Acontece em Portugal que cem pessoas são detentoras de quase um quarto de toda a riqueza nacional. Há por aí fortunas que se medem não em milhões de euros, mas em milhares de milhão...
Ao tesmo tempo, no mesmo Portugal, temos centenas de milhar de pessoas, de norte a sul do país, que vivem muito abaixo do limiar da pobreza...
Porque é que uns hão-de ter tudo, enquanto outros vivem na miséria?
Sabemos que os bens foram concedidos por Deus à humanidade, e que alguns se assenhorearam deles como se não fossem de todos.
Penso que a sociedade deve arranjar instrumentos legais que permitam uma mais equitativa partilha dos bens, de modo que (embora continue a haver ricos) todos tenham o necessário para uma vida digna. Porque o verdadeiro problema é o da dignidade humana que, em muitos casos, é calcada aos pés do imperialismo do dinheiro.
Que ao menos nunca percamos o "directo à indignação" e ao protesto adequado e oportuno.
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