A "João Pires - Internacional Transportes" faz questão que os números sejam divulgados e até já os fez chegar, através de duas cartas, em Maio do ano passado e em Janeiro deste ano, ao ministro da Economia em números redondos, a transportadora revela ter obtido uma poupança média de cerca de 450 mil euros ao fim de um ano a abastecer a sua frota de 120 camiões nos postos de combustíveis de Espanha. Em 2006, esta empresa, sedeada em Vila Nova de Cerveira, a pouco mais de cinco quilómetros de território espanhol, desde que abriu a ponte internacional sobre o rio Minho, consumiu, segundo revelou, ao JN, o seu proprietário, João Pires, quase sete milhões de litros de gasóleo, mas apenas 850 mil litros foram comprados em Portugal. O grosso do combustível, cerca de seis milhões de litros, foi atestado pela sua frota no país vizinho, o que lhe permitiu poupar quase meio milhão de euros. A estratégia de gestão de João Pires alterou-se desde que, em 2005, o preço dos combustíveis começou a subir de forma desenfreada, mas a alteração só foi radical mais recentemente, depois dos aumentos verificados no IVA e no ISP em Portugal. "Tivemos de reforçar a nossa política de compras de combustíveis em Espanha, sob pena de perdermos competitividade no mercado e conduzirmos a empresa a situações de prejuízo que poderiam ser fatais para a sua continuidade", afirma o proprietário. Em 2004, a João Pires abasteceu cerca de 62% do total do gasóleo consumido nesse ano em Portugal; em 2005, foram 45%; e no ano passado já foram apenas 12,5%. Em Espanha, compraram 84% do gasóleo consumido em 2006.
03.04.2007 - Jornal de Notícias
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