terça-feira, 31 de março de 2009
"Prós e Contras" ou "Prós, Prós e Prós"?
Quando há presença de governantes, tenho a sensação de que tudo é montado para que eles brilhem.
Se tivermos em conta o programa de ontem, constatamos:
- o extenso tempo de antena concedido ao ministro Rui Pereira;
- a fraca intervenção (em ideias e tempo) dos sindicatos;
- os representantes da oposição não foram brilhantes (tímidos, dispersos, inconsequentes);
- a excessiva presença de responsáveis policiais (diante do seu superior hierárquico, que queriam que eles dissessem? Claro, estiveram em sintonia);
- onde esteve o povo? Sim, exactamente aquele que sofre com a insegurança reinante;
- esteve presente um advogado (cujo nome não me recordo) que parecia mais papista do que o Papa... Aquela ideia de que os agentes policiais abusam do poder deixou-me em brasas. Olhe que é a falta de autoridade com que os agentes da autoridade lidam que é o flagelo!;
A ideia com que fiquei foi esta: pareceu-me que tudo estava encadeado para que passasse o discurso governamental. Mesmo que os portugueses sintam o contrário.
Ano eleitoral
Talvez seja delírio. O voto em branco também devia contar. É uma forma de participação cívica. Por isso, nas assembleias municipais e na assembleia da República deveriam existir tantos lugares vazios quantos correspondessem à percentagem de votos em branco.
Chego a pensar se não era isso mesmo que os nossos políticos mereciam. Uma votação massiva em branco. Por isso, caro eleitor, não inutilize o seu voto. Se não achar que deve votar neste ou naquele partido, vote em branco, mas vote.
Ano eleitoral. E lá chegam os rumores de chantagens, ameaças, pressões, promessas vãs ... Parece que vale tudo para ganhar mais uns votos. SERÁ ISTO DEMOCRACIA? OU CORRUPTOCRACIA?
Em tempo de crise, em que as pessoas andam aflitas com o presente e o futuro, estão mais fragilizadas e são mais facilmente influenciadas. Claro, se vem alguém ameaçá-las com despedimento se não votarem desta maneira ou daquela, vejam a situação em que se encontra essa gente...
Dirão que o voto é secreto. Felizmente ainda é! E há quem jure fidelidade a este ou àquele e que depois, no recato da mesa de voto, seja fiel à sua consciência. Está bem? Não deveriam as pessoas assumir-se e, fazendo-o, estarem certas de que nada de mal lhes acontecia? CLARO QUE SIM. Isso seria democracia a sério. Mas para tal era preciso que os nossos agentes políticos fossem democratas a sério...
Exerça o seu direito à indignação.
Agora veja. Isto é o que se passa numa empresa portuguesa. Faça a extrapolação para outras empresas nacionais. Depois alargue ao mundo inteiro. Já compreende agora a razão da crise???
Boletim da Páscoa
Nas páginas centrais, vai a mensagem que o Conselho Pastoral quer enviar às pessoas desta comunidade paroquial. Na última página, seguem as informações sobre a vida da paróquia.
O Boletim segue agora para mão amiga que o vai dobrar e meter em saquitos que serão entregues aos giros das visita (12). Obrigado, senhor Oliveira!
Sei que há estampas à venda que muitos párocos adquirem para fazerem distribuir na Páscoa. Nada contra. Só que aqui optou-se há muito por tornar mais pessoal esta comunicação.
Se no Boletim do Natal é o pároco que escolhe o tipo de mensagem a enviar às famílias, na Páscoa é o Conselho Pastoral que a define.
Contamos sempre que os paroquianos dispensem a melhor atenção a esta comunicação e a partilhem uns com os outros.
Uma certa religiosidade preocupante
A vivência de uma religiosidade de tipo intimista, "consolo de alma", numa relação com Deus estilo "pin-pog"- chuto para Deus e Ele chuta para mim. Uma fé "individualista", sem consequências, sem abrangência, sem conversão, sem comunidade, sem universalidade.
Claro que a fé é antes de mais uma adesão PESSOAL à Pessoa de Jesus Cristo e, por consequência, à Sua mensagem, Seus valores, Suas propostas.
Mas não esqueçamos. O apóstolo Tomé fez a sua experiência de Cristo na comunidade, como a fizeram os dois discípulos de Emaús ou cada um dos apóstolos.
Esta relação intimista com Deus fica-se, por vezes, no mais puro individualismo: eu, os meus problemas, as minhas doenças, os meus projectos, as minhas inquietações, a minha família. Até na oração isso se vê! Ouve-se: "Ai, eu rezo todos os dias por mim, pela minha família e pelas almas dos meus entes queridos falecidos." E OS OUTROS???
Se repararmos, Jesus não nos ensinou "Pai meu", mas "Pai nosso".
Jesus não nos disse para ficarmos fechados na nossa família ou no nosso grupinho de amigos. "Ide pelo mundo fora."
Jesus propôs a conversão e a mudança. "Convertei-vos e acreditai no Evangelho."
E o mandamento novo aí está. Claro, incisivo, peremptório. "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei."
E aos apóstolos, que no momento da Ascenção estavam a olhar para o Ceu, foi-lhes dito: "Homens da Galileia, por que estais a olhar para o Céu?"
Precisamos, pois, de uma fé que partindo de uma experiência pessoal forte, profunda, orante e contemplativa, nos leve para o palco da vida. Como sal, luz e fermento. Como o carro que pára na bomba para se abastecer para depois ter combustível para caminhar.
Precisamos de cristãos que não reduzam a sua fé ao interior das Igrejas ou das paredes do seu quarto, mas a vivam na escola, no trabalho, na cultura, no divertimento, na política, nas associações.
Precisamos de Cristãos que descubram de vez que que a experiência pessoal da fé se realiza na comunidade, com a comunidade, pela comunidade.
Caminhemos da religião do "gozo d'alma" para a fé de Jesus Cristo!
segunda-feira, 30 de março de 2009
Evangelho numa mão e jornal na outra
Ora neste campo, a comunicação social oferece-nos uma montanha de assuntos a que muitas vezes passamos ao lado, não os reflectindo à luz do Evangelho.
Por exemplo, que importância damos a problemas humanos que encharcam a comunicação social? A violência familiar - escandalosa em Portugal -, o desemprego como praga galopante dos nossos dias, a insegurança reinante, a violência - sobretudo jovem -, o trâfego de pessoas relacionado com a droga e a prostituição, a maneira desumana como são tratados muitos imigrantes,a educação (?) da juventude sem valores e sem projecto, apenas e só mecanicista, o envelhecimento da população, a corrupção e o lucro fácil, os ordenados escandalosos de políticos e empresários, o encerramento (e/ou despedimento) oportunista de empresas, os 20% de portugueses (penso que mais, actualmente) à boca da pobreza, a chantagem dos políticos sobre os eleitores, as falsas promessas dos políticos e a maneira como ocultam a verdade dos cidadãos, rendimentos mínimos de inserção dados a oportunistas e viciosos, etc, etc, etc.
Que a Igreja defenda e se bate até à cruz pela vida no início e no fim, plenamente de acordo. Mas por que não se bate com igual coragem pela mesma vida no durante?
Agora vejamos. Que impacto têm estes problemas que citei e outros nas nossas homilias, nas reuniões dos nossos grupos, nas nossas catequeses, nas nossas famílias, nos nossos contactos pessoais, na nossa impressa???
"Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" - Jesus Cristo.
Por que tem a comunicação social tanta dificuldade em compreender a Igreja?
Veja-se a viagem papal a África. Pegou-se numa frase do Papa sobre o preservativo, fez-se disso o "cavalo de batalha" e todo o resto ficou na sombra.
E não só. Qualquer escândalo atinente a pessoas da Igreja - verdadeiro ou suposto - irrompe em vulcão na comunicação social. As maravilhas que a Igreja vive e opera no mundo são silenciadas.
Por parte da comunicação social, haverá só ignorância no que toca à Igreja? Não haverá má fé algumas vezes? Não trabalharão na sombra forças maçónicas, ateias e até políticas?
Claro que a Igreja, como já o tenho referido muitas vezes, tem uma grande dificuldade em comunicar e comunicar-se. Por um lado, temos que ter consciência que o Mistério de que a Igreja é portadora não é comunicável "numa rapinha". Exige algum tempo para que as pessoas a possam compreender. Por outro lado, todos os crentes precisam imenso de melhorar a maneira de comunicar. Não basta ter uma Mensagem sublime, é preciso sabê-la transmitir e transmiti-la às pessoas DESTE TEMPO!
Não há que ter medo de remar contra a maré do tempo. É necessário que o tempo entenda a posição da Igreja.
sábado, 28 de março de 2009
Que pensa da confissão?
Vale a pena ler
http://sol.sapo.pt/blogs/jas/archive/2009/03/28/O-Papa-e-o-preservativo.aspx
"O politicamente correcto tornou-se o pior dos espartilhos da presumida liberdade de pensamento e de expressão."
http://sol.sapo.pt/blogs/mramires/archive/2009/03/28/Os-homens-devem-estar-loucos.aspx
São interessantes reflexões jornalísticas. Claras, frontais, incisivas. Vale a pena.
A fé que rompe a escuridão
sexta-feira, 27 de março de 2009
Pegadas na areia
A crise e as crises parecem transformam a vida numa "quaresma" pegada.
Então o sonho é substituído pelas saudades do passado. Mas aí podemos descobrir Aquele que nos momentos difíceis nos levou ao colo.
Então o alento vem. Ah! Ele caminha connosco! Os desertos da crise não têm a última palavra. Haverá uma manhã da Páscoa! Vale a pena caminhar.
Já leu e releu certamente este poema. Mas volte a lê-lo, fazendo-o seu. Descubra a Sua presença e anime-se.
5º Domingo da Quaresma - Ano B
Na liturgia do 5º Domingo Comum ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projectos de Deus e na doação total aos irmãos.
Na primeira leitura (Jer 31, 31-34) Jahwéh apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois só com um coração transformado o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.
A segunda leitura (Hebr 5, 7-9) apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo-sacerdote da nova Aliança, que se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projectos.
O Evangelho (Jo 12, 20-33) convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.
(in Dehonianos)
quinta-feira, 26 de março de 2009
País inseguro e sem futuro
A principal fragilidade de Portugal no actual contexto de crise mundial vem do enorme endividamento. O total da nossa dívida ao estrangeiro (posição de investimento internacional) é de 100% do produto nacional, tendo explodido dos 8% que tinha em 1996. O acréscimo este ano (balança corrente e de capitais) será de 7,9% segundo a previsão do Banco de Portugal.
O caminho que nos trouxe aqui é curioso. A balança estava equilibrada quando Guterres tomou o poder em 1995 (défice de 0,7% do PIB). A enorme degradação que se seguiu atingiu 9% do PIB em 2000, um desequilíbrio pior que o causado pelo 25 de Abril. Esse fiasco fez cair o Governo. O novo executivo, com Manuela Ferreira Leite nas Finanças, entrou em Abril de 2002, recebendo o défice de 2001 de 8,6%.
A política da «dama de ferro», como foi chamada, conseguiu reduzir para metade esse buraco (4,2%) em 2003. Mas a linha não teve continuidade. O Governo saiu em Julho de 2004 e no fim do ano o défice externo já subira para 6,1%. Desde que Sócrates está no poder tem flutuado entre os 8% e os 10%. (João César das Neves)
Pois, pois...
1. O ministro disse hoje que Portugal continua a ser um dos países mais tranquilos da Europa.
Sempre a mania do governo em nos comparar com a Europa quando isso lhe interessa. Então que nos compare com a Europa a nível de salários, de reformas, de preços dos combustíveis, de educação, de saúde, de direitos dos cidadãos, de funcionamento das instituições democráticas, de protecção social... Esta tentativa governamental de tentar deitar poeira para os olhos dos cidadãos, além de velhaca é provinciana.
2. Claro que para o ministro Rui Pereira e para os seus colegas de governo o problema da insegurança não se põe. Cercados de agentes de segurança por todos os lados - cujos ordenados são pagos pelos contribuintes, não esqueçamos.
3. Para o governo Sócrates, sempre tão hábil em propaganda, mesmo que depois seja um fracasso, a segurança das pessoas e seus bens não é uma prioridade. Alguém o ouve falar deste tema???
4. Só quem não lê os jornais, não vê Tv, não ouve a rádio nem contacta com o sofrimento das populações pode dizer que este país é relativamente seguro. Isto é de bradar aos céus! Será que o governo pegou na sua maioria absoluta e emigrou para Júpiter? Porque não lhe interessa, o governo finge farisaicamente que a insegurança não existe.
5. Quanto à dívida externa estamos conversados. Agravou-se drasticamente com este governo. A herança que vamos deixar à próxima geração é indigna. Dívidas e mais dívidas. Dito de outra maneira, um país arruinado. Será justo? Será digno? Algum pai gostaria de deixar uma situação destas a seus filhos?
6. Está nas nossas mãos mudar. O mais rapidamente possível. Antes que os nossos filhos e netos tenham que fechar a porta e emigrar. Este governo realmente não serve.
Deus acredita em nós?
A Igreja que foi a África
Fántástico, Dr.a Maria José Nogueira Pinto!
O filho pródigo
Esta parábola bíblica é belamente interessante e profunda.
Ouça-a várias vezes. Deixe que ela toque o seu coração. Vai fazer-lhe bem. Compartilhe-a com outros.
Estamos na QUARESMA. Sem conversão, Quaresma não há.
Viver o presente não basta
No entanto, o Evangelho, se é de completamento, também exige, por vezes, o movimento de ruptura, de frontalidade, de agitação, de reviravolta. Pena é que habitualmente se atenda mais à instalação das ideias, das atitudes, dos afectos e dos comportamentos que às moções do Espírito, à força renovadora, ao movimento transformador. E estes são muito mais abundantes do que aquilo que somos levados a pensar. A História da igreja está pejada de fenómenos destes, muitas vezes eclipsados pelo supino clima de desconfiança reinante.
Mesmo da alta hierarquia vem o pensamento de que o Papa tem a missão de confirmar os irmãos na fé. Mas parece entender-se essa missão como se fosse de aceitar passivamente ou com encómios a crença estabilizada, quando a Fé é operativa (sem obras é morta), revolucionária (movedora de montanhas) e subversiva - porque fundada na Morte e Ressureição de Cristo - e inconformada - perante a miséria e as atitudes indignas e indignificantes.
É por isso que viver o presente não basta. Importa construir o futuro com as luzes que o passado projecta no presente a "curtir" o percurso do ser humano, que, no seu devir, não pode deixar-se afogar nesta sociedade consumista e corruptora, com os valores totalmente baralhados.
Abílio Carvalho
quarta-feira, 25 de março de 2009
Cem falências por dia na construção civil
Os sindicatos dizem que estão a aumentar os casos de empresários que se aproveitam da crise para despedir, reduzir horários e salários e fazendo "todo o tipo de chantagens" com os trabalhadores.
A Rua das Couves
Nunca a frase «atirou com o carro para as couves» fez tanto sentido... Vale a pena ver as imagens. É ainda curto, mas é um sinal de que o povo está aí, já se ouvem ao longe os tambores...
25 de Março: Solenidade da Anunciação do Senhor!
terça-feira, 24 de março de 2009
Impressão minha
A frase é esta: " Não estará a Igreja a resvalar para posições próximas dos tradicionalistas?"
1. Não afirmei, lancei uma pergunta. Com propósitos de provocar o debate.
2. Não transmiti certezas, mas impressões. E estas valem o que valem...
Claro que me preocupa - e muito - o proliferar de sites fundamentalistas na internet que, à maneira dos fariseus, se consideram "os verdadeiros católicos" e para quem todos os que não pensam nem sentem como eles são hereges modernistas, apóstatas , relativistas, excomungados...
Claro que me preocupa a contínua invasão da caixa de correio por múltiplas mensagens do tipo super-conservador e até fundamentalista.
Claro que me preocupa que, no topo da Igreja, não haja a mesma caridade cristã para com os "progressistas" que há em relação aos "tradicionalistas".
Claro que me preocupa a lentidão no processo de canonização de Óscar Romero, enquanto o processo de canonização de outros avançou rapidamente.
Claro que me preocupa alguma ênfase dada a assuntos mais secundários como "os sinais exteriores identificáveis" em relação aos sacerdotes.
Claro que me preocupa algum tipo de legalismo rígido que contende com o valor inigualável da pessoa humana. Refiro, por exemplo, a actuação daquele bispo brasileiro em relação a todo o caso da menina de 9 anos.
- Claro que me preocupa a maior "heresia" dos tempos modernos. Gente que não sentindo espaço nem acolhimento debanda... Gente que gostava de caminhar a um ritmo mais acelerado e que, ao não ter possibilidades de o fazer, sai.
- Nesta Ano Paulino, ainda não interiorizamos a liberdade pregada e vivida pelo Apóstolo. Este foi capaz de discordar publicamente de Pedro, sem com isso colocar em risco a unidade. Há quem seja mais papista que o Papa, mesmo correndo o risco de obscurecer Cristo.
- Por fim, penso que muitos de nós andamos longe do essencial: Jesus Cristo. Pouca abertura, pouca oração, pouca confiança, pouca transfiguração. Não temo uma pessoa conservadora ou progressista desde que seja alguém apaixonado por Jesus Cristo. Temo os rótulos vazios de substância.
Dura Conclusão
- Trabalharás incansavelmente de sol a sol, carregando fardo nos lombos. Comerás capim, não terás inteligência alguma e viverás 60 ANOS. SERÁS BURRO.
O BURRO RESPONDEU:
- Serei burro, mas viver 60 ANOS é muito, Senhor. Dá-me apenas 30 ANOS .
Deus lhe deu 30 ANOS.
DEUS CRIOU O CACHORRO E DISSE:
- Vigiarás a casa dos homens e serás seu melhor amigo. Comerás os ossos que ele te jogar e viverás 20 ANOS. SERÁS CACHORRO.
O CACHORRO RESPONDEU:
- Senhor, comerei ossos, mas viver 20 ANOS é muito. Dá-me 10 ANOS.
Deus lhe deu 10 ANOS.
DEUS CRIOU O MACACO E DISSE:
- Pularás de galho em galho, fazendo macaquices, serás divertido e viverás 20 ANOS. SERÁS MACACO.
O MACACO RESPONDEU:
- Senhor, farei macaquices engraçadas, mas viver 20 ANOS é muito. Dá-me apenas 10 ANOS. Deus lhe deu 10 ANOS.
DEUS CRIOU O HOMEM E DISSE:
- Serás o único ser racional sobre a face da Terra, usarás tua inteligência para te sobrepores aos demais animais e à Natureza. Dominarás o Mundo e viverás 30 ANOS.
O HOMEM RESPONDEU:
- Senhor, serei o mais inteligente dos animais, mas viver 30 ANOS é muito pouco. Dá-me os 30 ANOS que o BURRO rejeitou, os 10 ANOS que o CACHORRO não quis, e também os 10 ANOS que o MACACO dispensou.
E ASSIM DEUS FEZ O HOMEM ...
- Está bem...
Viverás 30 ANOS como HOMEM.
Casarás e passarás a viver 30 ANOS como BURRO, trabalhando para pagar as contas e carregando fardos.
Serás aposentado pela SEGURANÇA SOCIAL, vivendo 10 ANOS como CACHORRO, vigiando a casa.
E depois ficarás velho e viverás mais 10 ANOS como MACACO, pulando de casa em casa, de um filho para outro, e fazendo macaquices para divertir os NETOS...
É PURA REALIDADE.
(Enviado por email)
Pancrácio Cara Linda
Realizava-se a Procissão da Senhora de Fátima na terra. D. Maria Gostava dos Prazeres e Morais precisava de velas para a família levar na procissão. Pediu aos filhos que fossem por elas à venda. Todos torceram a cara menos o Melchior. E lá foi o rapazito. Chegado à tasca, disparou para o taberneiro na sua inocência:
- Senhor Trombudo, tem belas bentas? (Os beirões confundem o B com o V).
Nem me atrevo a citar aqui o rol de asneiras e disparates que o Pancrácio vomitou por aquela bocarra fora... Os amigos leitores adivinhá-los-ão facilmente. O pequeno ficou com as orelhas a arder por mais de um mês!
Atávico pelo emaranhado do palavreado exaltado e truculento, o pobre do Melchior desejava sobretudo que um buraquinho se abrisse para desaparecer.
Perante o ar parado do miúdo, que interpretou como desafio, Pancrácio abriu a portinhola do balcão e preparava-se para vir cá trás com o seu enorme pezão para o estoirar contra o rabiosque do pequeno, não fora um último assomo de coragem que o levou a fugir a duzentos à hora. Com a raiva espumejante que o possuía, o Espanta Cientes teria sido bem capaz de fazer aterrar o garoto no Algarve!!!
segunda-feira, 23 de março de 2009
A Sabedoria Médica...
O CRIME É EXACTAMENTE O MESMO!!!!!
Na viagem papal a África, quem falhou?
- Não. Esteve presente, aos milhares. Entusiasta, participativo, festivo.
- Os governantes?
- Não. Foram acolhedores, receptivos, simpáticos.
- O Papa?
- De modo nenhum. Bento XVI esteve excelente. Em grande forma. Claro, directo, profético, semeador de esperança.
Os jornalistas e comentadores?
- Sim, com honrosas excepções. Muitos jornalistas e comentadores não perceberam, não quiseram perceber ou não puderam perceber a estupenda presença e mensagem papais em África. Perdoem-me a expressão, mas portaram-se como pigmeus diante da gigantesca grandeza humana do Papa e da maravilhosa manifestação das populações.
Nada que não contássemos. Para muitos políticos, jornalistas e comentadores ocidentais, sempre tão paladinos da liberdade, a Igreja não tem direito a ser livre, a ter voz e vez, mensagem e valores. Escravos que são do politicamente correcto, do laxismo reinante e dos interesses - às vezes obscuros - que os comandam.
Bispo de Viseu admite preservativo contra a SIDA
"Causou algum escândalo a afirmação do Papa, várias vezes repetida como tese da Igreja, de que o preservativo não é a solução para o combate ao vírus da SIDA. Que queriam que ele dissesse? Afirmando que sim, banalizava o valor, o sentido e a vivência da sexualidade, enquanto dimensão do ser humano, centro, símbolo e expressão das relações profundas da pessoa, a viver no amor, na fidelidade (confiança recíproca), na estabilidade e na responsabilidade."
D. Ilídio Leandro apoia Bento XVI, mas diz que há casos em que existe «obrigação moral» de não provocar a doença.
"O Papa, quando fala da SIDA ou de outros aspectos da vida humana, não pode fazer doutrina para situações individuais e casos concretos. Neste caso, para relações entre uma pessoa infectada e outra que pode ser afectada com a doença. Nestes casos, quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa. Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório."
"Ao serviço de quem estão tantos meios de comunicação social, tantos “opinionmakers” e tantos poderes instituídos, que mais parecem donos ou correias de transmissão de interesses económicos e políticos que dos direitos, liberdades e dignidade da pessoa humana, a começar pelas mais pobres e mais indefesas?..."
Leia aqui a intervenção do Bispo de Viseu.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=71073&seccaoid=9&tipoid=22
Estar na Luz, fugir da luz
domingo, 22 de março de 2009
Faz-se caminho, caminhando
O que o Papa disse sobre a SIDA (e não o que dizem que disse)
A questão sobre a SIDA no voo papal
Philippe Visseyrias, «France 2»:
Santidade, entre os muitos males que afligem a África, está também e, em especial, a difusão da SIDA. A posição da Igreja Católica sobre o modo de lutar contra este mal é muitas vezes considerado não realística e não eficaz. Este tema será enfrentado durante a sua viagem? Bom, eu diria o contrário. Penso que a realidade mais eficiente, mais presente, mais forte na luta contra a SIDA seja justamente a Igreja Católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio, que faz muito – visivelmente e também invisivelmente – na luta contra a SIDA, nos Camilianos, em todas as freiras que estão à disposição dos doentes…
Bento XVI
-Diria que não se pode superar este problema da SIDA somente com o dinheiro. Ele é necessário, mas se não há alma que o saiba aplicar, não ajuda; não se pode superar com a distribuição de preservativos: pelo contrário, aumentam o problema.
A solução é dúplice: a primeira, uma humanização da sexualidade, ou seja, uma renovação espiritual e humana que traga consigo um novo modo de comportar-se um com o outro; a segunda, uma verdadeira amizade, sobretudo, com as pessoas sofredoras, uma disponibilidade, também com sacrifícios, com renúncias pessoais, para estar com os sofredores. E estes são os factores que ajudam e que trazem consigo verdadeiros e visíveis progressos.
Por isso, diria que esta nossa dúplice força de renovar o homem interiormente, de dar-lhe força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os sofredores, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me a resposta justa, e a Igreja faz isso e, assim, oferece uma grande e importante contribuição. Agradecemos a todos aqueles que o fazem.(Fonte: Rádio Vaticano)
Abílio Carvalho
O cansaço valeu a pena
De manhã foi presidir à Eucaristia a uma paróquia diferente desta para ajudar o respectivo pároco. Depois seguiu-se um tempo de confissões.
Vim a correr para a Missa com crianças, fiz a exposição do Santíssimo, presidi a um momento de adoração com catequizandos e toca para as confissões noutra paróquia.
Regressei a casa e, quando me preparava para imprimir o guião para os casais que neste domingo vão celebrar as suas Bodas de Ouro e de Prata, apercebo-me que o não tenho no computador. Será que o apaguei sem querer? Será que inadevertidamente o não guardei? O que sei é que tive que elaborar um novo guião.
Fui para a Igreja para uma hora de adoração em que os jovens tiveram papel fundamental. Foi projectada a "Via Sacra com São Paulo". Em cada estação, a comunidade rezou a horação proposta. Os Cânticos foram paulinos. Seguiu-se um tempo de silêncio adorante. Que bem me soube!
Depois de resolver alguns pormenores relacionados com a celebração dominical, volto à Igreja e ainda participo na oração comunitária final, presidida pelo senhor Diácono.
Cansado, sim. E sem sono. Mas sinto-me bem.
- Aqueles momentos de convívio com os colegas foram excelentes, como sempre.
- As confissões fizeram-me mergulhar na humildade. Um Deus maravilhoso que através de um sacerdote, homem pecador como seus irmãos na fé, oferece o perdão, a alegria e o reencontro. Quantos vezes me sinto demasiado pequeno perante a santidade e o desejo de perfeição de tantos irmãos!
- Aqueles 15 minutos com as crianças em adoração a Jesus-Eucaristia encheram-me a alma. Senti que Jesus estava super-feliz com aqueles olhitos e corações lavados que o fitavam, Lhe rezavam e Lhe cantavam. E aquele bocadinho de silêncio que belamente guardaram? Maravilha. Que coisas bonitas Te terão dito, Senhor! E como Tu os marcaste!
- Às 22 horas, aquele encontro foi lindo, lindo! Jovens que vestiram a sua opa, pegaram nas velas e honraram o Senhor. Jovens que leram maravilhosamente as leituras. Jovens que cantaram delicadamente. Jovens que foram capazes de fazer um longo silêncio adorante e dialogante. Os jovens, quando querem, são inultrapassáveis.
- Apesar do Sporting-Benfica, estava um grupo muito assinalável de pessoas na noite adorante. Parabéns a esta gente que "escolheu o melhor lugar".
sábado, 21 de março de 2009
'Por que é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas
'É claro que há circunstâncias, e do ponto vista médico não tenho qualquer dúvida, em que proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas', afirmou D. Januário Torgal, considerando que nesta área, 'as pessoas que estão a aconselhar o Papa deveriam ser mais cultas'.
Não escondendo a discordância com as palavras de Bento XVI, que antes de iniciar uma visita a África afirmou que o preservativo não resolve o problema da sida e até o agrava, D. Januário não deixou de criticar a comunicação social por não dar mais ênfase às declarações do Sumo Pontifíce sobre os problemas do continente africano. 'Por que é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?', indagou o Bispo das Forças Armadas.
D. Januário lamentou ainda que os jornalistas não souberam aproveitar 'o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado'.
“Acabar de uma vez por todas com a corrupção”
Sabem onde é o que o Papa disse isto?
Exactamente, no palácio presidencial, junto do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de autoridades políticas e civis e membros do Corpo Diplomático.
Agora pensemos. Onde fica a frontalidade e a coerência de tantos políticos que criticaram o Papa por causa dos preservativos? Será que quando vão a Pequim, a Havana, a Teerão e a outros lados onde os direitos humanos são espezinhados têm a mesma coragem do Papa? É que Bento XVI denunciou a situação ali mesmo, na cara do presidente angolano.
Mais será que aqueles políticos portugueses, tão rápidos a condenar as palavras do Papa sobre os preservativos, tiveram a mesma coragem diante do presidente angolano que há dias visitou o nosso país?
Num mundo onde o politicamente correcto e os grandes interesses económicos balizam aquilo que deve ou não ser dito, Bento XVI bate-se por valores, expõe-se, dá a cara. Vai contra a corrente, sem dúvida. Mas não é disto que a dignidade do homem precisa???
Pode ver aqui a intervenção do Papa: http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=71031&seccaoid=4&tipoid=243
sexta-feira, 20 de março de 2009
4º Domingo da Quaresma - Ano B
O DEUS da Bíblia:
- Um Deus Criador e Amigo... que dialoga com Adão...
- Um Deus que faz uma Aliança de amizade com o seu povo...
- Um Deus-connosco ("Emanuel")... que caminha com o povo...
- Um Deus que liberta... e salva...
- Um Deus misericordioso, que perdoa...
- Um Deus Pai... sempre disposto a acolher o filho pródigo...
O castigo é um remédio extremo para que se arrependa e volte à amizade.
Este texto é a conclusão do diálogo de Jesus com NICODEMOS, que nas "trevas da noite", vem falar com Jesus à procura de "Luz", e descreve o projecto de Salvação de Deus:
"Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu próprio filho e
este não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo".
A vida, morte e ressurreição de Jesus é dom gratuito oferecido pelo Pai.
A acção suprema de Jesus na cruz, "levantado ao alto", atrai todos os povos à salvação.
A referência à serpente de bronze no deserto realça que Deus usa o mesmo instrumento que causa morte para salvar os que estão dispostos a acolher a sua intervenção.
Uma História maravilhosa:
Esse texto nos convida a contemplar essa incrível história de amor:
O Amor de Deus oferece ao homem vida plena e definitiva.
Aos homens compete aceitar ou não o dom de Deus.
Jesus não veio condenar e excluir ninguém da salvação.
Ele é a luz divina enviada ao mundo para mostrar
o caminho da verdade e da vida que conduz a Deus.
As pessoas podem rejeitar Jesus e sua missão,
permanecendo nas trevas do egoísmo, rejeitando Jesus e sua missão;
ou aceitar Jesus e seguir seu projecto,
deixando-se envolver pela luz da fé e da salvação.
Fonte: Pe. António Geraldo Dalla Costa
Educação dos afectos e da sexualidade, nada ou quase nada
Afinal, o combate que resida única e exclusivamente no uso do preservativo para prevenir a SIDA não é sério, seja pela nem sempre virtuosa qualidade do fabrico, seja pela sua utilização deficiente.
A morigeração dos hábitos de vida e de relação, que não passa necessariamente pela continência, é o caminho. Tudo o que seja promiscuidade, infidelidade fácil carece de cuidados redobrados.
No caso de contaminação suspeita ou comprovada, talvez valha aquilo que eu dizia em tempos, quando me foi dito publicamente que as equipas de saúde e as Igrejas estavam em posições opostas. Eu respondi também publicamente que não sabia se era assim ou não, já que habitualmente não nos ouvimos uns aos outros até ao fim. E continuei: "Eu também não concordo que haja cemitérios, cadeias e hospitais. No entanto, porque as pessoas morrem, lá têm de ir para o cemitério; porque as pessoas se portam mal, lá terão de ir para a cadeia; e porque adoecem ou sofrem acidentes, lá têm o hospital à sua espera".
É pena que académicos portugueses vestidos da alta competência eclesiástica façam o jogo dos mais críticos. É depauperante que, em nome de um duvidoso combate à SIDA, floreça, com as credenciais de credíveis instâncias internacionais, o negócio da transição do milénio, enquanto os medicamentos para os afectados sejam extremamente caros e de não fácil acesso e o flagelo se torne cada vez mais galopante.
Hoje, a educação sexual propota para as escolas, consiste, além do conhecimento do corpo, na informação sobre a contracepção e doenças sexualmente transmissíveis. Educação dos afectos e da sexualidade, nada ou quase nada.
Afastadas as razões morais, os técnicos, não apresentam razões éticas nem científicas para o autodomínio, equilíbrio, morigeração. Desde que haja capacidade física, alegam que não têm que se meter, em nome da liberdade de opção, orientação etc.
Depois, lamentamos a pobreza, a miséria, a criminalidade, a violência, o abandono...Que os homens combatam a pobreza, mas que se abstenham de a fomentar.
Quanto ao mais, o Papa faz o que deve, denunciando os vícios, as injustiças, a corrupção e as diversas formas de pobreza. Quem o ouve faz o que pode, mas deixemo-nos de cantigas: pode-se e deve-se fazer muito mais!
Abílio Carvalho
Da crise à crise do sono
Mais dificuldade em dormir. Mais gastos em remédios para conseguir dormir.
É caso para dizer que a crise não poupa nada nem ninguém. Até invade o justo e natural direito ao descanso.
Enfim, as crises da crise...
Não hipotecar o futuro do País
Passou por aqui e leia a reportagem.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=129570
Bento XVI lembrou os “pobres que reclamam o respeito dos seus direitos”
Veja aqui. Repara também no vídeo e no programa do Papa em Angola.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_all.asp?noticiaid=70248&seccaoid=4&tipoid=243
Muitas vezes, obedece-se quando é mandado o que agrada
E têm surgido na História da Igreja muitos movimentos de renovação e inovação: muitos de iniciativa basista, mas uns tantos de iniciativa das hierarquias. Entre estes, destacam-se os concílios e sínodos e os tempos jubilares.
Muitas vezes a tendência é para andar sempre a dizer "amen", quando o "amen" costuma vir só no fim. Quer dizer que se devia ouvir estudar mais, discutir mais, rezar mais, trabalhar melhor (mais, talvez não!), suscitar a múltipla e intensa participação e criar a estruturação psicossocial para obedecer efectivamente no tempo próprio. Muitas vezes, obedece-se quando é mandado o que agrada e invoca-se o estatuto de liberdade quando aquilo que é mandado não corresponde àquilo que se pretende.
Abílio Carvalho
quinta-feira, 19 de março de 2009
Um povo que reza
Têm sido momentos de forte e bela intimidade com Jesus-Eucaristia.
Além da oração colectiva, têm existido momentos de silêncio profundo, adorante, acolhedor, coloquial. Ó meu Senhor, quanta paz não distribuis gratuitamente pelos corações! Quantos segredos de alma! Quantos desabafos! Quanta luz!
Interessante ainda o facto de em cada povo ter visto sempre gente de outros povos. Também aqui se constrói a comunidade. Diria mais: sobretudo aqui. Com ELE.
Será impressão minha?
- Não estará a Igreja a resvalar para posições próximas dos tradicionalistas?
- Não estará a Igreja com falta de carisma para a comunicação? E por outro lado, estará a Igreja a saber comunicar e comunicar-se?
19 de Março - São José
Esposo castíssimo da Virgem Maria,
Pai adoptivo de Jesus,
Homem íntegro, honesto e trabalhador,
Profissional competente,
Homem crente e aberto ao novo de Deus,
Homem do silêncio eloquente,
Capitalista de amor conjugal e familiar,
Pobre operário na oficina de Nazaré,
Pai solícito, atento e generoso,
Esposo apaixonado,
Cidadão exemplar e participativo,
Homem em comunhão com a vida, a natureza e as pessoas,
Pessoa que descobriu nos sinais dos tempos o projecto de Deus.
DIA DO PAI
Pela sua presença construtiva, afectivamente equilibrada e responsável, o Pai é, tem de ser, uma figura familiar insubstituível. O crescimento harmonioso de cada filho, o que todos os pais desejam, depende, sem dúvida, da intensidade da vivência da paternidade. O mundo moderno interpela-nos diariamente sobre o modo de ser e de agir do Pai.
Escolhes sempre a melhor parte.
Num mundo onde toda a gente corre, Tu és calma, serenidade, atenção.
No meio da multidão onde nos sentimos ignorados, Tu tratas-nos pelo nome.
No meio do barulho que polui, Tu falas no silêncio.
Na solidão na multidão, Tu és companhia.
No politicamente correcto, Tu és subversivo.
Na aridez da vida, Tu és suculento amor.
Quando toda a gente procura fugir, Tu permaneces.
Quando o legalismo e o tradicionalismo nos esmagam, o poder da Tua Páscoa nos liberta.
Quando o silêncio cúmplice reina, a Tua voz nos inquieta.
Quando o pecado nos detrói, a Tua graça refaz-nos.
Quando o desânimo nos prende, a Tua Cruz seduz-nos.
Quando nos atropelamos nas grandes superfícies, catedrais do consumo, Tu continuas à nossa espera no silêncio do sacrário para nos fazeres entender que somos pessoas.
Quando nos entregamos às asas da noite para a diversão que aliena, Tu permaneces junto de quem sofre.
Sabes porquê, Senhor? Escolhes sempre a melhor parte.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Partilhar leituras
E se aqui partilhássemos livros? Livros cuja leitura achem interessante. Às vezes ouvimos as pessoas a dizer que nem sabem o que hão-de ler... E como as novidades a nível de livros estão constantemente a acontecer, que tal apresentar aqui livros cuja leitura achem interessante para outros visitantes deste blog?
- História...
- Romance...
- Romance histórico...
- Ficção científica...
- Espiritualidade...
- Religião...
- Cristianismo...
- Animais...
- Tecnologia...
- Filosofia...
- etc, etc, etc
Ficamos à espera. Obrigado.
Por que não posso comungar?
- Por que não posso comungar?
Casou catolicamente. Nada durante o namoro faria prever o que veio a acontecer. Lentamente, com crescente agressividade, os maus tratos atingiram o limite do humanamente suportável. E ela aguentou, fez o que pôde, lutou por o reconquistar, mas nada. Até que um dia, depois de a ter deixado acamada "moída de porrada", desertou e nunca mais soube dele. Cheia de dívidas, destroçada na sua feminilidade traída, arrasada pelos maus tratos físicos e psicológicos, com dois filhinhos para criar. "Passei fome", diz com dor na voz e no olhar. Valeu-lhe na altura uma família amiga que a ajudou a criar os filhos e lhe arranjou emprego do qual tirou o dinheiro para pagar as dívidas herdadas pelos vícios do marido.
Anos depois, encontrou outro homem com quem veio a casar civilmente. Mais dois filhos vieram. Só que tudo tem sido diferente. Sente-se amada, os filhos foram criados num ambiente familiar humanamente rico, existe uma enorme empatia no agregado familiar. São felizes. Como cristã, está disponível para colaborar sempre e fá-lo com alegria.
"- Estou bem. Só há uma dor a encravar-se constantemente na garganta. Queria comungar e não posso."
Diz que dá consigo a cantar muitas vezes sozinha o cântico: ONDE HAJA CARIDADE E AMOR, AÍ HABITA DEUS. "Se na minha família se sente este belo espírito de amor, Deus não se há-de encontrar lá? Então por que não posso comungar?"
terça-feira, 17 de março de 2009
“Abraçar todo o continente africano”
O Papa partiu com um ligeiro atraso, cerca das 10h20 locais (menos uma hora em Lisboa). No tradicional telegrama que o Papa envia ao Presidente da Itália, ao partir em viagem, Bento XVI fala do "vivo desejo de encontrar os irmãos na fé e os habitantes" de Angola e Camarões.
Camarões é a África em miniatura, diz D. Eliseo Antonio Ariotti, representante diplomático do Papa nesta nação. Um país bilingue com grande diversidade religiosa e cultural, ideal para conhecer a África.
Enquanto isso, os angolanos vêem na visita uma grande oportunidade de passar ao mundo sua imagem de povo único e especial. O bispo Filomeno Vieira Dias, coordenador da visita no país, diz que 500 mil fiéis são aguardados na celebração de Domingo, no passeio de Cimangola. A visita animará os fies e unirá a Igreja na sua missão evangelizadora no país, completa o Bispo.
O Papa refere a sua viagem a Angola, “para ali celebrar solenemente o 500.º aniversário da evangelização deste país".
Em África, os católicos cresceram mais de 3% nos últimos anos, o que ultrapassa o crescimento da população total (2,5%). Estima-se que em 2050, três países africanos estejam entre as dez maiores nações católicas de todo o mundo: a República Democrática do Congo (97 milhões de católicos), o Uganda (56 milhões) e a Nigéria (47 milhões).
A “explosão” do catolicismo na África subsaariana, ao longo do século XX, pode ser considerada como um dos maiores sucessos missionários na história da Igreja - embora deva ser sempre lida com atenção, como se lê neste dossier -, já que de uma população de 1,9 milhões de católicos, em 1900, se passou para 139 milhões.
Os bispos africanos estão conscientes de que não basta crescer, mas que tal crescimento tem de ser transformado em “qualidade de fé”, o que exige formar equipas pastorais.
Outros desafios importantes que estarão presentes na visita papal são as relações com o mundo muçulmano e o fenómeno de alguns grupos e seitas de origem cristã.
Bento XVI chegou aos Camarões, etapa inicial da sua primeira viagem ao continente africano, sendo acolhido em clima de festa aeroporto Internacional Nsimalen, de Yaoundé.
Na sua intervenção inicial, o Papa apontou como preocupações da sua viagem temas como a violência, pobreza, tráfico humano, opressão económica ou política. Nesse sentido, defendeu que “diante da dor ou da violência, da pobreza ou da fome, da corrupção ou do abuso de poder, um cristão não pode permanecer calado”.
“Venho até vós como um pastor, venho para confirmar os meus irmãos e as minhas irmãs na fé”, apontou.
Inquietações minhas
Inquieta-me este cíclico apelo ao uso de sinais exteriores identificáveis. Como se isso é que fosse o importante, como se não houvesse nada mais sério com que nos devemos preocupar.
Mas serão a batina e/ou o cabeção que fazem o padre? É que o hábito não faz o monge...
Numa altura em que diminuem em tantas partes do mundo as vocações sacerdotais, o que importa são os sinais exteriores identificáveis?
Numa altura em que os padres se vêem sobrecarregados de trabalhos e de inquietações, o que importa são os sinais exteriores identificáveis?
Numa altura em que reaparece em certas dioceses alguma debandada, sobretudo de sacerdotes novos, são os sinais exteriores identificáveis que importam?
Numa altura em que se notam certo acomodamento, passivismo e indiferença... são os sinais exteriores identificáveis que se relevam?
Não estaremos a fazer como os políticos? Pôr lebres em fuga para desviar a atenção dos verdadeiros problemas?
Nada tenho - absolutamente nada - contra quem usa esses sinais exteriores identificáveis. Respeito total. Agora uniformismo, NÃO!
Vem aí o Ano Sacerdotal. Começa já em 18 de Junho. O tema escolhido é Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote.
A minha primeira reacção foi na defensiva. "Lá vem mais do mesmo. O mesmo recordar das obrigações dos padres, o mesmo discurso de sempre, o mesmo verticalismo no discurso, a 'mesma lavagem'..."
Mas a Esperança não engana. Por isso, disponho-me confiadamente a escutar aquilo que o Espírito diz à Igreja.
Se for um ano em que a Igreja ouça mesmo os seus sacerdotes (ninguém tem o monopólio do Espírito), em que a diversidade na unidade seja acolhida, em que a humanidade e espiritualidade sacerdotais sejam relevadas, então pode ser um marco.
"Sacerdotes reconhecíveis e identificáveis"
O que achas?
ANO SACERDOTAL (começa a 19 de Junho)
Sua Santidade fez este anúncio durante a audiência concedida aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero, e esta divulgou-o posteriormente num comunicado, no qual enumera algumas das iniciativas postas em andamento por ocasião deste ano jubilar sacerdotal.
O tema escolhido para o Ano Sacerdotal é Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote.
Está previsto que o Santo Padre o abra com uma celebração de Vésperas, a 19 de Junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia da Santificação dos Sacerdotes, «na presença da relíquia do Cura de Ars trazida pelo bispo de Belley-Ars», D. Guy Claude Bagnard.
O encerramento será celebrado um ano depois, com um Encontro Mundial Sacerdotal na Praça de São Pedro.
Durante este Ano jubilar, está prevista a publicação de um Directório para os Confessores e Directores Espirituais, assim como de uma «recompilação de textos do Santo Padre sobre os temas essenciais da vida e da missão sacerdotais na época actual».
O objectivo deste ano é «ajudar a perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea».
Outro tema importante no qual se quer incidir, segundo o comunicado da Congregação, é a «necessidade de potenciar a formação permanente dos sacerdotes ligando-a à dos seminaristas».
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/
"Não é fácil um bispo estar de parabéns nesta matéria. Mas este está!"
segunda-feira, 16 de março de 2009
Os leigos, quando se assumem, são maravilhosos
Eram dois homens, cristãos leigos. Um deles até no desemprego, pois a empresa onde trabalhava falira...
Um apresentou em termos vivenciais o modo como funcionava o grupo sócio-caritativo da sua paróquia. O outro apresentou-nos um diaporama sobre São Paulo, logicamente centrado nas ideias e vivências de Paulo sobre a caridade.
Marcou-me o avontade, a espontaneidade e a naturalidade da sua intervenção. Sobretudo por não serem padres nem frades. ERAM LEIGOS!
Fascina-me uma Igreja-povo de Deus, onde cada baptizado assuma a sua vocação baptismal. Uma Igreja clerical (estilo: padre/galinha e leigos/pintainhos) é uma reminiscência ante-conciliar que teima em sobreviver.
Uma Igreja onde existe uma igualdade fundamental (TODOS FILHOS DE DEUS) e uma diferença funcional (diversos carismas e serviços).
Uma Igreja onde os leigos (esmagadora maioria dos católicos) assume a sua missão baptismal.
Uma Igreja onde a minoria (bispos, padres, diáconos, religiosos) estimula, respeita e acolhe a especificidade da missão dos leigos.
Na Igreja ainda se nota, mais clara ou mais veladamente, uma certa desconfiança do clero em relação aos leigos.
Na Igreja nota-se ainda mais a dificuldade que os leigos têm em exercer plenamente a sua missão. É-lhes mais fácil criticar os padres do que assumir em plenitude a sua vocação baptismal. E não podemos esquecer que todo o baptizado é um enviado. TODO!
É sintomático: os leigos conhecem muito melhor as "funções" dos padres do que as suas....
Gostei imenso, por tudo isto, da presença e da intervenção daqueles dois irmãos leigos. A facilidade com que falavam dos temas paulinos, a partilha de experiências concretas e o espírito de Igreja são bem a prova que os leigos, quando querem, são maravilhosamente apóstolos.
Aqui deixo, mais uma vez, o endereço do documento conciliar sobre o Apostolado dos Leigos. Como estamos em Quaresma, que tal, amigos leigos, a sua leitura durante este santo tempo???
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19651118_apostolicam-actuositatem_po.html
domingo, 15 de março de 2009
Edificante
Nestes dois primeiros dias, correu de forma edificante nos respectivos povos, Gondomar e Teixelo. Muita gente esteve edificantemente diante do Santíssimo Sacramento, tendo-se respeitado os diferentes tempos: oração comunitária e espaços de silêncio.
Ontem uma pessoa, ainda nova, dizia-me no fim que a tinham marcado os momentos de silêncio, que fora uma experiência muito gratificante, que nem tinha palavras para a descrever.
Fantástico! Quando somos capazes de nos despojar e de nos entregar, Ele nunca nos deixa de mãos a abanar.
"Vinde a Mim todos vós que andais sobrecarregados e Eu vos aliviarei". Foi exactamente Ele quem o disse.
Deu algum trabalho a elaboração do guião de oração comunitária. Mas valeu a pena. Ver todas as pessoas a participar, seguindo o livrinho é belo. Depois evitou-se a dispersão e o desfile de orações a gosto de cada um que não ajuda.
Respeitar o Deus que sempre nos respeita
sábado, 14 de março de 2009
Ainda a Carta de Bento XVI aos Bispos da Igreja Católica
Além da justificação doutrinal e do esclarecimento do alcance disciplinar da pena eclesiástica e da sua remissão, a carta revela uma preocupação de solicitude por quem não está em comunhão visível com a Igreja, por quem não a aceita na íntegra (sejam os que negam a doutrina conciliar, sejam os que não vêem mais nada para lá do Concílio) e por quem, por razões de egoísmo ou oportunismo, se torna intolerante em nome da tolerância.
Pena é que o Papa tenha acusado um excessivo toque de melindre pessoal. É que os católicos muitas vezes não sabem mesmo como se processam estas coisas, ou porque ninguém lho ensina ou porque andam distraídos.
Seja como for, a carta dá conta das limitações humanas também na área da Santa Sé: insuficiente atenção às modernas fontes de informação e deficiente explicação de importantes tomadas de decisão.
Grande papa! De rosto humano! De herói desmistificado!
Abílio Carvalho
SAGRADO LAUSPERENE
16 de Março - Segunda-Feira:
16h: Exposição e oração colectiva
16,30h: oração silenciosa
17h: oração colectiva
17,30h: oração silenciosa
18h: oração colectiva, Bênção e Eucaristia
VALVERDE
17 de Março -Terça-Feira
16h: Exposição e oração colectiva
16,30h: oração silenciosa
17h: oração colectiva
17,30h: oração silenciosa
18h: oração colectiva, Bênção e Eucaristia
ESPORÕES
18 de Março - Quarta-Feira
16h: Eucaristia, Exposição e oração colectiva
16,30h: oração silenciosa
17h: oração colectiva
17,30h: oração silenciosa
18h: oração colectiva e Bênção
ARGUEDEIRA
19 de Março - Quinta-Feira
16h: Exposição e oração colectiva
16,30h: oração silenciosa
17h: oração colectiva
17,30h: oração silenciosa
18h: oração colectiva, Bênção e Eucaristia
SENHORA DAS NECESSIDADES
20 de Março - Sexta-Feira
16h: Exposição e oração colectiva
16,30h: oração silenciosa
17h: oração colectiva
17,30h: oração silenciosa
18h: oração colectiva, Bênção e Eucaristia
IGREJA PAROQUIAL
21 de Março - Sábado
16,15h: Eucaristia, Exposição e adoração com as crianças
17, 15h: oração colectiva
18 até às 21h: oração silenciosa
21h: oração colectiva
22h: Via-sacra com São Paulo (projectada)
23,30h: oração colectiva
24h: Bênção
Domingo, 22 de Março, na Missa das 11h, Bodas de Ouro e de Prata dos casais.
Mais uma vez junto dos doentes
Realmente há pessoas com imenso carisma para este belo serviço humano. E às vezes, sabe Deus lá por dentro... Mas o amor faz-nos esquecer de nós para nos entregarmos aos outros. Parabéns, elementos do grupo sócio-caritativo!
Confesso que o que mais me custou foi a visita à Unidade de Saúde. Como sempre. Não só porque já vinha cansado das visitas às casas, como porque tenho alguma dificuldade em lidar com hospitais. Aquele ambiente mexe comigo e preciso de fazer um esforço hercúleo para me manter por lá. Enfim, as minhas fraquezas e limites.
Resta-me agora cumprir a minha obrigação reforçada pela promessa feita. Rezar por eles.
3º Domingo da Quaresma - Ano B
A liturgia do 3º Domingo da Quaresma dá-nos conta da eterna preocupação de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova. Nesse sentido, a Palavra de Deus que nos é proposta apresenta sugestões diversas de conversão e de renovação.
Na primeira leituraLeitura do Livro do ÊxodoEx 20, 1-17, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”) que devem balizar a nossa caminhada pela vida. São indicações que dizem respeito às duas dimensões fundamentais da nossa existência: a nossa relação com Deus e a nossa relação com os irmãos.
Na segunda leituraLeitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios1 Cor 1, 22-25, o apóstolo Paulo sugere-nos uma conversão à lógica de Deus… É preciso que descubramos que a salvação, a vida plena, a felicidade sem fim não está numa lógica de poder, de autoridade, de riqueza, de importância, mas está na lógica da cruz – isto é, no amor total, no dom da vida até às últimas consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.
No EvangelhoEvangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoJo 2, 13-25, Jesus apresenta-se como o “Novo Templo” onde Deus se revela aos homens, lhes oferece o seu amor. Convida-nos a olhar para Jesus e a descobrir nas suas indicações, no seu anúncio, no seu “Evangelho” essa proposta de vida nova que Deus nos quer apresentar.
(in Dehonianos)
sexta-feira, 13 de março de 2009
DEPUTADOS VÃO GANHAR O DOBRO
Li e fiquei chocado. Nem me atrevo a transcrever aqui o que me ficou na alma. Deixo o texto.
Amigo leitor, leia, conclua, aja!
"Se acaso não se soube o que faz correr tanto os eurodeputados (e outros deputados) para as próximas eleições europeias, que em Portugal se realizam a 7 de Junho, bastaria dizer que, a partir dessa data, vão ter um aumento que vai para o dobro do que ganham agora. De 3.815 euros passam para os 7.665. Isto sem esquecer outros subsídios e mordomias.., e, depois, falam em crise. Tenham vergonhas, senhores!
Os eurodeputados portugueses, com a entrada em vigor do novo Estatuto do Deputado do Parlamento Europeu (PE), depois das próximas eleições europeias, passam a receber, como se disse, mais do que o dobro do salário. Sublinhe-se que, de acordo com as regras em vigor, os eurodeputados são pagos pelo Estado membro de origem.
HÁ QUEM CONCORDE
Edite Estrela, chefe da delegação socialista no PE, acha bem, e Carlos Coelho, deputado social- democrata também no PE, concorda. Ao contrário, Ilda Figueiredo, chefe dos comunistas no PE, considera injustificável que ‘os eurodeputados ganhem mais do que os deputados do seu país’, que é o caso de Portugal. Já Edite Estrela defende que ‘um eurodeputado ganhe mais’ do que um deputado da AR.
Face ao novo estatuto, e feitas as contas aos descontos a que são submetidos os salários, os parlamentares portugueses passarão a ganhar, em valor líquido, 5963 euros, quando, até aqui recebiam 2525 euros. Mas não é tudo. A juntar à remuneração propriamente dita, temos ainda o chamado ‘subsídio de estadia’. Esta ajuda de custo, no valor actual de 287 euros diários (e lembrarmo-nos que há portugueses que não têm mais do que este dinheiro - e muitas vezes menos - para passar todo o mês apetece dizer que assim não vale. É um escândalo do mais ultrajante que se possa imaginar).
OLHEM PARA ISTO, PORTUGUESES
A esta quantia, lê-se no regulamento disponível no sítio da Internet, acrescerá ainda uma outra, de mais 143 euros/dia, caso a comparência tenha de ser feita fora da UE. Depois, há ainda o reembolso das despesas por viagens.
Olhem para isto, Portugueses.
É por isso e para isto que os políticos lutam, encaixando-se no Parlamento Europeu depois de saírem de deputados na Assembleia da República ou noutros órgãos.
Crise? Esta gente não sabe o que isso é. E, se não sabe, como é que há-de defender os interesses dos mais fracos? Dos trabalhadores? — Nem sequer nos atrevemos a responder. Faça-o o leitor depois de ponderar em tudo o que fica dito.
AUMENTA O NÚMERO DE FAMÍLIAS A PASSAR FOME
Entretanto, o número de famílias a passar fome está a aumentar, recorrendo-se a peditórios para distribuir algumas migalhas. A Cáritas Diocesana de Viseu, por exemplo, vai realizar o habitual peditório anual nos próximos dias 12, 13 e 14 deste mês. No dia 15, 0 peditório a realizar nas missas dominicais também reverte a favor da instituição. ‘É a única receita que a Cáritas tem ao longo do ano. Numa ‘altura em que há cada vez mais pessoas a pedir ajuda’, disse José Borges, Presidente da Instituição, as verbas são sempre exíguas.
Os casos sucedem-se. ‘É a miséria autêntica '. E cada vez ‘há mais casos’, preocupando-o sobremodo a ‘chamada pobreza encoberta'. Em 2008, foram atendidos na Cáritas de Viseu 1760 pessoas e, já em 2009 - nos meses de Janeiro e Fevereiro -, foram apoiados 137. Quanto aos imigrantes, no mês de Janeiro atenderam-se 80 casos e, em Fevereiro, 69, prevendo-se a abertura de um gabinete de crise."
Piada de mau gosto...
- "Levanta-te... já são 8...!"
E diz ele:
- " Fogo... já marcaram o oitavo??!"
"Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração"
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
Violência à solta
A televisão e mais ainda a internet colocam hoje na cabeça dos mais novos modelos que espicaçam o natural desejo de protagonismo. Seja na maneira como encaram as relações amorosas e sexuais, seja no modo como o vivenciam na heroicidade violenta.
Por outro lado, quer se goste ou desgoste, a América, graças ao seu poderio de super-potência, continua a ser referência que a comunicação social sobrevaloriza. E é de lá que há muito nos chegam cenas de violência em escolas.
Por outro lado, as famílias têm muita dificuldade em funcionar correctamente. E já diz o velho ditado: "Aquilo que o berço dá a tumba o leva". A família é insubstituível. Uma criança - futuro jovem - é também uma caixa de ressonância do viver familiar. Ora a violência doméstica, quer aquela que é denunciada quer a oculta e até vista como normal, não pára de aumentar.
Quem lida com crianças e jovens apercebe-se à légua daqueles que provêm de famílias que são comunidade de vida e de amor, mesmo com flutuações, e das que são advindas de famílias desestruturadas onde as referências positivas escasseiam e os contravalores se avolumam.
Casos difíceis chegam, especialmente, de "famílias":
- onde os pais estão ausentes (emigração, por exemplo) e as filhos ficam com familiares ou amigos;
- de pais separados, sobretudo quando um deles desliga, não quer saber, abandona;
- quando o filho de pais separados fica entregue a um dos cônjuges que não é referência ética para o educando;
- de famílias desestruturadas onde o vício (por vezes o jogo sujo), o desdém, a violência, a falta de valores imperam. Normalmente esta famílias são numerosas.
Resultado?
- Crianças e jovens sem sensibilidade, desorganizados, arrogantes, malcriados, incapazes de lutar por objectivos.
- Crianças e jovens amorfos, tristonhos, solitários, por vezes com sintomas físicos (ora se queixam que dói isto, ora aquilo).
- Crianças e jovens desertos de valores, interiormente desestruturados. Como se diz: "Sem nada lá dentro", para quem tudo é bem desde que apeteça;
- Crianças e jovens com necessidade de afirmação e de chamar a atenção das mais diversas formas. Por isso criam situações várias de indisciplina.
- Crianças e jovens que são alvo fácil para os "predadores sociais" - álcool, droga, sexo.
- Todo o dominado pode tornar-se um dominador. Nestas crianças e jovens o risco de descambarem para a violência e grande violência é muito maior.
- Crianças e jovens para quem a escola, a catequese e outras formas de são desenvolvimento são uma chatice. São quem mais se exclui do processo normal de aprendizagem.
- Crianças e jovens que tendem a reproduzir os modeles desestruturados dos quais brotam...
Perante isto e muito mais, o meu grito, que é de esperança:
-DEFENDAMOS A FAMÍLIA COM UNHAS E DENTES!
- TUDO PELA FAMÍLIA, NADA CONTRA A FAMÍLIA!
- Que a Igreja, os políticos, a sociedade, a comunicação social não se cansem nunca de propor os verdadeiros valores familiares, promovendo-os e acarinhando-os.