebook.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Electricista recusa trabalho em clínica de aborto
Eletricista católico, apesar de estar desempregado desde julho de 2009, rejeitou uma suculenta oferta de trabalho na construção de uma clínica abortista.
Sem palavras. No mundo actual casos destes são lufadas de ar fresco que ajudam a vencer crises. E a maior crise é a de valores.
Veja aqui
Sem palavras. No mundo actual casos destes são lufadas de ar fresco que ajudam a vencer crises. E a maior crise é a de valores.
Veja aqui
O filme «Habemus Papam»
A Rádio Vaticano apresentou hoje o filme «Habemus Papam» (temos Papa), de Nanni Moretti, como uma obra que não se destina a ser “pró ou contra a Igreja”.
Com estreia marcada para esta sexta-feira, em Itália, «Habemus Papam» (expressão usada no anúncio da eleição de um novo Papa) fala das hesitações e dúvidas de um cardeal eleito Papa que recusa aparecer aos fiéis, no Vaticano, numa “dolorosa crise”, segundo a emissora pontifícia.
“É tudo muito humano, assim como é profundamente humano o desânimo geral que toma de assalto o Sacro Colégio [dos cardeais], após o esperado «Habemus Papam», o eleito tem medo, refugiando-se na Capela Sixtina, reza, chora e, nervoso, não fala”, indica a crítica ao filme hoje publicada.
Nanni Moretti, indica a Rádio Vaticano, quis “apenas relatar a desadequação e a fragilidade que o novo Papa, como tantos outros homens, poderia sentir face ao mundo, ao papel e à responsabilidade enorme de que foi investido”.
Em conclusão, a emissora pontifícia sublinha que “Deus é sempre capaz de ajustar as escolhas e os resultados” da “fraqueza” dos seres humanos, uma “visão de fé” que diz não se encontrar no filme italiano.
In ecclesia
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Cientistas inventam bateria de telemóvel que recarrega em 10 segundos
Cientistas norte americanos do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) criaram uma revolucionária bateria que se recarrega em apenas 10 segundos, em vez de várias horas.
O segredo está num novo dispositivo que recebe carga 100 vezes mais depressa do que uma bateria convencional, podendo ser utilizado em telemóveis, computadores portáteis, iPods e máquinas digitais.
Fonte: aqui
O segredo está num novo dispositivo que recebe carga 100 vezes mais depressa do que uma bateria convencional, podendo ser utilizado em telemóveis, computadores portáteis, iPods e máquinas digitais.
Fonte: aqui
terça-feira, 12 de abril de 2011
O charivari e o essencial
O charivari que por aí vai a propósito da candidadura de Fernando Nobre, o independente que jurou nunca dar troco aos partidos políticos, nas listas do PSD é bem exemplificativo do desnorte e do desarranjo em que nos metemos. As equipas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e BCE que determinarão o nosso futuro por muitos e maus anos já começaram a chegar. O que aí vem deveria ser matéria de reflexão bem mais importante do que a escolha de Nobre.
O fundador da AMI decidiu, está decidido. Que acrescentar a este epifenómeno? Que o PSD se engana, caso julgue que Nobre leva consigo os 600 mil votos conseguidos nas eleições presidenciais? Que assusta ter um homem sem qualquer experiência política relevante como segunda figura da Nação? São evidências que contam pouco para os trabalhos que temos pela frente...
Para o caso de ser insuficiente sabermos que o empréstimo de 80 mil milhões vai demorar anos a ser pago, aqui ficam as mais fresquinhas estimativas do FMI para Portugal, mesmo antes de se conhecerem as medidas de austeridade: seremos a única das ditas economias periféricas da Zona Euro em recessão no próximo ano (a quebra estimada é de 1,5%); o défice das contas públicas será o mais elevado de todos. Se sobrevivermos, em 2012 a Grécia, a Irlanda e a Espanha já deverão apresentar taxas de crescimento entre 1,1% e 1,9%. Nós? Nós voltaremos a cair na produção de riqueza (0,5%).
Sim, são muitos e negros números. A tradução é a seguinte: o desemprego vai aumentar; o custo de vida vai aumentar; o poder de compra vai baixar; a economia vai sofrer. Quer dizer: as famílias vão ter muito mais dificuldade em chegar ao final do mês com as necessidades básicas, pelo menos essas, todas satisfeitas.
De modo que devíamos estar todos a preparar-nos para este histórico apertão. E, no mínimo, a ouvir dos principais partidos propostas, caminhos, saídas... Em vez disso, é-nos oferecido um menu em que constam congressos de plebiscito, ódios cordiais e discusões infindáveis sobre a desilusão que um personagem chamado Fernando Nobre acaba de causar a 600 mil almas que nele vislumbraram, com tremenda bonomia e muita ingenuidade, a salvação.
Rejeitemos o menu. É uma questão de higiene política não embarcar neste salsifré que está ser montado à nossa volta. As próximas eleições não são eleições normais - são, infelizmente, anormais. Sabemos (e quem não sabe deve ir amadurecendo a ideia...) que o nosso modo de vida não voltará a ser o mesmo durante muitos e muitos anos. Exijamos que as tratem como tal. Como decisivas.
Paulo Ferreira
Fonte: aqui
O fundador da AMI decidiu, está decidido. Que acrescentar a este epifenómeno? Que o PSD se engana, caso julgue que Nobre leva consigo os 600 mil votos conseguidos nas eleições presidenciais? Que assusta ter um homem sem qualquer experiência política relevante como segunda figura da Nação? São evidências que contam pouco para os trabalhos que temos pela frente...
Para o caso de ser insuficiente sabermos que o empréstimo de 80 mil milhões vai demorar anos a ser pago, aqui ficam as mais fresquinhas estimativas do FMI para Portugal, mesmo antes de se conhecerem as medidas de austeridade: seremos a única das ditas economias periféricas da Zona Euro em recessão no próximo ano (a quebra estimada é de 1,5%); o défice das contas públicas será o mais elevado de todos. Se sobrevivermos, em 2012 a Grécia, a Irlanda e a Espanha já deverão apresentar taxas de crescimento entre 1,1% e 1,9%. Nós? Nós voltaremos a cair na produção de riqueza (0,5%).
Sim, são muitos e negros números. A tradução é a seguinte: o desemprego vai aumentar; o custo de vida vai aumentar; o poder de compra vai baixar; a economia vai sofrer. Quer dizer: as famílias vão ter muito mais dificuldade em chegar ao final do mês com as necessidades básicas, pelo menos essas, todas satisfeitas.
De modo que devíamos estar todos a preparar-nos para este histórico apertão. E, no mínimo, a ouvir dos principais partidos propostas, caminhos, saídas... Em vez disso, é-nos oferecido um menu em que constam congressos de plebiscito, ódios cordiais e discusões infindáveis sobre a desilusão que um personagem chamado Fernando Nobre acaba de causar a 600 mil almas que nele vislumbraram, com tremenda bonomia e muita ingenuidade, a salvação.
Rejeitemos o menu. É uma questão de higiene política não embarcar neste salsifré que está ser montado à nossa volta. As próximas eleições não são eleições normais - são, infelizmente, anormais. Sabemos (e quem não sabe deve ir amadurecendo a ideia...) que o nosso modo de vida não voltará a ser o mesmo durante muitos e muitos anos. Exijamos que as tratem como tal. Como decisivas.
Paulo Ferreira
Fonte: aqui
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Igreja condena novo vídeo de Lady Gaga
As críticas surgem de vários grupos religiosos e devem-se ao facto de a cantora aparecer no vídeo no papel de Maria Madalena e de o teledisco ser lançado em vésperas da celebrações da Páscoa.
"Existem as pessoas com talento e depois existe Lady Gaga. Acho-a cada vez mais irrelevante. É esta a única forma de se destacar? Isto não está a ser feito por acaso: estamos próximos da Semana Santa e da Páscoa", afirmou o presidente da Liga Católica para Direitos Civis e Religiosos, Bill Donahue.
Segundo o director criativo da cantora, Laurieann Gibson, o vídeo "mudará o mundo, mas não é uma blasfémia. Nos Estados Unidos há já quem compare este videoclip ao Like a Prayer, de Maddona, que na altura também gerou uma enrome polémica com a Igreja e chegou mesmo a ser censurado pelo Vaticano.
In Diário de Notícias
"Existem as pessoas com talento e depois existe Lady Gaga. Acho-a cada vez mais irrelevante. É esta a única forma de se destacar? Isto não está a ser feito por acaso: estamos próximos da Semana Santa e da Páscoa", afirmou o presidente da Liga Católica para Direitos Civis e Religiosos, Bill Donahue.
Segundo o director criativo da cantora, Laurieann Gibson, o vídeo "mudará o mundo, mas não é uma blasfémia. Nos Estados Unidos há já quem compare este videoclip ao Like a Prayer, de Maddona, que na altura também gerou uma enrome polémica com a Igreja e chegou mesmo a ser censurado pelo Vaticano.
In Diário de Notícias
É estranho! Por alturas de grandes momentos do ano litúrgico, hão-se aparecer sempre casos que machuquem o espírito católico.
Normalmente, antes do Natal, Semana dos Seminários e, sobretudo, Páscoa, lá aprecem um filme, um livro, uma canção, uma reportagem, uma peça teatral... cuja função principal é arranhar a Igreja.
Com que intenção? Que interesses obscuros comandam tais ataques? Que lobbies poderosos os manipulam?
domingo, 10 de abril de 2011
Ter um amigo é bom, vê-lo partir faz sofrer
Felizmente, tenho conhecido muita gente boa. Uma dessas pessoas era o senhor Vinício Félix que, na noite de sábado para domingo, Deus chamou para Si.
Recordo-me bem. Há vinte anos, quando aqui cheguei, fui certa vez celebrar Missa à capela dos Esporões. Terminado o acto litúrgico, o senhor Vinício dirigiu-se a mim e disse-me: "Sempre que vier aqui celebrar Missa, janta connosco." E assim tem sido a partir dessa data.
Nos primeiros tempos, era uma casa cheia. O senhor Vinício e sua esposa, D.Cândida, o pai e a irmã desta os quais Deus já chamou a si, os seis filhos, eu, muitas vezes os sacerdotes ou estagiários que por cá foram passando. Parecia uma "vessada"! Nas sentia-se um enorme encantamento, uma alegria e um acolhimento fantásticos! Depois os filhos foram casando e saindo, o Niço chamou-o Deus no momento em que aquele tractor lhe tirou a vida e a casa foi ficando com menos gente, embora recebesse amplas obras de beneficiação.
Há uns tempos a esta parte, jantávamos quase sempre os três no dia da Missa nos Esporões. Mas continuava a sentir-me muito bem ali. Em família. Conversávamos, partilhávamos inquietações, dificuldades e esperanças. Eles eram um casal encantador. Pareciam dois namorados. Ríamos muito e normalmente o senhor Vinício é que fornecia os motivos para a nossa boa disposição.
Não sendo de forma alguma gente rica, a sua casa estava sempre aberta a quem chegasse e quem entrasse era recebido com satisfação.
O senhor Vinício jogou futebol, era sportinguista, trabalhou competentemente na Tipografia e na Câmara de Tarouca, deixando sempre um rasto de simpatia e de sã camaradagem junto de colegas de trabalho ou de desporto. Vivia intensamente para a família, onde era referência pela forma serena e bondosa como sabia estar na vida. O exemplo e a discrição eram as suas armas.
Integrou ainda o Conselho Económico e fora eleito pelos cristãos da sua povoação para a representar no Conselho Pastoral Paroquial. Era ainda o tesoureiro da Capela dos Esporões para a qual, há anos, ele, sua família e todo o povo haviam dado o máximo para a erguerem.
Cristão convicto, nunca deixava o seu lugar vazio ao domingo na assembleia dos crentes, mesmo quando a doença já lhe tornava penosa a caminhada. No rosto cansado do esforço, estampava-se a alegria da presença.
Santa Helena estava-lhe no coração. Aquele lugar era mágico para ele e durante a novena ali acampava com a família e a sua tenda era a tenda do povo, tantas as pessoas que, especialmente à noite, por lá iam passando. Nunca precisou de títulos ou de dar nas vistas para oferecer sempre o seu melhor em prol de Santa Helena. Trabalhou, enquanto a saúde lho permitiu, com gosto e discrição.
A bondade deixa sempre pegadas inapagáveis. Este homem era genuinamente bondoso. Por isso, a sua recordação oferece aos que com ele conviveram o perfume da amizade.
Obrigado, Amigo, por tudo. Por tanto.
Descansa nos braços de Deus para sempre.
Recordo-me bem. Há vinte anos, quando aqui cheguei, fui certa vez celebrar Missa à capela dos Esporões. Terminado o acto litúrgico, o senhor Vinício dirigiu-se a mim e disse-me: "Sempre que vier aqui celebrar Missa, janta connosco." E assim tem sido a partir dessa data.
Nos primeiros tempos, era uma casa cheia. O senhor Vinício e sua esposa, D.Cândida, o pai e a irmã desta os quais Deus já chamou a si, os seis filhos, eu, muitas vezes os sacerdotes ou estagiários que por cá foram passando. Parecia uma "vessada"! Nas sentia-se um enorme encantamento, uma alegria e um acolhimento fantásticos! Depois os filhos foram casando e saindo, o Niço chamou-o Deus no momento em que aquele tractor lhe tirou a vida e a casa foi ficando com menos gente, embora recebesse amplas obras de beneficiação.
Há uns tempos a esta parte, jantávamos quase sempre os três no dia da Missa nos Esporões. Mas continuava a sentir-me muito bem ali. Em família. Conversávamos, partilhávamos inquietações, dificuldades e esperanças. Eles eram um casal encantador. Pareciam dois namorados. Ríamos muito e normalmente o senhor Vinício é que fornecia os motivos para a nossa boa disposição.
Não sendo de forma alguma gente rica, a sua casa estava sempre aberta a quem chegasse e quem entrasse era recebido com satisfação.
O senhor Vinício jogou futebol, era sportinguista, trabalhou competentemente na Tipografia e na Câmara de Tarouca, deixando sempre um rasto de simpatia e de sã camaradagem junto de colegas de trabalho ou de desporto. Vivia intensamente para a família, onde era referência pela forma serena e bondosa como sabia estar na vida. O exemplo e a discrição eram as suas armas.
Integrou ainda o Conselho Económico e fora eleito pelos cristãos da sua povoação para a representar no Conselho Pastoral Paroquial. Era ainda o tesoureiro da Capela dos Esporões para a qual, há anos, ele, sua família e todo o povo haviam dado o máximo para a erguerem.
Cristão convicto, nunca deixava o seu lugar vazio ao domingo na assembleia dos crentes, mesmo quando a doença já lhe tornava penosa a caminhada. No rosto cansado do esforço, estampava-se a alegria da presença.
Santa Helena estava-lhe no coração. Aquele lugar era mágico para ele e durante a novena ali acampava com a família e a sua tenda era a tenda do povo, tantas as pessoas que, especialmente à noite, por lá iam passando. Nunca precisou de títulos ou de dar nas vistas para oferecer sempre o seu melhor em prol de Santa Helena. Trabalhou, enquanto a saúde lho permitiu, com gosto e discrição.
A bondade deixa sempre pegadas inapagáveis. Este homem era genuinamente bondoso. Por isso, a sua recordação oferece aos que com ele conviveram o perfume da amizade.
Obrigado, Amigo, por tudo. Por tanto.
Descansa nos braços de Deus para sempre.
sábado, 9 de abril de 2011
Jovens mais responsáveis
Segundo o jornal El Mundo, o Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS) inquiriu 13.495 pessoas, com idades entre 15 e 44 anos, sobre as suas identidades sexuais e hábitos de sexo. E de acordo com esse estudo os jovens estão a ter um comportamento mais responsável na questão das relações sexuais: 29% dos rapazes e 27% das raparigas inquiridos entre 2006 e 2008 disseram nunca ter tido qualquer acto sexual com outra pessoa.
Estes números são francamente mais elevados que os 22% verificados no anterior inquérito, realizado em 2002.A abstinência sexual torna-se ainda mais comum se os cálculos estatísticos incluírem apenas os inquiridos que na altura tinham entre 15 e 17 anos: 58% das raparigas e 53% dos rapazes nunca tinham tido encontros sexuais. Entre os 20 e os 24 anos, 13% dos rapazes e 12% das raparigas também eram ainda abstinentes, quando em 2002 esta faixa etária se ficava pelos 8%.
Por outro lado, um relatório recentemente divulgado, com o título "Comportamento Sexual, Atracção Sexual e Identidade Sexual nos Estados Unidos", revela que a abstinência está a aumentar entre os adolescentes norte-americanos. Os primeiros impactos já se fazem sentir no nível de doenças sexualmente transmissíveis.
Estes estudos dizem-nos que os jovens são actualmente mais responsáveis no que diz respeito à promiscuidade sexual. A abstinência ganha cada vez mais popularidade entre os jovens dos Estados Unidos da América. Um terço dos norte-americanos com idades entre os 15 e os 24 anos nunca tiveram um contacto sexual, incluindo penetração, sexo oral ou outros tipos de relação sexual.
Por mim, acredito que o que se passa nos Estados Unidos não será muito diferente do que se passa no mundo. E com isto todos ficam a ganhar: os jovens porque se defendem de contágios infecciosos e se preparam melhor para um eventual compromisso familiar; a sociedade porque pode contar com indivíduos mais saudáveis e com formação de famílias mais estáveis.In O Amigo do Povo |
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Aproveitar o FMI
Quando a Banca sentiu apertar o garrote da crise, o Governo foi obrigado a pedir ajuda e a acabar com a pantomina patriótica de Sócrates. Não há nenhuma tese conspirativa: quem financia esta política e este Estado disse basta e a festa acabou. Venha, portanto, o FMI para fazer o trabalho que há muito deveria ter sido feito pelo Governo sem tanta dor.
Com este apoio vem também um ‘pacote’ de austeridade que vamos todos pagar. É uma factura certa e segura, não tenhamos ilusões. Poderia ser relativamente mitigada se tivéssemos a consolação de ver associadas aos cortes orçamentais medidas legislativas ou outras que tornassem mais eficaz o combate à fraude, à evasão fiscal, à corrupção, ao enriquecimento ilícito, ao desperdício, etc.
Medidas que acabassem com o sentimento de impunidade reinante em matéria de criminalidade económica e financeira. Que não permitissem utilizar o sigilo bancário de forma dilatória, como ainda acontece nas investigações de branqueamento. Que também não consentissem aos bancos vender produtos em sucursais situadas em paraísos fiscais quando o poderiam fazer em território nacional, evitando que as investigações bloqueassem em ordenamentos jurídicos de países hostis à cooperação. Já agora, podiam pensar nisto.
Eduardo Dâmaso, in Correio da Manhã
quinta-feira, 7 de abril de 2011
A Igreja e a República
O padre e historiador Joaquim Correia Duarte, da diocese de Lamego, afirmou ontem em Lisboa que a Lei da Separação da Igreja do Estado, datada de 1911, foi o “maior ataque” do regime republicano às instituições católicas em Portugal.
O especialista falava numa conferência dedicada ao tema «Incidências da “Lei da Separação”, de 20.04.1911, no Distrito de Viseu», com base nas respostas ao inquérito dirigido aos presidentes de Câmara e aos administradores dos Concelhos pelo presidente da Comissão Central de Execução da Lei da Separação, por ofício de 26 de fevereiro de 1914.
“A lei, nos seus 196 artigos, começando por garantir a liberdade de consciência a todos os cidadãos residentes declarava em seguida que a Religião Católica deixava de ser religião do Estado e condicionava o culto religioso, mormente as manifestações externas do mesmo culto, a locais e a horas determinadas, na dependência das autoridades civis de cada localidade”, referiu o sacerdote, na Academia Portuguesa de História.
“Na prática, a hierarquia eclesiástica deixava de ser reconhecida e respeitada, substituindo-se ao poder eclesiástico o poder civil, e tomando este último o controlo quase absoluto da vida e da organização da Igreja”, assinalou Joaquim Correia Duarte.
Veja AQUI a belíssima intervenção do historiador na qual a posição do concelho de Tarouca, como de outros desta região, é abordada.
Governo vai pedir assistência financeira à Comissão Europeia
O Governo decidiu dirigir à Comissão Europeia um "pedido de assistência financeira" a Portugal, anunciou José Sócrates. A decisão, justificou o primeiro-ministro, tornou-se inevitável face às "ameaças ao financiamento do país" após a rejeição do Programa de Estabilidade e Crescimento. PSD aplaude e apoia, enquanto a Esquerda critica pedido de ajuda. FMI diz que está pronto a ajudar, apesar de ainda aguardar confirmação oficial.
Veja aqui
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Governo - Adiada introdução de portagens nas SCUT
Seria inconstitucional introduzir novas portagens nas SCUT por um Governo de gestão, justifica o Ministério das Obras Públicas.
Em causa está a introdução de portagens nas auto-estradas SCUT do Algarve, da Beira Interior, das Beiras Litoral e Alta e do Interior Norte.
"Tendo em conta que o parecer emitido pelo Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros se pronunciou pela inconstitucionalidade da aprovação por um Governo de gestão de um Decreto-lei destinado a introduzir portagens nas Auto-Estradas SCUT, o Governo não poderá proceder à aprovação da referida iniciativa legislativa e concretizar a cobrança de portagens naquelas SCUT, a partir do dia 15 de Abril, como estava previsto", refere o Ministério de Obras Públicas, Transportes e Comunicações numa nota enviada à comunicação social.
aquiEm causa está a introdução de portagens nas auto-estradas SCUT do Algarve, da Beira Interior, das Beiras Litoral e Alta e do Interior Norte.
"Tendo em conta que o parecer emitido pelo Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros se pronunciou pela inconstitucionalidade da aprovação por um Governo de gestão de um Decreto-lei destinado a introduzir portagens nas Auto-Estradas SCUT, o Governo não poderá proceder à aprovação da referida iniciativa legislativa e concretizar a cobrança de portagens naquelas SCUT, a partir do dia 15 de Abril, como estava previsto", refere o Ministério de Obras Públicas, Transportes e Comunicações numa nota enviada à comunicação social.
Pois...
1. Sempre me tenho batido aqui pelo desprezado interior deste país. Continuo a pensar que para os políticos e para os fazedores de opinião Portugal se reduz a uma faixa de 20 km junto ao mar.
2. Hoje mais do que nunca penso que Portugal não se pode dar ao luxo de ter auto-estradas grátis. Não temos quaisquer hipóteses económicas de assim ser, por muito que sejam espeitabilíssimas as reclamações de quem o defende.
3. Agora penso que deve ser tida em conta a idiossincrasia
Que me perdoem os amigos algarvios, mas não concordo que uma das regiões mais ricas do país tenha isenção de portagens. Há países ricos da Europa onde a taxa de desemprego é muito elevada...
4. "Em tempo de guerra não se limpam armas" e temos todos nós que dar o nosso melhor", a começar pelos mais ricos, pelos lobbies e pelos do litoral.
terça-feira, 5 de abril de 2011
JOBS FOR BOYS?
Governo demitido
faz 156 nomeações e promoções
O Governo demissionário não parou de contratar e promover funcionários após o chumbo do PEC 4 a 23 de Março. De acordo com as publicações em Diário da República contabilizadas pelo jornal «Diário de Notícias», o Executivo de José Sócrates assinou 85 nomeações e 71 promoções.
Com as eleições marcadas já para 5 de Junho, algumas nomeações para, por exemplo, gabinetes ministeriais terão de sair num máximo de três meses. Caso disso é a nomeação para adjunto da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Em sete dias, este número de nomeações - 85 - traduz-se numa média recorde de 12 por dia.
O ministério que mais nomeações fez foi o da Administração Interna, com 19 novos membros. Depois seguiu-se a Presidência do Conselho de Ministro, com 13 nomeações e, depois o Ministério da Defesa, com nove. O jornal escreve que das 85 nomeações, 27 foram substituições.
Com as eleições marcadas já para 5 de Junho, algumas nomeações para, por exemplo, gabinetes ministeriais terão de sair num máximo de três meses. Caso disso é a nomeação para adjunto da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Em sete dias, este número de nomeações - 85 - traduz-se numa média recorde de 12 por dia.
O ministério que mais nomeações fez foi o da Administração Interna, com 19 novos membros. Depois seguiu-se a Presidência do Conselho de Ministro, com 13 nomeações e, depois o Ministério da Defesa, com nove. O jornal escreve que das 85 nomeações, 27 foram substituições.
Fonte: aqui
O Governo nega
O Governo nega que as nomeações e promoções publicadas em Diário da República tenham sido feitas depois da demissão do executivo. Em causa estão 85 nomeações e 71 promoções, que o Governo diz terem sido assinadas antes de 23 de março.
Segundo a edição de domingo do Diário de Notícias, desde o dia 23 de março, altura em que o executivo de José Sócrates se demitiu, a tutela já publicou em Diário da República 85 nomeações e 71 promoções, a uma média de 12 diárias.
O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, João Silveira, negou que as 156 nomeações tenham sido acertadas depois da demissão, afirmando que as nomeações publicadas em Diário da República após 23 de Março "foram todas" alvo de despachos assinados antes dessa data e, "como é hábito", foram publicadas semanas depois.
O DN refere, ainda, que não está a ser aplicada a regra definida para as substituições na administração pública de sairem dois fuuncionários por cada um que entra.
Fonte: aqui
“À mulher de César não basta ser honesta,
tem de parecer honesta”
Numa altura em que o país "ferve" social e politicamente, não seria possível evitar mais este empolamento?
E os nomeados tê-lo-ão sido pela sua competência ou pelo seu cartão partidário?
E seriam mesmo necessárias estas nomeações, que presumo que vão receber lautos ordenados, numa altura de vizinhança de banca rota???
Quando cessarão estes actos provocadores por parte de governos em fim de linha? Não é a 1ª vez que um governo demissionário faz nomeações em catadupa... Não aprendemos nada? Parece que há mesmo vontade, por parte dos agentes políticos, de acirrar os ânimos!...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Vitor Bento diz que políticos foram os maiores culpados da crise económica
Os políticos são os principais culpados da actual crise económica internacional, porque criaram as condições para ela se instalar, disse o economista e conselheiro de Estado, Vítor Bento.
Vítor Bento, que apresentou recentemente o livro Economia, Moral e Política, publicado pela Fundação Francisco Soares dos Santos, considerou que a crise resultou de uma crise de valores morais, mas que os políticos falharam nas escolhas que fizeram.
«No livro olhei para a crise internacional não apenas do ponto de vista estritamente económico, mas enquanto erupção de uma crise de valores da própria sociedade. Há muitos factores que contribuíram, mas uma delas é o facto de hoje vivermos numa sociedade onde os valores materiais são a referência comum, que quase toda a gente subscreve», afirmou.
O economista considerou que, no caminho para a crise, uns têm mais culpa do que outros, destacando neste grupo de maiores culpados, «políticos, banqueiros, gestores em geral», que tinham a obrigação de saber que as escolhas que faziam «conduziriam a caminhos errados», além da obrigação de limitar a possibilidade dos indivíduos fazerem escolhas erradas.
«Em última instância, os políticos têm sempre mais culpas, porque têm a obrigação de gerir a casa comum, de ver melhor e mais longe. Enquanto os outros elementos privilegiam muito o seu interesse particular, os políticos têm a obrigação de colocar o interesse comum acima de tudo, de estar no cimo da torre com uma visão mais ampla e, portanto, limitar os estragos que os interesses particulares possam fazer», afirmou.
«Os políticos que aparentemente surgem agora como quem tem que limpar a sujidade feita pela crise, foram grandes responsáveis na criação das condições que levaram à crise», acrescentou.
Garantindo que não quer assumir o papel de juiz, «e muito menos de juiz da moralidade», Vítor Bento disse que o livro que agora lançou é uma forma de arrumar as ideias, de «estruturar o conhecimento» num processo próprio de aprendizagem e reflexão sobre a relação entre a economia, a moral e a política.
«A forma de regulação económica, em si, é amoral, mas o comportamento das pessoas não é. Essa é que é grande questão. Não é a economia que se deteriora, é o quadro de moralidade de uma sociedade que aceita comportamentos que, de outra forma, não teria aceite», defendeu.
«Quando a economia leva por maus caminhos, é porque o quadro de moralidade permite esses caminhos», disse ainda o professor de economia.
In Sol
Vítor Bento, que apresentou recentemente o livro Economia, Moral e Política, publicado pela Fundação Francisco Soares dos Santos, considerou que a crise resultou de uma crise de valores morais, mas que os políticos falharam nas escolhas que fizeram.
«No livro olhei para a crise internacional não apenas do ponto de vista estritamente económico, mas enquanto erupção de uma crise de valores da própria sociedade. Há muitos factores que contribuíram, mas uma delas é o facto de hoje vivermos numa sociedade onde os valores materiais são a referência comum, que quase toda a gente subscreve», afirmou.
O economista considerou que, no caminho para a crise, uns têm mais culpa do que outros, destacando neste grupo de maiores culpados, «políticos, banqueiros, gestores em geral», que tinham a obrigação de saber que as escolhas que faziam «conduziriam a caminhos errados», além da obrigação de limitar a possibilidade dos indivíduos fazerem escolhas erradas.
«Em última instância, os políticos têm sempre mais culpas, porque têm a obrigação de gerir a casa comum, de ver melhor e mais longe. Enquanto os outros elementos privilegiam muito o seu interesse particular, os políticos têm a obrigação de colocar o interesse comum acima de tudo, de estar no cimo da torre com uma visão mais ampla e, portanto, limitar os estragos que os interesses particulares possam fazer», afirmou.
«Os políticos que aparentemente surgem agora como quem tem que limpar a sujidade feita pela crise, foram grandes responsáveis na criação das condições que levaram à crise», acrescentou.
Garantindo que não quer assumir o papel de juiz, «e muito menos de juiz da moralidade», Vítor Bento disse que o livro que agora lançou é uma forma de arrumar as ideias, de «estruturar o conhecimento» num processo próprio de aprendizagem e reflexão sobre a relação entre a economia, a moral e a política.
«A forma de regulação económica, em si, é amoral, mas o comportamento das pessoas não é. Essa é que é grande questão. Não é a economia que se deteriora, é o quadro de moralidade de uma sociedade que aceita comportamentos que, de outra forma, não teria aceite», defendeu.
«Quando a economia leva por maus caminhos, é porque o quadro de moralidade permite esses caminhos», disse ainda o professor de economia.
In Sol
domingo, 3 de abril de 2011
FUTEBOL CLUBE DO PORTO JÁ É CAMPEÃO!
Ao vencer o Benfica em pleno Estádio da Luz por 2 - 1, o Futebol Clube do Porto tornou-se no novo CAMPEÃO NACIONAL.
Penso que é um justíssimo vencedor da prova quando ainda faltam cinco jornadas para ela terminar.
Exceptuando os empates em Guimarães e em Alvalade, o Porto venceu todos os desafios realizados até ao momento para o campeonato. E os números são elucidativos: 16 pontos separam-no do segundo classificado que é exactamente o Benfica. Como elucidativo é o facto de, no cômputo das duas partidas disputadas entre os dois clubes para o campeonato, o Porto vencer por 7 - 1.
Parabéns, Grande Futebol Clube do Porto!
Penso que é um justíssimo vencedor da prova quando ainda faltam cinco jornadas para ela terminar.
Exceptuando os empates em Guimarães e em Alvalade, o Porto venceu todos os desafios realizados até ao momento para o campeonato. E os números são elucidativos: 16 pontos separam-no do segundo classificado que é exactamente o Benfica. Como elucidativo é o facto de, no cômputo das duas partidas disputadas entre os dois clubes para o campeonato, o Porto vencer por 7 - 1.
Parabéns, Grande Futebol Clube do Porto!
Vândalos à solta
É uma vergonha e prova provada de menor idade cívica. Apedrejamento - ou tentativas - de autocarros de clubes e de carros de dirigentes clubísticos, ataques a casas de clubes em diversas localidades do país.. Pedras e bolas de golfe atiradas contra adeptos que circulam em algumas estradas, arremesso de objectos perigosos para dentro do relvado...
Para já não falar na violência verbal, traduzida em palavreado, palavras de ordem e cânticos, no insulto e na provocação gravados nas paredes.
Até quando será permitida esta situação? Até que apareçam vítimas mortais?
E não vale a pena atirar com a responsabilidade toda para cima dos agentes da autoridade. Penso que os maiores responsáveis são alguns dirigentes dos clubes que não param de incendiar o ambiente. Estes é que têm de ser devidamente responsabilizados pelo clima de violência que se vive no futebol, não são porque incendeiam o ambiente, mas também porque não actuam devidamente junto dos apaniguados dos seus clubes. Ora na actual crispação que a crise potencia, qualquer palavra ou atitude de um dirigente ou responsável técnico é um barril de gasolina despejado na fogueira da insatisfação e da revolta sociais.
Há mais vida para além de um jogo de futebol. Muito mais, felizmente.
Que as pessoas exteriorizem as suas paixões clubísticas, que o futebol sirva de válvula de escape para a pressão social que se vive, até será compreensível. Mas as ofensas a clubes concorrentes, as pedradas, a violência física, a destruição de bens alheios, o fanatismo resolvem alguma coisa? Por que motivo comprometer o presente e o futuro, próprio ou alheio, por cauda da rivalidade futebolística?
Façamos do futebol uma festa, um espectáculo, exijamos aos atletas e treinadores que ofereçam grandes desafios de futebol, deixemos que seja o mérito das equipas a ganhar dentro do campo, reclamemos constantemente pela clareza e verdade desportivas. Então as vitórias darão outro prazer e as derrotas não terão o paladar de tragédia.
Se a vida diária já é uma luta, vamos carregá-la ainda mais ao domingo por causa de uma partida de futebol?
Para já não falar na violência verbal, traduzida em palavreado, palavras de ordem e cânticos, no insulto e na provocação gravados nas paredes.
Até quando será permitida esta situação? Até que apareçam vítimas mortais?
E não vale a pena atirar com a responsabilidade toda para cima dos agentes da autoridade. Penso que os maiores responsáveis são alguns dirigentes dos clubes que não param de incendiar o ambiente. Estes é que têm de ser devidamente responsabilizados pelo clima de violência que se vive no futebol, não são porque incendeiam o ambiente, mas também porque não actuam devidamente junto dos apaniguados dos seus clubes. Ora na actual crispação que a crise potencia, qualquer palavra ou atitude de um dirigente ou responsável técnico é um barril de gasolina despejado na fogueira da insatisfação e da revolta sociais.
Há mais vida para além de um jogo de futebol. Muito mais, felizmente.
Que as pessoas exteriorizem as suas paixões clubísticas, que o futebol sirva de válvula de escape para a pressão social que se vive, até será compreensível. Mas as ofensas a clubes concorrentes, as pedradas, a violência física, a destruição de bens alheios, o fanatismo resolvem alguma coisa? Por que motivo comprometer o presente e o futuro, próprio ou alheio, por cauda da rivalidade futebolística?
Façamos do futebol uma festa, um espectáculo, exijamos aos atletas e treinadores que ofereçam grandes desafios de futebol, deixemos que seja o mérito das equipas a ganhar dentro do campo, reclamemos constantemente pela clareza e verdade desportivas. Então as vitórias darão outro prazer e as derrotas não terão o paladar de tragédia.
Se a vida diária já é uma luta, vamos carregá-la ainda mais ao domingo por causa de uma partida de futebol?
sábado, 2 de abril de 2011
Casal Cláudia e Albino Martins, um exemplo que nos interpela!
No post anterior, fiz referência a um casal fantástico que, em nome da sua fé, desenvolve um trabalho admirável numa aldeia perdida na Serra do Caldeirão.
Sem pretender ser exaustivo e retirar toda a profundidade do exemplo deste casal, levanto apenas algumas questões:
1. Muitos que ferozmente defendem o celibato, entre os argumentos que apresentam, está a disponibilidade do padre celibatário para o serviço das pessoas e da comunidade.
O exemplo deste casal rebate com a vida o argumento teórico. São casados, têm duas filhas e um trabalho admirável nos campos pastoral, litúrgico e sócio-caritativo.
2. Quem apostou e desafiou para a missão este casal foi um antigo bispo do Algarve. Os nossos bispos estão atentos à vida das comunidades e às pessoas? Ou nas visitas pastorais passam pelas comunidades como "gato por vinha vindimada"?
3. Que lugar dá a hierarquia aos leigos? Fala-se continuamente das vocações sacerdotais e religiosas. E dos leigos? Que formação lhes é oferecida? Confia-se neles? Reconhece-se a especificidade da sua missão como no-la apresenta o Concílio? Que se tem feito para desmistificar a ideia que continuamente atravessa a comunicação social, restringindo a Igreja à hierarquia? Aproveitam-se as grandes peregrinações para ajudar os leigos a compreender e a vivenciar a sua missão como Igreja que são?
4. E os leigos? Querem assumir-se como Igreja que são? Estão disponíveis para a formação e para a missão? Ou ficam-se por um certo tipo de anticlericalismo, pois é mais fácil criticar do que assumir?
5. Pela minha experiência de contacto com vários blogues, noto que são lidos os posts que abordam temáticas relacionadas com os padres...
Mas quando se abordam temas que têm a ver com os leigos, esses posts não merecem importância. Porque será?
Os leigos são a esmagadora maioria na Igreja!!! Penso que parte deles sabe muito bem qual a missão do padre, mas porventura desconhece qual a missão dos leigos na vida da Igreja e no mundo...
6. O vídeo em que intervém aquele casal algarvio revela gestos e atitudes plenos de humanidade por parte da Cláudia e do Albino Martins. A maneira como estão com os idosos, os gestos de atenção que patenteiam, a proximidade que evidenciam, a vivência quotidiana que os leva a estar junto das pessoas... Não ganharia a Igreja imenso em humanidade se os seus leigos assumissem cada vez mais a frente do apostolado, do testemunho, da direcção e da missão?
7. Apesar da diversidade de tarefas, este casal não se escusa em tal para fugir ao testemunho da fé. No vídeo vê-se o Alberto a rezar o terço com os idosos. Só uma pergunta: quantos Provedores das Santas Casas o fazem? Mas as Misericórdias não fazem parte da Igreja?
Sem pretender ser exaustivo e retirar toda a profundidade do exemplo deste casal, levanto apenas algumas questões:
1. Muitos que ferozmente defendem o celibato, entre os argumentos que apresentam, está a disponibilidade do padre celibatário para o serviço das pessoas e da comunidade.
O exemplo deste casal rebate com a vida o argumento teórico. São casados, têm duas filhas e um trabalho admirável nos campos pastoral, litúrgico e sócio-caritativo.
2. Quem apostou e desafiou para a missão este casal foi um antigo bispo do Algarve. Os nossos bispos estão atentos à vida das comunidades e às pessoas? Ou nas visitas pastorais passam pelas comunidades como "gato por vinha vindimada"?
3. Que lugar dá a hierarquia aos leigos? Fala-se continuamente das vocações sacerdotais e religiosas. E dos leigos? Que formação lhes é oferecida? Confia-se neles? Reconhece-se a especificidade da sua missão como no-la apresenta o Concílio? Que se tem feito para desmistificar a ideia que continuamente atravessa a comunicação social, restringindo a Igreja à hierarquia? Aproveitam-se as grandes peregrinações para ajudar os leigos a compreender e a vivenciar a sua missão como Igreja que são?
4. E os leigos? Querem assumir-se como Igreja que são? Estão disponíveis para a formação e para a missão? Ou ficam-se por um certo tipo de anticlericalismo, pois é mais fácil criticar do que assumir?
5. Pela minha experiência de contacto com vários blogues, noto que são lidos os posts que abordam temáticas relacionadas com os padres...
Mas quando se abordam temas que têm a ver com os leigos, esses posts não merecem importância. Porque será?
Os leigos são a esmagadora maioria na Igreja!!! Penso que parte deles sabe muito bem qual a missão do padre, mas porventura desconhece qual a missão dos leigos na vida da Igreja e no mundo...
6. O vídeo em que intervém aquele casal algarvio revela gestos e atitudes plenos de humanidade por parte da Cláudia e do Albino Martins. A maneira como estão com os idosos, os gestos de atenção que patenteiam, a proximidade que evidenciam, a vivência quotidiana que os leva a estar junto das pessoas... Não ganharia a Igreja imenso em humanidade se os seus leigos assumissem cada vez mais a frente do apostolado, do testemunho, da direcção e da missão?
7. Apesar da diversidade de tarefas, este casal não se escusa em tal para fugir ao testemunho da fé. No vídeo vê-se o Alberto a rezar o terço com os idosos. Só uma pergunta: quantos Provedores das Santas Casas o fazem? Mas as Misericórdias não fazem parte da Igreja?
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Sensacional, primaveril, notável! Quando os leigos querem, a Igreja é isto.
. Confesso que me emocionei ao ver o vídeo. FANTÁSTICO! Quando os leigos se sentem Igreja e trabalham como Igreja, parece que tudo muda e sente-se ar fresco...A Igreja adquire uma atracção como nos seus primeiros tempos.
Amigo, amiga! Peço-lhe um favor com o coração nas mãos: veja isto e repare no vídeo:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?tpl&id=84987
Sensacional, primaveril, notável!
Quando os leigos querem, a Igreja é isto.
Porque não pegam os leigos na Igreja que são?
A hierarquia da Igreja também deveria olhar para este caso com olhos de ver. E concluir em conformidade...
Amigo, amiga! Peço-lhe um favor com o coração nas mãos: veja isto e repare no vídeo:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?tpl&id=84987
Sensacional, primaveril, notável!
Quando os leigos querem, a Igreja é isto.
Porque não pegam os leigos na Igreja que são?
A hierarquia da Igreja também deveria olhar para este caso com olhos de ver. E concluir em conformidade...
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