Há dias, meu Deus! Manhã com cinco aulas. Almoçar à pressa, porque é urgente resolver um assunto numa repartição pública. Há que ser rápido, porque às três chega o Diác. Amorim para irmos participar nas exéquias solenes por Mons. Russo. Regressar a toda a pressa, agora na companhia dos colegas e amigos, padres Matias, Armindo e Víctor, porque há uma reunião na escola. Está na hora do jantar? Pois, mas é preciso deslocar-me a uma povoação para resolver uma situação inadiável. Valeu a simpatia do sr Quim Silva e família que fizeram questão que "lanchasse" com eles. Há que dar corda aos sapatos, porque a reunião do Conselho Económico é às 20,30 horas. Finalmente, aqueço a sopita.
Umas horas de trabalho me esperam ainda. É preciso organizar para o jornal uma entrevista que ao mesmo concedeu o Director do Centro de Saúde - demorou duas horas!!! Ah! E duas cartas urgentes que amanhã, mesmo feriado, tenho que fazer chegar em mão ao seu destinatário!? Mais um bocado. Pronto. Dia encerrado. Pois, pois... E a resposta que urgentemente, tenho que enviar, via email, para a empresa que vem tratar dos sinos?! Estica-te, moço! E não refiles nem resmungues! Para quê? As paredes não ouvem.
Estico-me na cadeira e deixo que transcorra o filme do dia. Parei a fita quando me aparece D. Jacinto a presidir às exéquias. E senti-me feliz pelo meu Bispo. Apareceu ali todo, na sua humanidade profunda, deixando que ela falasse e nos falasse. Com controle, claro. Mas a emoção estava lá.
Obrigado, senhor Bispo! Por ser assim. Humano, sensível, presente. Por nos ensinar que o coração também tem direito a tempo de antena, por não formalizar a sua intervenção, por no-la oferecer quente, bonita, próxima.
Ao espelho do seu coração, consegui ver mais claramente o irresistível amor do Ressuscitado.
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