Alguém já ouviu os políticos portugueses dizer aos jovens que têm que estudar, porque estudar não é exploração da mão de obra infantil? Desde o Presidente da Républica, passando pelo Governo e pelos Deputados, terminando nos partidos, ninguém vai ao fundo da questão. O que interessa é, como diz o povo, "passar a mão pelo pêlo", para cair nas boas graças dos jovens e assim obter mais uns votinhos...
Por que razão não propõem os políticos aos jovens o caminho da exigência? No tocante ao trabalho, aos valores, à cidadania, ao estudo, à vida?
Depois é o que se vê. Onde há muita "graxa", cheira a balofo e provoca azia. Daí o afastamente dos jovens da vida política.
Num país como o nosso, onde no passado ano, houve sete mil denúncias de pais agrdedidos pelos filhos (fora os casos em que a denúncia não foi feita...), que mensagem devem a Igreja e o Estado anunciar? "Paninhos quentes"? Enterrar a cabeça na areia como se nada se passassse? Que família queremos? Está visto que isto de "papás" e de "mamãs" não dá. Os filhos precisam mesmo é de pais e de mães!!!
"Sei de professores que sentiram inveja ao conhecerem a frase com que Nicolas Sarkozy sintetizou a noção de respeito e hierarquia moral que gostaria de implantar durante a sua muito provável Presidência da França. “Quero uma França em que os alunos se levantem quando o professor entre na sala de aulas”, disse ele. Julgo que a inveja destes professores, de diversas nacionalidades, reside na admiração da coragem de um discurso destes, por um candidato para quem as palavras têm valor e que não se permite fazer discursos balofos e mentirosos de falsas paixões. Também em Espanha, Esperanza Aguirres anunciou que vai proibir o uso do telemóvel na escola e banir as consolas de jogos. Duvido que alguém se interesse por isto em Portugal, com a ânsia de manter a popularidade entre os jovens e com o receio de que lhe chamem fascista. Na nossa escola, tal como a puseram e assim como está, não há o risco de o professor ter de se esforçar, nem se desfaz a comodidade da ausência de conhecimento, que corre paralelamente à indisciplina, tudo generosamente proporcionado por planos educativos baseados na pedagogia da banalidade e da vulgaridade."
Joaquim Letria in” 24 horas”
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