quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Cheia de ser "boa menina"!
- O povo comentava para os seus pais: "Sois uns felizardos com esta vossa filha. É um orgulho ter uma filha assim..."
- Ninguém lhe perdoava qualquer pequeno deslize nos estudos. O lugar dela tinha de ser sempre o primeiro. Professores, colegas e pais eram implacáveis quando uma vez ou outra - raríssimo - não foi a primeira em resultados escolares.
- Em casa, ela era a "perfeita", a sem problemas, a de "outro mundo". Por isso, tinha que ajudar toda a gente: pais, irmãos, avós. Todos precisavam de gestos de carinho, de atenção, de quem os ouvisse. Para ela não havia gestos de carinho, ninguém lhe dava atenção, ninguém a ouvia. Afinal, estava claro na mente de todos que ela era a "perfeita"...
- Na escola, tinha que ajudar na aula e fora dela os colegas com mais dificuldades na aprendizagem, colaborar com os professores, ouvir as crises dos colegas, ser carinhosa e atenta para com os outros, estar presentes em todas as actividades. Mas ninguém se preocupava com os seus problemas, ninguém lhe perguntava se estava tudo bem com ela, ninguém se interrogava se tinha tempo e disponibilidade interior para ajudar toda a gente e para participar em tantas actividades. Afinal ela era a mais inteligente e a mais "perfeita"...
- Na associação, no grupo de jovens e nas actividades da Igreja a sua ausência era sempre indesculpável. Tinha que estar presente, fazer o seu trabalho e o dos outros, dar ideias, dinamizar. Se algo não corria bem, o alvo era sempre ela. Pois, ela era a melhor, a jovem por excelência, a inefável. Todos precisavam de ser apoiados, estimulados, ouvidos, compreendidos. Ela não, era a "perfeita".
- Mesmo nas brincadeiras, os amigos não brincavam com ela como brincavam com as outras. Havia na mente de todos a ideia de uma "jovem-anjo", alguém à parte da sorte dos mortais. E sentia-se triste quando os rapazes atiravam piropos engraçados às colegas e a ele nenhum se atrevia...
Cansou. Chegou a vez de quebrar a redoma:
- Estou farta de ser desumanizada!
Começou a descuidar-se nos estudos, deixou de colaborar e de ajudar, tornou-se refilona em casa, desapareceu dos grupos que integrava. Pais, professores, colegas e conhecidos entraram em pânico:
- O que é que se passa?
Cada um procura uma justificação para a "queda do anjo", todos alvitravam soluções. Uma ideia começou a ser consensual: consultar o melhor psiquiatra conhecido.
Naquela noite, quando os pais falaram com ela, tentando convencê-la a ir ao especialista, a mãe abraçou-a e o pai beijou-a e afagou-lhe os cabelos. Então sentiu pela primeira vez que alguém se preocupava com a sua humanidade.
Estava feita a consulta psiquiátrica.
Continuará a ser uma aluna brilhante e prestável, mas agora profundamente humanizada.
Forte Sismo traz morte e sofrimento
O ministro indonésio da Saúde anunciou hoje à tarde que há milhares de pessoas debaixo dos escombros devido ao forte sismo que, nas últimas horas, abalou a ilha de Samatra.
As testemunhas dão conta de casas completamente destruídas e da queda de pontes.
Um porta-voz do ministro indonésio da Saúde, citado pela agência Reuters, revelou que o hospital localizado perto do epicentro deste tremor de terra caiu, havendo igualmente pessoas presas nos escombros.
Segundo os últimos dados oficiais, pelo menos 75 pessoas morreram vítimas deste forte abalo na ilha indonésia de Samatra.
In Correio da Manhã
Dá que pensar! É mesmo preciso inverter a marcha!
A comunicação do Presidente da República
1. ERA MELHOR O SILÊNCIO (ainda as escutas) - http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/
( Leia o comentário a este post - pertinente!)
2. E AS SUSPEITAS CONTINUAM - http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Festas de São Miguel
No concelho de Tarouca tem hoje lugar o feriado municipal. Na maioria dos concelhos, o feriado municipal coincide com a festa do padroeiro da paróquia-sede. Neste caso, deveria ser São Pedro, que é o padroeiro da paróquia de Tarouca. Mas a tradição tem muita importância. E pronto, é São Miguel quem dá origem ao feriado municipal.
Não tem celebrações religiosas especiais, tirando a Eucaristia. É sobretudo uma feira, actualmente com menos gente, mas outrora muito concorrida.
Duas tradições culturais têm a ver com o S. Miguel: a marrã e o bazulaque. E tenho pena que, sobretudo o bazulaque, esteja a cair em desuso, já que é um prato típico tarouquense. Apelo aos tarouquenses que não deixem cair esta tradição culinária.
Apesar dos tempos serem outros, continua a haver muita gente que não dispensa uma ida às tendas para comer um fêvera. Dizem as pessoas que aí tem especial sabor. É a tal marrã.
Este ano, dada a campanha para as eleições autárquicas, a feira teve especial colorido. As várias forças concorrentes mostraram-se.
De tarde, além da apreciada corrida de cavalos, há futebol no recinto desportivo.
Claro que este dia é precedido de várias manifestações no Centro Cívico, sobretudo de índole musical.
A marrã penso que tem a ver com o ciclo da carne. Em tempos que já lá vão, não havia a abundância que hoje há. O grande abastecimento de carne tinha a ver com a carne de porco, cujo início da matança coincidia com o ciclo das colheitas. Daí a festa e a alegria desta data. Significava a novidade da chegada da carne.
Penso também que o bazulaque tinha então a ver com os pobres. Não tinham dinheiro para comprar cabritos, cordeiros , etc. Então aproveitavam os "miúdos" destes animais que os mais ricos desperdiçavam. Nascia assim um prato popular que se tornou património de todos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Filme
(Enviado por email)
Desde já peço desculpa pelo tipo de linguagem que o filme utiliza, num estilo muito brasileiro. Não levem a mal, por favor. Aproveitem para rir. Ao fim do stress eleitoral, um pouquinho de boa disposição é preciso. Obrigado pela compreensão.
Deixou a GNR para ser padre
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010&contentid=2F18BDE4-8884-4F49-B376-63DAD0EEC472
- Deixou a GNR
- Pôs um ponto final num namoro de quatro anos
- É feliz
Deus é maravilhosamente surpreendente! Precisamos todos de estar preparados para nos deixarmos surpreender por Ele.
Numa cultura (?) do barulho, da pressa, da distracção, da fuga constante, da superficialidade, do relativismo e do egoísmo, ELE lá está. À espera.
Quem Lhe abre a porta da sua vida???
Que campanha autárquica queremos?
O poder autárquico é o que está mais perto das populações e lhes é mais acessível. Não tenho neste momento dados sobre a abstenção neste tipo de eleições, mas acredito que sejam as que menos cidadãos eleitores tenham a abster-se de votar. E compreende-se. É aos autarcas que as populações se dirigem para a resolução de múltiplos e variados problemas que têm a ver com a sua vida. E mesmo quando se precisa de ir às instâncias do poder central, é muito importante a solidariedade do poder autárquico.
Mas porque estão mais próximos, os autarcas são mais conhecidos dos eleitores. A sua acção e o seu comportamento, sendo mais visíveis, tornam-se facilmente analisáveis e deturpáveis tanto no melhor como no pior sentido.
Então nesta campanha:
- que os vários candidatos apresentem as suas propostas com clareza, de modo que os cidadãos fiquem correctamente informados para poderem optar;
- sabendo que toda a eleição comporta também uma avaliação da obra feita, que tal avaliação seja realizada objectivamente, oferecendo os motivos de concordância ou discordância;
- que a campanha decorra dentro de uma dinâmica de esperança realista;
- que se evite a demagogia de tudo prometer a todas para não criar nas populações a decepção que acarreta sempre o afastamento dos eleitores da política e do interesse pela causa pública;
- que a campanha tenha nível e dignidade. Apresentem-se e debatam-se ideias e projectos, mas evite-se o ataque pessoal e mesquinho. "Lavar roupa suja" é para o lavadoiro, nunca para uma campanha de nível e com nível;
- que a saudável discordância política saiba respeitar o cavalheirismo entre os vários candidatos. Antes de tudo, está o ser humano e sua infinda dignidade. Há adversários, não pode haver inimigos. Pode-se discordar, mas existe o dever de ser SEMPRE cavalheiro;
- que os cidadãos estejam atentos, sejam serenos, saibam analisar a postura e as propostas dos candidatos e se decidam, não pelo interesse particular e - tantas vezes - mesquinho, mas tendo sempre em conta o bem comum. Quandos todos estiverem bem, cada um também estará.
domingo, 27 de setembro de 2009
Como vai ser agora?
- Por que razão não descola o PSD?
- Qual o motivo que leva uma parte significativa do eleitorado a optar em crescendo por um partido fracturante e extremista como o Bloco de Esquerda?
- Sócrates é o primeiro a chefiar um governo e que vê reduzida a votação nas eleições seguintes. Cavaco e Guterres tiveram mais votos na segunda vez do que na primeira.
- Apesar de toda a espécie de contestação nas ruas, de laivos de autoritarismo, de promessas não cumpridas, do desemprego crescente, Sócrates ganhou as eleições. Sem maioria absoluta, é um facto, mas ganhou. Porquê?
- Mais uma vez as sondagens não acertaram. Compare-se o resultado das sondagens com o resultado eleitoral do CDS.
- Vale a pena falar claro e dizer o que se quer, que projectos se defendem, o que se pretende fazer. Concorde-se ou não com ele, Portas falou claro. O resultado está à vista.
- Tirando o PSD, o único partido com o qual Sócrates consegue uma maioria absoluta parlamentar de apoio é com o CDS. Dirão: se Sócrate se coligar com a CDU e o B. E. também obtém uma maioria absoluta de apoio na Assembleia da República. Pois, mas alguém acha isto realista? Excepto em causas fracturantes, ninguém vislumbra tal coligação.
- O PSD term uma lição a tirar desta ida às urnas. Os eleitores não apreciam estas guerrilhas constantes dentro dos partidos, porque os querem virados para fora e não para dentro. Um projecto para o país, um líder carismático, uma dinâmica são precisas neste partido que não pode continuar a ser um contínuo lavar de roupa suja entre os seus militantes. Depois em 14 anos, o PSD só esteve três anos no poder e prepara-se para mais quatro de oposição. Algo não está bem.
- Em democracia, é importante ser governo, mas também é importante ser oposição. O país não pode esperar mais. É tempo de unir esforços para vencer a crise e as nossas crises. Que cada um assuma a sua responsabilidade.
- Será interessante ver como vai lidar Sócrates com uma maioria relativa. Penso que terá que passar por uma profunda transformação de humildade democrática, que foi o que lhe faltou em quatro anos e meio. Depois, ao depender do apoio parlamentar de outro partido, fica mais exposto às "bicadas" dos históricos do seu partido e de certos lobys ocultos que trabalham na sombra.
Sente-se no ar e nas pessoas com quem contactei uma certa sensação de liberdade e de leveza. "Ele já não tem maioria absoluta...."
PS ganha eleições sem maioria absoluta
Em democracia é assim. Ganha quem tem mais votos. O povo falou, está dito.
O PSD não arrancou, o Boco de Esquerda e o CDS subiram bastante a sua percentagem de votos. E, contra todas as sondagens, o CDS é a terceira força no Parlamento.
Compare com os resultados das legislativas de 2005
No Concelho de Tarouca/2009
Abatenção: 48,1%PSD: 37,2%
PS: 31,9%
CDS: 16,6%
Bloco de Esquerda: 5,2%
CDU: 4,6%
Braga e Benfica
Diz o povo que "o primeiro milho é para os pardais", mas o mesmo povo acrescenta que "candeia que vai à frente alumia duas vezes".
Como desportista, estou a gostar do futebol encarnado. Alegre, solto, consistente, eficaz. Para gáudio dos adeptos benfiquistas, estão de regresso à Luz as grandes goleadas, à imagem de outros tempos.
O Benfica investiu forte no reforço da equipa e, perspicazmente, contratou o treinador certo. Durante meses alimentei a esperança que Pinto da Costa não o deixasse fugir...
Claro que o futebol dá muitas voltas e não sabemos como vai estar o Benfica daqui a uns meses. Mas pelo que me tem sido dado observar através do futebol praticado, da dinâmica imposta e da esperança dos adeptos - não esquecer que, tirando o Dragão e Alvalade, o Benfica em qualquer dos outros campos tem sempre mais adeptos do que as equipas visitadas - o Clube da Luz é, na minha humilde opinião, o principal candidato ao título.
Jesualdo Ferreira não tem, este ano, o tempo para recuperar a equipa que teve em épocas passadas, porque actualmente tem um adversário de grande envergadura. E com os seus medos, invenções e lentidões, não creio que o Porto chegue ao penta, embora a esperança seja a última a morrer.
sábado, 26 de setembro de 2009
III Grande Cortejo Histórico "Tarouca 2000 Anos de História"
Silêncio! Amanhã há eleições.
Ali, no silêncio daquele cubículo, a sós. Sem ruídos, sem pressões. Os eleitores colocarão no papel a cruz (X) que a sua consciência lhes indicar.
Não fique em casa, exerça o seu direito de cidadania.
Não permita que outros decidam por si.
Serenadas as emoções da campanha, seja fiel à sua consciência, santuário da sua grandeza humana.
Vote por si, pela democracia, pelos outros, por Portugal.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Jornadas de Promoção Vocacional
Na primeira parte da reunião, estiveram connosco os responsáveis dos Seminários da Diocese. Dando seguimento ao encontro que se havia realizado antes do Verão, terão lugar, durante este novo ano pastoral, as Jornadas de Promoção Vocacional.
Se no último ano, o arciprestado alvo foi Cinfães, este ano foi escolhido o arciprestado tarouquense. Felizes coincidências. Estamos no Ano Sacerdotal e o Papa visita o nosso país.
Ficou calendarizada, no geral, a intervenção dos Seminários em cada paróquia. Na de Tarouca será em 7/8 de Novembro, exactamente no início da Semana dos Seminários.
O encerramento das Jornadas de Promoção Vocacional será na Festa de Santa Helena.
Após os colegas responsáveis pelos Seminários terem saído, a reunião continuou, agora centrada no último encontro do Conselho de Arciprestes e na análise de situações que têm a ver com o arciprestado.
É bom, é admirável quando os padres se encontram. Sempre a mesma preocupação: o melhor serviço sacerdotal ao espaço pastoral que servem.
COMO É POSSÍVEL?
In Mansidão
Essa pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável
Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...
(Enviado por email)
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Cristão praticante
Admiro profundamente as pessoas que trabalham toda a semana, às vezes tendo só como dia livre o domingo, e não deixam vazio o seu lugar na comunidade crente. Podiam ficar na cama mais um bocado, podiam ir à caça ou à pesca, podiam ir até ao café, podiam aproveitar para fazer desporto... Mas estão ali, louvando com os irmãos o Senhor. Esta gente só pode ser fantástica! Merece todo o respeito e consideração pelo exemplo e pelo testemunho que irradiam para uma sociedade materialista e relativista que põe Deus no banco dos suplentes da vida.
Talvez fruto da grande cristandade, ainda persiste um certo tipo de discurso no seio da própria Igreja. Consiste em estar sempre a "puxar as orelhas" aos que lá vão. Não, não concordo. E esta minha posição tem sido repetidamente assumida neste pobre blog. Quem lá vai merece todo o respeito, acolhimento, admiração. Geralmente, estes não criam problemas ao evoluir da comunidade porque acompanham o seu crescimento. Já o disse e repito. Quem cria problemas são os tais "não praticantes". E olhem que são já dezenas de anos de serviço às comunidades! Não falo de cor.
Claro que quem caminha para a comunidade que se reúne na casa do Senhor também tem que caminhar para a comunidade no dia-a-dia. Como diz a Bíblia, ninguém pode dizer que ama a Deus se não amar os irmãos. E aqui, concordo, ainda há um longo caminho a percorrer. O Cristo que louvamos, escutamos e comungamos na Igreja é inseparável do Cristo que está em cada irmão. Sim, sei que nós, os praticantes, falhamos bastante neste aspecto. Precisamos de melhorar. E muito. Os nossos gestos, palavras, acções e sentimentos precisam de ser alimentados constantemente pelo Cristo que acolhemos e adoramos na Igreja. É urgente que a Igreja saia para fora das igrejas pelo testemunho dos cristãos.
Quero que fique claro que há muitas pessoas que não frequentam e que têm um excelente comportamento humano, solidário, fraterno. Gente que respeita, que não critica quem vai, que aceita até humildemente que está em falta para com Deus, que entusiasma outros a irem. Em muitos destes, instalou-se a falta de hábitos de participação ou o tal respeito humano que, sobretudo nos homens, tem um peso abocanhante.
Lá está a história da moeda. Uma mesma moeda, mas com duas faces. Uma vida cristã, dois amores. Amor a Deus e amor ao próximo. Se não há moeda com uma só face, não há vida cristã sem estas duas vivências em simultâneo.
Podemos lá chegar, sem dúvida! O coração humano é fantástico quando quer. E Deus está sempre lá, no sítio certo.
Vamos aceitá-l'O para termos mais força para transformar este mundo pelo fermento libertador do Evangelho?
Papa em Fátima para o 13 de Maio, no próximo ano
"Sua Santidade o Papa Bento XVI efectuará uma Visita a Portugal no próximo ano, em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República", pode ler-se na nota publicada.
O programa da visita ainda não está definido, mas a Presidência da República adianta que o Sumo Pontifíce "deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio."
O convite a Bento XVI foi feito aquando da visita de Cavaco Silva ao Vaticano, Roma, em Junho do ano passado. A resposta chegou esta semana, já depois dos responsáveis de Roma terem admitido que o Papa pretendia visitar Portugal.
In Correio da Manhã
Como Papa, será a 1ª vez que Bento XVI visita Fátima. Enquanto Cardeal, o actual Papa presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de Outubro de 1996.
Telefonou-me ontem
Perguntava, desgostoso, a razão pela qual não lhe publiquei o comentário que havia enviado para este blog.
Fiquei atónito. Afinal nos últimos tempos tenho publicado todos os comentários enviados. Felizmente! Porque as pessoas podem concordar, concordar mas..., discordar. Desde que com elevação e com seriedade.
Realmente não tinha recebido qualquer comentário dessa pessoa. O que se passou? Não sei. Aqui não chegou.
Existem algumas razões que, na moderação de comentários, podem impedir a publicação dos mesmos:
1. O comentário não chegar à moderação. Neste caso nada a fazer.
2. O comentário ser tido como ofensivo para qualquer pessoa em concreto.
3. O comentário enveredar por "baixas politiquices" locais.
4. O comentário ser disparatado.
5. O comentário nada ter a ver com o post nem com o espírito do blog.
Antes de falares aos homens de Deus, fala a Deus dos homens
Estive como pároco no sua paróquia. É uma cristã que sempre admirei profundamente.
Afável, delicada e dedicada. Persistente.
Era a alma do grupo de catequistas, integrava a comissão da Igreja, sempre presente no coral que recatadamente entusiasmava e unia.
Nos tempos em que a assistência na saúde era mais difícil, ela dava as injecções aos doentes, cumprindo religiosamente a prescrição médica, fosse noite ou fosse dia. Sendo pobre, nunca abandonou os pobres e os doentes que visitava com especial afecto.
Onde houvesse problemas ou complicações entre pessoas, a Maria aparecia discretamente como elo de paz e de concórdia.
Nunca se queixava da sua falta de meios materiais. Para ela chegava sempre. Preocupavam-na os outros, os seus problemas, a saúde, as rivalidades, os amuos, os desentendimentos, a solidão dos idosos, a pobreza dos pobres.
Nunca a ouvi falar mal de ninguém. Porque se preocupava em realçar sempre o positivo que há em cada um.
Com o seu pároco, era delicadíssima, franca, leal. Quantas vezes, com os problemas, vinha apresentar sugestões para a resolução dos mesmos!
Tinha consciência profunda do que é ser comunidade. Assim, era recatada e humilde, mas admiravelmente responsável e serviçal. Nunca lhe ouvir dizer façam isto ou aquilo, mas afirmava ou sugeria convictamente: vamos fazer isto ou aquilo.
Mulher de estofo interior. Críticas injustas? Infelizmente. Maledicência? Também. Ingratidões? Não faltaram. Algo a fez desistir? Não. Nunca foi pessoa para perder tempo com desistências.
Entendi muito bem o segredo de uma vida gasta ao serviço dos outros. Estava no Sacrário.
Quantas e quantas vezes entrei naquela Igreja e vi a Maria recolhida, em profunda oração! A maneira como participava na assembleia cristã era em todos os aspectos edificante.
Ouvi uma vez um pai, ao fim de uma Profissão de Fé, chamar-lhe segunda mãe e segunda mãe dos seus filhos. Olhei então para a assembleia. As cabeças moviam-se em sinal de assentimento.
São cristãos desta ração, desta têmpera que a Igreja precisa para se renovar.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Cristão não praticante faz algum sentido?
- Eu sou católico (a) não praticante.
Ou então:
- Sou agnóstico(a).
Mais raramente:
- Sou ateu, ateia.
É sobretudo o mundo dos "católicos não praticantes" que mais problemas causa às comunidades cristãs. Com um pé dentro e outro fora, não são "frios nem quentes", aparecem quando lhes convém - normalmente nos baptizados, casamentos, funerais e algumas festas.
Mais, temos hoje pessoas que só entram nas igrejas porque os levam. No baptismo foram levados pelos pais e nos funerais são levados por outros.
Por norma, estes ditos "católicos não praticantes" são muito críticos para com a Igreja, não porque a amem, mas para desculpar a sua possível má consciência. Já se diz no futebol que a melhor defesa é o ataque...
Então dizem que não frequentam por causa do padre, do catequista, do vizinho, dos que lá vão... Sim, a culpa é sempre dos outros. Deles, claro que não! Ai, eles são um exemplo, uma referência, os melhores!!! Lá está, a melhor defesa é o ataque...
Centralidade de Cristo? Está quieto! Cristãos por causa de Cristo? Pois, mas isso é exigente...Então é mais fácil acusar outros para se desculpar.
Que diriam se fossem muito aflitos ao médico e este se negasse a atendê-los, dizendo que era médico não praticante? Ou se chamassem, numa emergência, os bombeiros e estes dissessem que não iam, porque eram bombeiros não praticantes? Ou se o treinador mandasse jogar o Cristiano Ronaldo e este se negasse, alegando que era futebolista não praticante? Que diriam? Então agora concluam... Cristão não praticante faz algum sentido???
Fugindo da comunidade, não crescem com a comunidade, não caminham com a comunidade, não fazem experiência de comunidade a qual passa a ser para os não praticantes um corpo estranho.
Urge ter a coragem de assumir as suas próprias responsabilidades. Urge a grandeza de não andar sempre a atirar pedras aos outros e de se desresponsabilizar com os outros.
A vida é bela. Assuma-a com alegria.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Gostava que defendesse a verdade
- Ah, sim! - responde o Bispo.
Então o padre, parecendo-lhe ter recebido do Bispo luz verde para falar, deita cá para fora.
- Há leigos que se queixam-se que o senhor só muda os padres de que o povo gosta. Aqueles que as pessoas não apreciam, nunca lhes toca. Que demora imenso nos pontificais na Sé e que fala muito e diz pouco. Que nas visitas pastorais não está atento às especificidades de cada comunidade e que tem sempre o mesmo tipo de intervenção. Que dos padres todos ouve meia dúzia deles e os outros são paisagem. Que não presta a devida atenção aos movimentos eclesiais. Que os leigos se queixam que não é respeitado o seu papel na Igreja. Que a diocese está sem rumo pastoral... Mas olhe que eu defendo-o sempre!
- O Bispo sorriu e depois disse calmamente:
- Defende-me? Mas eu não quero que me defenda a mim. Quero que defenda a verdade.
Sou Cristão por causa de Cristo
Somos cristãos por causa de Cristo. SÓ! É n’Ele que está toda a nossa confiança.
Só a Ele adoramos.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Há...
... quem goste da comida com pouco sal (ou nenhum), mas há também quem não aprecie comida sem o devido tempero.
... quem aprecie imenso piripiri na comida, mas há quem o não suporte.
... quem goste de mel, quem o tome quando precisa, quem o não tolere e quem ache que mel a mais também enjoa.
... quem beba moderadamente, quem beba excessivamente, mas também há quem não ingira bebidas alcoólicas.
E quando tudo isto acontece na mesma casa? Pobre da dona de casa...
Gestores públicos ganham prémios de 1,4 milhões
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&contentid=A26DC30F-F05F-4685-B1C4-3FD58345FE55
Já agora, passe os olhos pelos comentários que se seguem à notícia.
O resto é paisagem...
A cereja ficou nas cerejeiras. Ninguém a quis. E era normalmente este fruto que trazia o dinheiro para começar as pagar as despesas com sementes, adubos e tratamentos. Igual sorte teve a pêra joaquina e a ameixa. A maçã está a ser levada pelos comerciantes, tantas vezes sem preço garantido. Receberão o que lhes derem... Quanto às uvas, acontece exactamente o mesmo que à maçã. Por isso, alguns farão outra vez o vinho em casa na esperança que apareça um comprador. Quanto à batata, nem é bom falar. Aos preços que correm, não dá para pagar à mulher que a apanha quanto mais ao resto.
Felizmente que a Natureza até foi generosa no que diz respeito às colheitas. O pior é o resto!
Quem fala na agricultura nesta campanha política??? E no estado miserável em que esta actividade se encontra, nada mais resta aos mais novos do que abandonar a terra e emigrar.
Indústrias não há. O comércio está em baixo. A indústria turística não arranca. E sem trabalho, as pessoas não se fixam, logo não compram casa, o que acarreta crise para a construção civil que ainda ia oferecendo postos de trabalho.
Realmente este interior parece de vez afastado das preocupações dos políticos. Lá está. Para eles o país resume-se à faixa de 20km ao pé do mar. O resto é paisagem...
Gente crente e ligada à Igreja, estas pessoas precisavam exactamente que os seus Pastores fossem a sua voz para que também o interior tivesse vez e voz. Mas os nossos Bispos assim não entendem...
Roupa oferecida
A vida não é fácil. Mas não se queixam. Vivem de acordo com as suas possibilidades. Ali não entram roupas de marca, nem telemóveis caros, nem outras coisas que a juventude aprecia. A feira é a sua loja de marca!
Há dias, o filho mais velho, estudante universitário, disse-me:
- Não tenho vergonha de dizer que alguma da minha roupa é usada. É-me dada pela mãe de um colega meu que é estudante de medicina!
E acrescentou:
- Às minhas duas irmãs acontece o mesmo...
domingo, 20 de setembro de 2009
Odenação Episcopal de D. Manuel Linda
Teria imenso gosto em estar presente, mas o facto de ser o 3º domingo do mês impede-mo. Tenho oração e Eucaristia em Santa Helena às 17 h.
Deixo aqui um abraço forte e sentido a este meu antigo colega do Seminário de Lamego. A vida colocou-nos em dioceses distintas. A fé, o baptismo, o sacerdócio e a amizade fazem de nós humildes trabalhadores da vinha do Senhor.
Parabéns, amigo! Fica a minha humilde oração ao Pastor pela fecundidade do teu serviço episcopal.
Deus te encha da sua bondade e misericórdia e sejas no meio do povo de Deus o incansável arauto da Verdade libertadora do Evangelho.
O partido ideal seria aquele que...
- Fizesse da família tradicional o seu baluarte.
- Restituísse a autoridade aos pais, à escola e à autoridade policial.
- Fizesse da escola um lugar sério de trabalho e de valores e não um "depósito" de meninos, tendo a coragem de terminar com os "diplomas da ignorância" só para estatística ver.
-Colocasse a segurança das pessoas e dos bens como um prioridade de cada dia.
- Manifestasse a coragem de rever todo o processo do rendimento mínimo de inserção, dando-o a quem realmente precisa e não a parasitas e preguiçosos.
- Estimulasse a criatividade e o empreendadorismo.
- Obrigasse os bancos a pagar o que realmente devem pagar.
- Taxasse condignamente as grandes fortunas.
- Ponderasse a maneira de acabar, em conjugação com os países da UE , com os paraísos fiscais.
- Tivesse um ideia de nação e da sua idiossincrasia.
- Propusesse a imediata suspensão de todos os benefícios e benesses que acompanham a vida dos políticos.
- Tivesse a coragem de suspender os aumentos nas grandes reformas para aumentar sistemática e sustentadamente as reformas de miséria que atingem a maioria dos reformados.
- Respeitasse inflexivelmente a liberdade de opinião.
- Fosse capaz de transformar diariamente a política num acto de verdade e não de charlatanismo.
- Abdicasse de todo o autoritarismo, pidismo, autismo e prepotência.
- Arrancasse decididamente em prol de leis justas e de uma justiça justa e rápida, sem os privilégios que os "grandes" demonstram.
- Se manifestasse determinado sem ser obcecado e manipulador.
- Compreendesse a religiosidade dos cidadãos como manifestação da sua justa cidadania.
- Se mostrasse determinado na inclusão do interior no todo nacional. É que o interior também é Portugal que não se restringe a uma faixa de 20 km ao pé do mar.
- Que mais do que um tecnocrata fosse um humanista.
sábado, 19 de setembro de 2009
AMOR SEM VERDADE?
Não se ama na mentira, aliás só a verdade merece o amor. "A Verdade vos libertará" - Jesus Cristo
Verdade sem amor sabe a hipocrisia.
Vive a verdade no amor. Ama na verdade.
2. O HOMEM DA FÁBRICA
Ouvi há tempos numa rádio local uma entrevista a um empresário com sucesso. Perguntaram-lhe de onde vinha o êxito. Entre outras razões, indicou estas:
- Se um trabalhador merece mesmo um elogio, faço-o sempre em público.
- Se um trabalhador errou, nunca o repreendo ao pé dos colegas. Chamo-o ao gabinete e a sós conversamos.
- Se as pessoas de uma secção da fábrica erram, chamo-as a atenção a todas em conjunto, mas nunca diante de todo o pessoal da fábrica. Só elas.
O que há aqui de Evangelho! Não sei se o senhor é ou não crente. Mas que pratica o Evangelho, é verdade. "Se o teu irmão errou, vai ter com ele a sós e corrige-o", disse Jesus.
3. DOIS DOENTES
Dois doentes precisavam de tomar injecções. Nenhum gostava de o fazer. Mas um lá pensou e disse para si mesmo que precisava de estofo interior, coragem para enfrentar aquela situação desagradável. Foi. Resultado: curou-se. Sentia-se bem com ele e com os outros.
O segundo nem quis pensar. Insurgiu-se contra as injecções, contra o médico que as receitou e ficou fechado no seu orgulho e no medo. Resultado: sentiu-se cada vez pior e arranjou problemas para os outros que tinham que lidar com a sua doença e indisposição.
É verdade. Hoje parecemos todos umas florzinhas de cheiro, cheios de "não-me-toques." Sem estofo interior e sem poder de encaixe. Se alguém nos chama à atenção, revoltamo-nos, ficamos fechados no nosso umbigo, falámos mal de quem nos tentou corrigir. Faltam-nos toneladas de humildade, a rainha de todas as virtudes!
Por isso, não crescemos por dentro, vamo-nos tornando insuportáveis a nós mesmos e aos outros.
4. MANEIRAS DE SER
Toda a gente percebe muito bem quando nos falam com amor e verdade.
Há quem seja espalhafatoso, fale mais alto e seja uma pessoa de onde dimanam naturalmente amor e verdade.
Há quem seja "sorrisinho amarelo", fale baixo, com modinhos, mas nos deixe na dúvida: "Com este arzinho de manhoso, ou já a pregou ou está para a pregar!"
Cada um é como é. Felizmente! O que é preciso é que seja claro que, falando desta maneira ou daquela, nos seja comunicada a verdade com amor!
jet set
Ouvi há pouco esta referência. Nunca tinha pensado nisto.
Será que nem a Igreja escapa ao famoso jet set?
Alguém quer pronunciar-se sobre este assunto? Seria interessante.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B
A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a “sabedoria de Deus” – dizem os textos bíblicos deste domingo – possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.
O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.
A segunda leitura exorta os crentes a viverem de acordo com a “sabedoria de Deus”, pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da “sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.
A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a “sabedoria de Deus” provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a “sabedoria de Deus”: a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.
Hoje não estive ... Estive
Não estive na inauguração do Novo Centro Escolar de Tarouca. Pedi a outro colega o favor de presidir à bênção das instalações.
(Veja aqui informação sobre este evento: http://taroucahoje.blogs.sapo.pt/)
Estive em Lamego. Havia sido convocado para a reunião do Conselho de Arciprestes e marquei presença.
Lembrei-me hoje do ditado popular: "Primeiro a obrigação, depois a devoção". Gostaria de ter estado nos dois eventos que ocorreram em Tarouca, mas não podia faltar ao meu dever de arcipreste.
A reunião que contou com a presença de todos os 14 arciprestes da diocese, foi presidida pelo senhor Bispo, contando ainda com a presença do Vigário Geral, secretário do Conselho Presbiteral e responsável pela Pastoral.
Estiveram em análise o novo Plano Pastoral Diocesano, a Assembleia do Clero, entre outros assuntos. Ah! Não faltaram os ecos do último Simpósio do Clero.
É sempre muito agradável estar, rezar, partilhar, brincar, projectar com os colegas que são fantásticos.
Poder-se-ia ir mais longe? Estou verdadeiramente convencido disso.
Mas dei comigo a pensar: "O estar precede o fazer..."
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Reunião de catequistas
Falou-se da importância de ser catequista neste tempo, com disponibilidade interior para acolher, aceitar, fazer pontes, dando respostas novas a novos desafios na fidelidade ao Evangelho de sempre.
Reflectimos e partilhámos sobre o acolhimento humano em catequese.
Organizou-se a catequese a nível de turmas, catequistas e salas.
Marcaram-se as actividades catequéticas: visitas ao lar, festa da catequese, peregrinação das crianças a Fátima, passeio doa catequistas, celebração da 1ª Comunhão, Profissão de Fé e Crisma (este ainda sem data).
Como ser catequista é uma bela prova de amor a Deus, aos catequizandos e às famílias, procuraremos que este ano catequético decorra sob a bandeira da ESPERANÇA, sem desânimos apesar das fracas estruturas materiais, apesar das incompreensões, apesar da cruz...
Esperamos sinceramente o melhor apoio dos pais, em primeiro lugar, e da comunidade.
Cristo vale a pena!
Álcool, droga, sexo
Na sala de aula já existem telemóveis, por vezes a tocar, ipodes, pois alguns meninos querem é música...
Todos sabemos como os manuais escolares são enfadonhos e pesados, pelo que vai sendo um hábito deixá-los em casa ou arrumadinhos nos cacifos para não se estragarem...
O mesmo com as máquinas de calcular, essas aberrações caras que só servem para gastar dinheiro aos pais e dar cabo da cabeça aos pequenos...
Sabemos também que o lugar privilegiado da venda de droga é à volta dos estabelecimentos de ensino e, qual parasita, ela apanha boleia de alguns alunos mais incautos ou atrevidos. Ei-la então nos recreios, na sala de aula e na sala dos alunos - atenção que ainda não há sala de chuto nas escolas!
Álcool é ver as garrafas abandonadas e o que prolifera nos cafés circundantes, bares ou passeios: meninos/as a cair de bêbados, olhos vidrados, vidas e famílias a serem destruídas...
Que mais pode faltar? É óbvio - o preservativo! Tanto mais que é levezinho, maleável e um bem necessário à concretização da formação dos nossos jovens.... (alguma multinacional deve estar a esfregar as mãos de contente!).
Educação cívica, para quê? Educação moral, para quê? Educação sexual, claro e com todo o material de apoio para que não falte nada, possam ter nota máxima e aceder aos quadros de honra e mérito da nossa sociedade tão evoluída e avançada...
Quase somos levados a acreditar que a crise até vai ficar resolvida, ultrapassada e sanada...
Pais de todo o País - uni-vos, o cenário é maquievélico e perverso, não vos deixeis iludir.
Não estamos a brincar às experiências mediáticas ou políticas, está em jogo o futuro pessoal, familiar e profissional dos vossos filhos e netos.
Maria Susana Mexia, Professora e Mãe
In Jornal da Beira, 17/09/09
Aproveitemos o nosso tempo
Todos os dias cada um de nós acorda com uma conta corrente de alguns milhares de segundos que podemos aproveitar em nosso favor ou de outros. Ou então inutilizar ou usar mal. Um dia tem 24 horas, 1.440 minutos ou 86.400 segundos.
Com os grandes amigos, cresce-se sempre!
As palavras de despedida centraram-se na esperança. E que seríamos nós sem ela?
A divina Providência fará brotar o bom e o belo que há no coração das pessoas e do mundo.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Mais do mesmo
terça-feira, 15 de setembro de 2009
A Igreja é para todos, mas não é para tudo
O facto em si nada tem de especial. É normalíssimo que o pároco se encontre com estas e aquelas pessoas para tratar dos mais diversos assuntos da vida paroquial. Então por que razão o trago para aqui?
Porque me marcou muito agradavelmente.
- Gente preocupada com as actividades específicas em que está envolvida.
- Gente que quer dar uma resposta adequada a este tempo. "Não se deita remendo novo em pano velho, diz Jesus".
- Gente que partilha francamente, abertamente, lealmente.
- Gente com os pés assentes no chão.
- Gente que vive a alegria do acolhimento de quem chega e não fica no legalismo farisaico que separa e segrega.
- Gente que procura a verdade neste tempo de confusão. "Sou muito amigo do meu amigo, mas sou mais amigo da verdade". E Jesus disse: "Só a verdade vos tornará livres."
- Gente que sente a alegria da fé e o entusiasmo pela causa humana.
Por tudo, Senhor, eu Te agradeço. Hoje eu vi-Te. Também na fé serena e decidida destas duas pessoas.
A tartaruga e o político
Tartaruga no poste... santa sabedoria!!!!
Enquanto suturava um ferimento na mão de um velho (cortada por um caco de vidro indevidamente jogado no lixo), o médico e o paciente começaram a conversar sobre o País, o governo e, fatalmente, sobre políticos.
O velhinho disse:
- Bom, o senhor sabe que o político é como uma tartaruga em cima do poste...Sem saber o que o velho quis dizer, o médico perguntou o que diabo significava uma tartaruga em cima do poste. Ao que o velho respondeu:
- É, quando o senhor vai indo por uma estradinha, vê um poste. Lá em cima tem uma tartaruga tentando equilibrar-se. Isso é uma tartaruga em cima do poste.
Perante a cara de espanto do médico, o velho acrescentou:
- Você não entende como ela chegou lá;
- Você não acredita que ela esteja lá;
- Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;
- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- Você sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
- Você não entende bem porque a colocaram lá;
- Então, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o seu lugar!
(Enviado por mail, modificado)
Tente adivinhar!
A que político nacional se estaria a referir o velho sábio?
Também vou tentar adivinhar...
SOPÉ DA MONTANHA
- A experiência de um jovem no Centro de Deficientes Profundos e numa peregrinação por terra italianas.
- Reportagem sobre o Cristo Rei.
- Informações sobre a Gripe A.
- Fotos e reportagem sobre o incêndio que atingiu a Serra de Santa Helena.
- As conclusões do VI Simpósio do Clero de Portugal.
- A importância do LIMÃO para a sua saúde.
- A sempre agradável conversa de café entre o sr. Antunes e o Afonso.
- Referências à pastoral paroquial (catequese, mês de Setembro...).
- CENTRO PAROQUIAL - o ponto da situação e a necessidade da sua intervenção.
- Muito mais.
Se não tem a versão em papel, pode lê-lo aqui:
http://paroquiadetarouca4.no.sapo.pt/sope.pdf
15 de Setembro - Nossa Senhora das Dores
Nos primórdios da Igreja, a festa era celebrada com o nome de Nossa Senhora da Piedade e da Compaixão. No século XVIII, o papa Bento XIII determinou, então, que se passasse a chamar de Nossa Senhora das Dores.
A ordem dos servitas foi responsável por criar uma devoção especial conhecida como "As Sete Dores de Nossa Senhora", que nos lembram os momentos de sofrimento e entrega de Maria ao seu Senhor. São elas:
1- A profecia de Simeão - Lc 2, 35
2- A fuga com o Menino para o Egito - Mt 2, 14
3- A perda do Menino no templo, em Jerusalém - Lc 2, 48
4- O encontro com Jesus no caminho do calvário - Lc 23, 27
5- A morte de Jesus na cruz - Jo 19, 25-27
6- A lança no coração e a descida de Jesus da cruz - Lc 23, 53
7- A sepultura de Jesus e a solidão de Nossa Senhora - Lc, 23, 55
Oração a Nossa Senhora das Dores
Virgem Santíssima das Dores,
olhai-me carregando a cruz de meu sofrimento.
Acompanhai-me como acompanhastes a Vosso Filho Jesus no caminho do Calvário.
Sois minha Mãe e necessito de vós.
Ajudai-me a sofrer com amor e esperança para que minha dor seja dor redentora.
Que as mãos de Deus se convertam num grande bem para a salvação de almas.
Amen.
http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=6173&cod_canal=32
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Todos diferentes, todos amigos
O idoso pai é um fã de Salazar, que era o verdadeiro estadista. Depois dele, só apareceram oportunistas que só se sabem governar em vez de governarem o país. Ah! É adepto do Belenenses. Nem que vá para a 3ª divisão!
O Filho mais velho é PSD convicto, pois diz que é o único partido que verdadeiramente se identifica com a maneira de ser dos portugueses, até nas suas questiúnculas. Benfiquista dos quatro costados, o seu santuário é o Estádio da Luz.
A filha torce pelo PS e, embora com mágoas da governação Sócrates, diz que é socialista até ao fim. Não liga a futebóis, mas é uma feminista convicta.
O filho mais novo diz que não tem cor política, que não lhe diz nada a política, que nem quer saber dessas coisas. Mas para protestar afirma que vai votar no Bloco de Esquerda. É portista apaixonado e para ele o Porto é o maior. Os sportinguistas e benfiquistas são um bando de recalcados e invejosos.
A mãe é sportinguista porque seus pais e irmãos eram do Sporting. Não perde um instante com jogos de futebol nem identifica um só jogador do seu clube. Sabe o resultado dos jogos, porque ouve o marido e os filhos a falar sobre o assunto. É do CDS, porque é o partido que melhor defende os valores em que acredita.
Ideias muito diferentes, sensibilidades muito diferentes, gostos muito diferentes. Mas nada os afasta uns dos outros. Gostam de estar juntos, conversam imenso, discutem às vezes, brincam, riem-se, gozam mas sem se achincalharem. Naquele lar, a empatia e o prazer de estar juntos é muito maior do que as diferenças. E penso até que não seriam tão unidos se não fossem tão diferentes. Para eles vale o slogan: "Todos diferentes, todos iguais."
Serenidade, precisa-se!
Defenda ideais, princípios, projectos em que acredita solidamente.
Denuncie o erro, mas poupe as pessoas que erram.
Lembre-se que ninguém é dono da verdade. Com abertura de espírito, podemos encontrar centelhas de verdade mesmo naqueles de quem discordamos.
Fuja da crítica fácil, infundada e sensacionalista. Afinal não existimos para sermos "Maria vai com as outras."
Lembre-se! Às vezes é preciso navegar contra a maré!
domingo, 13 de setembro de 2009
"Não tenhais medo"- Jesus Cristo
"Não temais! Eu venci o mundo" - Jesus Cristo.
Luta, irmão, pelo mundo novo que há-de vir!
Não estás só. Porque ELE está contigo.
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém abrir, Eu entrarei e cearei com ele." - Jesus Cristo
sábado, 12 de setembro de 2009
Eleições legislativas
Voto contra alguém.
Ainda não sei em que votarei."
-Sintomática esta posição daquela senhora de idade. Será a única? Pelo que vejo e ouço, não está só...
Os mandamentos na Bíblia….
Pelos mandamentos, Deus fala-nos e convida-nos a fazer uma escolha (Deuteronómio 30, 15-20).
- A Bíblia conta que, tendo criado o ser humano, Deus dá-lhe imediatamente um mandamento (Génesis 2,16-17). É como se, sem mandamento, não houvesse relação com Deus. O primeiro mandamento de Deus no jardim do Éden que proíbe «comer da árvore do conhecimento do bem e do mal».
- No Sinai, Deus fez uma aliança com «os que amam e guardam os seus mandamentos» (Deuteronómio 7,9).
- Aos animais, Deus permite que façam instintivamente o que é justo. A nós, seres humanos, diz-nos os mandamentos, assumindo o risco da nossa liberdade. «A rola, a andorinha e o grou pressentem o tempo da sua migração. O meu povo, porém, não conhece a Lei do Senhor!» (Jeremias 8,7) Deus não programa nem força o comportamento humano. Fala-nos. Jeremias queixa-se da situação que daí pode resultar. Mas se Deus não nos quer guiar de outra forma a não ser falando-nos através dos seus mandamentos, é porque dá mais importância à nossa resposta livre – qualquer que ela seja – do que ao nosso comportamento justo.
- Um dia, um jovem pergunta a Jesus: «Que hei-de fazer de bom para alcançar a vida eterna? » Ele responde-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos» (Mateus 19,16-17). Porque é que Jesus opõe, na sua reacção, a simples observação dos mandamentos à interrogação sobre o que é bom fazer? Os mandamentos não são só uma informação sobre o que é bem ou mal. Jesus lembra que «Bom é só um». Através dos mandamentos, não é tanto um saber sobre o bem e o mal que Deus nos comunica, mas mais um apelo a que o escutemos e ponhamos em prática o que ouvimos.
- Segundo o apóstolo João, a comunhão com Deus realiza-se na observação dos mandamentos: «Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele» (João 3,24).
- Os Mandamentos não são imposições de Deus. São:
. uma prova de confiança de Deus na nossa liberdade
. um desafio à nossa liberdade
. um apelo a confiarmos em Deus
.uma manifestação do amor do pai por todos os seus filhos. Um Pai eternamente sábio e amoroso que não nos abandona, mas oferece caminhos novos.
As confusões acerca do amor
- Confundir o amor com fazer sexo sem nenhum tipo de compromisso.
- Confundir com a superproteção, por sinal, muito frequente no relacionamento entre pais e filhos
- Encontramos também falsas atitudes de amor que no fundo nada mais são do que reflexo de imposição, de censura e discriminação, de violência e injustiça contra os direitos inalienáveis do ser humano.
O mandamento novo proclamado por Jesus é original, porque nos remete à origem, à verdadeira e inesgotável fonte do amor, Deus e sua capacidade infinita de amar. É o testemunho de Jesus que nos confirma que não existem barreiras, fronteiras, limites para o amor infinito de Deus.
O que caracteriza concretamente este amor é a gratuidade. Na dinâmica do amor gratuito, o interesse, o lucro, a recompensa, o mérito não estão presentes.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Reuniões e encontros
24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano B
A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.
Exigentes e permissivos
11 de Setembro - Aniversário natalício de D. Jacinto
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
"De pequenino, se torce o pepino"
Trabalho quase escravo. Crianças a quem foi negado o direito de ser criança.
Crianças a quem foi negado o direito à escola, porque lhe foi imposto o dever de trabalhar.
Crianças a fazer o trabalho de adultos com ordenados (?) de miséria.
Crianças exploradas para lá dos limites das suas forças.
Criança roubadas à brincadeira.
Mas penso que por cá se cai no extremo oposto. Crianças mimadas e super-protegidas a quem nada é pedido e tudo é oferecido.
Ajudar os pais a pôr e levantar a mesa das refeições, será exploração da mão-de-obra infantil?
Limpar a loiça será exploração da mão-de-obra infantil?
Fazer a cama, varrer o quarto, colocar a roupa na máquina, manter as coisas em ordem, será exploração da mão-de-obra infantil?
Aprender a fazer uma sopa ou um prato simples, será exploração da mão-de-obra infantil?
fazer um recado, será exploração da mão-de-obra infantil?
Dar de comer ao cão, ao gato, aos coelhos e às galinhas, será exploração da mão-de-obra infantil?
Apanhar meia dúzia de batatas no campo, debulhar uns feijões, apanhar umas alfaces, regar o jardinzito da casa, cuidar do irmão mais novo, será exploração da mão-de-obra infantil?
Cai-se hoje no extremo oposto. Há 50 anos, ainda a menina andava com a chupeta na boca e já lhe exigiam que soubesse cuidar da casa. Hoje temos raparigas com 14/16 anos e que não sabem fazer uma simples sopa, coser um botão, passar a ferro um saia...
Aprendem, isso sim, a discutir com as mães por causa da roupa logo de manhã. O que lhes falta em trabalho, sobra em vaidade!
Penso que, apesar de tudo, os garotos são mais trabalhadores. Hoje já participam nas lides de casa, dão algum contributo nos trabalhos... Todos? Não. Podiam fazer mais? Sim, se tantos pais não fossem papás, mas pais mesmo!
Pergunto:
- Não será exploração da dignidade das crianças e dos adolescentes deixá-los dias e dias a apodrecer nas piscinas, nos cafés ou dependurados em computadores, televisões e telemóveis?
Ouve-se: "Ah! Não tenho que lhe dar a fazer!" Não? As lides de casa? E em casa dos avós ou dos tios não poderiam ser úteis? Mais, não poderiam aí fazer pequenas tarefas que os ajudassem a preparar para a vida?
"O trabalho do menino é pouco. Mas quem no despreza é louco" (popular).
A Família é arca santa...
“Sem a família, qual seria o destino da mulher?” pergunta Legouvé.
- Sem família o que seria o homem? Só a família pode moralizar o rico e o pobre. Pela família e na família se organiza não só a vida material, que nutre o corpo, senão que a fecundíssima vida do coração que ama, da inteligência que se desenvolve, do carácter que se acrisola com o devotar-se, e de toda essa existência íntima que se desentranha em aspirações ao bem e ao belo.”
Camilo Castelo Branco
In Doze casamentos felizes
/Enviado por email)
Católico ou protestante?
(Enviado por email)
O meu condiscípulo e as Festas dos Remédios
Aproveitei para deambular pela avenida, pelo recinto da feira e pelo parque de diversões. Quantas evocações! Nasci praticamente à sombra do Santuário da Senhora dos Remédios. As festas eram ansiosamente aguardadas por crianças, jovens e adultos, sobressaindo três acontecimentos: Marcha Luminosa, noitada da Festa e a Procissão. Então aquela noitada de 7 para 8 de Setembro tinha magia. Nada nos arrancava dali antes do alvorecer da aurora.
Já após a festa e por isso com muito menos gente, o ambiente contudo, despertou em mim memórias vivas de outros tempos. A Imensidade de barracas e tendas, os odores, a música no ar, os bandos de adolescentes algazarreando, os pares de namorados, ora apressados ou bisbilhotando as peças que o comércio expõe, as famílias juntas - só com uma diferença em relação a outros tempos. Tal como na praia, também vi que o papel principal cabe hoje aos pais e não às mães. São eles que geralmente levam o bebé ao colo, empurram os carrinhos, dão a mão aos filhos. No parque das diversões, soltei a criança que há dentro de mim. O que me ri nos carrinhos! Duas moças conduziam um numa pista em que os restantes condutores eram praticamente só rapazes. A porradinha que o pobre carro levou! De trás, da frente, dos lados... Cada salto que as pobres raparigas davam! Há colunas mesmo resistentes! Bom, mas elas estavam felizes.
Regressei entregue ao filme que desbobinava no ecrã da minha memória. De repente ouço:
- Vai ali o nosso padre!
Acordei.
- Ah! São vocês! Ia tão entretido com os meus pensamentos que não me apercebi. Desculpem.
- Tudo bem, senhor padre! Deu para entender que o senhor ia na Lua...
O telefone toca. Era o meu condiscípulo a dizer que a reunião terminara e que estava à minha espera para mais um bocadinho de conversa.
Rimos, dissemos umas piadas, conversámos, partilhámos. Como sempre agradável, muito agradável. Ficámos de nos encontrar com mais tempo.
Já dentro do meu jeriquito, pensei numa frase que outro grande amigo meu, Mons Guedes, Pároco de Almacave, gosta de referir:
- Só padre compreende padre.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Se eu fosse político:
- Não ligaria nenhuma a mexeriqueiros, maldizentes e coscuvilheiros.
- Não teria vergonha de reconhecer as boas ideias da oposição e de as pôr em prática, sabendo felicitá-la por isso.
- Privilegiaria o contacto com as populações. Para me explicar, mas sobretudo para ouvir e aprender. O povo é uma universidade aberta.
- Não conseguiria dormir no dia em que a consciência me acusasse que havia sido refém de interesses de lobbys e dos grandes grupos económicos ou de corruptos.
- Exigiria absoluta transparência nos concursos públicos, mesmo que isso me custasse a deserção, a antipatia e a maledicência de apaniguados, engraxadores, seguidores ou familiares.
- Preferiria os colaboradores frontais e servidores da causa pública aos subservientes, lambe-botas e interesseiros.
- Procuraria servir a TODOS, mas daria especial atenção a jovens, famílias, desempregados e velhos.
- Não alimentaria o "choradinho nacional" e a dependência. Procuraria ser um servidor da esperança, estimulando a capacidade criativa e reconhecendo o mérito empreendedor.
- Não alinharia em floreados, mas preocupar-me-ia a fundo em rasgar projectos que levassem mais rapidamente as pessoas ao futuro.
- Jamais hipotecaria o futuro das novas gerações em favor das minhas conveniências políticas actuais.
- Não faria promessas que sabia que não podia cumprir, não criaria ilusões fáceis, mas seria frontal, seguindo a máxima do povo: "Onde está o sim, está o não."
- Não encharcaria os ouvidos das pessoas com palavras vazias de conteúdo para as entreter. Tentaria sempre que o conteúdo fosse mais forte do que as palavras.
- Suscitaria o debate, a cidadania, a participação, no respeito absoluto pelas ideias dos outros. Jamais me passaria pela cabeça criar qualquer discriminação fundada na cor partidária.
- Seria determinado, mas não obcecado. Muito menos autista e prepotente.
- Não venderia a minha consciência ao diabo por causa de um voto.
Utopia? Admito.
Perderia as eleições? Aqui já duvido. O povo está farto de politiqueiros. Quer políticos a sério.
Obs. O facto de ser sacerdote afasta-me radicalmente da intervenção partidária que também não desejo. Mas o facto de ser cidadão obriga-me a não prescindir dos meus valores.
Sinistro automóvel envolvendo Pinto da Costa e Luis Filipe Vieira
Em vez de começar a disparatar, Pinto da Costa diz a Vieira:
- Num bamos discutire carago. Já basta fazermos isso no futebole. Façamos as pazes...
E estende a mão a Vieira. Este, surpreendido pela bondade de Pinto da Costa, aperta-lhe a mão. Pinto da Costa então diz:
- Bamos já celebrare a nossas pazes cum binhinho do Puorto!
Vieira não se faz rogado, pega na garrafa, emborca metade e passa-a a Pinto da Costa. Este não pega nela.Vieira, intrigado, pergunta:
- Então homem, você não bebe?
- Nom! Estou à espera que chiegue a guarda pra bocê assuprare no balomzinho!
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Natividade da Virgem Santa Maria
A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas, escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a aurora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e o Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia bizantina)
Felicitando a Mãe do Salvador, no dia da Seu aníversário natalício, peçamos a graça de, à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação da mundo.