A criminalidade violenta é sempre uma marcha-atrás na caminhada civilizacional da humanidade. O crime violento é uma fuga para a selva.
Ouve-se hoje dizer que Portugal não é o país de outros tempos, a terra dos brandos costumes. Mas pergunto: antigamente, quantas pessoas não eram assassinadas ou barbaramente agredidas nas festas, feiras e romarias, tascas? Até se dizia que, quando alguém se queria vingar de outrem, afirmava: "Lá vais à festa tal ou à feira tal para as pagar..." Neste aspecto, o romance "Malhadinhas" é sugestivo. Conheci mesmo uma pequena aldeia onde, num ano, foram assassinadas três pessoas.
Claro que hoje a violência tem outras repercursões. Aparecem logo os meios de comunicação social em cima. Além disto, com o avanço cultural, estas situações são mais chocantes.
A experiência de submundos, a psicose da violência, a existência de problemas e dramas de cada pessoa, a grave sensação de injustiça não podem justificar estes actos bárbaros da criminalidade, que, infelizmente, alastra a todo o país.
Há que estancar as causas provocadoras de violência. Há que reforçar a vigilância policial. Há que, de uma vez por todas, apostar tudo na família como comunidade de vida e de amor. Há que impulsionar por todos os meios a promoção e vivência dos valores que estruturam a personalidade.
Sobretudo, há que deixar Deus entrar. O vazio de Deus escancara a porta do coração a toda a espécie de perversidade.
A minha total solidariedade e amizade, senhor presidente, Mário Ferreira.
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