O Doutor João António disse tudo. E, como sempre, muito bem. Por isso, com a devida vénia, transcrevo.
"Previsível: o senhor Presidente da República promulgou a lei do aborto.
Não era obrigado a promulgá-la. Mas quis promulgá-la.
A promulgação foi acompanhada de uma recomendação à Assembleia da República.
Quem lê a recomendação, fica com a ideia de que o Chefe de Estado não se revê na lei mas fica igualmente com a impressão de que ele mesmo sabe que tal recomendação não vai ser seguida.
Como fizera o Gen. Ramalho Eanes em 1984, também agora se aprova uma lei com uma argumentação contra a mesma lei.
Se o referendo não foi vinculativo e se a lei não é correcta, porquê promulgá-la?
O senhor Presidente da República seguiu a indicação de cerca de 20% dos eleitores. Podia seguir os ditames da sua consciência.
É certo que vetar não adiantaria muito. Apenas adiaria a sua aprovação. Mas marcava-se uma posição.
Respeitamos a decisão presidencial. Mas, com todo o respeito, discordamos profundamente dela.
Este não é um bom dia para o nosso país: para o seu presente e para o seu futuro.
Esperança, porém. Mesmo sem o suporte da lei, vamos continuar, sem crispação e na máxima paz, a trabalhar em prol da vida. De todas as vidas!"
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/
Em que, que se Inspirou para criar o Asas da Montanha, num blog?
ResponderEliminarAgradecia uma resposta
Há muito tempo que alimentava este projecto. Fui vendo vários bloges, de inspiração cristã e fui arquitectando o meu modelo. Mais tarde pedi ao Luis que me criasse um blog, dizendo-lhe como o pretendia.
ResponderEliminarClaro que ainda não sei tirar todas as potencialidades que o blog me pode proporcionar. Mas vou aprendendo.
Asas da Montanha
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ResponderEliminarRev. Pe. Manuel Carlos Lopes
A respeito do presente post (Lei do Aborto promulgada), só desejaria comentar o seguinte:
- O senhor Presidente da República, se fosse íntegro e coerente com a sua consciência, nunca deveria ter autorizado/permitido (pois tinha plena competência para isso) o referendo sobre a falaciosa e absurda questão do aborto;
- Efectivamente, tanto ele mesmo como a sua família, manifestaram publicamente o seu "não" ao aborto voluntário e criminoso, além de contrário à Constituição portuguesa;
- Uma vez que não teve coerência e coragem (moral e política) para não permitir uma consulta popular contra a Vida humana, de todo irreferendável, deveria, ao menos, mandar o projecto-lei do abominável aborto para o Tribunal constitucional, mas não o fez;
- Deveria, em última análise/oportunidade, vetar, pura e simplesmente, a maldita lei do aborto, e uma vez mais não o fez!...
Conclusão: O Presidente da República (Cavaco Silva), para mim, assim como creio que para a maioria dos valentes que votaram "não" ao aborto voluntário e homicida, perdeu toda a credibilidade (alguma pouca confiança que ainda tinha), apesar de não ter votado nele, pois já bem sabia do que ele seria capaz, embora mesmo assim o considere bastante menos incompetente que o Primeiro-ministro actual e que o ex-Presidente Jorge Sampaio...
Cordiais saudações pascais, caríssimo Amigo.
José Mariano
P.S.: O melhor êxito para este seu óptimo blogue ASAS DA MONTANHA!
Se o anónimo comentador anterior tivesse lido com atenção a breve descrição do título deste Blogue (nem era preciso mais), certamente não teria feito tão estranha pergunta...
De facto, o Papa recorda-nos na SACRAMENTO DA CARIDADE, que "valores fundamentais como o respeito e defesa da vida humana desde a concepção até à morte natural, a família fundada sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher, a liberdade de educação dos filhos e a promoção do bem comum em todas as suas formas... são valores não negociáveis.”
ResponderEliminarFoi pena que o cristão Presidente não fosse Presidente cristão...
Mas quem é pela vida, como maior dom de Deus, já mais deixará de lutar por ela.
Asas da Montanha
Carissimo Pe. Manuel Carlos Lopes
ResponderEliminarFoi pena que o Presidente não levasse até ao fim todas as prerrogativas do seu cargo, para já não falar, do testemunho de Cristão Católico que devria ter dado.
Convido-o a ler o texto que coloquei no "Que é a Verdade?", sobre o assunto.
Abraço em Cristo
Eu pergunto:
ResponderEliminar"Será que realmente o Sr. Presidente é pelo não?"
Sinceramente não me parece. O que ele pretendeu, foi ficar de bem com ambas as facções ao promulgar a lei e no final fazer a advertencia...advertencia?!Que hipocrita.