domingo, 2 de novembro de 2008

Há 31 anos que não ia ao cemitério da minha terra neste dia.

Hoje fui. Depois de ontem ter visitado os cemitérios deste comunidade, depois de hoje ter presidido às celebrações eucarísticas, parti para a minha terra.
Entrei no cemitério, e porque era hora de almoço, encontrava-se praticamente vazio. Um Sol quente e calmo de Outono agasalhava as campas. Sentia-se um enorme silêncio.
Junto da campa de minha mãe, que o Senhor chamara a Si há 84 dias, detive-me recolhidamente. Pensei, meditei, rezei. Senti uma serenidade profunda, embora a saudade provocasse uma lágrima furtiva.
Eu sei que minha mãe está em Deus, na VIDA que não conhece ocaso nem limitação. Por isso, posso falar com ela onde quer que eu esteja. Mas, nós humanos, sujeitos às contingências dos lugares e do tempo, sentimos que há espaços que nos marcam, nos tocam especialmente.
Junto dos seus restos mortais, senti-me especialmente acolhido por ela. Quantas coisas eu lhe disse! Quantos desabafos de alma! Pedi-lhe a sua intercessão junto de Deus. E experimentei uma enorme paz, senti que o seu amor me envolve como o anjo da sua campa abraça delicadamente um coração.
Depois de ter passado junto das campas de outros familiares e amigos para um momento de oração, voltei à sua campa para um último momento. E aquele olhar da sua foto pareceu-me imensamente feliz e acolhedor. Foi nele que vivi intensamente a Fé na Ressurreição: "Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem adormecido."

2 comentários:

  1. Rev.mo Senhor,querido Amigo:
    A Mãe de um padre é Mãe de todos os padres.
    Faço meus os sentimentos que aqui expende.
    Como se fosse minha Mãe, elevo meu pensamento orante e agradecido pela sua bondosa Mãe. Em Deus continua com todos nós.
    Abraço amigo no Senhor.

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  2. Muito obrigado, Bom Amigo.
    Abraço no Senhor

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