segunda-feira, 16 de abril de 2007

Economia portuguesa continua "anémica"

Um estudo da consultora SaeR mostra que a economia portuguesa continua "anémica", incapaz de se aproximar dos seus parceiros comunitários e de criar postos de trabalho.
Na apresentação do relatório trimestral referente ao mês de Março da SaeR - Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco, o consultor José Poças Esteves adiantou à agência Lusa que, embora a economia portuguesa esteja "a reanimar e a crescer", o ritmo continua a ser insuficiente para haver a criação "líquida" de postos de trabalho.
O mesmo especialista acrescenta que apesar da dinâmica externa, a fraqueza da procura interna (consumo e investimento) impede Portugal de se aproximar dos seus parceiros da zona euro, numa altura em que os esforços para reduzir o défice público, a tendência de alta das taxas de juro e o elevado desemprego e endividamento dos portugueses estão a limitar os factores internos de crescimento da economia portuguesa.

No mesmo relatório, a SaeR alerta ainda para o facto de um abrandamento mais forte do que o esperado ou até uma eventual recessão nos EUA poderem impor um abrandamento económico ao resto do mundo, num período em que "há razões adicionais para uma atenção acrescida dos riscos".Com a crise no sector imobiliário norte-americano paira uma "nuvem cinzenta" sobre os EUA, a qual pode criar "forte instabilidade bolsista e resultar numa recessão", acrescentou Poças Esteves.As questões geopolíticas, sobretudo à volta do Irão, podem agravar ainda mais essa instabilidade e vir a reflectir-se posteriormente em Portugal.

A SaeR considera que as reformas estão a avançar em Portugal a um ritmo lento, o que que vai dificultar um desempenho consolidado da economia portuguesa.
Poças Esteves defendeu ainda que são necessários no nosso país despedimentos na Administração Pública, recusando-se no entanto a avançar qual o número de trabalhadores que deveriam deixar de trabalhar para o Estado.Por último, o analista lembrou ainda que o importante é que a Administração deixe de swe um entrave à eficiência das empresas e passe a ser uma alavanca.


In Diário DiarioEconómico.con, 16 de Abril de 2007

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