quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

O senhor "Não Me Apetece"

 O sr. "Não me Apetece" é o Imperador dos tempos modernos. E tem multidões de apaniguados seguidores.

- Porque não foste à escola ontem? - Porque não me apeteceu

- Porque estiveste calado toda a reunião? - Não me apeteceu falar

- Porque estiveste até tão tarde no café? - Porque me apeteceu

- Porque faltaste à catequese no sábado? - Porque não me apeteceu ir

- Porque tinhas a música naquelas alturas ontem no teu apartamento? - Porque me apeteceu

- Porque deixaste a tua namorada pendurada no café? - Porque não me apeteceu ir ter com ela

- Porque faltas tantas vezes à Missa? - Porque nem sempre me apetece

- Tinhas prometido ir para a apanha da fruta naquela semana. Porque faltaste? - Porque não me apeteceu trabalhar

- Tinhas uma reunião importante e faltaste. Passou-se alguma coisa? - Não me apeteceu comparecer

Podíamos continuar....

Muitas pessoas portam-se como a rolha à tona da água. Ela vai para a frente e para trás, para a esquerda e para a direita conforme a água a leva. A rolha é uma escrava da sua fraqueza.

Lembre-se: quem manda em si não são os apetites, você não é nenhuma rolha. Quem o conduz é a sua vontade iluminada pela inteligência.

Não seja escravo(a) dos APETITES!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Está na hora do regresso!

 



Amigo, está na hora de regressares à amizade. Um tropeção, uma desilusão, uma incompreensão, um choque  não é derrota. Levanta-te! Regressa! Nada é superior à amizade. Vence-te e regressa à saudável amizade!

Católico, regressa a casa. Não deixes por mais tempo vazio o teu lugar na comunidade. Não te desculpes com os outros, porque quem abandona a Igreja por causa dos irmãos, nunca lá entrou por causa de Cristo. E Cristo ama-te e espera-te.

Familiar, regressa à tua família. Nenhum devaneio, nenhuma atração física, nenhuma paixoneta vale a tua família. Nenhum trabalho, nenhum desporto,  nenhuma desilusão, vício vale a tua família! Regressa! Já! Coragem. Vale a pena.

Regressa à bondade! Mesmo que a ingratidão te magoe a alma, mesmo que a incompreensão te desanime, mesmo que o ataque te fira, regressa! Quem manda em ti é o teu bom coração e não a língua ou as atitudes dos outros.

Regressa à esperança! A doença, o sofrimento físico ou psicológico, a solidão, as quedas no caminho, a ausência de resultados palpáveis, a tua limitação  não podem derrotar a esperança. O pessimismo e o derrotismo só aumentam a tua dor. Após as tempestades, o Sol continua a brilhar...

Na parábola do Filho Pródigo, a vitória da liberdade pelo caminho do regresso.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

CONHECE A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO? Olhe que vale a pena...

“Parábola do Filho Pródigo”

11Disse ainda: “Um homem tinha dois filhos. 12O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde’. E o pai repartiu os bens entre os dois. 13Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada. 14Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.

15Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. 16Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.

17E, caindo em si, disse: ‘Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! 18Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; 19já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros. 20E, levantando-se, foi ter com o pai.

Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos. 21O filho disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho’.

22Mas o pai disse aos seus servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. 23Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, 24porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado’. E a festa principiou.

25Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças. 26Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. 27Disse-lhe ele: ‘O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo’.

28Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. 29Respondendo ao pai, disse-lhe: ‘Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; 30e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo’. 31O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado’”.
( Lc 15, 11-32)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Tanta coisa sobre a Quaresma! E tanto que fica por dizer



Mensagem de D. António Couto para a Quaresma

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Por tudo e por tanto, obrigado, P.e Ramos, grande amigo!

Natural de Ferreirim, Sernancelhe, nasceu num domingo, 30 de março de 1952. Faleceu num domingo, 11 fevereiro de 2024.
Frequentou os Seminários Diocesanos e foi ordenado sacerdote em 8 de janeiro de 1977.
Depois do estágio pastoral, realizado com o P.e Zé Guedes na Paróquia de Salzedas, foi nomeado Pároco de Mondim da Beira, Dalvares e São João de Tarouca em janeiro de 1978. Em outubro deste mesmo ano, juntaram-se-lhe o P.e Matias, então à frente do Secretariado Diocesano da Juventude e o estagiário Carlos Lopes. Após a ordenação sacerdotal deste último, o senhor Arcebispo, D. António de Castro Xavier Monteiro, mantém a equipa sacerdotal, alargando espaço pastoral com as Paróquias de Vila Chã da Beira, Cimbres e Várzea da Serra. Pouco tempo depois, o espaço pastoral alarga-se às Paróquias de Ucanha e Gouviães.
Em outubro de 1988, em virtude de ter sido confiada à equipa sacerdotal a povoação de Vila Chá do Monte, até então com pároco próprio, o senhor Bispo aceita que a mesma equipa seja libertada das Paróquias de Vila Chã da Beira e de Cimbres.
Em 1991, o P.e Matias fica  com Várzea da Serra para onde vai residir e o P.e Carlos vai para a Paróquia de Tarouca. Desde então e até ao presente, o P.e Ramos ficou sozinho com a paroquialidade de Mondim da Beira, Dalvares e Ucanha.
O P.e Manuel Ramos tinha dons multifacetados. A música era uma área que sempre lhe mereceu muita dedicação. Os grupos corais das paróquias, o ensinar a tocar órgão, a elaboração de livros de cânticos para ajudar os corais  e as assembleias a participar, a animação através do acordeão  de "cantar os Reis" ou de peditórios e de festas populares. Embora apreciasse uma saudável discussão, era na vida muito prático. Quando se tratava de dar resposta aos problemas e necessidades das paróquias, ele definia claramente o que pretendia e as etapas a percorrer. 
Sabia escutar, tinha esse dom maravilhoso. Nele havia sempre uma palavra oportuna para a situação. As pessoas gostavam de falar com ele. Era um homem positivo, otimista, apreciador da alegria e de a transmitir.
Muito próximo das pessoas, fosse em sua casa, na Igreja, no café ou nas vistas às casas das famílias ou em encontros de grupos ou paroquiais. Sabia pôr-se à-vontade e pôr os outros à-vontade, sem que isso significasse menos respeito ou rebaldaria.
Não gostava de ocupar a "boca do palco", era discreto mas eficaz. Gostava de se sentir povo no meio do povo. Percebia muito bem quando estar e quando se retirar.
Foi um criativo e as obras nas  suas Paróquias aí estão para o testemunhar. Igrejas bem tratadas, Centros Catequéticos, Centro de Dia de Mondim da Beira, Capelas Mortuárias, restauro e conservação dos templos... E quando a morte  o veio buscar, tinha em mente algumas realizações visando o bem estar das pessoas e das comunidades. 
Amigo dos colegas, a todos acolhia com amizade. Desempenhou funções diocesanas: foi arcipreste e  integrou até ao presente o Conselho Presbiteral. Além disto, foram vários os seminaristas que passaram pelas suas paróquias, em amadurecimento vocacional e crescimento pastoral.
Sabia fazer o bem e ajudar as pessoas, mas sempre com a máxima do Evangelho "Não saiba a esquerda o que faz a direita". 
A preocupação pastoral, nas suas várias vertentes, era constante  e falava das suas três comunidades com enlevo, carinho e  paixão, salientando sempre o positivo e o desafiante.
Como cristão e como padre, Jesus Cristo era a sua paixão e a sua luz.
Dos três "padres capadócios", como dizia o D. Jacinto,   que residiram em Mondim, um acaba de falecer, o P,e Matias, desde 2019, está doente  dependente, resta apenas o "mais ruim dos três", o autor deste testemunho. Com as maleitas que a idade acarreta, mas ainda em serviço... até que Deus diga...
Tenho a certeza absoluta que o P.e Ramos, agora na Mão do Deus da alegria, não nos esquece junto do Eterno e a Ele intercederá  pelos familiares, pelos paroquianos, pelos amigos , pela Igreja e pelos antigos colegas de equipa.
Que descanses em Deus, amigo! 
Não te esquecerei!
Abraço

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Porto: Bispo alerta que agricultura «é uma arte de empobrecer tristemente», denunciando «crescimento económico à base de sugar o sangue dos outros»

 D. Manuel Linda interveio em Jornadas de Teologia sobre «o trabalho num mundo globalizado»

Foto: Diocese do Porto

 O bispo do Porto alertou para que agricultura “é uma arte de empobrecer tristemente”, lembrando o protesto dos agricultores, falando nas Jornadas de Teologia da Universidade Católica, dedicadas ao tema do trabalho.

“Há 100 anos que andamos a dizer em Portugal, em Espanha e inclusivamente noutros países da Europa que a agricultura é uma arte de empobrecer alegremente. O empobrecer subsiste e o alegremente desapareceu. E hoje poderíamos dizer que é uma arte de empobrecer tristemente”, disse D. Manuel Linda, esta segunda-feira, no Centro Regional do Porto da UCP.

O bispo do Porto, citado pelo jornal ‘Voz Portucalense’, destacou o protesto dos agricultores para criticar as “poderosíssimas cadeias de distribuição”, a partir do exemplo de um agricultor que “vendia as suas maçãs a 25 cêntimos o quilo” e, depois, “estavam no supermercado a 2 euros”, perguntando: “Quem ganha? É o agricultor? É o consumidor? Nenhum, nenhum deles”.

‘O trabalho num mundo globalizado: novas configurações e novos desafios’ é o tema das Jornadas de Teologia 2024 promovidas pela Faculdade de Teologia da CUP no Porto, em colaboração com a Diocese do Porto e a Irmandade dos Clérigos.

O bispo do Porto alertou também para o “sugar do sangue dos outros”, na exploração de migrantes, indicando que surgem “novos perfis de pobreza”, naqueles que são “explorados indecentemente”.

“Na cidade do Porto, num caso testemunhado por mim, vi dentro de um baixo com 14 ou 15 metros quadrados que estavam a dormir 12 emigrantes. Cada um pagava 250 euros, sem fatura, sem recibo, sem nada. Vejam como há quem, de facto, retira do sangue dos outros o seu sustento e o seu crescimento como magnatas. É um crescimento económico à base de sugar o sangue dos outros”, desenvolveu D. Manuel Linda.

O padre Abel Canavarro, vice-diretor da Faculdade de Teologia, afirmou que “a Igreja não pode ficar alheada dos problemas do mundo”, mas tem que ajudar a refletir estes problemas “e sobretudo a ser capaz de congregar”, ao jornal diocesano.

Foto: Diocese do Porto

À ‘Voz Portucalense’, este responsável destacou que “o cristianismo é humanismo” e a Igreja deve ter “uma atitude de apresentar os valores humanos” ajudando a “encontrar soluções para os problemas dos jovens”.

“Os cristãos devem ser, não só portadores, mas também testemunhas dos valores; um cristianismo que não nos ensina a ser mais humanos, mais solidários e a estarmos próximos dos que sofrem, não é um autêntico cristianismo”, realçou o padre Abel Canavarro.

O coordenador da Faculdade de Teologia no Campus da UCP no Porto explicou que ao pensarem as Jornadas de Teologia 2024 estão “a olhar o mundo”: “O mundo muda muito e rápido e muitas vezes não há uma assimilação das descobertas ou da novidade tecnológica onde o Homem, muitas vezes, é despersonalizado”.

“Não é o Homem que deve estar ao serviço da tecnologia; é a tecnologia que deve servir o Homem”, acrescentou.

As Jornadas de Teologia 2024 estão a decorrer no Auditório Carvalho Guerra, do Centro Regional do Porto da UCP, de 5 a 8 de fevereiro, começaram esta segunda-feira e terminam quinta-feira,.

“Boa reflexão para que se consiga levar ao grande público ideias novas para estes tempos novos”, pediu D. Manuel Linda aos participantes, divulga o jornal ‘Voz Portucalense’.

Fonte: aqui

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Desafios para esta semana

Nunca tive vergonha de ter ajudado pessoas que se revelaram falsas.
Deixo que sejam elas a ter vergonha daquilo que são.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

«UMA AMIZADE QUE ACABA NUNCA FOI VERDADEIRA AMIZADE»

A amizade pode acabar? Não, não pode.
Se acaba é porque, na verdade, nunca tinha começado.
Amigo uma vez tem de ser amigo sempre, como lembrava Alexandre O'Neill.
Daí que Santo Aelredo de Rivaulx tenha concluído de forma assertiva:
«Uma amizade que acaba nunca foi verdadeira amizade».
O problema é que tudo isto só se consegue saber depois.
E é muito desconfortável perceber que algo que imaginávamos ter acontecido afinal não aconteceu.
Temos de estar preparados para tudo.
Mas ainda há amigos para sempre.
Ainda há quem demonstre que a amizade pertence ao que não passa!
João António Teixeira