Faço minhas as palavras do Doutor João António Pinheiro: "Como padre, sou independente em relação à política. Essa independência, contudo, não gera em mim indiferença. Sou independente mas não sou indiferente. A política, como tudo na vida, interessa-me. Mas este interesse convive também com desencanto, com perplexidade. Olho para a política sobretudo pelo lado do cidadão, pela óptica dos mais desfavorecidos. Compulsando estes dois dados, tenho de confessar o que sinto de momento: a política continua a despertar em mim interesse, mas impõe-me igualmente um cada vez maior distanciamento."
Luis Filipe Menezes é o novo líder da oposição, após ter ganho ontem as "directas" no PSD, o maior partido da oposição.
Não me dizem respeito as questões partidárias nem as intrigas intra-partidárias. Só anseio por uma oposição séria, credível, carismática. A democracia só funciona plenamente quando a oposição se assume plenamente. A actual maioria tem estado nas "suas sete quintas", tal a fragilidade da oposição.
o novo presidente do PSD vem da actividade autárquica e os autarcas, dada a sua proximidade das populações, têm, por norma, outra sensibilidade aos interesses, necessidades, aspirações e desejos profundos das pessoas. Esperamos que não desiluda. Para bem e credibilidade da democracia.
Hoje, andando pela feira, apercebi-me que as pessoas, mesmo aquelas que se dizem longe da política, estão muito esperançadas. Pensam que algo de novo vai surgir, que a esperança pode voltar.
Bem precisa o povo de "uma válvula de escape"!
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