terça-feira, 5 de maio de 2009

Quem pode ser padrinho/madrinha?

A propósito daquilo que aqui ficou dito sobre a Confirmação no último post, uma pessoa mandou um email a perguntar o que era preciso, segundo a Igreja, para alguém ser padrinho/madrinha de Baptismo.
aqui deixo a resposta.


PADRINHOS DE BAPTISMOS
Para assumir o "múnus" de padrinho ou de madrinha de Baptismo, é necessário ter em conta os seguintes factores.

* Ter 16 ou mais anos de idade.

* Ter recebido os três sacramentos da iniciação Cristão: Baptismo, Eucaristia (Comunhão) e Confirmação (Crisma).


* Se for casado, deve ser casado pela igreja. Se for casado pelo civil, ou se viver em União de Facto, mesmo que tenha idade para ser padrinho não pode ser padrinho de baptismo ainda que tenho sido confirmado.


* Levar uma vida digna compatível com a missão que vai desempenhar.

8 comentários:

  1. Será que São João ao batizar no rio jordão tambem pedia todos esses requesitos a quem a ele se dirigia para ser batisado.

    São Paulo escreve: ser cristão não é um decreto, nem uma lei, ser critão tem que estár dentro do nosso coração.

    António

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  2. Caro anónimo:
    Não podemos confundir o Baptismo de João com o Baptismo de Cristo:
    "Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu baptizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo».
    (Lc 3, 15-16).
    - A Palavra de Cristo é clara: "O QUE LIGARES NA TERRA SERÁ LIGADO NOS CÉUS" (cf Mateus 18:15-19).
    - Já os antigos Padres da Igreja se interrogavam: "Como pode aceitar Deus como Pai se não se aceita a Igreja como Nãe"?
    - Os padrinhos, além da coloboração com os pais na obra educativa da criança, são os representantes da Igreja. Como pode representar a Igreja quem não vive como igreja?

    - Pode ler aqui:
    http://eupadre.blogspot.com/2008/11/quer-ser-padrinho.html
    e aqui:
    http://www.diocesedofunchal.pt/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=349&Itemid=119
    E ainda:
    http://www.patriarcado-lisboa.pt/vida_igreja/20080_Normas_Sacramentais.doc

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  3. Como pode representar a igreja quem não vive com a igreja sim concordo mas como podem os padrinhos ajudar à educação dos afilhados se os mesmos muitas as vezes viviem a km de distancia muitas vezes até no estrajeiro eu sou batisado os meus filhos tambem o são foram criados num verdadeiro ambiente cristão frequentaram a catequese fiseram o crisma. mas reconheço que á demais furmalismos na igreja que por esses mutivos e por outros afastam os verdadeiros crentes. vou dar aqui um pequeno exemplo hoje inlismente os jovem estão a atravesar um crise muito grande até de valores já poucos recorrem ao casamento porque a vida actual para ai os emporra então vejamos um rapaz e uma rapariga decidem viver em cumum nasce um criança os senhor padre não batisa a criança porque os pais não são casados será isto correto a criança tem alguma culpa de ter nascido? não deve receber o batismo?
    António

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  4. 1. Copnforme estipula a Igreja, não se deve negar o Baptismo a uma criança a não ser que os pais não dêem nenhuma esperança de a educar cristamente.
    2. O problema é mais sério. Que VERDADE há nisto? Então os pais não querem viver segundo a Igreja e querem baptizar uma criança? Deus não condena inocentes, mas os adultos respondem pelos seus actos.
    Então os pais não querem viver conforme estipula a Igreja e querem meter uma criança na Igreja??? Que verdade? Que coerência? Então se os pais não querem viver conforme a Igreja, que deixem crescer a criança e que seja ela, a partir dos 16 amos, a pedir o seu baptismo...
    3. Aqui na paróquia não se nega o baptismo a crianças cujos pais não estão casados catolocamente, embora pudessem estar se o quisessem. Agora o que se faz sempre e com insistência é chamá-los à verdade da vida, à coerência.
    E penso que este é o dever da comunidade cristã.
    4. A Igreja é para Todos, mas não é para Tudo.

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  5. Só mais uma pergunata: Será a Igreja que afasta os crentes, como lhes chama, os esses tais crentes é que se afastam da Igreja??? É que é c omnpletamente diferente...
    O verdadeiro crente sabe que pertence à comunidade, que os interesses da comunidade estão acima dos interesses pessoais, não busca realizar os seus caprichos, manias ou interesses, mas o bem da Igreja.
    O Senhor salva-nos na comunidade, pela comunidade, com a comunidade.
    Basta ver que Cristo ressuscitado não faz aparições individuais. Mas cada discípulo faz a experiência de Cristo ressuscitado quando está na comunidade. Veja-se o caso de Tomé.

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  6. A vida actual não empurra os jovens para a união de facto ou não os afasta do casamento, pode afastá-los, sim, por uma questão de compromisso e valores, mas para se casar não é preciso nenhuma boda. Não podem dispender dinheiro para isso,tudo bem, mas podem perfeitamente casar pela igreja, pois esta não exige que se faça festa rija...aliás, há já muita gente a casar apenas civilmente e a fazerem festas grandes, portanto, não é a situação actual que os afasta do casamento!!!
    D.António Couto dizia há uns tempos atrás numa das suas conferências algo muito assertivo: " o tempo dos cristãos praticantes acabou." Acabou mesmo, porque ser cristão praticante não é só cumprir cultos...ser cristão praticante é ser cristão na vida toda, no dia-a-dia, ou seja, ser coerente e, nesse, sentido, os que se consideram cristãos praticantes, podem afastar pessoas se não viverem o que professam...é algo que me tem vindo a assustar!Algumas acusações dos que não vivem tanto a fé têm alguma razão de ser e ninguém lha pode tirar...
    Por fim, acho muito bem que a Igreja mantenha requisitos para se poder ser padrinho ou madrinha...mas afinal onde é que estamos? É preciso não calar....

    Beijinho sereno***

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  7. CONCORDO QUE HAJAM ALGUNS REQUISITOS PARA SE SER PADRINHOS,MAS O QUE ME DESAGRADA É SE A LEI DA IGREJA É UMA SÓ,PORQUE É QUE EM ALGUMAS IGREJAS QUALQUER PESSOA PODE SER MADRINHA OU PADRINHO E NOUTRAS NEM PENSAR.
    POR VEZES A VIDA PROFISSIONAL AFÁSTA-NOS DOS NOSSOS COMPROMISSOS RELIGIOSOS,OU PORQUE SE TRABALHA AO FIM DE SEMANA,OU PORQUE SE TRABALHA DE NOITE ETC.
    INFELIZMENTE NOS DIAS DE HOJE É CADA VEZ MAIS DIFICIL ENCONTRAR PESSOAS CASADAS CATÓLICAMENTE,O NÚMERO DE DIVÓRCIOS AUMENTA A OLHOS VISTOS ASSIM COMO AS UNIÕES DE FACTO,EU PENSO QUE NÃO SE VAI ESCOLHER ALGUÉM PARA PADRINHOS SÓ PORQUE SÃO CASADOS PELA IGREJA TEM QUE IR MUITO MAIS LONGE.
    MUITAS VEZES OS PADRINHOS NÃO REUNEM ESSE REQUESITO,MAS SÃO AS PESSOAS INDICADAS PARA ASSUMIR UM PAPAEL TÃO IMPORTANTE.
    TAMBÉM PENSO QUE MUITAS VEZES SE ESCOLHEM PADRINHOS PORQUE PODEM DAR UMA BOA PRENDA, PORQUE SÃO BONITOS, MAS A VERDADEIRA RAZÃO NEM SEQUER É PENSADA.

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  8. Ia baptizar a minha filha mais nova. Escolhi os primeiros padrinhos num momento impulsivo, originado pela dor, o abandono e a boa fé. Acabara de me separar. Pareciam-me os padrinhos ideais… Eles haviam sido baptizados, haviam feito a primeira comunhão, o crisma, eram católicos praticantes, (ele havia sido acólito) haviam casado pela igreja, enfim… tinham um percurso invejável que seduziria a igreja. Sim, porque a olhar às actuais exigências da igreja, ao escolher uns padrinhos assim, eu ficaria bem vista por ela. Só que … (e há sempre um “só que”) estes “paradigmas sociais” nada tinham de cristãos. Tudo quanto fizeram de bom era só a olhar à imagem social que projectavam na sociedade. Descobri que, para além de não quererem ser os padrinhos, não gostavam de mim nem da criança de que iriam apadrinhar. Descobri também que a sua amizade com o meu ex-marido, era de tal maneira estreita que os levava a contar-lhe tudo o que se passava em minha casa. Desfiz a amizade e encontrei os padrinhos que eu sempre desejara e que pensara já ter encontrado nos outros. Só que… (e também desta vez houve um “só que”), os padrinhos que eu escolhi eram da minha satisfação pessoal, mas não satisfaziam as exigências da igreja. O impedimento? O padrinho não era casado pela igreja. Apesar de ser um bom cristão, ser um bom marido e pai e um bom exemplo social, trabalhador e amigo e ter sido escolhido por mim que o conhecia, isso não era suficiente para a igreja católica.

    Olhando à minha volta, reparando na minha situação de divorciada, na quantidade de uniões de facto e de casamentos civis, como vamos escolher os padrinhos ideais? Eu, pessoalmente, conheço algumas pessoas felizmente casadas (e congratulo-me com isso!), mas só essas reunirão as condições sociais, morais e religiosas para serem padrinhos? Ninguém é perfeito. Há de tudo na nossa sociedade. E há muita hipocrisia e interesses que nada têm a ver com o cristianismo. Como vai a igreja ultrapassar esta barreira? Vão passar a baptizar sem padrinhos? Vão indicar eles os melhores padrinhos aos pais? Se assim for, com que critérios? Olha-se ao percurso católico sem olhar à pessoa, mesmo que esta seja um boa cristã? O que é mais importante, se o ideal é cada vez mais difícil de encontrar, (embora não impossível)?

    Os nossos padres têm de cumprir o que a igreja católica dita, mesmo quando não compreendem ou não concordam, e são eles que, ao lidarem com os seus paroquianos se vêem confrontados com situações que não podem ( ou não querem?) resolver? Eles não contornam a lei da igreja. Como pode a igreja ser tão intransigente, quando a nossa sociedade está a sofrer profundas modificações? Vão excluir as pessoas que não pactuem com a sua lei? Os divorciados não podem comungar. Porquê? Porque são DIVORCIADOS! Mesmo que não tenham escolhido esta situação, e se tenham visto forçados a aceitar o inevitável, isso não interessa, estão para todos os efeitos ROTULADOS! Isto não faz com que sejam piores católicos e cristãos, contudo, têm de aceitar, é a LEI! Só que a lei está a afastar os católicos das igrejas, e o que vão fazer com “igrejas às moscas”? Passam a ser meros monumentos, velhos testemunhos de uma fé outrora praticada e amada?

    O amor…, não deveria ser a igreja católica a igreja do amor, em vez de um conjunto de leis que nada têm a ver com os cidadãos?

    Se nós nos revoltarmos, o que poderá acontecer? A igreja senta-se pacientemente, como um pai à espera que pare a birra do filho.

    A igreja católica é a igreja baseada nos ensinamentos e exemplo de Jesus, e, que eu me lembre, ele nunca excluiu ninguém da sua companhia ou da sua fé. Nem mesmo Maria Madalena foi excluída por ele… embora o fosse pela sociedade do seu tempo. A igreja deveria fazer mais aquilo que me ensinaram as irmãs de S. José de Cluny: o que faria Jesus se estivesse no meu lugar? Este é o segredo de uma igreja católica fiel aos seus princípios. E quem melhor sabe do que Jesus?

    A leiga,

    Maria de Fátima Dias

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