quinta-feira, 26 de abril de 2007

Casos nossos de cada dia

Criminalidade
A criminalidade violenta está a atingir proporções preocupantes. De acordo com os últimos dados oficiais da Polícia Judiciária, o número de inquéritos relativos a crimes que pressupõem o uso de violência, como raptos, sequestros e tomada de reféns, subiu 14 por cento entre 2005 e 2006.Os inquéritos sobre roubos, tráfico de pessoas, homicídios, ofensas à integridade física grave, detenção ou tráfico de armas proibidas também registaram subidas assinaláveis. No primeiro caso (roubos) entraram no ano passado 1951 inquéritos, contra 1603 em 2005; no segundo caso (homicídio consumado) foram registados no ano passado 236, mais trinta do que no ano anterior.Os crimes de ofensas à integridade física grave e tráfico de armas proibidas aumentaram, respectivamente, de 67 para 129 e de 111 para 115, entre 2005 e 2006. O documento da PJ aponta mesmo para uma "maior utilização da violência" na prática de crimes a "par de alguma generalização do uso de armas de fogo".

Para além desta criminalidade violenta, são cada vez mais os assaltos a bens, casas e pessoas, pelo que as populações vivem num clima de medo. Isso mesmo podemos constatar pelo que vemos, ouvimos e lemos na comunicação social e no contacto com as pessoas.
Sabemos que não é fácil controlar estes marginais. Mas talvez desse resultado obrigar a uma reeducação todos os que fossem apanhados. E sobretudo não descurar a educação para os valores das novas gerações. Já sabemos o resultado da falta de educação cívica e moral. Agora há que arrepiar caminho e ser mais exigente para com os desordeiros. Doutro modo é a liberdade de todos e de cada um que fica em causa. Pois haverá cada vez mais gente a ter saudade do antigo regime.

Sabemos também que a pobreza é "o caldo de cultura" que proporciona o surgimento de muitos fenómenos de marginalização. Ora, num país com 2 milhões de pessoas à beira da pobreza...
Para quando a mobilização de toda a sociedade no combate à pobreza? Por que rezão partidos políticos e governo não encabeçam um progrma de âmbito nacional para ajudar a debelar este flagelo?

Infelizmente, o 25 de Abril e o regime instaurado por ele não acabou com a pobreza em Portugal. Temos cada vez menos pessoas remediadas, um pequeno número de muito ricos, e uma multidão de homens e mulheres abaixo do nível mínimo de pobreza.

Claro que o 25 de Abril trouxe coisas positivas. Desde logo, a nobre e inaudita responsabilidade de vivermos em liberdade. Somos um povo que tem o futuro nas mãos, que pode decidir o seu caminho. E a liberdade não tem preço. É um valor inegociável. E é em liberdade que temos que nos educar para os valores, que temos que construir um país progressivo e solidário, que temos que corrigir assimetrias, que somos chamados a sermos criativos, dinâmicos, a pegar a sério neste país.

1 comentário:

  1. "A liberdade não tem preço"
    Acha mesmo?
    Liberdade, a que preço?Hoje tudo é justificado pela liberdade, somos livres, não podemos voltar ao antigo regime. Hipoctitas!!Liberdade, democracia, o que é??Para quem?
    Vivemos numa democracia aparente! E a liberdade?Que liberdade é esta, que permite cada vez mais violençia, falta de valores...o vale tudo. Tanto se fala na violençia nas escolas, em casa. O que é isto??Liberdade, liberdade. Mas que preço!!!

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