De há uns anos para cá, raramente sai de casa, pois a falta de saúde não lho permite. Enquanto pôde, era presença assídua nos actos da comunidade, sabendo sempre oferecer uma palavra de incentivo e de carinho aos outros. Pessoa sensível e de coração puro, aderia às iniciativas e apoiava-as sem nunca regatear a sua contribuição, que, aliás, sempre apresentava com enorme delicadeza.
Hoje fui visitá-la. Como sempre, vim edificado. Apesar das limitações físicas, continua encantadora, com enorme gosto de viver, sempre optimista, encarando a vida com uma grande esperança que lhe advém de uma fé profunda. Afirma com um sorriso a bailar-lhe nos lábios: "Nem me posso queixar muito. Há tanta gente a sofrer mais do que eu!..."
Falou-me com empenho do Centro Paroquial. Quis saber como estavam as coisas. Disse-me que pedia ao Senhor que a não levasse sem antes ter visto "a realização desta grande paixão do nosso pároco". E como sempre faz, também este ano entregou a sua contribuiçãozinha, mas que não queria que o seu nome aparecesse no jornal. Já lera no Evangelho como "Nosso Senhor nos manda..."
Falámos muito do livro bíblico que anda a ler, o Eclesiástico, sobre o qual pediu a minha ajuda para melhor poder compreender algumas passagens.
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