Um dia, já lá iam vários meses da morte da irmã, o filho decidiu confrontar os pais com estes pensamentos, pedindo-lhes que não se esquecessem que ele existia, estava vivo e precisava deles. No seguimento da conversa, rogou-lhes que fossem ao jogo de futebol que ele tinha no dia seguinte, para o aplaudir e para o acompanharem num momento que lhe era muito importante. Os pais, caindo em si, decidiram acompanhar o filho. E lá estavam, naquele dia, na bancada do campo de futebol para se fazerem presentes na vida do seu filho, quando uma trovoada irrompeu pelo meio do jogo e um raio atingiu o filho que lhes restava, acabando por lhe tirar a vida. Ficaram sem chão, sem tecto, sem paredes, sem nada.
A mãe contava tudo com os olhos lacrimejantes. Mas vivos. Haviam passado muitos anos. E ela não tinha deixado morrer a sua vida. A conversa que estava a ter com outras mães versava sobre a fé, sobre a sua necessidade, sobre os seus frutos e sobre a importância de Deus nas nossas vidas mesmo, e sobretudo, no meio das adversidades e afrontas. Quem a escutava perguntava como é que ela e o marido haviam conseguido ultrapassar e lidar com isto. E aquela mãe explicava que só a fé a ajudara a viver com esta dor. Ela que, antes da morte dos filhos, não tinha fé, passara a tê-la. Mais, dizia que não tínhamos nada e sabia que os filhos que trouxera ao mundo eram mais de Deus que dela. No entanto, sempre que rezava, os filhos voltavam a ela. Voltavam com Deus. E assim, em Deus, continuava a ter muito dos filhos.
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