A (prolificamente) comentada entrevista do Dr. Pedro Santana Lopes à SIC-Notícias justifica uma referência neste espaço.
Trata-se de um caso que merece atenta reflexão porque é uma questão que ultrapassa a esfera política para se converter num verdadeiro problema cívico.
Peguemos na proporcionalidade, invocada pela direcção daquela estação emissora.
O Dr. Santana Lopes foi convidado para expressar o seu ponto de vista acerca das eleições para a presidência do seu partido.
A determinada altura foi abruptamente interrompido. Para quê? Para transmitir a chegada de José Mourinho ao aeroporto.
O Dr. Santana Lopes não gostou, verteu o seu protesto e abandonou os estúdios. Um responsável da SIC considerou a atitude excessiva e disse que não ia abandonar a linha editorial em curso.
É pena. Todos estamos sempre a aprender. Os jornalistas não servem só para perguntar nem para criticar. Seria bom que se mostrassem dispostos a aprender. Pelo menos, as boas maneiras.
É claro que o Dr. Santana Lopes podia ter feito o sacrifício e resignar-se a continuar. Muita gente nem se aperceberia da entrevista. Era uma opção que se aceitaria. Mas o seu gesto, embora estribado numa contida ira, não deixa de ter solidez.
É preciso mais respeito. Interromper quem fala só por motivo de força maior. E a chegada de um treinador de futebol não passa de algo trivial. Haja decência.
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