Papa assinalou décimo aniversário da morte da Beata e sublinhou o seu serviço aos mais pobres e necessitados.
Bento XVI assinalou hoje o décimo aniversário da Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), sublinhando a sua dedicação aos mais pobres e necessitados da sociedade.
Perante um grupo de Missionários e Missionárias da Caridade, Congregação fundada pela Beata, o Papa assegurou que "a vida e o testemunho desta verdadeira discípula de Cristo, cuja memória litúrgica celebramos hoje, são, para vós e toda a Igreja, um convite a servir Deus sempre com fidelidade, nos mais pobres e necessitados".
"Continuai a seguir o seu exemplo e sede, acima de tudo, instrumentos da misericórdia divina", acrescentou.
"Continuai a seguir o seu exemplo e sede, acima de tudo, instrumentos da misericórdia divina", acrescentou.
Durante a Catequese que apresentou esta manhã, baseada na figura de São Gregório de Nissa (Bispo e Doutor da Igreja do séc. IV), Bento XVI indicara que "encontramos Cristo nos pobres, aos quais se deve destinar uma parte dos nossos bens", convidando a "amar os pobres e necessitados".
No passado Sábado, num encontro com milhares de jovens da Itália e de toda a Europa, o Papa abordou a questão da "aridez espiritual", experimentada por Madre Teresa. Bento XVI declarou que "todos nós, mesmo os crentes, experimentamos o silêncio de Deus".
Acaba de ser publicado um livro com as experiências espirituais da Madre Teresa e o que já sabíamos mostra-se agora mais abertamente: com toda a sua caridade, a sua força de fé, sofria com o silêncio de Deus", referiu.
Os textos foram recolhidos pelo Pe. Brian Kolodiejchuk, postulador da causa de Canonização, e recolhidos no livro "Madre Teresa, vem ser a minha luz" (Mother Teresa: Come Be My Light»), que aparece dez anos depois do seu falecimento.
Segundo o Papa, "por um lado, temos de suportar este silêncio de Deus, em parte também para poder compreender os nossos irmãos que não conhecem Deus". Por outro lado, se o coração está aberto, podemos encontrar os grandes momentos nos quais a presença de Deus realmente se torna sensível, inclusivamente para nós".
"A beleza da Criação é uma das fontes nas quais realmente podemos tocar a beleza de Deus, podemos ver que o Criador existe e é bom, que é verdade o que a Sagrada Escritura diz na narração da Criação", indicou.
Bento XVI disse ainda que é possível perceber a presença divina "escutando a Palavra de Deus nas grandes celebrações litúrgicas, nas festas da fé, na grande música da fé". Neste contexto, o Papa citou o caso de uma mulher que se converteu ao cristianismo após ter escutado a música de Bach, Händel e Mozart.
Em terceiro lugar,assinalou, podemos descobrir Deus "no diálogo pessoal com Cristo". "Ele nem sempre responde, mas há momentos nos quais realmente responde", assegurou o Papa.
"Temos de aceitar que, neste mundo, Deus é silencioso, mas não devemos permanecer surdos quando Ele fala, quando manifesta a sua presença em tantas ocasiões, sobretudo na criação, na liturgia, na amizade dentro da Igreja", concluiu.
In ecclesia
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